quinta-feira, 30 de junho de 2016

Em seis anos, bens da mulher de Eduardo Cunha têm aumento de 151%

Segundo a receita, entre 2008 e 2014, patrimônio da jornalista Cláudia Cruz saltou de R$ 1,6 milhão para R$ 4,02 milhões.

Segundo defesa, patrimônio é justificado pelo valor que Cláudia ganhou de indenização trabalhista
DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO
Segundo defesa, patrimônio é justificado pelo valor que Cláudia ganhou de indenização trabalhista
O patrimônio da jornalista Cláudia Cruz, mulher do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), cresceu 151% em seis anos. Entre 2008 e 2014, o valor do patrimônio dela saltou de R$ 1,6 milhão para R$ 4,02 milhões. Em 2014, Cunha declarou ter R$ 1,537 milhão em bens. As informações estão em relatório feito pela Receita Federal e anexado às investigações da Operação Lava Jato.

Segundo os técnicos da Receita, Cláudia Cruz lançou mão de artifícios para justificar o aumento patrimonial, como recebimentos de pessoas físicas, o que na prática dificulta o rastreamento. “Tudo leva a crer (logicamente dependendo do aprofundamento das investigações pelo MPF ou DPF) de que as investigadas utilizaram, em tese, como instrumento de lavagem de dinheiro a própria entrega de DIRPF para a Receita Federal, lançando valores no item de rendimentos recebidos de pessoas físicas (e de fato, na prática, regularmente, não há outra forma de fazê-lo para tributar espontaneamente alguma renda sem origem)”, escreveram os técnicos do Fisco.
Segundo o advogado de Cláudia, Pierpaolo Bottini, o patrimônio de sua cliente “é justificado pelo valor que ela ganhou de indenização trabalhista”. “O restante ela adquiriu prestando serviços como free lancer de jornalismo e estamos buscando os comprovantes com o contador para anexar ao processo. Todos os valores serão justificados”, explicou o advogado.
Informações estão em relatório feito pela Receita Federal e anexado às investigações da Lava Jato
DIDA SAMPAIO/AGÊNCIA ESTADO - 19.8.15
Informações estão em relatório feito pela Receita Federal e anexado às investigações da Lava Jato
Em 2008, Cláudia declarou ter recebido R$ 80 mil de pessoas físicas e comprou dois carros  – um Porsche Cayenne S por R$ 310 mil e um Passat por R$ 77 mil. Para justificar o gasto, ela declarou à Receita ter contraído um empréstimo de R$ 250 mil de Oliveira Francisco da Silva. O valor não foi quitado até a declaração referente a 2015 e entregue ao Fisco. Francisco Silva, ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro e dono de uma rádio, é uma espécie de padrinho político de Eduardo Cunha.
Em 2010 uma conta de Cláudia Cruz, no Itaú-Unibanco, movimentou cerca de R$ 2,5 milhões. Na declaração de 2010, a jornalista informou ter recebido R$ 2,7 milhões em uma ação trabalhista. Sofreu uma ação fiscal da Receita e acabou multada em R$ 149 mil por não ter considerado parcela de contribuição previdenciária. O caso ainda tramita na Receita.

http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2016-06-30/em-seis-anos-bens-da-mulher-de-eduardo-cunha-tem-aumento-de-151.html

 

Para cortar gastos, Temer suspende transmissões da NBR fora de Brasília

De acordo com o Palácio do Planalto, o custo médio de transmissão via satélite de duas horas chegava a R$ 300 mil.


Desde que assumiu o governo, Temer participou de dois evento fora do Distrito Federal
Wilson Dias/Agência Brasil
Desde que assumiu o governo, Temer participou de dois evento fora do Distrito Federal

Em meio ao cenário de ajuste fiscal, o presidente interino, Michel Temer, decidiu suspender as transmissões ao vivo de eventos oficiais fora de Brasília que tenham participação presidencial. As transmissões eram feitas pela TV NBR, veículo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que tem contrato de prestação de serviços com a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República.

De acordo com o Palácio do Planalto, o custo médio de transmissão via satélite de cada evento fora da capital do país, com aproximadamente duas horas de duração, é de R$ 300 mil.

Desde que assumiu o governo, em 12 de maio deste ano, quando o Senado aprovou a admissibilidade do processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, Temer participou de duas cerimônias fora de Brasília e, nas duas não houve, como ocorria anteriormente, transmissão ao vivo pela TV NBR.

http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2016-06-29/para-cortar-gastos-temer-suspende-transmissoes-da-nbr-fora-de-brasilia.html

 

Ministro Dias Toffoli manda soltar empresário preso na Operação Custo Brasil

Ministro do STF já havia decidido pela liberdade do ex-ministro Paulo Bernardo e estendeu decisão a Dercio Guedes de Souza.


Defesa de Paulo Bernardo comemorou a concessão de liberdade e elogiou ação de Toffoli
Roberto Jayme/ASICS/TSE - 5.11.15
Defesa de Paulo Bernardo comemorou a concessão de liberdade e elogiou ação de Toffoli

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli mandou soltar, no início da noite desta quarta-feira (29), o empresário Dercio Guedes de Souza. Mais cedo, Toffoli havia determinado a liberdade do ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.

A defesa de Paulo Bernardo alegou que a prisão do ex-ministro tinha motivos genéricos e não havia motivos genéricos o suficiente para concluir sua prisão. 

Na petição, o empresário pediu que a decisão de Dias Toffoli fosse estendida, por entender que os argumentos usados pelo ministro para libertar Paulo Bernardo também podem ser aplicados a ele.

Outro pedido de extinção, feito pelas defesas do secretário municipal de Gestão da prefeitura de São Paulo, Valter Correia da Silva, e de Paulo Adalberto Alves Ferreira, ex-tesoureiro do PT, estão sendo analisados por Dias Toffoli.

