segunda-feira, 4 de abril de 2016

Mulher é suspeita de ter esfaqueado médico de famosos no Leblon



Uma mulher, de 22 anos, e seu namorado, de 24, foram presos, neste domingo (3), suspeitos de terem esfaqueado um médico na Rua Ataulfo de Paiva, no Leblon (RJ), na última sexta-feira (1).

De acordo com a 14ª Delegacia de Polícia, Bianca Nery Fares e Lucas Silveira da Costa teriam agredido o endocrinologista Fabiano M. Serfaty com um objeto pontiagudo, depois que o médico teria ajudado a mulher, que estava sentada em um banco na esquina com a Rua General Urquiza chorando. Há a suspeita de que Lucas tenha atacado o médico por ciúmes.

De acordo com a Polícia Civil, imagens de câmeras de estabelecimentos comerciais próximos mostram que Lucas corre atrás da vítima juntamente com Bianca. Enquanto o rapaz dá socos no médico, é a jovem que retira um objeto do bolso e atinge a vítima.

No entanto, ainda não se sabe o que motivou o crime, uma vez que a dupla ainda não foi ouvida pela delegada.

Foi expedido contra eles um mandado de prisão preventiva de 30 dias e eles devem ser transferidos para um presídio na segunda-feira. O casal vai responder por tentativa de homicídio qualificado.

De acordo com o boletim de saúde do médico, internado no Hospital Samaritano, ele teria sido atingido no pulmão e se encontrava com quadro estável.

Segundo o Extra, Fabiano M. Serfaty já tratou de atrizes como Fernanda Paes Leme e da jornalista Fernanda Thedim.

http://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/mulher-%C3%A9-suspeita-de-ter-esfaqueado-m%C3%A9dico-de-famosos-no-leblon/ar-BBriIoJ?li=AAggNbi


Lula vira alvo da Lava Jato, agora oficialmente

Em sua 24ª fase, a operação faz buscas no Instituto Lula, na casa do ex-presidente e o leva para depor 

Luiz Inácio Lula da Silva 
Lula em evento da CUT em Belo Horizonte, em agosto: defesa fala em ação ilegal e MPF nega intuito político  

O cerco ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vinha sendo montado nos últimos meses, chegou nesta sexta-feira 4 ao seu ponto máximo, com a deflagração da 24ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Aletheia, em referência a uma expressão grega que significa "busca da verdade".

Cerca de 200 policiais federais e 30 auditores da Receita Federal cumpriram 44 ordens judiciais, sendo 33 mandados de busca e apreensão e 11 mandados de condução coercitiva, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. A operação inclui buscas em cinco municípios paulistas: Guarujá, Diadema, Santo André, Manduri e Atibaia.

Entre os principais alvos da operação estão o Instituto Lula, no bairro do Ipiranga, em São Paulo, e a casa do ex-presidente, em São Bernardo do Campo (SP). Lula foi alvo de um mandado de condução coercitiva, quando o investigado é obrigado a depor, e foi ouvido pela PF no aeroporto de Congonhas.

Instituto Lula critica "arbitrariedade" e vai ao STF
A defesa de Lula havia obtido um habeas corpus impedindo que ele fosse alvo de condução coercitiva, mas a decisão valia apenas para o estado de São Paulo. A operação desta sexta foi deflagrada sob as ordens do juiz Sergio Moro, de Curitiba, que centraliza as investigações da Lava Jato que não envolvem figuras com foro privilegiado.

Em nota, o Instituto Lula afirma que a condução coercitiva contra o ex-presidente, bem como a quebra do sigilo bancário e fiscal do instituto e da empresa LILS Palestras, pertencente a Lula, e do próprio ex-presidente, não são justificadas, uma vez que Lula vem colaborando com as investigações e já entregou seus sigilos bancários e fiscal, bem como os de suas empresas, às autoridades.
Para o instituto Lula, o "único resultado da violência desencadeada" nesta sexta-feira pela Força Tarefa da Operação Lava Jato "é submeter o ex-presidente a um constrangimento público".
Lula
Apoiador de Lula, ferido, exibe a mão ensanguentada após confronto em frente à casa de Lula, em São Bernardo do Campo (SP)
Nesta sexta, a defesa de Lula ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federal na qual solicita a suspensão da Lava Jato. Os advogados do ex-presidente alegam que há duas investigações concomitantes sobre Lula, uma em São Paulo e outra em Curitiba, o que viola as normas legais.

