segunda-feira, 13 de junho de 2016

Homem que matou ex-participante do "The Voice" carregava 2 pistolas e faca

Agressor foi ao local do show, em Orlando, onde na noite de sexta-feira atirou contra Grimmie no momento em que a artista assinava autógrafos ao término de uma apresentação

Christina Grimmie foi da equipe do cantor Adam Levine, do Maroon 5, na temporada do "The Voice" norte-americano, em 2014

O homem que atirou e matou Christina Grimmie, cantora famosa no Youtube e por ter participado do programa "The Voice" dos Estados Unidos, viajou para Orlando procedente de outra cidade da Flórida armado com duas pistolas e uma faca com a intenção de atacar a artista, segundo informou a polícia.

A Polícia de Orlando informou na tarde de sábado que o autor dos disparos era Kevin James Loibl, um jovem de 27 anos, de Saint Petersburg, no oeste do estado, de onde saiu para cometer o crime.

"Não era um morador local, viajou de outro lugar da Flórida para cometer o crime", afirmou em entrevista coletiva o chefe da polícia de Orlando, John Mina, que acrescentou que ainda não foi encontrado nenhum veículo ligado ao autor dos tiros.

Mina declarou que as primeiras investigações indicam que o autor dos tiros foi local do show, onde estava a cantora, "armado com duas pistolas, uma faca de caça e várias caixas de balas".

O agressor foi ao local do show, em Orlando, onde na noite de sexta-feira atirou contra Grimmie no momento em que a artista assinava autógrafos ao término de uma apresentação.

As autoridades policiais assinalaram que não há indícios sobre uma relação entre o assassino e a vítima ou que o homem tenha tentado entrar em contato com a cantora pela internet.

"Tudo indica que o sujeito agiu sozinho, mas estamos investigando em seu telefone e em seu computador com a esperança de poder encontrar pistas", disse Mina.

Christina Grimmie, de 22 anos e nascida em Nova Jersey, morreu na madrugada deste sábado em um hospital local, onde foi internada após ser atingida por tiros de um desconhecido na sexta-feira depois de um show.

Segundo a polícia de Orlando, após o tiroteio o irmão da cantora, Marcus Grimmie, se jogou em cima do agressor, que depois se suicidou com um tiro. A atitude do irmão de Christina foi considerada heroica pelas autoridades por evitar que mais pessoas fossem atingidas.

As redes sociais, sob a hashtag #RIPChristina, serviram de espaço para os fãs da jovem artista expressarem a dor pela morte. O programa "The Voice" americano postou uma mensagem em sua conta oficial no Twitter para expressar consternação: "Não há palavras. Perdemos uma alma linda com uma voz incrível". 

http://www.opopular.com.br/editorias/noticias/mundo/homem-que-matou-ex-participante-do-the-voice-carregava-2-pistolas-e-faca-1.1101122?ref=yfp


'Ataque foi homofóbico e não religioso', diz pai de atirador

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Pai de Omar Sediqque Mateen, atirador que matou 50 pessoas em um ataque em Orlando, nos EUA, afirmou que a motivação do atentado não foi religiosa. Mir Sediqque garantiu que o cunho do ataque foi homofóbico.

“A questão religiosa não tem nada a ver com isso. Ele viu dois homens se beijando em Miami há alguns meses e ficou muito irritado. Estamos chocados como o resto dos Estados Unidos. Queremos apenas pedir desculpas, estamos muito chocados”, afirmou Mir.

O ATENTADO
Pelo menos 50 pessoas morreram e 53 ficaram feridas no tiroteio na boate Pulse, em Orlando, Flórida, nos Estados Unidos, ocorrido na madrugada de hoje (12). “Muitas vidas foram perdidas. Há muitos corpos no local”, disseram autoridades policiais. Inicialmente, a informação era que aproximadamente 20 pessoas tinham morrido após um homem abrir fogo contra pessoas que estava na boate, voltada para o público LGBT.

O FBI, a polícia federal norte-americana, classificou o incidente como “ato de terrorismo”. Um homem armado com um rifle e uma pistola atirou contra os frequentadores de clube noturno, na área central da cidade, e fez reféns por cerca de três horas. Depois de um período em que tentou negociar com o atirador, a polícia decidiu entrar no local e atirou no homem. Após o episódio na boate, foi declarado estado de emergência na Flórida e em Orlando.

A identidade do suspeito ainda não foi revelada. Uma testemunha que estava no clube disse que ouviu “20, 40, 50 tiros” e, então, “a música parou”. Um policial chegou a ser atingido no capacete. Os feridos foram levados para três hospitais da região.