Na decisão na qual concedeu liberdade ao ex-ministro, Toffoli entendeu que houve “flagrante constrangimento ilegal” na decisão da 6ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo, que determinou as prisões cumpridas na Operação Custo Brasil.

Após a divulgação da decisão, a defesa de Paulo Bernardo comemorou a concessão de liberdade e disse que Toffoli " deixou claro que os fundamentos eram genéricos e que os requisitos legais e constitucionais não estavam presentes”.

De acordo com a investigação, o ex-ministro Paulo Bernardo recebia recursos de um esquema de fraudes no contrato para gestão de empréstimos consignados no Ministério do Planejamento.

http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2016-06-29/ministro-dias-toffoli-manda-soltar-empresario-preso-na-operacao-custo-brasil.html

 

Kassab diz que regulação de serviços como Netflix é prioridade

Em entrevista coletiva durante a ABTA 2016, o ministro defendeu a igualdade de tratamento tributário e regulatório dos serviços de streaming de vídeo e as TVs pagas.


Há pelo menos dois anos que ouvimos falar sobre a tributação de serviços de como o Netflix. Um pleito antigo das TVs pagas, desde que os serviços de streaming de vídeo começaram a competir pela audiência. Pois nesta quarta-feira, durante a realização do congresso anual da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), o Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação, Gilberto Kassab, garantiu que a regulamentação dos serviços de streaming (mais conhecidos no setor como serviços OTT) é uma prioridade do ministério.

"Vejo a regulamentação das OTTs como uma necessidade. Precisamos criar condições de igualdade. Não é justo que empresas que geram empregos no país, que levam serviços de qualidade para o consumidor, não tenham as mesmas condições de igualdade com as OTTs.", disse o ministro. "Não quero criminalizar ou parecer que sou contra as OTTs ou qualquer outro modelo, mas como ministro não posso deixar de expressar a minha posição de que precisa sim ser feito uma discussão muito profunda e, o mais rápido possível, tomar posições de governo no campo da regulamentação e no campo da tributação. Precisa haver paridade, condições de igualdade e oportunidade. Senão vai haver uma quebradeira geral".

De acordo com Kassab, formas de promover essa igualdade estão em estudo pelas equipes do ministério e da Anatel. Ao contrário de administrações anteriores, já se fala, por exemplo, em desregulamentar o setor de TV por assinatura e buscar redução tributária, em vez de tributar o Netflix. De fato, a questão pode ser resolvida com a regulamentação e a criação de impostos de um lado, a desregulamentação e a desoneração do outro, ou ambos. "Não sei ainda qual é o melhor modelo", disse o ministro.

O assunto foi recorrente em várias mesas de debate do congresso da ABTA.
Durante a cerimônia de abertura, o secretário de políticas de Telecomunicações, André Borges garantiu que o momento é o de criar uma competição mais leal e equilibrada, sem prejuízo da população. Na opinião dele, uma forma de fazer isso é rever a lei do SeAC (ou Lei do Serviço de Acesso Condicionado, que regula a atividade do setor de TV paga), já que a questão tributária precisa envolver o Ministério da Fazenda. Com a crise fiscal nos estados, 15 deles  aumentaram o ICMS cobrado da atividade de TV por assinatura, segundo o presidente da ABTA, Oscar Simões.

"Achar um modelo de negócio adequado e sustentável é um tremendo desafio", disse Borges, referindo-se às  OTTS, definidas por ele como "operações alternativas, tecnológicas, que usam a rede de telecomunicações de outrem para a prestação do seus próprios serviços que, ao final, se confundem com serviços de telecomunicações que a Lei Geral de Telecomunicações diz ser um Serviço de Valor Adicionado e portanto livre das regulamentações da Anatel".

Segundo ele, se não for possível entrar na regulamentações da OTTs, é pertinente trabalhar do lado das prestadoras de serviços de telecomunicações, como as TVs por assinatura, para que a competição com as OTTs ocorra de forma leal para maior benefício do consumidor e da população em geral.  Segundo ele, a ideia do ministério é discutir com a Anatel a redução do ônus da regulação das operadoras dos serviços de telecomunicações. Em especial o Serviço de Acesso Condicionado, referindo-se às operadoras de TV por assinatura. "O SeAC precisa ter condições de competir com as OTTs em um ambiente equilibrado. Isso é bom para todos. isso é bom para o consumidor", completou.

Mais cedo, em uma mesa que discutia a regulamentação do audiovisual, a advogada Ana Paula Bialer já havia levantado a questão: a Lei do SeAC deve ou não se aplicar às OTTs, que ajudam a distribuir conteúdo no país?! Na opinião dela, a questão deve ser estudada com cautela para evitar que empresas que já começaram a investir no país se sintam desmotivadas a continuar aqui e passem a prestar seus serviços a partir de outros países.

Entre as preocupações da Ancine (Agência Nacional do Cinema), por exemplo, está o incentivo à produção de mais conteúdo nacional. Durante a cerimônia de abertura, o presidente da agência fez questão de ressaltar que “o engajamento do público é determinado pelo conteúdo e não por equipamentos ou mídia”. Mais cedo, Rosana Alcântara, diretora da agência, lembrou que o modelo de vídeo sob demanda e a distribuição de conteúdos pela internet são fronteiras regulatórias que a Ancine vê como caminhos para destravar o audiovisual brasileiro. Mas que a Ancine é apenas um dos atores ouvidos por aqueles responsáveis por regulamentar essa atividades.

Perguntada se a regulamentação passaria por promoção de cotas para as OTTs, Rosana disse que na agência, o debate em relação à regulamentação passa pela definição do escopo de cada serviço, a promoção do conteúdo nacional e também por tributação. A Ancine se dedica mais à promoção do conteúdo nacional do qual a política de cotas é apenas um dos instrumentos.

