quarta-feira, 23 de março de 2016

Multidão protesta no STF contra decisão de Teori sobre Lula

Cercaa de 300 manifestantes se reuniram no início da noite de hoje (23) em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) para defender o impeachment da presidenta Dilma Rousseff e criticar o ministro Teori Zavascki, que proferiu ontem (22) decisão para paralisar as investigações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que estavam nas mãos do juiz federal Sérgio Moro.

Manifestantes contrários ao governo fazem ato em frente ao Supremo Tribunal Federal
Além de levarem faixas, bandeiras do Brasil e buzinas para defender Moro e saída da presidenta, os manifestantes fizeram um caixão para simbolizar o enterro do STF, do PT e de Zavascki. O barulho dos manifestantes não foi ouvido pelos ministros da Corte, porque hoje começou o feriado de Páscoa na Suprema Corte e a sede do tribunal está fechado

Governo envia projeto para fechar ano com rombo de R$ 96 bi


Um dia depois de fazer um contingenciamento (bloqueio de verbas) adicional de R$ 21,2 bilhões no Orçamento, a equipe econômica quer reduzir a meta fiscal para 2016. Até segunda-feira (28), o governo enviará ao Congresso projeto para alterar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e permitir que a União possa fechar o ano com déficit primário de R$ 96,7 bilhões.


O novo deficit é R$ 36,45 bilhões maior que o anunciado em fevereiro, quando o governo tinha anunciado que o governo pediria autorização para encerrar o ano com déficit de R$ 60,2 bilhões. O deficit primário é o resultado negativo das contas do governo antes do pagamento dos juros da dívida pública.

Ao explicar a medida, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, disse que a queda de arrecadação decorrente do desempenho da economia justificou a revisão da meta. “Para que o governo ajude a economia a se estabilizar e fazer com que o emprego e a renda se recuperem mais rapidamente, estamos propondo uma nova meta fiscal. Tomamos a decisão depois de verificar a evolução de despesas no primeiro trimestre e de promover conversas dentro do governo e com parlamentares”, explicou.

Para chegar à nova meta fiscal, o projeto propõe o abatimento de até R$ 120,7 bilhões da meta fiscal para este ano, segundo o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. Desse total, R$ 82 bilhões corresponderiam à frustração de receitas – R$ 40,3 bilhões de receitas administradas (tributos administrados pela Receita Federal) e R$ 41,7 bilhões de receitas não administradas (operações com ativos, dividendos de estatais e receitas de concessões públicas).

Os R$ 38,7 bilhões restantes corresponderão à autorização para o governo gastar R$ 3 bilhões em ações de prevenção à dengue, à febre chikungunya e ao vírus Zika e R$ 9 bilhões em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que estão paralisadas. O governo pedirá ainda a dedução de até R$ 3,5 bilhões de gastos com defesa e de até R$ 1,95 bilhão da regularização do Fundo de Apoio à Exportação e proporá a recomposição do contingenciamento de R$ 21,2 bilhões anunciado ontem.

Originalmente, o governo pretendia abater R$ 84,2 bilhões da meta fiscal, com R$ 72,2 bilhões decorrentes da frustração receitas – R$ 30,5 bilhões de receitas administradas e R$ 41,7 bilhões de receitas não administradas. Os valores para os gastos com saúde pública e o PAC foram mantidos.

Segundo Barbosa, o déficit primário pode aumentar em R$ 6 bilhões dependendo da adesão dos governadores à proposta de renegociação da dívida dos estados e do Distrito Federal com a União. Nesse caso, o resultado negativo poderia chegar a R$ 102,7 bilhões.

O Orçamento aprovado pelo Congresso no fim do ano passado estabelece uma meta de superávit primário – economia para pagar os juros da dívida pública – de R$ 24 bilhões para o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) para este ano. No entanto, o agravamento da crise econômica e a queda da arrecadação dificultaram o cumprimento da meta.

http://economia.terra.com.br/governo-envia-projeto-para-encerrar-ano-com-deficit-primario-de-r-967-bilhoes,94630af72cc7e59c920e829207889c46o2fmeumm.html
Segundo Barb

OAB apresentará novo pedido de impeachment contra Dilma Rousseff

Delação premiada do senador Delcídio do Amaral que envolve presidente deve ser incluída na requisição na próxima semana.

Grampos envolvendo Dilma e Lula foram deixadas de lado pela OAB no pedido de impeachment
Lula Marques/ Agência PT - 23.03.16
Grampos envolvendo Dilma e Lula foram deixadas de lado pela OAB no pedido de impeachment
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) irá protocolar na próxima segunda-feira (28), na Câmara dos Deputados, um novo pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, em que inclui as acusações feitas contra a petista pelo senador Delcídio do Amaral (atualmente sem partido) em delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato.
A delação do ex-líder do Senado foi considerada como fundamental para o apoio da Ordem à cassação do mandato de Dilma. Segundo Delcídio, a presidente teria tentado interferir nas investigações da Operação Lava Jato em ao menos três vezes. O pedido da entidade também trará as denúncias sobre as pedaladas fiscais e a renúncia fiscal autorizada para a realização da Copa do Mundo de 2014.
Caberá ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidir se aceita ou não o pedido formulado pela OAB. Caso isso aconteça, uma nova comissão de deputados precisará ser eleita para analisá-lo, o que possivelmente só aconteceria após o resultado dos trabalhos da primeira comissão.
As declarações do ex-líder do governo no Senado haviam sido anexadas por Cunha ao processo que já tramita na Casa contra a presidente. No entanto, a comissão do impeachment decidiu retirá-las do processo por considerar que a inclusão da delação deveria ter sido feita pelos juristas Miguel Reale Júnior, Hélio Bicudo e Janaína Paschoal, autores do pedido.
No pedido dos três juristas, que foi aceito por Cunha no ano passado, foram citadas apenas as denúncias referentes às pedaladas fiscais de 2014 e a assinatura de decretos de abertura de crédito sem autorização do Congresso. A oposição na Câmara havia manifestado interesse em incluir no processo as denúncias de Delcídio, mas para evitar que o assunto fosse judicializado, a bancada optou por abrir mão do depoimento do senador e estuda incluí-lo em um novo pedido a ser apresentado a Cunha.
As escutas telefônicas envolvendo Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que revelam suposta manobra da presidente para interferir no Judiciário, foram deixadas de lado pela OAB. A entidade reconheceu haver dúvidas sobre a legalidade da quebra de sigilo das conversas. Na terça-feira (22), o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), devolveu sigilo às gravações e determinou o envio de todo o material à Suprema Corte.
http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2016-03-23/oab-apresentara-novo-pedido-de-impeachment-contra-dilma-rousseff.html

"Só recebo doação de caixa 1", declara Cunha

Presidente da Câmara foi citado em planilha da Odebrecht com políticos e partidos que teriam recebido propina da empreiteira.