As investigações consideram a possibilidade de o suspeito ter ligações com o islamismo radical. “Nossa comunidade é forte. Precisamos ajudar uns aos outros para lidar com essa situação”, afirmou o prefeito de Orlando, Buddy Dyer.

Em dois dias, este é já o segundo caso de tiroteio em Orlando. Na sexta-feira (10), um homem matou a tiros a cantora Cristina Grimmie após um show.

REPERCUSSÃO
Os candidatos à Presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton e Donald Trump, se manifestaram sobre o atentado. Pelo Twitter, Hillary disse que acordou com “a notícia devastadora da Flórida”. “Enquanto esperamos para mais informações, meus pensamentos estão com as pessoas afetadas por este ato horrível”, escreveu a candidata democrata.

Também pelo Twitter, Trump disse que a polícia investiga a possibilidade de terrorismo. “Muitas pessoas mortas e feridas”, lamentou o republicano.

https://br.noticias.yahoo.com/ataque-foi-homof%C3%B3bico-e-n%C3%A3o-religioso-diz-pai-171724159.html

França pretende proibir venda de álcool em sedes da Eurocopa

A França pretende ampliar a proibição da venda e do consumo de álcool nos perímetros sensíveis das cidades-sedes da Eurocopa, o que deve ser imposto tanto nos dias de jogo como na véspera.

O ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve, afirmou à imprensa que, após os distúrbios de ontem em Marselha entre torcedores ingleses e russos, pediu aos governadores regionais que apliquem essas proibições "na véspera e nos dias de jogos e nos dias de abertura das zonas de torcedores". 

O objetivo é impedir "a venda, o consumo e o transporte de bebidas alcoólicas nos perímetros sensíveis", na rua, nas lojas e em estabelecimentos autorizados. 

Cazeneuve também acrescentou que os governadores regiões poderão estabelecer interdições nos terraços de bares e restaurantes para evitar o acesso a objetos "suscetíveis de serem utilizados como projéteis".
Além disso, os torcedores que forem identificados participando de incidentes serão impedidos de se aproximar de estádios, fã zones e outras áreas que as autoridades considerarem potencialmente conflituosas nas cidades-sede da Eurocopa. 

Ontem, oito pessoas foram presas devido aos confrontos entre torcedores russos e ingleses em Marselha. Outros sete acabaram detidas pelo mesmo motivo na sexta-feira. Alguns deles serão julgados a partir de amanhã pela Justiça, indicou a Procuradoria. 

Também foram registrados enfrentamentos na noite de ontem em Nice, com vários feridos. Na tarde deste domingo, os agentes constataram atacantes de torcedores alemães contra ucranianos no centro de Lille, poucas horas antes das seleções dos dois países se enfrentarem na estreia da Eurocopa. 

Cazeneuve defendeu o esquema de segurança de Marselha ao afirmar que ele estava "corretamente dimensionado". Além disso, destacou que as autoridades "foram reativas e conseguiram restabelecer a calma em uma hora e meia ao separar os protagonistas fortemente alcoolizados e prestar imediatamente socorro as feridos", disse. 

Diante das críticas por improvisação, o ministro indicou que não aceitará a ideia de transformar os centros das cidades em fortalezas durante uma competição de futebol. Para ele, os grupos violentos "tomam o esporte como pretexto" e não merecem "complacência". 

"É absolutamente necessário que as federações nacionais dos países cujos torcedores estejam em incidentes desta natureza sejam penalizados", disse Cazeneuve, elogiando a ameaça feita pela Uefa de eliminar Rússia e Inglaterra da Eurocopa em caso de nova violência. 

Os enfrentamentos de ontem entre ingleses e russos em Marselha, que terminaram com 35 feridos, entre eles quatro em estado grave, alimentaram a polêmica medida de proibir o consumo de bebidas alcóolicas, já que muitos dos envolvidos estavam bêbados. 

Havia ontem restrições à venda de álcool nas regiões próximas ao estádio Vélodrome, palco do jogo, e na área de torcedores perto da praia, mas não no centro histórico da cidade de Marselha. Na região do Porto Velho, várias centenas de torcedores entraram em confronto, utilizando garrafas, pedaços de pau, cadeiras e mesas dos bares contra os rivais. 