Participante do mesmo painel de regulamentação, junto com Ana Paula e Rosana, o representante do Grupo Globo, Marcelo Bechara, ex-conselheiro da Anatel, foi direto: "O Brasil não precisa de regulação de vídeo on demand". Na opinião de Bechara é temerário falar em regulamentação de VOD nesse momento, porque o mercado ainda precisa se desenvolver.
http://idgnow.com.br/internet/2016/06/30/kassab-diz-que-regulacao-de-servicos-como-netflix-e-prioridade/

MEC divulga nesta quinta-feira o resultado do Fies

O Ministério da Educação (MEC) divulga nesta quinta-feira (30) o resultado do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Até as 18h de ontem, a poucas horas do fim do prazo, 265.856 estudantes estavam inscritos no programa. O resultado poderá ser consultado na página do Fies ( http://fiesselecao.mec.gov.br/ ). 
Os estudantes pré-selecionados têm prazo de 1º a 7 de julho para concluir a inscrição no Sistema Informatizado do Fies
Os estudantes pré-selecionados têm prazo de 1º a 7 de julho para concluir a inscrição no Sistema Informatizado do Fies
Foto: Agência Brasil
Nesta edição serão ofertados 75 mil financiamentos. Aqueles que não forem selecionados serão automaticamente inscritos na lista de espera. As vagas que não forem ocupadas pelos estudantes selecionados serão ofertadas à lista de espera de 4 de julho a 10 de agosto. 

O resultado é uma pré-seleção, assegura apenas a expectativa de direito às vagas para as quais se inscreveram no processo seletivo do Fies. A contratação do financiamento fica condicionada à conclusão da inscrição no Sistema Informatizado do Fies (SisFies) e ao cumprimento das demais regras e procedimentos do programa. 

Os estudantes pré-selecionados têm o prazo de amanhã (1º) até o dia 7 de julho para concluir a inscrição no SisFies. Após essa etapa, o estudante tem ainda que validar as informações na Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CPSA) da instituição de ensino para a qual foi selecionado e comparecer a um agente financeiro do Fies. Os prazos estão disponíveis no portal do Fies. 

O Fies oferece financiamento de cursos superiores em instituições privadas a uma taxa de juros de 6,5% ao ano. O percentual do custeio é definido de acordo com o comprometimento da renda familiar mensal bruta per capita do estudante. 

Para participar da seleção, é preciso ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2010 com 450 pontos na média das provas, além de ter tirado nota maior que 0 na redação. Os candidatos precisam ainda ter renda familiar bruta por pessoa de até três salários mínimos, o que equivale a R$ 2.640. Atualmente, 2,1 milhões de estudantes participam do programa.

https://noticias.terra.com.br/educacao/mec-divulga-hoje-o-resultado-do-fies,d298df294bbe5b38e1b8954ad8d5bec8w9ys4ngp.html

Cidade na Nova Zelândia com 'empregos demais' tenta atrair novos moradores

A pequena cidade de Kaitangata, na Ilha do Sul, na Nova Zelândia, tem um problema relativamente único: excesso de casas com bons preços e falta de gente para morar nelas. 

A pequena cidade de Kaitangata, na Ilha do Sul, na Nova Zelândia, tem um problema relativamente único: excesso de casas com bons preços e falta de gente para morar nelas.
Cidade tem salários iniciais de quase R$ 10 mil por mês
Cidade tem salários iniciais de quase R$ 10 mil por mês
Foto: Destination Clutha / BBCBrasil.com
Agora, os moradores estão tentando convencer pessoas que moram nas cidades mais caras do país a se mudar para lá. 

Cerca de 800 pessoas moram em Kaitangata. No local, há uma escola de ensino fundamental, um bar e uma pizzaria.
Loja de conveniência fechou após aposentadoria dos donos
Loja de conveniência fechou após aposentadoria dos donos
Foto: Google / BBCBrasil.com
Na semana passada, a loja de conveniência da cidade fechou porque seus donos se aposentaram. 

A administração de Kaitangata se aliou a empresários locais para oferecer vantagens para novos moradores, como descontos nos custos legais de comprar uma propriedade ou novas oportunidades de trabalho. 

Em cidades grandes como Auckland, o desemprego é bem maior e a moradia é muito mais cara. 
Enquanto isso, a região de Clutha, onde fica Kaitangata, tem cerca de mil postos de trabalho disponíveis.
Região tem cerca de mil postos de trabalho disponíveis
Região tem cerca de mil postos de trabalho disponíveis
Foto: Google / BBCBrasil.com
"Quando eu estava desempregado e tinha uma família para alimentar, Clutha me deu uma chance, e agora a gente quer oferecer essa oportunidade para outras famílias kiwi (apelidos dos neozelandeses) que possam estar em dificuldade", diz o prefeito de Clutha, Bryan Cadogen, ao jornal britânico The Guardian .
"O desemprego de jovens aqui está em dois. Não 2% - só duas pessoas jovens estão desempregadas", conta. 

"Fico desesperado com o jeito que algumas famílias estão tendo de viver atualmente. Muitas das coisas valorizadas pelos kiwis , como ter casa própria e sustentar sua família, viraram um sonho impossível. Para muitas pessoas na Nova Zelândia, a vida é uma labuta eterna. E isso me deixa muito triste."
Cidade tem apenas duas pessoas jovens desempregadas
Cidade tem apenas duas pessoas jovens desempregadas
Foto: Google / BBCBrasil.com
Ele já descreveu alguns dos empregos disponíveis em seu distrito como "fenomenalmente bons", com alguns salários com pagamentos iniciais de 50 mil dólares neozelandeses (cerca de R$ 115 mil) anuais - cerca de R$ 10 mil mensais.
Uma procura rápida no site de empregos online mostra oportunidades nas áreas de enfermagem, construção e nas Forças Armadas.
Local tem pizzaria, escola e um bar
Local tem pizzaria, escola e um bar
Foto: Google / BBCBrasil.com
Muitas áreas rurais na Nova Zelândia estão enfrentando problemas semelhantes.
"Estamos todos competindo por imigrantes e por isso é cada vez mais difícil para municípios rurais, principalmente, atrair pessoas - na verdade até para manter a sua própria população - do que era no passado", diz um documento produzido pelo distrito de Clutha. 