Para Cunha, divulgação da planilha não deve mudar opinião de deputados sobre impeachment
O presidente da Câmara dos Deputados e primeiro político réu na Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), confirmou nesta quarta-feira, 23, que pediu doações da empreiteira Odebrecht para seu partido, mas negou que tenha recebido recursos em sua própria campanha. "Só recebo doação de caixa 1", afirmou.
Em entrevista ao final de sessão na Câmara, Cunha disse que não viu a divulgação da planilha da empresa. "Não vi que planilha é, mas várias empresas fizeram doações que foram pedidas, certamente para a minha campanha não foi. Se eu pedi foi para o PMDB e alocada em outras campanhas, como já falei outras vezes. Então eu não sei o que é, mas é normal", disse.
"A Odebrecht doou para o PMDB em alguns momentos a meu pedido, para a campanha do Henrique (Eduardo Alves), enfim, para o PMDB e o partido distribuiu, não diretamente para a minha campanha, se eu bem recordo", completou
O peemedebista revelou que foram realizadas várias doações ao partido e negou que tenha ocorrido recurso de caixa 2. "Não temo absolutamente nada de ninguém", enfatizou.
Cunha riu quando foi questionado sobre seu apelido e disse não saber o significado de ser chamado de "Caranguejo" e disse que "quem apelidou é que tem que dizer". Segundo o presidente da Câmara, várias pessoas do PMDB se reuniram com representantes da empreiteira para discutir doações, mas ele não se lembra com quem.
Manobras
Sobre o andamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, Cunha disse que a cada hora que passa cresce o número de parlamentares favoráveis ao afastamento da petista. O peemedebista acredita que a divulgação da lista da empreiteira não deve interferir na opinião dos parlamentares sobre o impeachment.
Questionado sobre os pedidos de petistas para que seja feita nova notificação de Dilma e a recontagem de prazo para defesa na comissão processante, Cunha - que tenta agilizar o andamento do impeachment enquanto seus aliados manobram há mais de três meses para adiar o processo contra ele no Conselho de Ética - criticou o PT e disse que a sigla tem um discurso diferente da prática.
Para Cunha, divulgação da planilha não deve mudar opinião de deputados sobre impeachment
Para ele, os petistas agem de uma maneira na comissão do impeachment e de outra com ele. "Lá (na comissão do impeachment) eles querem tudo", reclamou. "O discurso do PT é um e a prática é outra, isso faz parte da cultura do PT em todos os sentidos."
O deputado voltou a defender que o seu partido deixe de continuar atrelado ao projeto de governo petista. "O PMDB tem que ter compromisso com o País e com aquilo que ele entende que é melhor para o País, não tem continuar atrelado ao projeto do PT, que grande parte do PMDB não apoia, não fez parte desse projeto, só serviu para dar apoio parlamentar", concluiu.
http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2016-03-23/so-recebo-doacao-de-caixa-1-declara-cunha.html

Coreia do Norte ameaça atacar casa presidencial sul-coreana

Aviso surge no momento em que ocorrem manobras militares conjuntas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul na região.

Soldados sul-coreanos participam de treinamento militar em Pohang, na Coreia do Sul
Kim Jun-Bum/ Associated Press/ Estadão Conteúdo
Soldados sul-coreanos participam de treinamento militar em Pohang, na Coreia do Sul
A Coreia do Norte ameaçou nesta quarta-feira (23) atacar a Casa Azul, residência oficial da presidente sul-coreana, Park Geun-hye, no momento em que ocorrem manobras militares conjuntas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul na região.
A Casa Azul, localizada na zona norte de Seul, “pode converter-se em um mar de fogo e arder em cinzas se pressionarmos um botão e lançarmos os nossos ataques”, diz o comunicado do Comitê para a Reunificação Pacífica da Coreia, o órgão encarregado das relações com a Coreia do Sul.
“A partir de agora, as nossas forças militares e revolucionárias vão conduzir uma guerra de represálias para eliminar, em nome da justiça, os seguidores dos Estados Unidos e de Park Geun-hye", acrescenta a nota, publicada no portal norte-coreano "Uriminzokkiri".
O comitê assegurou que a Coreia do Norte não vai recorrer a palavras vazias, apesar de, nos últimos anos, ter feito diversas ameaças desse tipo sem ter concretizado os ataques. Alertou também que a paciência de Pyongyang, a capital norte-coreana, está se esgotando perante as “imprudentes provocações” da Coreia do Sul e dos Estados Unidos, numa referência às manobras militares que os dois países fazem em território sul-coreano desde o início de março e que duram até o fim de abril.
A Coreia do Norte, que considera os exercícios um “ensaio de invasão”, já respondeu com ameaças de um ataque preventivo e vários lançamentos de mísseis de curto e médio alcance para o mar, o mais recente na segunda-feira (21).
A última ameaça agrava a tensão surgida depois de Pyongyang ter feito o quarto teste nuclear em janeiro e lançado, em fevereiro, um foguete espacial com tecnologia de mísseis de longo alcance.
Em resposta às duas ações, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas emitiu, no início deste mês, a Resolução 2.270, que endureceu as restrições financeiras e comerciais ao país, com a intenção de pressionar a economia e forçar o abandono do desenvolvimento nuclear e de mísseis.
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2016-03-23/coreia-do-norte-ameaca-atacar-residencia-oficial-da-presidenta-sul-coreana.html

Homônimo de Gilmar Rinaldi em lista da Odebrecht agita a CBF

A lista de supostos beneficiados pela Odebrecht em financiamento de campanhas políticas e outras transações traz o nome de um homônimo do coordenador de seleções da CBF, Gilmar Rinaldi. Trata-se do prefeito da cidade de Esteio, no Rio Grande do Sul. O fato provocou um mal-estar passageiro entre dirigentes da CBF e comissão técnica da seleção, em Teresópolis. Mas rapidamente virou motivo de risadas.


