segunda-feira, 30 de maio de 2016

Suicídio de adolescente russa de 12 anos revela lado sombrio das redes sociais

Um dia como qualquer outro em uma pequena cidade no centro da Rússia. Uma adolescente de 12 anos se prepara para ir à escola. Seu telefone toca. 

Logo ela está de saída, dizendo que vai à escola com uma amiga. Horas mais tarde, sua mãe visita a escola, mas não há sinais da menina. Ninguém a viu. 

O telefone da mãe toca. O toque identifica que a ligação vem do celular da filha.
"Querida, onde você está?", pergunta a mãe, aliviada.
"Não é sua filha", uma voz estranha responde. "Sua filha está morta."

Subcultura nas redes

Nos meses seguintes ao suicídio da filha - lançando-se do topo de um edifício -, a mãe descobriu com a adolescente havia imergido em uma subcultura de suicídio generalizada nas redes sociais, envolvendo imagens de autoflageção, games alternativos e até o culto de outra adolescente de 16 anos que tirou a própria vida de forma violenta.
Artigos do Grupo da Morte foram já foram lidos mais de 2 milhões de vezes no site da 'Novaya Gazeta'
Artigos do Grupo da Morte foram já foram lidos mais de 2 milhões de vezes no site da 'Novaya Gazeta'
Foto: Novaya Gazeta / BBCBrasil.com
A história é o eixo central de uma longa reportagem de capa no jornal independente Novaya Gazeta sobre os chamados "Grupos da Morte", publicada no dia 16 de maio. 

Nela, a repórter Galina Mursalieva afirma que diversos grupos usam a rede social mais popular da Rússia, VKontakte (VK), para levar jovens vulneráveis ao suicídio. 

Estes grupos são regularmente banidos, mas outros surgem em seu lugar.
Segundo a reportagem, pelo menos 80 casos recentes de suicídio podem estar relacionados a estes grupos online. Quatro mortes, incluindo a da jovem citada acima, ocorreram no mesmo dia de dezembro do ano passado, e mais ou menos da mesma forma. 

A reportagem gerou grande repercussão: foi vista mais de 2 milhões de vezes no site do jornal e despertou um debate nas redes sociais e entre a opinão pública. 

Críticos, entretanto, acusam Mursalieva de ter tratado um assunto complexo com sensacionalismo e de ter dado - ao lado dos pais das vítimas - ênfase exagerado ao papel da internet como causa dos suicídios de adolescentes. 

A autora não chega a esclarecer quais os propósitos dos "Grupos da Morte" e quem está por trás deles.
Após a primeira, outra reportagem, do site Lenta.ru, apresentou uma narrativa mais cheia de nuances, embora não menos preocupante, da subcultura do suicídio na internet. 

O texto sugere que os indivíduos por trás dos grupos atuantes nas redes não são muito mais velhos que os adolescentes a quem eles se dirigem; em muitos casos, exploram cultos suicidas para fortalecer seus próprios egos ou gerar renda com publicidade.

A partir da repercussão das matérias, investigadores em São Petersburgo iniciaram um inquérito criminal para apurar a ação de grupos online que promovem o suicídio. 

Críticos temem que o governo aproveite a investigação para elevar a sua censura na internet.
O que todos concordam é que o suicídio de adolescentes é um problema não apenas na Rússia, como em outras ex-repúblicas soviéticas. 

Um relatório de 2011 da Unicef afirmou que o país tem a terceira mais alta taxa de suicídio adolescente do mundo - três vezes maior que a média global. 

Na Rússia, em média 22 em cada 100 mil adolescentes se suicidam a cada ano - e em duas regiões, Tuva e Chukotka, essa taxa supera 100 por 100 mil. 

No mundo, a média é de 7 por cada 100,000.
O ranking é liderado por outras duas repúblicas integrantes da antiga União Soviética, Cazaquistão e Belarus. 

http://noticias.terra.com.br/mundo/suicidio-de-adolescente-russa-de-12-anos-revela-lado-sombrio-das-redes-sociais,91ba56816fdcdd657691cdbb584fb480jft73vec.html

Caçula de Temer, Michelzinho tem R$ 2 milhões em imóveis

SÃO PAULO – O filho mais novo do presidente em exercício Michel Temer (PMDB), Michel Miguel Elias Temer Lulia Filho, também conhecido como Michelzinho, acaba de completar 7 anos, mas já tem R$ 2 milhões em imóveis.
Com 196 m², cada um dos conjuntos que pertence a Michelzinho está avaliado em R$ 1.024.802
Com 196 m², cada um dos conjuntos que pertence a Michelzinho está avaliado em R$ 1.024.802
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil / O Financista
De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo , o filho do peemedebista é dono de pelo menos dois imóveis no Itaim Bibi, em São Paulo - que abrigam o escritório político de Temer -, cujos valores somados superam R$ 2 milhões. 