Em Lens, no norte do país, outra das sedes da competição, as autoridades municipais tinham estabelecido de antemão uma proibição de vendas de bebidas alcóolicas nos dias da partida. 

http://esportes.terra.com.br/futebol/internacional/eurocopa/franca-pretende-proibir-venda-de-alcool-nas-cidades-sedes-da-eurocopa,e74ecba8c9b04eac506389862b5288dewomspu9n.html

Marco Feliciano diz que grupos LGBT usam atentado em Orlando para se promover

Após o atentado a uma boate LGBT em Orlando, EUA, que deixou 50 mortos e 53 feridos na madrugada de domingo, 12, o deputado federal Marco Feliciano (PSC/SP) fez uma série de declarações polêmicas em seu perfil do Twitter. Na rede social, ele disse achar “triste a tentativa de grupos LGBT de usar esta tragédia para se promover, como se a razão deste ataque fosse apenas homofobia”. 

Ainda no Twitter, o deputado acusou os grupos de calarem-se em relação a outros atentados e criticou a esquerda por apoiar a Palestina. “Estes terroristas com quem a esquerda quer dialogar assassinam inocentes, tripudiam sobre seus cadáveres numa luta política insana”, concluiu. 

Feliciano, que também é pastor de uma igreja neopentecostal ligada à Assembleia de Deus, é conhecido por se envolver em polêmicas com grupos LGBT. Um dos principais exemplos talvez seja o projeto da “cura gay”, de 2013, em que propôs um tratamento com o objetivo de curar a homossexualidade. 

Na madrugada de domingo, 12, o americano e filho de afegãos Omar Mateen, 29 anos, abriu fogo em uma casa noturna gay de Orlando. A polícia investiga o caso como terrorismo e o FBI busca elo do autor do atentado com grupos islâmicos.

http://istoe.com.br/marco-feliciano-diz-que-grupos-lgbt-usam-atentado-em-orlando-para-se-promover/

EI assume autoria de massacre em Orlando

O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) assumiu neste domingo a autoria do massacre em uma boate gay de Orlando, no estado da Flórida (EUA) que deixou pelo menos 50 mortos e 53 feridos, informou a agência de notícias "Amaq", ligada aos jihadistas. 

Suspeito do ataque foi identificado como Omar Mateen
Suspeito do ataque foi identificado como Omar Mateen
Foto: CBS / BBCBrasil.com
"O ataque armado cometido em uma boate de homossexuais na cidade de Orlando, no Estado americano da Flórida (...) foi cometido por um combatente do Estado Islâmico", afirmou a "Amaq" em comunicado. 

Esta ação, que começou por volta das 2h (hora local; 3h de Brasília), foi o pior ataque a tiros na história dos Estados Unidos. 

O suposto responsável pelo ataque, um cidadão americano de origem afegã identificado como Omar Mateen, usou um fuzil de assalto e uma pistola. Ele se trancou com reféns na boate Pulse, frequentada por homossexuais, e abriu fogo indiscriminadamente até ser morto pela Polícia. 

Segundo a rede de televisão "NBC News", pouco antes de iniciar o tiroteio, Mateen ligou para o serviço de emergências 911 e declarou lealdade Estado Islâmico (EI). 

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, classificou o ataque como "ato de terrorismo e ódio". 

http://noticias.terra.com.br/mundo/estados-unidos/ei-assume-autoria-de-massacre-em-orlando,9746f845ed55a09fc94c673c66a3a15cbx9c281a.html

 

Líderes mundiais condenam massacre de Orlando

Chefes de Estado e de governo expressam condolências aos Estados Unidos e reforçam urgência de combate a crimes de ódio. 

Uma série de líderes mundiais manifestaram-se sobre o massacre que deixou 50 mortos e 53 feridos numa casa noturna gay de Orlando, na Flórida, nesse domingo (12).  

A chanceler alemã Angela Merkel ao lado do primeiro-ministro chinês Li Keqiang.
A chanceler alemã Angela Merkel ao lado do primeiro-ministro chinês Li Keqiang.
Foto: EFE
"Nós estamos firmemente determinados a continuar com uma vida tolerante e aberta, mesmo que ataques mortais como esse nos causem profunda tristeza", declarou a chanceler federal alemã, Angela Merkel, que iniciou uma visita oficial à China nesta segunda-feira. 

Ao lado do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, Merkel afirmou que é assustador que "o ódio e a maldade de um só homem tenha custado a vida de 50 pessoas". Omar Mateen, de 29 anos, cidadão americano de origem afegã jurou lealdade ao grupo "Estado Islâmico" (EI) antes do ataque. 

O alto comissário da ONU para Direitos Humanos, Zeid Al Hussein, condenou o ataque supostamente planejado devido à orientação sexual das vítimas. 

O presidente russo, Vladimir Putin, enviou condolências ao presidente americano, Barack Obama, e disse que a Rússia compartilha da dor e da tristeza dos familiares das vítimas do "crime bárbaro". 