"E enquanto jovens historicamente deixaram o distrito, agora estamos sendo atingidos duplamente com a taxa de natalidade baixa e alto número de idosos." 

Isso tudo ocorre enquanto outras cidades enfrentam o problema contrário: neste mês, Auckland lançou um projeto que vai pagar pessoas que precisam de moradia social para se mudar da cidade. 

https://noticias.terra.com.br/mundo/oceania/cidade-na-nova-zelandia-com-empregos-demais-tenta-atrair-novos-moradores,e17b13f0069120fcb7ebad07141ed6bf6ocl1ndc.html

sábado, 25 de junho de 2016

Romero Jucá alterou MP para favorecer Gerdau, diz jornal

Relatório da Polícia Federal no âmbito da Operação Zelotes indica que o senador do PMDB atendeu a pedido do Grupo Gerdau ao relatar proposta de MP, publica a "Folha de S.Paulo"


Além de Jucá, esquema envolveu Alfredo Kaefer (PSL-PR) e Jorge Côrte Real (PTB-PE), diz PF
Jane de Araújo/Agência Senado - 24.5.16
Além de Jucá, esquema envolveu Alfredo Kaefer (PSL-PR) e Jorge Côrte Real (PTB-PE), diz PF
Um relatório da Polícia Federal no âmbito da Operação Zelotes aponta que o senador Romero Jucá (PMDB-RR) alterou a Medida Provisória 627 de 2013 para favorecer o Grupo Gerdau. A informação consta em reportagem deste sábado (25) do jornal "Folha de São Paulo".

O texto, do qual Jucá era relator, trazia mudanças em regras de tributação de lucros de empresas no exterior. De acordo com a reportagem, o projeto foi aprovado com pelo menos uma alteração sugerida pela Gerdau. Também estariam envolvidos os deputados Alfredo Kaefer (PSL-PR) e Jorge Côrte Real (PTB-PE).

O deputado Jorge Côrte Real disse ter sido pego de surpresa com a citação do seu nome no relatório da PF. O documento cita uma emenda à MP 627 apresentada por Real. "Minha proposta apenas concedia o prazo de 30 dias para adesão ao sistema proposto pela MP. Isso atendia o interesse geral, não de uma companhia em especial", disse.

Também citado no documento, Alfredo Kaefer diz que a emenda que apresentou atende a pedido que havia sido feito pela Confederação Nacional da Indústria. "Minha atuação parlamentar é marcada pela preocupação em apresentar propostas importantes para o setor industrial. Sempre fui o interlocutor de empresas para assuntos tributários", disse. "Uma rápida pesquisa demonstra o que digo." 

Ele afirmou ter encontrado poucas vezes o presidente do Conselho de Administração do grupo Gerdau, Jorge Johannpeter Gerdau. "Por um azar, uma pessoa da empresa passou no gabinete, elogiando minha emenda, e pegou o cartão do meu assessor. É só". Ele disse não se lembrar do teor da emenda, mas acrescenta que ela não foi nem sequer aprovada.

A Gerdau afirmou que participou "de forma legítima e em conformidade com a legislação brasileira" de discussões sobre a bitributação de lucros provenientes do exterior. Segundo a companhia, o debate foi liderado por entidades de classe e em conjunto com outras empresas de atuação internacional.

O senador Romero Jucá não atendeu às ligações da reportagem. A assessoria de imprensa do parlamentar também tentou fazer o contato, mas não conseguiu localizá-lo.

http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2016-06-25/romero-juca-alterou-mp-para-favorecer-gerdau-diz-jornal.html

 

Mais de 1,3 milhão de britânicos pedem novo referendo sobre UE

De acordo com o Parlamento Britânico, qualquer petição com mais de 100 mil assinaturas será levada a debate na casa.

 Grande adesão a petição online fez site do Parlamento sair do ar

Uma petição online reivindicando um segundo referendo sobre a saída do Reino Unido da Europa já reuniu quase 1,4 milhão de assinaturas, demonstrando a expressiva divisão da população britânica na votação realizada na última quinta-feira (23).

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O grande número de acessos à petição, hospedada no website do Parlamento britânico, acabou fazendo com que o site entrasse em colapso. De acordo com o Parlamento, qualquer petição com mais de 100 mil assinaturas será levada a debate na casa.

No curto prazo, contudo, demandas por uma nova votação têm poucas chances de serem acatadas, tendo em vista que os votos pela saída do Reino Unido do bloco europeu superaram em mais de 1 milhão aqueles que optaram pela permanência dos britânicos na União Europeia. 

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2016-06-25/mais-de-13-milhao-de-britanicos-pedem-novo-referendo-sobre-ue.html



 

Campanha pede que Estado de São Paulo deixe de fazer parte do Brasil

Organização pretende realizar um plebiscito para a população votar sobre a independência do Estado de São Paulo

A repercussão do referendo que votou pela saída do Reino Unido da União Europeia tem gerado diversas reações pelo mundo a fora e também no Brasil.

Depois de alguns países terem anunciado que pretendem realizar consultas populares para deixar a UE, uma organização não-governamental do Estado de São Paulo ganhou força com uma campanha que pede a 'independência' do estado.

Batizado de "SampAdeus" (São Paulo vai dar adeus ao Brasil), o movimento defende que São Paulo deve ser um país e deixar de fazer parte do Brasil.

A ONG São Paulo Livre planeja realizar um Plebiscito Consultivo Paulista no dia 2 de outubro para recolher a opinião da população sobre a separação.

Alguns dos argumentos são de que São Paulo possui uma população maior que a da Argentina e tem o segundo maior PIB da América do Sul.