Gilmar, o funcionário da CBF, disse que estava recebendo inúmeras mensagens de amigos, dispostos a saber de suas eventuais relações com a empreiteira. "Agora não me falta mais nada", declarou, com bom humor, enquanto passava próximo à área de imprensa.

Pouco antes, o diretor de Marketing da CBF, Gilberto Ratto, se esquivou do assunto ao ser indagado sobre a presença de 'Gilmar Rinaldi' na lista da empreiteira. "Cheguei agora de viagem e não sei de nada." Informado em seguida de que se tratava de uma coincidência, ele pareceu aliviado. "Ufa, melhor assim, mas que coisa curiosa!".

Assim que a relação com o nome de cerca de 200 políticos que teriam se beneficiado por transações com a Odebrecht passou a circular pela Internet, um misto de curiosidade e incredulidade tomou conta da imprensa que acompanha a cobertura da seleção na Granja Comary, em Teresópolis. Mas logo tudo foi dissipado.

Em nota, Gilmar Rinaldi, o prefeito, contestou a associação de seu nome com supostas irregularidades. "Nunca foram realizadas agendas ou qualquer tipo de contato com agentes da Odebrecht por parte do comitê financeiro de campanha de Gilmar Rinaldi à prefeitura. Todas as doações recebidas foram devidamente declaradas à Justiça Eleitoral e, as contas de campanha, aprovadas sem ressalvas. O prefeito desconhece, portanto,  a origem da informação divulgada pela mídia nesta quarta (23) e coloca à disposição da Justiça seus sigilos bancário e telefônico,  caso necessário,  de forma a colaborar com as investigações".

http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/lava-jato/homonimo-de-gilmar-rinaldi-em-lista-da-odebrecht-agita-a-cbf,4ef77198c5550c119c8cf966041f9bacrq21gs2o.html

Impeachment morre após lista da Odebrecht incluir oposição?

O mercado tomou um balde de água fria com a notícia de que a lista da Odebrecht com políticos que receberam dinheiro irregularmente envolve, também, caciques da oposição. Surge, agora, uma grande dúvida: isso enterra o impeachment da presidente Dilma Rousseff? Afinal, pesos-pesados do movimento pró-impeachment constam da relação da empreiteira: do senador tucano Aécio Neves, que disputou a eleição presidencial com Dilma em 2014, ao deputado Paulo Pereira da Silva (Solidariedade-São Paulo), um dos fundadores da frente parlamentar que exige a saída antecipada da petista.
Tenso: deputados favoráveis ao impeachment de Dilma se manifestam na CâmaraTenso: deputados favoráveis ao impeachment de Dilma se manifestam na Câmara
A resposta mais sincera, por enquanto, é não. A lista da Odebrecht, que envolve 200 políticos de 18 partidos, não reduz as elevadas chances de impedimento de Dilma. É preciso lembrar duas coisas. Uma: o principal argumento do pedido que tramita na Câmara é que Dilma praticou pedaladas fiscais, o que fere a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Duas: todo processo de impeachment não se restringe a analisar os aspectos jurídicos do pedido. Os parlamentares avaliam, também, aspectos políticos, para determinar se é conveniente afastar o presidente em questão. Por isso, o destino de Dilma depende, muito mais, de como se comportará o PMDB. O principal partido da base aliada dá sinais de que pode abandonar o governo nas próximas semanas.

“O impeachment depende muito mais dos peemedebistas, do que da Lava Jato”, diz Antônio Augusto de Queiroz, diretor do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar). Um elemento a favor do desembarque do PMDB é que a lista da Odebrecht não cita o vice-presidente Michel Temer, que presidente o partido. Por isso, para Queiroz, por enquanto, esse continua o cenário mais provável.

Sem parar
Além disso, o impeachment é o tipo de assunto que não se pode deixar pela metade. Não é possível, simplesmente, que o Congresso pare com tudo e finja que nunca cogitou uma troca antecipada de governo. “Os políticos são práticos e continuarão com a tramitação; isso precisa ser votado e decidido”, diz o cientista político Lucas de Aragão, sócio da Arko Advice.

Para ele, o que pode ocorrer, no máximo, é que a cassação da chapa Dilma-Temer, eleita em 2014, ganhe força no TSE como alternativa para encaminhar a crise política. De qualquer modo, por enquanto, a Arko mantém a estimativa de 70% de chance de impeachment de Dilma, divulgada em 18 de março. A probabilidade anterior era de 60%.

Na ocasião, a Arko também informou que uma enquete própria mostrou que 62% dos 100 deputados entrevistados acreditam que o impedimento será aprovado. No mês passado, o grupo representava apenas 24% dos parlamentares.

http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/impeachment/o-impeachment-de-dilma-morreu-apos-lista-da-odebrecht-citar-oposicao,34d796c6254c57017c850493a78d9c75zdcl1kpk.html

Ministro que transferiu ação de Lula para o STF é ameaçado

O Ministério da Justiça (MJ) ofereceu hoje (23) reforço na segurança dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Por meio de nota divulgada à imprensa, o ministério também confirmou que mandou investigar ameaças aos integrantes da Corte, por meio das redes sociais na internet. Os ministros já contam com segurança pessoal oferecida pelo tribunal.


A medida foi tomada após manifestações realizadas por populares na frente da casa do ministro Teori Zavascki, responsável pela decisão que determinou ao juiz federal Sérgio Moro o envio das investigações que envolvem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Suprema Corte.

Familiares
Ontem (22), segundo o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), durante a madrugada houve manifestações em frente à residência de Zavascki, em Porto Alegre, após a divulgação da decisão do ministro, que estava em Brasília.

Segundo Pimenta, houve manifestações também nas proximidades das casas de familiares de Zavascki, tanto em Brasília quanto no Rio Grande do Sul. Pimenta disse que tais manifestações ganharam força após a divulgação dos endereços nas redes sociais.

Leia a íntegra da nota divulgada pelo Ministério da Justiça:
"O Ministério da Justiça colocou à disposição do Supremo Tribunal Federal (STF) o reforço da segurança institucional e pessoal de seus ministros, em razão da perturbação do seu sossego e da necessidade de garantir a sua integridade física e moral, além de afastar tentativa de sua intimidação.