Assim, pediram na semana passada que o STF defina quem tem a prerrogativa de investigar Lula e tinham a expectativa de que tanto o Ministério Público Federal no Paraná quanto o Ministério Público estadual de São Paulo aguardassem a manifestação da ministra Rosa Weber, responsável pelo pedido no Supremo. Para a defesa de Lula, assim, a ação desta sexta é ilegal e afronta o STF.

As acusações contra Lula
Em entrevista coletiva na manhã desta sexta, delegados da Polícia Federal e procuradores do MPF rechaçaram a acusação de que a ação tenha cunho político. Segundo eles, a operação foi feita agora para preservar a ordem e garantir a segurança dos investigados por conta de manifestações política pró e contra Lula.

A alegada intenção não serviu para muita coisa. Houve confronto entre manifestantes pró e contra Lula na manhã desta sexta-feira em frente à casa do ex-presidente.

Estão sendo apurados na Operação Aletheia, segundo o MPF, possíveis crimes de corrupção e lavagem de dinheiro oriundo de desvios da Petrobras. A suspeita dos investigadores é que Lula teria recebido dinheiro sujo por meio de pagamentos dissimulados feitos pelo pecuarista José Carlos Bumlai e pelas construtoras OAS e Odebrecht.

Os pagamentos teriam ocorrido, dizem os investigadores, por meio da destinação e reforma de um apartamento triplex no Guarujá e de um sítio em Atibaia, da entrega de móveis de luxo nos dois imóveis e da armazenagem de bens por transportadora. Também são apurados pagamentos ao ex-presidente, feitos por empresas investigadas na Lava Jato, a título de supostas doações e palestras.

A intenção da Polícia Federal e do Ministério Público Federal de enquadrar Lula havia ficado clara no fim de janeiro, quando foi deflagrada a 22ª fase da Operação Lava Jato, nomeada de Triplo X, uma referência ao triplex no Condomínio Solaris, no Guarujá, que teria sido usado para repassar propina obtida em contratos com a Petrobras. 

http://www.cartacapital.com.br/blogs/parlatorio/lula-vira-alvo-da-lava-jato-agora-oficialmente?ref=yfp
 

Lula usa hotel em Brasília como 'QG da crise'


Alvo da Lava Jato e impedido de pisar no Planalto, ex-presidente recebe ali ministros e dirigentes de partidos 

Menos de sete quilômetros separam o Palácio do Planalto do hotel onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem feito articulações políticas desde que teve a nomeação suspensa para a Casa Civil. Alvo da Operação Lava Jato e impedido de pisar no Planalto, Lula recebeu ali, nos últimos dias, ministros e dirigentes de partidos, além de deputados e senadores da fraturada base de sustentação do governo no Congresso. "Nunca pensei que a situação estivesse tão crítica", disse ele, numa referência às "demandas represadas" dos aliados. "Estamos comendo o pão que o diabo amassou".
Lula é ministro? Site criado recentemente responde a pergunta em tempo real
Reprodução de Internet
Lula é ministro? Site criado recentemente responde a pergunta em tempo real
A suíte do hotel onde Lula costuma se hospedar, em Brasília, foi transformada em uma espécie de quartel-general do "Fica Dilma". O hotel é o mesmo onde morava o senador Delcídio Amaral (ex-PT-MS), que ali foi preso pela PF, acusado de atrapalhar a Lava Jato.

Vez por outra Lula sai do gabinete de crise improvisado e se reúne com interlocutores em local reservado. Na quarta-feira, por exemplo, ele foi ao apartamento do senador Jader Barbalho (PMDB-PA) e acertou a permanência de Helder Barbalho na Secretaria dos Portos, mesmo após o PMDB ter anunciado o divórcio do governo. Helder é filho de Jader.