No entanto, embora o movimento tenham apoiadores, ele também tem sido alvo de críticas nas redes sociais

http://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/campanha-pede-que-estado-de-s%c3%a3o-paulo-deixe-de-fazer-parte-do-brasil/ar-AAhC1yb?li=AAggXC1

Em crise na carreira, Claudia Leitte faz shows em boates e baile funk



Parece que a crise financeira que atinge o país, também chegou para a cantora Claudia Leitte. A loira, que não lota mais grandes shows pelo país, agora arrumou outra alternativa para continuar faturando.

De acordo com a colunista Fabíola Reipert, Claudia agora se apresenta em boates. Recentemente, ela fez presença em uma de Goiânia, e a entrada custava apenas R$ 9 (nove reais) para homens e mulheres. Quem estava lá disse que havia no máximo 70 pessoas, e ela cantou muitas músicas de Anitta, para animar o público.

Em setembro, ela confirmou presença em baile funk, no Rio de Janeiro.
 
http://a.msn.com/pt-br/musica/noticias/em-crise-na-carreira-claudia-leitte-faz-shows-em-boates-e-baile-funk/ar-AAheUUB

Filho de Bolsonaro confirma a candidatura do pai à presidencia

 
O deputado federal pelo estado de São Paulo e filho de um dos políticos mais polêmicos da atualidade, Eduardo Bolsonaro esteve no programa Pânico desta sexta-feira (24). O discurso do terceiro filho de Jair Bolsonaro é idêntico ao do pai e se baseia no aumento e na manutenção da segurança pública.

Ele é favorável à legalidade do porte de armas e defende a posição de que a população brasileira poderia ter acesso às armas de fogo. "É dar a chance de defesa para as pessoas. Se entrar alguém, agora, matando todo mundo, o que a gente faz? Liga pra Polícia?", questionou. A solução? "A minha proposta é: vamos mudar? Vamos flexibilizar? Vamos diminuir a maioridade penal para 16 anos?".

Apesar das polêmicas envolvendo posições, opiniões e ocorridos de pai e filhos, Eduardo confirmou que, caso o Supremo Tribunal Federal não considere seu pai inelegível, "ele será candidato à presidência em 2018".

Suspeito de estupro, Jobson é transferido para presídio

Ex-jogador estava preso em Conceição do Araguaia, mas foi transferido neste sábado para o sudeste do Pará.

 O ex-jogador Jobson foi transferido da carceragem de Conceição do Araguaia, no sul do Pará, na manhã deste sábado e agora está no presídio de Marabá, no sudeste do estado, onde vai ficar até sua audiência com a Justiça. O atleta foi preso na última quinta-feira, por determinação da Justiça, sendo um dos suspeitos do crime de estupro contra quatro adolescentes. 


                        
                        
                    Jobson foi transferido para o presídio de Marabá, ainda neste sábado (Foto: Site Oficial do Bahia)
Jobson foi transferido para o presídio de Marabá, ainda neste sábado (Foto: Site Oficial do Bahia)
Foto: LANCE!
Jobson também é suspeito de um quinto caso de estupro, ainda sendo investigado pela polícia. Atleta não ofereceu resistência em sua prisão e foi levado em uma viatura até a delegacia de Conceição do Araguaia, onde estava preso até a manhã deste sábado. 

Segundo uma nota divulgada pela assessoria da Polícia Civil do Pará, o inquérito policial foi instaurado há uma semana, após uma das vítimas, uma menina de 13 anos, denunciar que fotos suas em situações pornográficas estariam circulando nas redes sociais. A jovem afirmou que Jobson teria aliciado a menor em Conceição do Araguaia, querendo levá-la até sua chácara, no Tocantins, com mais três garotas. Já no local, as adolescentes teriam sido embriagadas e entorpecidas, para serem abusadas sexualmente. 

https://esportes.terra.com.br/lance/suspeito-em-caso-de-estupro-jobson-e-transferido-para-presidio-em-maraba,4f645d0fc237ff4f482b59fa2fedd955vkz8qpx3.html

 

Moro ‘reativa’ todos os inquéritos contra Lula

Os inquéritos e processos de busca e apreensão e quebra de sigilos que têm como alvo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua família foram reativados, na sexta-feira, 24, pelo juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, em Curitiba – origem do escândalo Petrobras. 

São frentes que apuram corrupção e lavagem de dinheiro na compra e reforma do sítio, em Atibaia (SP), no negócio do tríplex do Condomínio Solaris, no Guarujá (SP), nos pagamentos para a LILS – empresa de palestras do ex-presidente – e nas doações para o Instituto Lula, entre outros. 

“O eminente ministro Teori Zavascki determinou, acolhendo parecer do exmo. procurador-geral da República, a devolução do inquérito. Tendo os autos retornado, traslade-se para estes autos cópia do parecer apresentado no Inquérito 4220 e cópia da decisão de 13 de junho de 2016 na Reclamação 23.457”, despachou Moro, que conduz todos os processos da Lava Jato em primeira instância. 

O Supremo Tribunal Federal, por ordem do ministro Teori, havia decretado a suspensão da tramitação das investigações contra Lula, sob tutela de Moro, na Justiça Federal em Curitiba, em liminar que acolheu pedido da defesa do ex-presidente, que questionou a competência da força-tarefa em primeiro grau judicial de conduzir os casos. 

Alguns dos inquéritos, como o da compra do Sítio Santa Bárbara, em 2010, e da reforma executada no imóvel pela Odebrecht, OAS e pelo pecuarista José Carlos Bumlai, estão em fase final, prontos para serem transformados em denúncia formal.
Sigilo
Nesta sexta-feira, 24, ao receber de volta os processos de Teori, o juiz da Lava Jato determinou que os inquéritos devem “tramitar exclusivamente entre Ministério Público Federal e autoridade policial”. Mas ordenou que “deverá ser observado o sigilo decretado pelo STF”, em procedimento de quebra que resultou na interceptação telefônica que captou conversas de Lula. 