Com 196 m², cada conjunto tem valor venal de R$ 1.024.802. Na declaração de bens que Temer apresentou à Justiça Eleitoral em 2014. Cada conjunto é avaliado em apenas R$ 190 mil. 

De acordo com a assessoria do presidente em exercício, a transferência foi feita como doação, uma espécie de antecipação da herança. 

Segundo a publicação, a casa que Temer possui na zona oeste de São Paulo estava subavaliada na declaração de bens do presidente em exercício apresentada quando foi candidato a vice-presidente na chapa da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). 

Em 2014, o peemedebista declarou a residência de 415 m² no Alto de Pinheiros, comprada em 1998, por R$ 722.977,41, mas na Prefeitura, o valor venal do imóvel é de R$ 2.875,109. 

Ainda de acordo com o jornal, entre 2006 e 2014, Temer viu seu patrimônio mais do que dobrar, passando de R$ 2.293.645,53 para R$ 7.521.799,27. 

http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/cacula-de-temer-michelzinho-tem-r-2-milhoes-em-imoveis-diz-estadao,a6142abe08eeadff2a71301158892718u9un8l9t.html

TJ nega afastamento de delegado que investiga estupro no Rio

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) negou ter determinado o afastamento do delegado Alessandro Thiers, da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática, que está a frente das investigações do caso envolvendo uma adolescente de 16 anos estuprada por 33 homens na favela do Morro São José Operário, no Rio. 

Em nota, o tribunal informa que o Plantão Judiciário remeteu o pedido da advogada da vítima - solicitando o afastamento do delegado, para a Vara Criminal sob responsabilidade da juíza em exercício, Angélica dos Santos Costa. A juíza, por sua vez, determinou hoje (29), a distribuição do requerimento da advogada a uma vara criminal, “o que só deverá ocorrer nesta segunda-feira”. 

A informação sobre o afastamento do delegado Thiers foi dada e comemorada em uma rede social por uma das duas advogadas da menor, Eloisa Samy Santiago. Em sua página no Facebook, sob o título Vitória das Mulheres, a advogada escreveu a notícia desmentida pelo tribunal. 

“O Delegado Alessandro Thiers não é mais o encarregado pela investigação do estupro coletivo! A medida foi determinada pela juíza do plantão noturno do Tribunal de Justiça, a qual determinou o desmembramento do inquérito para que as investigações sejam, daqui por diante, conduzidas pela Delegacia da Criança Vítima”, anunciou Eloisa Samy Santiago. 

Segundo a nota do TJ-RJ, consta a informação que a Angélica dos Santos Costa, ao justificar a sua decisão, alegou que “apenas uma peça do inquérito foi apresentada pela advogada da vítima ao Plantão Judiciário: um dos termos de declaração da vítima, o que impossibilita uma melhor avaliação de qualquer medida judicial a ser tomada em sede de plantão noturno”. 

“Ressalte-se que a única peça acostada pela advogada foi o termo de declaração da menor prestado em sede policial no dia 27 de maio do corrente ano. Verificando a referida peça constato que se trata de um segundo termo de declarações onde a menor se nega a responder algumas perguntas da autoridade policial aconselhada pela patrona. Assim, não foi possível uma aferição das medidas postuladas em sede deste plantão, eis que não foi juntado, sequer, o termo de declaração inicial prestado pela vítima”, relata a juíza. 

O processo que investiga o estupro da adolescente na zona oeste da cidade corre “em segredo de justiça”, conclui a nota. O estupro coletivo da menor aconteceu há cerca de uma semana, mas o vídeo com o crime só foi divulgado na Internet, por um dos 33 homens que participaram da violência, na última quarta-feira (25).

http://noticias.terra.com.br/brasil/policia/tj-nega-afastamento-de-delegado-que-investiga-estupro-coletivo,a2ba21ef19f582f7a515006c379a37e4z17lyzq6.html

Delegado é afastado de investigação de estupro no Rio; advogada deixa caso

Após protesto da defesa da jovem de 16 anos violentada no Morro da Barão, zona oeste do Rio, a Polícia Civil decidiu no domingo, 29, passar a coordenação da investigação sobre o crime para a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV). Também no domingo, 29, a advogada Eloísa Samy Santiago, que defendia a adolescente, anunciou que deixou o caso, a pedido da família, que aderiu ao Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte, da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, em parceria com o governo federal. 

Com a decisão, a Polícia Civil se antecipou a um pronunciamento da Justiça, após o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) ter defendido mudanças na condução do inquérito. Segundo a Polícia Civil, a Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), que estava à frente do caso, ficará com a apuração da divulgação de imagens do crime nas redes sociais. 

“A medida visa a evidenciar o caráter protetivo à menor vítima na condução da investigação, bem como afastar futuros questionamentos de parcialidade no trabalho”, diz nota divulgada pela Polícia Civil. 


Em entrevista à TV Globo, o chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, afirmou que a decisão também teve o objetivo de “preservar” o delegado Alessandro Thiers, titular da DRCI. 