Na quinta, antes de voltar para São Paulo, acometido por forte gripe, o ex-presidente se encontrou com o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), que foi ministro da Integração no governo Dilma Rousseff. Partido do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em 2014, o PSB passou para a oposição, sob o argumento de que Dilma "perdeu a credibilidade e a capacidade de governar".

Ainda assim, Lula tenta "pescar" votos avulsos naquela seara. Pela sua contabilidade, o PSB poderia contribuir com "uns seis ou sete votos" de um total de 31. Já o PMDB, mesmo rachado, teria "potencial" para dar a Dilma cerca de 35 dos 68 votos da bancada.

Se depender de Lula, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB), deve sair da equipe. Dilma resiste porque Kátia é sua amiga, mas ele avalia que a ministra não tem como conseguir apoio para a presidente. Numa das reuniões, petistas lembraram que o filho de Kátia, o deputado Irajá Abreu (PSD-TO), já votou contra o Planalto.
Novos tempos
Nas conversas para convencer aliados, Lula diz que, vencido o impeachment, Dilma está disposta a "refundar" o governo e a mudar a cara da administração. Foi dele a ideia de dialogar com todas as forças políticas, incluindo a oposição, liderada pelo PSDB, para tentar um "pacto nacional".

Na avaliação de Lula, porém, Dilma precisa lançar com urgência medidas para pôr "dinheiro na mão do pobre". Ele chegou a se irritar com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, para quem essas iniciativas já estão em andamento. "Então vocês precisam se comunicar melhor porque, se eu não sei, ninguém sabe", retrucou Lula.

Em outra frente, emissários do ex-presidente também procuraram, nos últimos dias, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pediram ajuda para enfrentar a crise. O governo diz estar preocupado com o acirramento dos ânimos e o clima de intolerância que tomou conta do País.

"Não podemos deixar o Brasil se fragmentar em nome de uma disputa política. Precisamos conviver com a diversidade de forma pacífica", afirmou o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva.

Durante muitos dias, Lula também tentou um acordo com o vice-presidente Michel Temer, antes do encontro do PMDB que selou o rompimento com o governo. Levou um chá de cadeira e, quando finalmente conseguiu falar com Temer, fracassou na missão. "A presidente nunca quis me ouvir", disse-lhe o vice.

No 4º andar do Planalto, um acima de Dilma, o gabinete da Casa Civil - até 16 de março ocupado pelo ministro Jaques Wagner - foi esvaziado para receber Lula. Até agora, porém, está fechado. Virou "ponto turístico" de servidores, que querem saber quando o ex-presidente vai ocupá-lo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2016-04-03/lula-usa-hotel-em-brasilia-como-qg-da-crise.html

 

Posto de gasolina e presente misterioso: assim começou o escândalo do governo

Em março de 2014 a polícia federal investigou uma casa de câmbio no posto dando início à operação Lava Jato


Protestos contra o governo federal já levaram milhões de pessoas às ruas nos últimos meses. O imenso escândalo de corrupção que sitia o governo brasileiro nasceu quase por azar, em um posto de gasolina. E prosseguiu com um presente caro que deixou os investigadores intrigados.
Dilma com o vice-presidente Temer e os ministros Aloísio Mercadante e Nelson Barbosa
Agência Brasil
Dilma com o vice-presidente Temer e os ministros Aloísio Mercadante e Nelson Barbosa
O Posto da Torre ocupa um grande espaço comercial no centro de Brasília e tem, além de 16 bombas de combustível, um minimercado, um café e uma lavanderia. Quando a Polícia Federal chegou ali há dois anos, havia também uma casa de câmbio onde suspeitava-se que ocorria lavagem de dinheiro. 

A operação policial foi batizada de Lava Jato, ainda que no local não houvesse um serviço de limpeza de carros. O nome passou a ser usado para todo o caso de corrupção que envolve a Petrobrás e levou para atrás das grades políticos e empresários poderosos e fez do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva um alvo de investigação. Com mais de 90 condenações realizadas até agora e cerca de R$ 2,7 bilhões recuperados pelos investigadores, é considerado o maior escândalo do gênero na história do país.