Determinou ainda que fossem investigadas as instigações e ameaças aos magistrados, tanto em manifestações públicas ao redor de suas residências quanto em redes sociais.
O Ministério da Justiça zelará para que o momento de tensão política não dê lugar a atos de violência e intolerância contra quem quer que seja."

http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/ministerio-da-justica-oferece-reforco-a-seguranca-dos-ministros-do-stf,92ab8dd7a004681a551498ed07442972f9qt8c8r.html



Dilma diz estar convicta de que tem votos necessários para barrar impeachment na Câmara

Presidente Dilma Rousseff participa de encontro com juristas no Palácio do Planalto, em Brasília 
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira ter "convicção" de que o governo tem os votos necessários para barrar o processo de impeachment na Câmara dos Deputados.

"A gente tem que esperar o processo acontecer. Tenho convicção que teremos os votos necessários", disse Dilma a jornalistas em visita a obras em Brasília, ao ser questionada se o governo teria os votos necessários para derrotar a tentativa de impedimento apresentada pela oposição.

O pedido de impeachment contra a presidente, atualmente sendo analisado em uma comissão especial da Câmara, precisa de 342 votos favoráveis entre os 513 deputados para ser aprovado na Casa e encaminhado ao Senado. Se tiver seu andamento autorizado pela Câmara, o Senado irá decidir, por maioria simples, se instaura ou não o processo.

Na entrevista, Dilma afirmou ainda ter "muita certeza" sobre a permanência de ministros do PMDB do governo, mesmo que o partido decida pelo desembarque do governo em reunião na próxima semana.

O diretório nacional do PMDB, maior partido da coalizão governista, tem reunião marcada para o dia 29 para decidir sobre o rompimento com o Planalto.

"Estamos bastante interessados na questão relativa à permanência do PMDB no governo. Tenho muita certeza que nossos ministros estão comprometidos com a sua permanência no governo", afirmou.

A presidente também comentou sobre a decisão do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), de mandar o juiz federal Sérgio Moro enviar para o STF as investigações que envolviam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da operação Lava Jato.

"Acho que todos os brasileiros devem estar muito preocupados quando os processos investigativos, os processos judiciais, não são feitos dentro da lei, porque a base do estado democrático de direito é o cumprimento por todos da legislação. A constituição vale para presidentes da República, juizes, Ministério Público, Polícia Federal, todos os cidadãos". 

http://www.msn.com/pt-br/noticias/crise-politica/dilma-diz-estar-convicta-de-que-tem-votos-necess%C3%A1rios-para-barrar-impeachment-na-c%C3%A2mara/ar-BBqPGXd?li=AAggV10

Lula não convence PMDB a rever saída

Apesar dos apelos do Palácio do Planalto, de Lula e da ala governista do PMDB, o diretório nacional do partido vai se reunir no dia 29 de março para definir a data-limite do desembarque do governo. Os sete peemedebistas que compõe o ministério da presidente Dilma Rousseff deverão entregar seus cargos até o dia 12 de abril.

Lula envolveu-se nas discussões e trabalhou para adiar a reunião do diretório. No entanto, conseguiu apenas convencer o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a dar uma declaração pública de que sigla agrava a crise se sair do governo. “O PMDB não pode dar o gatilho do impeachment”, disse Renan.

O presidente do Senado falou com os jornalistas minutos depois de encontrar-se com Lula na casa do ex-presidente e ex-senador José Sarney (PMDB-AP).

A conversa entre os três durou duas horas. Renan se negou a dar detalhes, mas o Estado apurou que o objetivo de Lula era buscar o adiamento da reunião do diretório do dia 29 de março para o dia 12 de abril. No começo da noite, um grupo de mais de 20 deputados pressionou o vice-presidente Michel Temer – que é também presidente nacional do partido – a não aceitar a mudança.

Apesar da tentativa de ajudar Dilma e Lula, Renan nega qualquer desentendimento com Temer, que é o principal beneficiário em caso de impeachment da presidente. Nos bastidores, o próprio vice tem defendido que não é o momento de “pular etapas”. Ele não quer ser tachado como “golpista” e, por isso, tem evitado conversas mais explícitas sobre as articulações em favor do afastamento de Dilma. Temer, porém, negou-se a participar da reunião de coordenação de governo realizada nesta segunda-feira, 21.

Mesmo com algumas divergências, a avaliação geral das duas alas do PMDB é de que hoje o impeachment de Dilma é inevitável. Aliado de Renan, o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), afirma que se o governo não conseguir 171 votos na Câmara para barrar o impeachment, o Senado não conseguirá reverter essa decisão – o afastamento da presidente precisa ser aprovado nas duas Casas. “Se aprovar na Câmara, dificulta muito no Senado”, disse. “Eu tenho de respeitar a vontade da bancada”, completou.

Como o Estado informou na sua edição de domingo, Renan compartilha da mesma opinião. Publicamente, no entanto, o presidente do Senado quer demonstrar “imparcialidade” e “caráter institucional”. Nesta terça-feira, 22, ao falar sobre o impeachment, chegou a dizer que “o crime de responsabilidade” da presidente precisa ser configurado. “O que a história dirá se votarmos um impeachment sem crime?”, questionou.

Impasse
Mesmo antes do apelo de Lula para que o PMDB “dê tempo ao tempo” e não tome agora a decisão de sair do governo, ministros do partido conversaram nesta terça-feira com Temer, que comanda o partido, numa tentativa de traçar uma estratégia conjunta.

Dos sete ministros do PMDB, pelo menos três não estão convencidos de que devem entregar seus cargos. A interlocutores, o recém-empossado ministro da Aviação Civil, Mauro Lopes, confidenciou: “Se o PMDB deixar o governo, a decisão sobre continuar no cargo é minha”.

No comando da Secretaria dos Portos, Helder Barbalho, por sua vez, deve usar o leilão do dia 31 como argumento para permanecer no ministério ao menos até lá. A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, é amiga de Dilma. Há quem aposte até numa desfiliação sua do PMDB para permanecer ao lado da presidente, caso o partido decida pelo divórcio. / COLABORARAM DANIEL CARVALHO, RICARDO BRITO,EDUARDO RODRIGUES e ERICH DECAT

http://www.msn.com/pt-br/noticias/crise-politica/lula-n%C3%A3o-convence-pmdb-a-rever-sa%C3%ADda/ar-BBqP1ym?li=AAggV10

Dilma já tem plano B para Lula se não puder virar ministro, diz Jaques Wagner


A presidente Dilma Rousseff discursa com Jaques Wagner ao fundo
A presidente Dilma Rousseff discursa com Jaques Wagner ao fundo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode se tornar assessor especial da Presidência da República se não puder assumir a Casa Civil, disse nesta quarta-feira (23), o ministro Jaques Wagner, chefe do Gabinete Pessoal da presidente Dilma Rousseff.