Nesses diálogos, o ex-presidente foi pego em diálogo com a presidente afastada, Dilma Rousseff – a prova foi invalidada por decisão de Teori -, um dia antes de ser nomeado por ela ministro da Casa Civil. “Ressalve-se, por óbvio, o diálogo datado de 16 de março de 2016, entre o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a Exma. Presidente da República Dilma Rousseff, atualmente afastada, já que invalidado”, reforça Moro.
O juiz da Lava Jato determinou ainda que as defesas dos investigados reapresentem a ele “os pedidos formulados perante o Supremo Tribunal Federal”. 

Desde o início das investigações, o Instituto Lula e os advogados do petista têm reiterado que ele nunca praticou qualquer ato ilícito. O Instituto e a defesa reafirmam enfaticamente que o tríplex do Guarujá e o sítio Santa Bárbara, de Atibaia, não pertencem a Lula. Os valores recebidos pela LILS são relativos a palestras realizadas pelo ex-presidente.

http://istoe.com.br/moro-reativa-todos-os-inqueritos-contra-lula/

“Dilma participava e sabia de tudo”

Em entrevista exclusiva à ISTOÉ concedida um dia depois de o STF torná-lo réu pela segunda vez na Lava Jato, Eduardo Cunha detalhou a negociata, comandada pela presidente afastada Dilma Rousseff, para salvá-lo em troca do arquivamento do impeachment.

Na noite de 12 de outubro de 2015, dia santo de Nossa Senhora Aparecida, o então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), estava no Rio sob um calor inclemente de 35°C à sombra quando recebeu um telefonema do recém-nomeado chefe da Casa Civil do governo Dilma Rousseff, Jaques Wagner.

O chamado era urgente. O clima, àquela altura, era de elevadíssima tensão. O peemedebista tentava se livrar de um processo no Conselho de Ética, enquanto Dilma buscava a todo custo evitar o início de um processo de impeachment contra ela, que dependia exclusivamente do parlamentar – seu desafeto declarado. Wagner tinha pressa de encontrar Cunha e, para não perder um minuto sequer, se ofereceu para esperá-lo na Base Aérea de Brasília, onde o parlamentar aterrissaria a bordo de um jato da Força Aérea. Assim que o então presidente da Câmara pousou na capital federal, ambos conversaram a sós. O inteiro teor daquela conversa crucial tanto para Cunha quanto para Dilma nunca havia sido tornado público. Até agora. Cunha resolveu esmiuçá-la em detalhes em entrevista exclusiva à reportagem de ISTOÉ concedida em sua residência, em Brasília, na última quinta-feira 23 –, um dia depois de o STF torná-lo réu pela segunda vez na Operação Lava Jato.

Segundo Eduardo Cunha, Wagner tinha um plano para salvá-lo do cadafalso. Em troca do arquivamento no nascedouro do processo do impeachment contra Dilma, o então ministro disse que poderia garantir votos de deputados petistas no Conselho de Ética. Ofereceu também influenciar o Poder Judiciário para que os processos de investigação de sua filha, Danielle, e de sua mulher, Cláudia Cruz, não fossem para a primeira instância. Cunha considerou que o petista não tinha condições de entregar o que prometia. Wagner quis deixar claro, então, que ele falava em nome da principal mandatária do País: Dilma Rousseff. Foi além. Disse que deixaria a Base Aérea com destino ao Palácio da Alvorada. Naquele mesmo dia, ele relatou à presidente o andamento da negociação. “Todas as vezes em que ele (Jaques Wagner) esteve comigo, que tocou nesse assunto, deixou claro que relatava todas as conversas para Dilma e que ela sabia. O que torna um pouco mais grave a situação. Na conversa do dia 12 de outubro, Wagner disse que naquela noite mesmo ainda conversaria com a presidente e que falaria comigo depois. O que comprova, mais uma vez, que ela participava e sabia de tudo”, disse Cunha à ISTOÉ. Depois dos encontros, parlamentares designados pelo Planalto procuravam Cunha para medir a temperatura das tratativas. Certa feita, o ministro da Casa Civil forneceu exemplos de como o PT poderia contribuir para amarrar o processo contra ele no Conselho de Ética. “Como não marcar quórum em determinada sessão para tentar adiar. Ele tentou continuar essa oferta”, afirmou Cunha na entrevista.
Na última quarta-feira 22, o STF acolheu a segunda denúncia contra o presidente da Câmara afastado por contas na Suíça por unanimidade. Ele virou réu pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e falsidade ideológica com fins eleitorais. Até mesmo na avaliação de seus aliados, a decisão acelera ainda mais seu processo de cassação. Apesar da grave situação, Cunha tenta transparecer confiança: “Este vai ser o critério adotado pelo STF em qualquer desses casos. Ou seja: denúncia apresentada pelo Procurador Geral da República contra qualquer parlamentar será aceita”.

Na véspera da decisão, alguns de seus mais próximos seguidores chegaram a acreditar que Cunha renunciaria ao mandato, com anúncio em coletiva organizada pelo próprio parlamentar. Sozinho, ele se defendeu e voltou afirmar que não desistiria do mandato. A cena, retrato mais bem acabado do isolamento de Cunha, repercutiu negativamente no ambiente político. Nos bastidores, até seus defensores históricos lamentavam a iniciativa, considerada “desastrosa”. A cassação é tida como questão de tempo por aliados. Seus advogados entraram com recurso na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, que terá de analisá-los antes de a votação seguir para o Plenário. A previsão é de que o processo seja concluído antes do recesso parlamentar.
Há entre seus mais fieis escudeiros a crítica velada à sua insistência em permanecer no mandato. Hoje, Cunha conversa regularmente com poucos deputados. No seleto grupo, estão Jovair Arantes (PTB-GO), Rogério Rosso (PSD-DF), Carlos Marum (PMDB-MS), Hugo Motta (PMDB-PB), Arthur Lira (PP-AL) e Marcelo Aro (PHS-MG). O presidente afastado tenta justificar a fuga de apoiadores: “A impressão de que estou isolado é porque não estou podendo ter um convívio maior.” Profundo conhecedor dos submundos do poder, Cunha sabe que já foi mais poderoso. Bem mais. Há não muito tempo, comandava uma bancada de mais de 100 parlamentares. Segundo seus adversários, o séquito era alimentado com o que a política tem de mais sedutor para um parlamentar: verbas de campanha e cargos em postos-chave. O peemedebista nega a utilização desses métodos. Hoje, além do isolamento político, Cunha experimenta uma outra situação insólita em sua trajetória como homem público. A convivência com denúncias não é novidade para ele. A diferença é que, agora, as cortes da Justiça não admitem mais suas explicações. Não parece ser um fim com o qual o parlamentar sonhou, semelhante ao que ocorre com Dilma.