O terremoto político desatado pode custar caro à presidente Dilma Rousseff, que tem índices de popularidade baixíssimos e enfrenta uma ação da oposição para encerrar seu mandado com um processo de impeachmente no Congresso e outro no Tribunal Superior Eleitoral.

Lavagem de dinheiro
Ex-presidente Lula está sendo investigado na Operação Lava Jato. Era difícil prever todo este cenário quando os agentes chegaram àquele posto de gasolina em 17 de março de 2014. "Ninguém imaginava que a Lava Jato ia se tornar o que é hoje", disse um policial federal que, desde o início, está próximo das investigações feitas a partir de Curitiba, no Paraná. "Era algo pequeno que só fez crescer desde então. "O posto em Brasília entrou na mira dos investigadores depois que começaram a ser monitoradas as comunicações telefônicas de seu dono, Carlos Chater, em julho de 2013. Haviam chegado a ele ao averiguar supostos delitos de lavagem de dinheiro vinculados ao ex-deputado José Jatene, que, até sua morte, em 2010, tinha negócios no Paraná.

Organizações criminosas
Fiscais brasileiros tiveram trabalho para entender por completo o esquema de corrupçãoA supeita era que Chater atuava como doleiro, nome dado no mundo do crime a operadores ilegais do mercado de câmbio que criam uma espécie de sistema bancário oculto usado por indivíduos e organizações para ocultar e lavar dinheiro sujo.

Depois de monitorar Chater por alguns meses, os investigadores concluiram que, na realidade, não estavam diante de uma, mas quatro organizações criminosas que interagiam entre si, tendo doleiros no seu comando.Uma delas era encabeçada por Chater, que mais tarde seria condenado à prisão pelo juiz à frente da causa, Sérgio Moro, por lavagem de dinheiro.Outra das organizações tinha como chefe Alberto Youssef, que, segundo os fiscais, era um "antigo conhecido da Procuradoria da República e da Polícia Federal".

Presente luxuoso
Polícia Federal já realizou diversas operações e prisões desde o início das investigaçõesDe fato, Youssef já havia sido preso em 2003 por lavagem de dinheiro e outros crimes contra o sistema financeiro em um caso anterior de evasão de fundos do banco Banestado.Naquela ocasião, ele conseguiu escapar de uma pena maior firmando um acordo de colaboração inédito no Brasil, para reduzir sua condenação em troca de fornecer informações, homologado pelo juiz Moro.

O caso Banestado foi certamente um antecedente chave para o escândalo que estremece o Brasil agora: além ter à frente o mesmo juiz, vários investigadores daquele esquema ilícito passaram a trabalhar na Lava Jato.Quando voltaram a monitorar Youssef por seu vínculo com Chater, os agentes encontraram um email que aludia a um presente luxuoso: uma caminhonete Range Rover Evoque.

Vínculo com a Petrobrás
Á frente do caso, o juiz Sérgio Moro é hoje aclamado por parte da populaçãoEles se assombraram ao descobrir que o destinarário do presente de Youssef era Paulo Roberto Costa, que, entre 2004 e 2012, havia sido diretor de abastecimento da Petrobrás, um cargo crucial no gerenciamento de contratos.O vínculo da petroleira estatal com a rede ilegal de lavagem de dinheiro e subornos acabou sendo exposto para os investigadores. Mas eles só conseguiram resolver o quebra-cabeças meses mais tarde.A primeira fase da Lava Jato iniciada no posto de gasolina em Brasília resultou em 81 mandados de busca e 28 de prisão preventiva em várias cidades do país. E foram apreendidos carros esportivos, jóias, obras de arte e relógios de luxo.