Em entrevista a mídia estrangeira, Wagner voltou a criticar o impeachment, alertando que ele significará um agravamento da crise econômica e não sua solução, como defendem os favoráveis ao afastamento de Dilma da Presidência.

Deslocado neste mês do comando da Casa Civil para a chefia de gabinete de Dilma de forma a abrir espaço para Lula no ministério, Wagner disse que caso o ex-presidente não possa assumir como novo titular da pasta deve ser mantido no governo em outra posição, como assessor especial.

Crise no governo
De acordo com o ministro, seria mais legítimo em uma crise de popularidade que se propusesse antecipação de eleição, "pois o governo que vai sentar lá não vai ter legitimidade" no caso de um processo de impedimento.
O ministro ressalvou que antecipar eleições não está previsto na Constituição e que precisaria ser aprovado por meio de emenda constitucional. O ministro afirmou ainda que a questão não está na pauta do governo. Wagner, porém, mostrou confiança que o governo pode evitar o impeachment na Câmara dos Deputados. "Não digo que teremos base de 250 votos contra impeachment, sou favorável a escolher 220 a 230 para garantir fidelidade", disse, acrescentando que, pela contabilidade do governo, há votos na Câmara para barrar o impeachment.
Lula como ministro
Lula foi empossado novo ministro da Casa Civil no último dia 17, mas a nomeação foi parar na Justiça devido a diversas ações questionando a legalidade de o ex-presidente assumir um ministério no momento em que é alvo das investigações da operação Lava Jato. O governo recorreu, mas a posição foi mantida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.
Mendes suspendeu a posse de Lula em decisão liminar, depois da divulgação de áudios anexados em um processo da Lava Jato na Justiça Federal do Paraná em que Dilma avisa a Lula que está enviando um emissário com o termo de posse do ex-presidente na Casa Civil para que use "em caso de necessidade".
O diálogo gerou interpretações de que o termo de posse poderia ser usado pelo ex-presidente para evitar uma eventual prisão no âmbito da Lava Jato. Dilma rejeitou essa interpretação e disse ter enviado o documento para que Lula o assinasse, pois havia risco de ele não poder comparecer à cerimônia de posse na pasta.
Dois outros ministro do STF --Luiz Fux e Rosa Weber-- também negaram o habeas corpus movido pela AGU (Advocacia Geral da União) e mantiveram a decisão de Mendes até que seja colocada em plenário.
A Corte já tem 22 ações que discutem a possibilidade de o petista assumir um ministério no governo Dilma.
Ruy Baron-17.mar.2016/Valor
 
O que é a Casa Civil
A Casa Civil é uma das 31 pastas do governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Diferentemente da maioria dos ministérios que estão alojados nos prédios que ficam ao longo da Esplanada dos Ministérios, a sede da Casa Civil fica no quarto andar do Palácio do Planalto, acima do gabinete da presidente da República, que fica no terceiro andar.

No papel, o titular da Casa Civil é responsável por assistir direta e imediatamente a presidente na coordenação e na integração das ações do governo. A pasta deve verificar a legalidade dos atos presidenciais, auxiliar na gestão dos órgãos e entidades da administração federal e promover a publicação e a preservação dos atos oficiais.

Na prática, a Casa Civil é responsável, por exemplo, pela articulação política com a base aliada no Congresso e pela aprovação de indicações para cargos.

http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2016/03/23/dilma-ja-tem-plano-b-para-lula-se-nao-puder-virar-ministro-diz-jacques-wagner.htm

PF indicia marqueteiro do PT

João Santana e sua mulher são suspeitos de lavagem de dinheiro
João Santana está preso desde o mês passadp / Reprodução/Facebook BandNews FM
 
João Santana está preso desde o mês passado

A Polícia Federal indiciou o marqueteiro do PT, João Santana, sua mulher, Mônica Moura, e mais seis pessoas investigadas na 23ª fase da Operação Lava Jato, chamada de Acarajé.

O indiciamento está no relatório parcial apresentado no processo que tramita na Justiça Federal de Curitiba.

Para a Polícia Federal, há indícios de que o casal João Santana e Mônica Moura, que está preso desde o mês passado, tenham cometido crimes relacionados à ocultação de depósitos no exterior, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e organização criminosa.

Eles são suspeitos de ter recebido US$ 3 milhões de offshores ligadas à Odebrecht, entre 2012 e 2013, e US$ 4,5 milhões por meio de empresas do engenheiro e operador financeiro Zwi Skornicki, entre 2013 e 2014.

Zwi Skornicki também foi indiciado pela Polícia Federal. Agora, cabe ao Ministério Público decidir se oferece ou não denúncia aos investigados.

http://noticias.band.uol.com.br/brasil/noticia/100000799227/pf-indicia-marqueteiro-do-pt-.html

Documentos da Odebrecht listam mais de 200 políticos e valores recebidos

Papéis foram apreendidos na “Acarajé” e liberados ontem (22.mar)
Planilhas listam nomes, valores e apelidos de cada político
Material é de Benedicto Barbosa, alto executivo do grupo
Informações de tabela são incompatíveis com doações declaradas
Acesse todo o material apreendido no fim deste post
Agentes da PF na sede de São Paulo da Odebrecht, na fase Acarajé

Documentos apreendidos pela Polícia Federal listam possíveis repasses da Odebrecht para mais de 200 políticos de 18 partidos políticos. É o mais completo acervo do que pode ser a contabilidade paralela descoberta e revelada ontem (22.mar.2016) pela força-tarefa da Operação Lava Jato.

As planilhas estavam com Benedicto Barbosa Silva Júnior, presidente da Odebrecht Infraestrutura, e conhecido no mundo empresarial como “BJ''. Foram apreendidas na 23ª fase da operação Lava Jato, batizada de “Acarajé”, realizada no dia 22.fev.2016.

Como eram de uma operação de 1 mês atrás e só foram divulgados públicos ontem (22.mar) pelo juiz federal Sérgio Moro, os documentos acabaram não sendo mencionados no noticiário sobre a Lava Jato.

