quinta-feira, 29 de junho de 2017

Defesa de Temer pede que peritos da PF respondam a 12 quesitos sobre áudio

A defesa do presidente Michel Temer, denunciado no Supremo Tribunal Federal (STF), pediu ao relator do caso, ministro Edson Fachin, que intime os peritos do Instituto Nacional de Criminalística (INC) da Polícia Federal a responderem a 12 questionamentos que foram apresentados sobre a perícia do áudio da conversa gravada por Joesley Batista com o presidente no Palácio do Jaburu.
O advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira disse que apenas os 15 primeiros quesitos apresentados foram respondidos, e os demais – encaminhados em um segundo momento – ficaram faltando. “Chama atenção, com a devida vênia, que justamente naquelas questões apresentadas pelo perito contratado pela defesa, Prof. Ricardo Molina, tenha silenciado o Instituto Nacional de Criminalística”, disse o advogado, afirmando que isso seria uma “omissão”.
Um segundo pedido feito foi para que os advogados e o assistente técnico da defesa possam ter acesso “aos aparelhos gravadores, supostamente utilizados na gravação periciada, a fim de que realizem seus testes, sempre no objetivo de contribuir com a realização plena de justiça”.
O terceiro e último pedido encaminhado pela defesa nesta quarta-feira é o de acesso a sete gravações apagadas que foram recuperadas durante o trabalho pericial, “a fim de subsidiar a ampla defesa dos subscritores”. Trata-se de um “tema de fundamental importância à defesa”, segundo Mariz.
“Tais gravações não foram encontradas pela defesa após atualizar sua cópia integral na data de hoje – levando, inclusive, à solicitação verbal aos servidores do Setor de Processos Originários, assim como do gabinete de Vossa Excelência”, disse.
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Encarregado de Finanças do Vaticano é acusado de pedofilia

Encarregado de Finanças do Vaticano é acusado de pedofilia

O cardeal George Pell, encarregado de Finanças do Vaticano, foi acusado nesta quarta-feira de ter cometido múltiplos abusos sexuais contra crianças na Austrália, anunciou a polícia do país.

“A polícia [do estado australiano] de Victoria acusou o cardeal George Pell de delitos de abuso sexual” cometidos no passado, declarou o comissário adjunto Shane Patton a jornalistas, oito meses depois de a polícia australiana interrogar Pell, em Roma, por estas acusações, que ele desmente.
“Há múltiplas denúncias relacionadas com estas acusações”, acrescentou.
Patton disse que o clérigo de 76 anos foi intimado a se apresentar à corte de magistratura de Melbourne em 18 de julho para uma audiência.
O cardeal reagiu negando “vigorosamente” todas as acusações de abuso sexual contra crianças e afirmou que viajará à Austrália para limpar seu nome.
“Apesar de ainda ser muito cedo em Roma, o cardeal George Pell foi informado da decisão e da atuação da polícia de Victoria”, assinalou a arquidiocese de Sidney.
O cardeal “nega vigorosamente todas as acusações (…) e deseja que chegue o dia de seu depoimento para que possa se defender”.
As acusações contra Pell aparecem no estágio final de um longo inquérito nacional sobre respostas institucionais à pedofilia, determinado pelo governo em 2012.
O cardeal já havia se apresentado três vezes perante uma comissão real, uma vez pessoalmente e outras duas em vídeo, durante as quais ele admitiu ter falhado ao lidar com padres pedófilos no estado de Victoria nos anos 1970.
Segundo dados extraídos da investigação e publicados em fevereiro, 7% dos sacerdotes católicos da Austrália foram acusados de abusar de crianças entre 1950 e 2010, mas tal situação jamais foi investigada.
No total, 4.444 supostos incidentes de pedofilia foram reportados às autoridades eclesiásticas e, em algumas diocesis, mais de 15% dos padres estavam envolvidos.
A idade média das vítimas era de 10 anos para as meninas e de 11 para os meninos.
Dos 1.880 supostos autores de abusos, 90% eram homens. A ordem religiosa de St John of God Brothers apresentou o mais alto índice de envolvimento, com mais de 40% de seus membros acusados de cometer abusos sexuais.
Pell foi ordenado em 1966, em Roma, antes de voltar para a Austrália, em 1971, e se tornar a principal autoridade católica do país.
Ele foi para o Vaticano em 2014, após ser escolhido pelo papa Francisco para tornar as finanças da Igreja mais transparentes.
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