Se em algum momento já pareceram feitos um para o outro, Cunha e Dilma são hoje como água e óleo. Atualmente, experimentam o mesmo infortúnio: ambos estão afastados do cargo para o qual foram eleitos. Na narrativa petista, a queda de Dilma significaria a salvação de Cunha. No Congresso, a maioria aposta no harakiri duplo.

Entrevista – Eduardo Cunha

O presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, recebeu ISTOÉ na quinta-feira 23. Adornavam a residência oficial abundantes arranjos de astromélias brancas, que significam lealdade. Espalhados pelos dois aparadores e pelas cinco mesinhas laterais havia 49 porta-retratos: a maioria emoldura o rosto da mulher, Cláudia Cruz. Abaixo, os principais trechos da entrevista:
ISTOÉ – O sr. disse que recebeu o então ministro da Casa Civil de Dilma Rousseff, Jaques Wagner, em outubro do ano passado em três diferentes ocasiões, nas quais ele lhe propôs um acordo para que o sr. livrasse a presidente do impeachment. Em troca ele garantiria sua absolvição no Conselho de Ética da Câmara. Como se deu essa abordagem?
Eduardo Cunha – Obviamente que toda conversa política tem sempre os seus meandros, suas idas e vindas. Mas o que aconteceu clara e textualmente é que ele sentou para discutir pontos de governabilidade, tentando uma aliança comigo, para que pudéssemos andar juntos. E para isso, começou a oferecer justamente votos no Conselho de Ética. Ele ofereceu textualmente algo que eu até reputei como ridículo, que foi a interferência do governo para que mantivessem a minha mulher (Cláudia Cruz) e minha filha (Danielle) sobre a ótica do processo do Supremo. O que eu já disse de pronto que eu não acredito nesse tipo de interferência. Não creio que o governo tenha esse controle de quem quer que seja. Refutei.
ISTOÉ – A presidente Dilma Rousseff sabia das propostas de Jaques Wagner para o sr?
Cunha – Todas as vezes em que ele esteve comigo, que tocou nesse assunto, ele deixou claro que Dilma sabia das conversas. Que ele relatava todas as conversas e que ela sabia. O que torna um pouco mais grave a situação. E depois desses encontros, existiram parlamentares que ficaram fazendo a ponte. Algumas vezes, Jaques deu exemplos de como o PT poderia me ajudar no Conselho de Ética, como não marcar quórum em determinada sessão para tentar adiar. Ele tentou continuar essa oferta. Isso tudo estou falando simplesmente para rebater essa fantasiosa história de que abri o processo de impeachment por vingança, que é o que eles chamam de desvio de poder.
“JAQUES WAGNER SAIU DO NOSSO ENCONTRO NA BASE AÉREA E DISSE QUE NAQUELA NOITE MESMO CONVERSARIA COM A PRESIDENTE”
ISTOÉ – Aliados de Dilma vazaram a versão de que, na verdade, as conversas de Wagner com o sr. eram para te enrolar até que fossem aprovadas as metas fiscais.
Cunha – Quando dão uma desculpa dizendo que estavam querendo me enrolar, na verdade estão é confirmando que fizeram a oferta. E enrolar faz parte da natureza deles. Enrolaram o Brasil esses anos todos e deu no que deu. Minha pergunta é: estão querendo dizer que a presidente Dilma era a cabeça de um plano de enrolar o presidente da Câmara no intuito de aprovar um projeto? Na conversa do dia 12 de outubro, na Base Aérea, quando ele (Jaques Wagner) me ligou e marcou, ele saiu do nosso encontro e disse que naquela noite mesmo ainda conversaria com a presidente e que falaria comigo depois. Que era para relatar a conversa a ela. Então, a cada conversa, ele dizia que ia sair e que ia até a presidente para relatar. O que comprova, mais uma vez, que ela participava e sabia de tudo.
ISTOÉ – O sr. sempre aglutinou muitos aliados. Agora se sente abandonado?
Cunha – Fui afastado pelo STF e estou sendo cerceado. Ele (Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot) entrou com pedido de prisão só porque eu disse em uma entrevista que eu ia à Câmara. Não estou podendo exercer nem a minha autodefesa no Conselho de Ética e nem fazer o que o julgamento político pressupõe, que é estar em corpo a corpo com os parlamentares, que são meus julgadores, para me justificar. Então, se eu não estiver afastado, daqui a pouco eu posso até ser preso por conversar com deputado.
ISTOÉ – Mas o sr. poderia receber visitas aqui na residência da Presidência da Câmara.
Cunha – Eu acho que eu posso exercer quaisquer atividades que não sejam do exercício do mandato. Eu não perdi meus direitos políticos. A impressão de que estou isolado é porque eu não estou podendo ter um convívio maior, o que está prejudicando.
ISTOÉ – Tem parlamentar que não quer ser visto falando com o sr., nem ser fotografado ao seu lado por que agora não interessa mais ter essa proximidade ? O governo Temer te abandonou?
Cunha – Não tenho condições de te afirmar isso. Ficam tentando me colocar numa clandestinidade. Essa decisão do Supremo e ameaça de prisão (caso eu vá à Câmara), é uma tentativa de me constranger e criar uma coação contra mim. O governo Michel Temer não tem nem que me abandonar nem que me abraçar. É um processo político interno da Câmara.
“O GOVERNO TEMER NÃO TEM QUE ME ABANDONAR OU ME ABRAÇAR. É UM PROCESSO POLÍTICO INTERNO DA CÂMARA”
ISTOÉ – O sr. disse em nota que argumentos da sua defesa não foram considerados…
Cunha – Nesse processo da aceitação da segunda denúncia, a gente sempre reclama da seletividade do procurador (Rodrigo Janot) de me escolher para apresentar rapidamente as suas peças – lembrando que desde a abertura do processo de impeachment , em 17 de abril, ele abriu seis novos inquéritos contra mim. Ele apreciou duas denúncias em três meses, enquanto o presidente do Senado (Renan Calheiros) está há três anos e três meses sem apreciar. Quarta, chegou-se ao julgamento sem decidir todas as peças que deveriam ter sido decididas com relação a este processo. O exemplo mais gritante é: para justificar que eu participei da discussão do tal contrato de Benin (na África) eles dizem que eu teria participado de uma reunião na Petrobras com a presença de um diretor internacional, no dia 12 de setembro de 2010, onde eu teria chegado de helicóptero acompanhado do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. Então, primeiro: ele nem denunciou o Eduardo Paes. Segundo: minha defesa juntou a comprovação documental de que nem eu nem o tal diretor estávamos na Petrobras naquele dia, que era um domingo de campanha eleitoral e que nem helicóptero pousou naquele dia lá. Ou seja, prova factual de que a reunião não existiu. Apesar de anexar à minha defesa, isso foi ignorada pelo relator (ministro Teori Zavascki), que proferiu o voto aceitando a denúncia dando como justificativa a própria reunião. Ou seja, meus argumentos de defesa são ignorados. Não é um julgamento, é um linchamento, um justiçamento.
ISTOÉ – O sr. diz que os argumentos da sua defesa estão sendo ignorados, mas fala também ter a certeza de que será absolvido pelo STF. A decisão de acatar sua denúncia foi unânime.
Cunha – Provavelmente, este vai ser o critério adotado em qualquer desses casos. Ou seja: denúncia apresentada pelo PGR contra qualquer parlamentar será aceita. Mas eu acredito no bom senso durante o processo comprobatório e que poderemos fazer valer nossos argumentos. Acredita que me fizeram três denúncias sem nem me ouvir? Usaram minhas falas públicas em entrevistas jornalísticas como se fosse depoimento de investigado. Espanta-me essa violação.
“MEUS ARGUMENTOS DE DEFESA SÃO IGNORADOS. NÃO  É UM JULGAMENTO, É UM LINCHAMENTO, UM JUSTIÇAMENTO”
ISTOÉ – Sua família está sendo perseguida?
Cunha – No caso da minha filha, fizeram uma cópia adulterada da ficha do banco excluindo a declaração do que ela realmente era. Ela não tinha nada a ver nem com a conta da minha esposa. Ela tinha apenas um cartão adicional, mas ignoraram. O caso da minha esposa é diferente do meu. Eu nunca disse que a minha esposa não tinha conta (no exterior). Ela detém a conta sim, mas a discussão é que ela não tinha obrigatoriedade de declarar porque, no nosso entender, em 31 de dezembro de cada ano ela tinha um saldo inferior a US$ 100 mil.
ISTOÉ – Os procuradores disseram que dinheiro de propina bancou luxos de sua esposa no exterior. É uma imagem forte para a opinião pública.
Cunha – Matematicamente isso é impossível. O patrimônio que eu detinha e que foi doado ao trust foi de muitos anos atrás, oriundos de minhas atividades privadas. A prova disso é que estão elencando um valor que teria sido recebido através do trust de 1,3 milhões de francos suíços (R$ 5 milhões). E 2,3 milhões francos suíços foram bloqueados. Ou seja, foi bloqueado 1 milhão a mais do que eles contestavam. Então, como os gastos foram feitos decorrentes desse dinheiro? A defesa dela vai provar exatamente o roteiro do dinheiro.