O propósito era desarticular uma rede que lavava dinheiro do narcotráfico, do comércio ilegal de diamantes e de desvio de dinheiro público.ReviravoltaProcesso de impeachment acirrou polarização social e política no BrasilCosta, ex-diretor da Petrobrás, foi preso em 20 de março de 2014, depois que seus familiares foram registrados por câmeras de segurança entrando e saindo em um edifício onde funcionava a empresa de Costa com bolsas e mochilas. Segundo os policiais, eles estavam destruindo provas.

A colaboração internacional também foi importante: promotores suíços informaram seus pares brasileiros que havia nos bancos do país mais de US$ 23 milhões (R$ 82,6 milhões em valores atuais) em contas pertecentes a Costa.Tudo indicava aos investigadores que havia um esquema oculto de desvio e lavagem de dinheiro proveniente da Petrobrás, mas faltava descobrir exatamente como ele funcionava e até onde chegava.Então, o caso teve uma reviravolta importante quando, em agosto de 2014, Costa chegou a um acordo de delação para reduzir sua pena. Em troca, deveria devolver dinheiro, relatar os crimes e indicar os outros implicados. Logo, Youssef fez o mesmo - e ele tinha bastante o que revelar.

Acordos de delação
Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobrás, foi uma peça-chave no casoCom esses novos testemunhos, os promotores denunciaram que as principais construtoras do país, entre elas gigantes como Odebrecht e Camargo Corrêa, haviam formado um cartel para repartir entre si contratos multimilionários com a Petrobrás.Para obtê-los, pagavam subornos a diretores da empresa e a meia centena de políticos de diferentes partidos, inclusive o Partido dos Trabalhadores (PT) e seus aliados.

O dinheiro desviado variava entre 1% e 3% do valor dos contratos e ia para empresas que o disfarçava como pagamentos por consultorias para depois passarem por Youssef e outros doleiros antes de chegar a seus destinatários.O escândalo não parou de crescer, alimentando um total de 49 acordos de colaboração que permitiram recuperar quase metade dos US$ 1,77 bilhão pagos em subornos, segundo os promotores.

Mil anos de prisão
Marcelo Odebrecht, ex-presidente da construtora que leva o nome de sua família, foi preso por pagar propinasAté o momento, 179 pessoas foram acusadas criminalmente. As condenações já emitidas em primeira instância somam quase mil anos de prisão.Entre eles, estão o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari, antigos diretores da Petrobrás e o ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, condenado a 19 anos e 4 meses de prisão.Youssef e Costa recebram também penas de 20 anos e alguns meses de prisão cada um. Mas, como tinham condenações prévias e foram delatores no caso, poderão receber benefícios de Moro.

Agora, resta a pergunta de até onde chegará a investigação.Lula investigadoJoão Vaccari, ex-tesoureiro do PT, foi condenado pela JustiçaO ex-presidente Lula está sendo investigado por suspeitas de ter recebido benefícios das construtoras. Mas ele nega isso e critica Moro e os investigadores, inclusive sugerindo que eles causaram prejuízos à economia brasileira.Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal (STF) pediu a Moro que enviasse à Corte as investigações sobre Lula, que agora deve resolver se continua com elas ou as devolve total ou parcialmente ao juiz.

Em sua decisão, o ministro Teori Zavascki criticou o fato de Moro ter divulgado conversas telefônicas de Lula gravadas por meio de escutas, inclusive uma com a presidente Dilma Rousseff que aumentou as suspeitas de que ela o nomeou ministro para dar a Lula foro privilegiado e evitar sua eventual prisão. A nomeação de Lula foi suspensa pelo ministro Gilmar Mendes.Nesta semana, o STF decidiu retirar de Moro, no momento, todos os procedimentos de investigação envolvendo esta interceptação telefônica do ex-presidente.

Os ministros foram unânimes ao dizer que cabe à Corte analisar as gravações, já que envolvem autoridades com foro privilegiado, como Dilma e o ministro Jaques Wagner.Os ministros decidirão se as investigações serão integralmente mantidas no STF ou desmembradas para que continuem sob a jurisdição de Moro os procedimentos contra pessoas sem foro privilegiado, como Lula, já que sua nomeação está suspensa.