As planilhas são riquíssimas em detalhes –embora os nomes dos políticos e os valores relacionados não devam ser automaticamente ser considerados como prova de que houve dinheiro de caixa 2 da empreiteira para os citados. São indícios que serão esclarecidos no curso das investigações da Lava Jato.

Os documentos relacionam nomes da oposição e do governo: são mencionados, por exemplo, Aécio Neves (PSDB-MG), Romero Jucá (PMDB-RR), Humberto Costa (PT-PE) e Eduardo Campos (PSB), morto em 2014, entre vários outros.

A apuração é dos repórteres do UOL André Shalders e Mateus Netzel. Eis exemplos de planilhas apreendidas (clique nas imagens para ampliar):
tabela-benedicto
Uma das tabelas de Benedicto Barbosa Jr, o BJ, da Odebrecht
Planilha-BJ-Odebrecht
Na planilha, Renan é “atleta''; Eduardo Paes, “nervosinho''; Sérgio Cabral, “próximus''.

A maior parte do material é formada por tabelas com menções a políticos e a partidos.
Várias dessas planilhas trazem nomes, cargos, partidos, valores recebidos e até apelidos atribuídos aos políticos.
Algumas tabelas parecem fazer menção a doações de campanha registradas no TSE. Há CNPJs e números de contas usadas pelos partidos em 2010, por exemplo.
Parte significativa da contabilidade se refere à campanha eleitoral de 2012, quando foram eleitos prefeitos e vereadores. As informações declaradas no SPCE (Sistema de Prestação de Contas Eleitorais, do TSE) desse ano não correspondem às dispostas nas tabelas. Na planilha acima, por exemplo, as siglas OTP e FOZ aparecem assinaladas ao lado de diversos candidatos, mas nem Odebrecht TransPort nem Odebrecht Ambiental (Foz do Brasil) realizaram doações registradas naquela eleição.
Em 2012, a Construtora Norberto Odebrecht doou R$ 25.490.000 para partidos e comitês de campanha e apenas R$50 mil para uma candidatura em particular –a de Luiz Marinho, candidato do PT à prefeitura de São Bernardo do Campo (SP).
Em 2014, a soma de doações da construtora foi de R$ 48.478.100, divididos entre candidaturas individuais e comitês dos partidos. Em 2010, o total foi de R$ 5,9 milhões, apenas para partidos e comitês de campanha.
APELIDOS
Eis alguns apelidos atribuídos aos políticos nos documentos da Odebrecht, vários com conteúdo derrogatório:Jaques Wagner: PassivoEduardo Cunha: CarangueijoRenan (Calheiros): AtletaJosé Sarney: EscritorEduardo Paes: NervosinhoHumberto Costa: DráculaLindbergh Farias: LindinhoManuela D’Ávila: Avião
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O material da Odebrecht é farto em nomes da oposição
COPA E LEBLON
A papelada que serve de base para este post foi apreendida por 4 equipes da PF em 2 endereços ligados a Benedicto Barbosa Jr. no Rio de Janeiro nos bairros do Leblon e de Copacabana.
Além das tabelas, há dezenas de bilhetes manuscritos, comprovantes bancários e textos impressos. Alguns dos bilhetes fazem menção a obras públicas, como a Linha 3 do Metrô do Rio.
Um dos textos refere-se, de forma cifrada, às regras internas de funcionamento do cartel de empreiteiras da Lava Jato. O grupo é chamado de “Sport Club Unidos Venceremos”.
O juiz federal Sérgio Moro liberou ontem (22.mar.2016) o acesso ao material apreendido com outros alvos da Acarajé. São públicos os documentos apreendidos com Mônica Moura, mulher do publicitário João Santana, e com o doleiro Zwi Skornicki, entre outros.

OUTRO LADO
A Odebrecht foi procurada pelo Blog. Nesta 4ª (23.mar.2016), a assessoria da empreiteira enviou esta nota: “A empresa e seus integrantes têm prestado todo o auxílio às autoridades nas investigações em curso, colaborando com os esclarecimentos necessários''.
Todos os políticos citados, já procurados por causa de outras reportagens, negam ter recebido doações ilegais em suas campanhas.

http://fernandorodrigues.blogosfera.uol.com.br/2016/03/23/documentos-da-odebrecht-listam-mais-de-200-politicos-e-valores-recebidos/

Marcelo Odebrecht decide aceitar acordo de delação


(Arquivo) O empresário Marcelo Odebrecht

O grupo Odebrecht e seus principais executivos decidiu fazer um acordo de delação com a Polícia Federal. Entre os beneficiados está Marcelo Odebrecht, que presidia a maior empreiteira e o quarto maior grupo privado do país, está preso desde junho do ano passado.

A notícia ocorre no mesmo dia em que investigadores dizem ter identificado um departamento de pagamento de propina que funcionava dentro da empresa. Segundo analistas políticos,  a delação de Marcelo tem potencial explosivo para diferentes grupos políticos.

Além de Marcelo, quatro executivos já condenados também decidiram aderir a delação.  O número de funcionários que devem fazer delação, no entanto, deve crescer já que a Odebrecht pretende adotar o modelo da Camargo Corrêa que fez uma convocação de seus executivos que tiveram envolvimento em corrupção e se mostraram dispostos a contar o que sabiam em troca de uma pena menor.

A companhia também deve fazer um acordo de leniência e pagar uma multa que pode ser superior a R$ 1 bilhão.  Leia  a nota oficial da empresa na íntegra:

As avaliações e reflexões levadas a efeito por nossos acionistas e executivos levaram a Odebrecht a decidir por uma colaboração definitiva com as investigações da Operação Lava Jato.

A empresa, que identificou a necessidade de implantar melhorias em suas práticas, vem mantendo contato com as autoridades com o objetivo de colaborar com as investigações, além da iniciativa de leniência já adotada em dezembro junto à Controladoria Geral da União.

Esperamos que os esclarecimentos da colaboração contribuam significativamente com a Justiça brasileira e com a construção de um Brasil melhor.

Na mesma direção, seguimos aperfeiçoando nosso sistema de conformidade e nosso modelo de governança; estamos em processo avançado de adesão ao Pacto Global, da ONU, que visa mobilizar a comunidade empresarial internacional para a adoção, em suas práticas de negócios, de valores reconhecidos nas áreas de direitos humanos, relações de trabalho, meio ambiente e combate à corrupção; estabelecemos metas de conformidade para que nossos negócios se enquadrarem como Empresa Pró-Ética (da CGU), iniciativa que incentiva as empresas a implantarem medidas de prevenção e combate à corrupção e outros tipos de fraudes. Vamos, também, adotar novas práticas de relacionamento com a esfera pública.