O presidente de Israel, Reuvén Rivlin, lamentou o massacre no clube Pulse. "O ataque contra a comunidade LGBT de Orlando é tão covarde quanto anormal", escreveu em comunicado dirigido a Obama. "O povo de Israel se mantém ombro a ombro com nossos irmãos e irmãs americanos na luta moral e justa contra toda forma de violência e ódio", disse. 

O governo japonês expressou solidariedade com os Estados Unidos "neste momento difícil". "O terrorismo é um desafio contra os valores que o Japão e os EUA compartilham. Seguiremos trabalhando na luta contra o terror junto à comunidade internacional", afirmou o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, que se mostrou "profundamente comovido e indignado". 

No domingo, Obama classificou o pior massacre a tiros da história recente dos EUA como um ato de terror e ódio. "O massacre nos lembra como é fácil pôr as mãos numa arma que permite a eles atirar em pessoas em escolas, em uma casa de culto, cinemas e clubes noturnos", disse Obama ao reforçar a necessidade de debate sobre o porte de armas no país.

Homenagem no Tony Awards

Na noite de domingo, a cerimônia do Tony Awards, considerado o Oscar do teatro, homenageou vítimas do massacre. 

"A tragédia de vocês é a nossa tragédia. O teatro é um lugar onde há espaço para todo mundo, todas as raças, orientações sexuais e credos. O ódio nunca vencerá", disse o apresentador britânico James Corden no início do evento. 

O musical de hip hop Hamilton venceu a premiação com 11 estatuetas. Ao anunciar o vencedor, a atriz Barbra Streisand se juntou aos atores presentes no palco e prestou uma homenagem aos mortos em Orlando. 

"Hoje a nossa alegria é tingida de tristeza. A arte pode nos educar e divertir e, em momentos como esse, nos consolar", disse. 

http://noticias.terra.com.br/mundo/estados-unidos/lideres-mundiais-condenam-massacre-de-orlando,073e76c8b31ba4d443856ac7e95b89fclozqox08.html

Dunga diz não se preocupar com demissão: "só temo a morte"

Treinador afirma que Brasil teve controle da partida e cita Alemanha ao declarar que trabalho de reformulação na Seleção requer paciência

O novo vexame acumulado no comando da Seleção Brasileira com a eliminação precoce na Copa América edição centenária, na polêmica derrota para o Peru por 1 a 0, neste domingo, pode significar o fim do trabalho para Dunga. No entanto, o treinador mostrou segurança de que ficará no cargo ao responder a única coisa que teme na vida durante a coletiva pós-jogo:

"Só temo a morte. Mais nada", declarou o treinador da Seleção, que usou o exemplo da Alemanha para afirmar que precisa de paciência para evolução do trabalho.

"Estamos fazendo um trabalho de reformulação. É um trabalho que precisa de paciência. A Alemanha demorou 14 anos para chegar no atual patamar. Estamos há dois anos realizando o nosso. No Brasil se cobram um resultado imediato, uma pressão normal", declarou.

Dunga reconheceu também que a pressão por resultados nos Jogos Olímpicos, que acontece em agosto no Rio, será ainda maior depois da eliminação na competição realizada nos Estados Unidos.

"Vai existir a pressão pela medalha de ouro, porque o Brasil nunca venceu. Quando se vem de uma derrota existe uma cobrança por resultados, mas o torcedor viu o jogo e tenho certeza que tem o mesmo sentimento que o nosso. Fomos eliminados não pelo futebol", declarou.
Foto: LANCE!
O treinador brasileiro ainda analisou o desempenho da equipe, e elogiou a movimentação realizada durante o primeiro tempo.

"Vi muitas jogadas combinadas, a individualidade apareceu, mas pecamos em não definir a partida no primeiro tempo. O Peru jogava por uma bola, seja aérea ou no contra-ataque. No fim, em desvantagem, é normal arriscar mais finalizações", analisou. 

http://esportes.terra.com.br/lance/dunga-nao-mostra-preocupacao-com-possivel-demissao-so-temo-a-morte,f48531f404f7ae348c02971fba97f3deurnvjrzo.html

 

A brutal perseguição do Estado Islâmico aos gays

No território dominado pelo grupo que se autodenomina Estado Islâmico (EI), ser gay é um crime punido com morte. E é uma morte violenta: homossexuais são lançados do alto de prédios - e se sobrevivem, são apedrejados. 

O tema das agressões a homossexuais promovidas pelo EI voltou à tona com o massacre ocorrido em uma boate gay em Orlando, o maior atentado a tiros da história recente dos EUA. Cerca de 50 pessoas morreram. 