A expectativa é de que na próxima semana o Supremo julgue se ele poderá ou não assumir a Casa Civil.Enquanto isso, o posto de gasolina onde tudo começou continua a atender a centenas de veículos por dia na capital do país. Mas, agora, faz isso sem abrigar uma casa de câmbio em suas dependências.Leia também: Oito mapas que definem peso do Brasil no mundo.

http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2016-04-03/posto-de-gasolina-e-presente-misterioso-assim-comecou-o-escandalo-do-governo.html

Pesquisa: 74% de quem se declara de direita defende novas eleições

Ainda segundo a pesquisa da plataforma Dizgoo junto a internautas do iG, apenas 37% de quem é de direita ficará feliz caso Temer ocupe a Presidência no lugar de Dilma Rousseff

Situação da economia brasileira não deve melhorar no curto prazo para metade dos entrevistados de direita
Marcos Santos/USP Imagens
Situação da economia brasileira não deve melhorar no curto prazo para metade dos entrevistados de direita
Pesquisa com internautas do iG com a plataforma Dizgoo, feita entre 30 e 31 de março com a participação de 3.985 leitores, mostra que 74% dos entrevistados que dizem ser da direita defendem novas eleilções presidenciais.

Do total de entrevistados, 3.438 declararam ser de direita (242), de esquerda (985) ou simplesmente não sabiam qual era sua preferência política – a maioria (1.040).

Ainda segundo os que se declaram de direita, 37% dizem que ficarão felizes com Michel Temer (PMDB) no lugar de Dilma Rousseff (PT) como presidente da República. 

Entre os que disseram ser de esquerda, 83% dizem apoiar a permanência de Dilma Rousseff no comando do País. Apenas 19% dos que afirmam ser de direita defendem que a presidente não seja destituída do cargo por meio do processo de impeachment.

A possibilidade de mudanças na economia do País divide opiniões entre os que se declaram como de direita: metade está otimista caso Temer chegue à Presidência. Os outros 50% afirmam estar pessimistas. Ainda segundo os entrevistados que afirmam ser de direita, apenas 37% dizem que o PMDB traiu Dilma ao deixar a base do governo

Para 72% dos entrevistados de esquerda, o PSDB não deve fazer parte de um eventual governo de Michel Temer. Já entre aqueles que são de direita, 56%  entendem que o PSDB deve integrar a base de um possível novo governo liderado pelo peemedebista.

http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2016-04-04/pesquisa-74-de-quem-se-declara-de-direita-defende-novas-eleicoes.html

O abandono do governo dentro do mais alto escalão do Judiciário vai além da perspectiva sobre o impeachment

Ministros do Supremo Tribunal Federal, tidos como simpáticos à gestão da presidente Dilma Rousseff, têm começado a questionar a petista em conversas de bastidores. Até o fim do ano passado, o STF parecia ao Planalto um palco mais amistoso do que o Congresso, mas o panorama mudou nos últimos dias com o agravamento da crise.
Nomeação de Lula para a Casa Civil começa a ser vista como forma de obstrução da Justiça
Agência Brasil
Nomeação de Lula para a Casa Civil começa a ser vista como forma de obstrução da Justiça
O abandono do governo dentro da Corte vai além da perspectiva sobre o impeachment. Integrantes do Tribunal dizem, reservadamente, ver indicativos claros de que há indícios para investigar a presidente por tentativa de obstrução da Justiça em razão da indicação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a chefia da Casa Civil. O sinal foi dado, na avaliação de um ministro, na decisão do plenário desta semana, que manteve no Supremo os grampos de Lula.

"Para afirmar o que a maioria do Tribunal afirmou, é preciso reconhecer que há indícios de infração penal (por parte de Dilma)", diz um ministro que participou do julgamento. Na avaliação dele, o caso só foi mantido na Corte porque há suspeita de irregularidades cometidas pela presidente, que tem prerrogativa de foro. Do contrário, o caso poderia ser conduzido na primeira instância pelo juiz Sérgio Moro.