Apesar de todas as dificuldades e da consciência de não termos responsabilidade dominante sobre os fatos apurados na Operação Lava Jato - que revela na verdade a existência de um sistema ilegal e ilegítimo de financiamento do sistema partidário-eleitoral do país - seguimos acreditando no Brasil.

Ao contribuir com o aprimoramento do contexto institucional, a Odebrecht olha para si e procura evoluir, mirando o futuro. Entendemos nossa responsabilidade social e econômica, e iremos cumprir nossos contratos e manter seus investimentos. Assim, poderemos preservar os empregos diretos e indiretos que geramos e prosseguir no papel de agente econômico relevante, de forma responsável e sustentável.

Em respeito aos nossos mais de 130 mil integrantes, alguns deles tantas vezes injustamente retratados, às suas famílias, aos nossos clientes, às comunidades em que atuamos, aos nossos parceiros e à sociedade em geral, manifestamos nosso compromisso com o país. São 72 anos de história e sabemos que temos que avançar por meio de ações práticas, do diálogo e da transparência.
Nosso compromisso é o de evoluir com o Brasil e para o Brasil.

https://br.noticias.yahoo.com/marcelo-odebrecht-decide-aceitar-acordo-de-dela%C3%A7%C3%A3o-013527347.html?nhp=1

Professora opina sobre política, é execrada no Facebook e deixa Colégio Medianeira

Foto: Rogerio Theodorovy/Arquivo Gazeta do Povo.Foto: Rogerio Theodorovy/Arquivo Gazeta do Povo.
 
Uma professora de História do Colégio Medianeira, de Curitiba, pediu demissão da função, depois de dez anos de trabalho, por estar se sentindo intimidada com a postura de pais de alunos nas redes sociais. A professora, que dava aulas para a turma de 9.º ano, também apagou suas contas de Twitter e de Facebook, e prefere não dar entrevistas sobre o tema.

Tudo começou quando a professora, que leciona História dos Movimentos Sociais no Século XX e História da América Latina, se manifestou no Facebook sobre um protesto dos alunos. Alguns estudantes do Medianeira compareceram ao colégio vestindo preto, afirmando que estavam protestando contra a corrupção. A professora foi á sua rede social particular e deu sua interpretação dos fatos.
“Hoje vi crianças numa escola, vestindo preto e pedindo golpe. Desprezando a democracia e exalando ódio. Parece que não conseguimos escapar do que Marx profetizou quando disse que a História de repete, primeiro como tragédia, depois como farsa…”

Pais de alunos do colégio viram a postagem e a reproduziram em um grupo fechado no Facebook, com 800 participantes. As reações foram das mais exaltadas.

“Comunista descarada!”, dizia um.
Eis alguns outros exemplos:
“Minha filha ainda está no ensino fundamental, mas se quando ela chegar no ensino médio, esses professores ‘dinossauros’ ultrapassados continuarem a lecionar, vamos ter problemas!!!! O socialismo fracassou no mundo inteiro!!! Quando eles vão acordar!!!”
“À diretoria do colégio deve tomar uma providência. Sou totalmente contra a ideologia de esquerda… Não aceito em hipótese alguma que professores fiquem doutrinando minha filha… Se minha filha aparecer em casa com alguma ideia esquerdista, vai dar confusão…”

“O pior é que no desenvolvimento de textos eles não podem fugir desta “filosofia” destes cidadões por medo de serem punidos na avaliação !Vão por mim : a coisa é muito pior q parece!”

“SE EU PEGAR ALGUM TEXTO COMUNISTA no caderno do meu filho eu vou RASGAR e devolver rasgado. E vou convidar o professor a me convencer. O COMUNISMO SÓ DEU CERTO NA CABEÇA DELES………..Argentina caiu, Venezuela caiu, e por aí vai. MAS ISSO É CULPA DA COORDENAÇÃO DE ENSINO EM DEIXAR QUE ISSO ACONTEÇA.”
O clima que se seguiu foi definido por um pai de aluno como “macartismo” (em referência ao período da história dos EUA, nos anos 1950, em que comunistas eram alvo de perseguição). A professora foi alvo de reclamações e pais pediram que ela fosse afastada. No fim, ela mesma acabou pedindo o afastamento e se retirou das redes sociais.

O colégio assumiu a defesa da professora e diz que não aceitou sua demissão. Diz que ela tem 10 anos de casa e é uma excelente professora, que tem o direito de se manifestar publicamente, especialmente fora de sala de aula. “O colégio é solidário à professora e repudia a incitação ao ódio”, diz a assessoria do colégio.
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No fim de semana, o Medianeira publicou uma carta na internet sobre o tema, sem se referir exatamente à situação da professora. Eis um trecho:

“É fundamental que nossos educandos e educandas, professores e professoras, pais e mães, sintam-se seguros, possam manifestar seus pensamentos, convivam em meio à diversidade de opiniões e de posicionamentos políticos. São pressupostos para a formação de pessoas reflexivas com sentido de história, de tempo e de espaço, do local e do global, do racional e afetivo. Por isso, são construções e não algo dado naturalmente.

Convidamos a todas e todos a essa tarefa. Que o princípio do discernimento, tão caro à tradição educativa jesuíta, nos auxilie a ler estes e outros sinais, responsabilizando-nos por essa construção, pois como nas palavras do jesuíta  Pe. Arrupe, “somos mais quando nos abrimos aos demais”.

Alunos também fizeram uma manifestação no colégio, vestindo branco e com cartazes em defesa da professora.
Protesto de alunos a favor da professora. Foto: Maria Eduarda Santos.Protesto de alunos a favor da professora. Foto: Maria Eduarda Santos.
 
Pais de alunos também assinaram uma carta em sua defesa:
“Nós, pais e mães de alunos do Colégio Medianeira apoiamos a continuidade de seu projeto político-pedagógico, que é pautado, entre outros princípios, na busca do diálogo, da livre expressão de ideias, do respeito aos direitos humanos e do estado democrático.
 