O atirador, Omar Mateen, era americano de origem afegã e tinha um histórico de homofobia - segundo seu pai, ele ficou "muito irritado" recentemente ao ver um casal gay se beijando em Miami. 

As autoridades acreditam que ele tenha buscado como alvo do ataque um local frequentado por gays - mas isso ainda não foi comprovado. 

Também investiga-se a relação de Mateen com o EI. Há relatos que ele teria jurado lealdade aos extremistas. 

O EI declarou que um "combatente" do grupo havia feito o ataque em Orlando, mas não especificou se estava diretamente envolvido na ação ou se teria apenas inspirado o atirador. 

Caso se confirme esta relação, ela irá se somar a um histórico de agressões do EI a homossexuais.

Aplaudidos

Diversos vídeos e fotos compartilhados por simpatizantes do grupo divulgam a punição que os extremistas reservam aos gays. 

Aqueles que sobrevivem à queda do alto dos prédios são apedrejados em praça pública, sob aplausos das multidões que acompanham o evento. 

Apenas entre janeiro e julho de 2015, o EI diz ter matado 23 gays em áreas controladas pelo grupo na Síria e no Iraque. Mas ativistas dizem que o número pode ser mais alto. 

No ano passado, o estudante de medicina Taim (nome fictício), de 24 anos, contou à BBC como escapou desse destino numa fuga do Iraque ao Líbano. 

"Na nossa sociedade (iraquiana), ser gay é igual a uma sentença de morte. Quando o EI mata gays, muitos ficam felizes porque pensam que somos doentes." 

Ele foi ameaçado pelo Estado Islâmico e depois pela própria família. Religioso, o pai disse que o entregaria ao grupo se ele realmente fosse homossexual. 

"O Islã se opõe à homossexualidade. Meu pai me fez estudar a sharia (lei islâmica) por seis anos porque queria que fosse religioso como ele. Há um hadith (narrativas e pregações atribuídas ao profeta Maomé) que recomenda que homens gays sejam jogados de desfiladeiros, e depois que um juiz ou um califa decida se devem ser queimados ou apedrejados até a morte", disse Taim na entrevista. 

Mas, segundo o pesquisador do Islã Usama Hasan, da Fundação Quilliam, há controvérsias sobre se Maomé realmente pregava contra gays. 

Ele afirma que há muitos hadiths atribuídos ao profeta Maomé e seus discípulos sobre o tema da punição a homossexuais. "Contudo, todos são controversos e nunca houve consenso sobre seu conteúdo, principalmente porque eles parecem contradizer o Alcorão, 4:15-16." 

Ele acrescenta que alguns estudiosos afirmam que Maomé não poderia ter dado nenhuma ordem do tipo porque nunca teria tido conhecimento de nenhum episódio confirmado de homossexualidade.

Homofobia institucionalizada

Não é apenas o EI, porém, que restringe direitos de grupos homossexuais.
Segundo um levantamento da associação Lesbian, Gay, Bisexual, Trans and Intersex Association, em 73 países é crime ser homossexual e, em 13 países - ou partes deles -, a punição é a pena de morte (em alguns, porém, a pena não costuma ser implementada). 

No Iraque, os homossexuais passaram a ser mais perseguidos após a queda de Saddam Hussein. Há muitas mortes causadas pelos próprios familiares - as chamadas "mortes pela honra" - , ou pela ação de milícias. Mas a perseguição também parece ocorrer a mando de forças de segurança oficiais. 

Uma reportagem da BBC de 2012 mostrou que, durante o governo de Saddam (1979-2003), homossexuais desfrutaram de algum grau de liberdade e segurança e, após a invasão americana, grupos liberais esperavam que essa liberdade aumentasse. 

Mas forças conservadoras islâmicas que chegaram ao poder se mostraram resistentes a aceitar valores supostamente ocidentais, incluindo a homossexualidade. 

Em outros países islâmicos, porém, o grau de perseguição é variado. No Líbano, o grupo radical Hezbollah é razoavelmente tolerante à homossexualidade. 

No Irã, onde a prática homossexual é ilegal e comumente punida, a cena "underground" gay também é tolerada. 

Até na ultraconservadora Arábia Saudita a perseguição não parece chegar nos níveis do Iraque.
 
 Gays são lançados de prédios em território dominado pelo EI
Gays são lançados de prédios em território dominado pelo EI
Gays são lançados de prédios em território dominado pelo EI
 http://noticias.terra.com.br/mundo/a-brutal-perseguicao-do-estado-islamico-aos-gays,9af7f5188c99c424bed92320a227d5f6js246i3i.html