Relator da Operação Lava Jato no STF, o ministro Teori Zavascki não entrou, durante o julgamento, no mérito da discussão sobre uma eventual investigação de Dilma - que precisa ser solicitada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot -, mas deu indicativos, na interpretação desse integrante do Tribunal, de que há gravidade na conversa.

A análise sobre a deterioração do governo extrapola os gabinetes dos ministros tradicionalmente críticos a Dilma e agora faz parte do discurso de magistrados contabilizados pelo Palácio do Planalto, até hoje, como votos governistas.

Um ministro da Corte com boa interlocução com o Executivo já tem feito previsões de que o "triunvirato peemedebista" deve prosperar até a metade do ano. A expressão é uma referência interna à possibilidade de o vice-presidente da República, Michel Temer, assumir o governo no caso de afastamento, tendo como colegas de partido os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), e do Senado, Renan Calheiros (AL).

"O trem saiu da estação." É assim que outro ministro define o processo "sem volta" de afastamento de Dilma. Para o mesmo magistrado, o Brasil vive uma crise aguçada por ações desastradas no campo econômico e o "fundo do poço parece nunca chegar". O coro é reforçado por um terceiro integrante do Tribunal, para quem o impeachment se dá pelo esfacelamento da base aliada diante da derrota do presidencialismo de coalizão na gestão Dilma.

Nomeado ao STF pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dias Toffoli se afastou do Planalto durante o primeiro mandato de Dilma e se aproximou do maior desafeto de petistas hoje no Tribunal: o ministro Gilmar Mendes. Interlocutor do Planalto no Judiciário avalia que outros dois ministros, Celso de Mello e Cármen Lúcia, têm demonstrado decepção com o governo do PT. Quem mantém o contraponto às vozes críticas ao governo é Marco Aurélio Mello. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2016-04-03/ministros-do-stf-comecam-a-questionar-a-presidente-dilma.html


Dilma entrega nesta 2ª sua defesa no processo de impeachment




O prazo para a presidente Dilma Rousseff apresentar sua defesa, por escrito, na comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa o processo de impeachment, termina nesta segunda-feira (4), quando deverá ser realizada a décima e última sessão ordinária da Casa destinada à contagem de prazo para que defesa da presidenta seja apresentada.


Com a defesa em mãos, o relator dos trabalhos da comissão, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), vai elaborar o parecer, que será votado pela comissão e depois pelo plenário da Câmara. A defesa de Dilma deverá ser entregue à comissão às 16h30m desta segunda-feira pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que fará a sustentação oral para os integrantes do colegiado. 

A confirmação da entrega da defesa foi feita pelo vice-líder do governo, deputado Paulo Teixeira (PT-SP). A partir daí, haverá um prazo de até cinco sessões ordinárias da Câmara para o relator elaborar o parecer, que será discutido e votado pelos integrantes da comissão. Para ser aprovado, é necessária a maioria simples dos votos. 

Jovair Arantes já disse que pretende apresentar o parecer na quarta (6) ou na quinta-feira (7), para que possa ser iniciada a discussão. O relator quer antecipar a apresentação do parecer por entender que haverá pedido de vista e que isso pode atrasar a votação em duas sessões. Para a aprovação do parecer na comissão, é necessária a maioria simples dos votos dos presentes, desde que estejam presentes pelo menos metade mais um dos integrantes do colegiado, que é composto de 65 deputados titulares. 

Depois de votado o parecer na comissão, a tramitação do processo passa para o plenário da Câmara, a quem cabe decidir se ele será encaminhado para apreciação do Senado. Para ser aprovado pelos deputados e encaminhado ao Senado, são necessários os votos favoráveis de no mínimo 342 deputados, dos 513 membros da Câmara. O presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), prevê que  as discussões e votações do processo de impeachment serão deverão demorar três dias. Com isso, a votação na Câmara poderá ocorrer antes do dia 21 de abril. 

http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/impeachment/termina-nesta-segunda-prazo-para-defesa-de-dilma-no-processo-de-impeachment,3b3724725f87bca3b6f889b43cf1a96521t9quxl.html