Veloso ainda disse que a perícia aponta que não há vestígio de sangue nos vídeos que vazaram na internet e adiantou que o laudo do exame de corpo de delito poderá ir “contra o senso comum” sobre como os fatos aconteceram. 

Antes de deixar o caso, a advogada Eloísa argumentou que a DRCI não deu o tratamento adequado ao crime de estupro e concentrou-se na investigação da publicação das imagens. Apontou também suposta atitude imprópria de Thiers durante depoimentos da vítima. 

Para a advogada, a adolescente foi constrangida, e o delegado não respeitou a condição de vítima de violência sexual. Nos depoimentos, a jovem disse ter sido dopada e atacada por 33 homens armados.
Eloísa foi informada pela avó da adolescente da decisão de dispensar seus serviços na noite de domingo. A advogada se disse “aliviada”, porque estava conduzindo o trabalho sozinha, e demonstrou confiança nos órgãos do Estado. 

No sábado, 28, a advogada encaminhou ao MP-RJ e à Justiça quatro pedidos em relação ao inquérito. A promotoria concordou com três pleitos, incluindo o desmembramento da investigação e o pedido de investigação da conduta do delegado. 

A promotoria entendeu também que a jovem deve ser protegida por medida cautelar da Justiça, nos moldes da Lei Maria da Penha, que pode proibir que suspeitos se aproximem ou mantenham contato com vítimas. A advogada relatou que um dos suspeitos do crime, identificado como Raphael Belo, tem tentado intimidar a adolescente. 

O Sindicato de Delegados de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (Sindepol-RJ) divulgou comunicado em que critica a defensora. No texto, diz repudiar “de forma veemente as declarações oportunistas, assim como qualquer tipo de ingerência nas investigações”. 

Buscas. A PM fez ontem nova operação em busca de suspeitos do crime, assim como havia feito no sábado. A operação começou por volta de 6h30, envolveu 70 policiais e terminou sem nenhuma prisão ou apreensão. Tampouco houve troca de tiros. 

http://istoe.com.br/delegado-e-afastado-de-investigacao-de-estupro-no-rio-advogada-deixa-caso/

‘Tentaram me incriminar na delegacia’, afirma jovem vítima de estupro coletivo

Crédito: Reprodução
Jovem fala em entrevista ao "Fantástico", da TV Globo (Crédito: Reprodução)
 
A adolescente de 16 anos que foi vítima de estupro coletivo no Rio afirmou no domingo, em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, que está recebendo ameaças pela internet e que se sentiu desrespeitada na delegacia onde prestou dois depoimentos.

“Quando vim à delegacia, não me senti à vontade em nenhum momento. Acho que é por isso que as mulheres não fazem denúncias”, disse a adolescente. Ao explicar o que aconteceu na delegacia, a jovem afirmou: “Tentaram me incriminar, como se eu tivesse culpa por ser estuprada”.

A adolescente reclamou da exposição durante o depoimento e da indiscrição dos policiais. Segundo ela, ao ser interrogada, havia três homens dentro da sala, incluindo o delegado Alessandro Thiers, então encarregado do caso.

“A sala era de vidro e todo mundo que passava via. Ele (o delegado) botou na mesa as fotos e o vídeo, assim, expostos e me falou: ‘Conta aí’. Não perguntou se eu estava bem, como estava me sentindo, se tinha proteção. Ele perguntou se eu tinha o costume de fazer isso (sexo grupal), se gostava de fazer isso.” A adolescente afirma que, a partir desse momento, não respondeu mais às perguntas. Nenhum representante da polícia do Rio foi encontrado para comentar as declarações.

Ameaças
Durante a entrevista, a jovem também afirmou que está recebendo ameaças e sofrendo intimidação. “Não posso sair de casa para nada. No Facebook, quando eu entrei, tinha mais de mil mensagens. Tinha gente de Minas Gerais dizendo que ia me matar. Falaram que se eu fosse em alguma comunidade, ia morrer.”

Em entrevista ao programa Domingo Espetacular, da TV Record, ela reiterou que o estupro coletivo aconteceu. A jovem confirmou ter ido a um baile e, em seguida, para a casa de um ex-namorado, onde dormiu. Quando acordou, já estava sendo violentada. Mesmo “gritando e chorando”, disse, os rapazes não paravam.

“Acordei em um ambiente diferente, com um homem embaixo de mim, um em cima, dois segurando na minha mão. Várias pessoas rindo de mim e eu dopada. Vou morrer. Pronto, acabou, pensei.”

A jovem relatou ter contado ao menos 28 rapazes no ambiente, muitos deles armados.
“Era uma casa abandonada, só tinha uma cama, nem lençol tinha, uma geladeira e uma cômoda”, disse. Contou ainda desconhecer os homens que a violentaram e disse só reconhecê-los “de vista”. O ato só terminaria dez minutos depois de ela ter recuperado os sentidos, quando um amigo teria entrado no local e pedido que parassem.

http://istoe.com.br/tentaram-me-incriminar-na-delegacia-afirma-jovem-a-tv/