Apoiamos a escolha de professores que além do ensino do conteúdo curricular, promovem o debate e a análise crítica da realidade. Ao nosso ver, este é o maior valor ensinado na vivência escolar.

O ensino “neutro”, sem posicionamento político, que está sendo requerido por alguns, é a reedição de uma farsa imposta na época da ditadura militar e que nos subtraiu tanto da capacidade de análise crítica da realidade e nos induziu ao pensamento da mídia dominante, fantasiosa, eivado pelos interesses de manutenção de uma ordem social desigual e excludente.
 
Se somos partidários da construção de uma sociedade mais justa, não somos neutros ou imparciais. Já nos posicionamos. O comportamento ‘apolítico’ foi aquele imposto pela ditadura. 

A escola livre de posicionamentos, ensinando “apenas” a ciência, como se também fosse neutra da mesma forma, não existe. Estamos firmemente posicionados contra a quebra dos direitos constitucionais e do Estado de direito, porque não queremos viver a volta da ditadura, os crimes do Estado contra os cidadãos, as torturas, os assassinatos, o medo e o horror legalizados.

No atual momento político e social que a sociedade brasileira vive, há claramente a intenção de criar um clima de caça às bruxas, sobretudo voltado aqueles que compartilham suas ideias progressistas. Consideramos que uma instituição, como o Colégio Medianeira, deve hoje ser a garantia de lucidez e firmeza na manutenção de uma formação democrática, plural e inclusiva.
Seguimos juntos na construção de uma sociedade democrática e melhor para todos.”

http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/caixa-zero/professora-opina-sobre-politica-e-execrada-no-facebook-e-deixa-colegio-medianeira/?ref=yfp

Misteriosos "círculos de fada" são vistos na Austrália

Círculos misteriosos mostrando o solo e dispostos em um formato semelhante ao de uma colmeia foram encontrados na Austrália e reacenderam um antigo enigma.
Os novos círculos, vistos na região de Pilbara, no oeste da Austrália, são semelhantes a outros exemplares vistos anteriormente na Namíbia, a quase 10 mil quilômetros de distância.

Teóricos da conspiração acreditam - é claro - que os círculos são obra de extraterrestres, mas os cientistas estão tentando compreender o fenômeno.

Diversas possíveis teorias foram criadas, incluindo ideias surreais como a de que cupins estariam tentando “pegar” água.

Os círculos são pedaços de solo descobertos regularmente espaçados, formando padrões hexagonais regulares. Eles foram mapeados por Stephan Getzin, especialista neste tipo de formação.

“Você não consegue vê-los quando está no chão,” disse Todd Erickson, da Universidade da Austrália Ocidental.

“Você pode estar dentro de um círculo e não conseguir enxergar o próximo círculo a 10 metros de distância; para encontrá-los, você precisa vê-los de cima.”

Cientistas esperam que a nova descoberta permita desvendar o mistério dos famosos “círculos de fada” de uma vez por todas. Getzin sugere que as formações na Austrália surgiram por causa de plantas competindo por água.

Ele diz, “O que é interessante sobre os círculos de fada é que eles são espalhados com uma grande regularidade e homogeneidade, mesmo em áreas vastas, mas aparecem apenas em uma faixa estreita de ocorrência de chuvas”.

"Durante muito tempo os ecologistas não estavam convencidos de que plantas em locais secos pudessem se organizar, já que os princípios teóricos para estes processos residem na física”.

"Mas desde então tem se tornado cada vez mais claro o quão importante este processo é.”

https://br.noticias.yahoo.com/misteriosos-c%C3%ADrculos-de-fada-s%C3%A3o-vistos-na-114229038.html

Para aliados de Dilma, delação de Odebrecht é 'bomba atômica'

Integrantes do Palácio do Planalto e aliados do governo comentavam a portas fechadas desde o fim da semana passada que havia o risco de Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo que carrega seu nome, fechar um acordo de delação premiada com a Operação Lava Jato. Se confirmado, diziam, a colaboração seria "uma bomba atômica".
 
A disposição dos executivos da empreiteira e do próprio Marcelo de fecharem o acordo foi oficializada nesta terça-feira (22). Na nota em que noticiou publicamente sua decisão, a Odebrecht tratou sua oferta como uma "colaboração definitiva".
 
O potencial das revelações que podem ser feitas pelos executivos da empreiteira preocupa o Planalto e reforça o discurso que vem sendo feito a dirigentes de partidos aliados: o de que a lava Jato montou um cerco não só "ao PT, mas a todos os partidos que ajudam o governo".
 
Segundo a narrativa de aliados de Dilma, seria preciso compreender que "nem a oposição" sairá ilesa dos avanços da operação. Em conversas privadas, integrantes do governo têm dito que siglas como o PMDB cometerão um erro se acreditarem que o impeachment da petista colocará um freio à crise.
 
http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2016/03/politica/489286-para-aliados-de-dilma-delacao-de-odebrecht-e-bomba-atomica.html?ref=yfp

STJ dá 72 horas para ministro da Justiça explicar ameaça à Polícia Federal

Ministro Eugênio Aragão substituiu Wellington César e Lima na pasta da Justiça. | José Cruz/Agência Brasil

Eugênio Aragão ameaçou trocar equipe da PF em caso de vazamento de informações.

A ministra Assusete Magalhães, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), deu um prazo de 72 horas para o ministro da Justiça, Eugênio Aragão, explicar a ameaça de trocar a equipe da Polícia Federal no caso de “cheiro” de vazamento de informações. 

Segundo o tribunal, a AGU (Advocacia-Geral da União) também foi notificada. O despacho refere-se a mandado de segurança preventivo do PPS contra uma eventual troca de agentes da PF pelo ministro. 

A polêmica declaração de Aragão foi dada em entrevista à Folha de S.Paulo publicada no sábado (19).
“A primeira atitude que tomo é: cheirou vazamento de investigação por um agente nosso, a equipe será trocada, toda. Cheirou. Eu não preciso ter prova. A PF está sob nossa supervisão. Se eu tiver um cheiro de vazamento, eu troco a equipe”, afirmou o ministro. 

“Agora, quero também que, se a equipe disser ‘não fomos nós’, que me traga claros elementos de quem vazou, porque aí vou ter de conversar com quem de direito”, disse.

http://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/stj-da-72-horas-para-ministro-da-justica-explicar-ameaca-a-policia-federal-1hq485i30m55hmcqljcjuvl6v?ref=yfp