http://istoe.com.br/%E2%80%9Cdilma-participava-e-sabia-de-tudo%E2%80%9D/

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Homem que matou ex-participante do "The Voice" carregava 2 pistolas e faca

Agressor foi ao local do show, em Orlando, onde na noite de sexta-feira atirou contra Grimmie no momento em que a artista assinava autógrafos ao término de uma apresentação

Christina Grimmie foi da equipe do cantor Adam Levine, do Maroon 5, na temporada do "The Voice" norte-americano, em 2014

O homem que atirou e matou Christina Grimmie, cantora famosa no Youtube e por ter participado do programa "The Voice" dos Estados Unidos, viajou para Orlando procedente de outra cidade da Flórida armado com duas pistolas e uma faca com a intenção de atacar a artista, segundo informou a polícia.

A Polícia de Orlando informou na tarde de sábado que o autor dos disparos era Kevin James Loibl, um jovem de 27 anos, de Saint Petersburg, no oeste do estado, de onde saiu para cometer o crime.

"Não era um morador local, viajou de outro lugar da Flórida para cometer o crime", afirmou em entrevista coletiva o chefe da polícia de Orlando, John Mina, que acrescentou que ainda não foi encontrado nenhum veículo ligado ao autor dos tiros.

Mina declarou que as primeiras investigações indicam que o autor dos tiros foi local do show, onde estava a cantora, "armado com duas pistolas, uma faca de caça e várias caixas de balas".

O agressor foi ao local do show, em Orlando, onde na noite de sexta-feira atirou contra Grimmie no momento em que a artista assinava autógrafos ao término de uma apresentação.

As autoridades policiais assinalaram que não há indícios sobre uma relação entre o assassino e a vítima ou que o homem tenha tentado entrar em contato com a cantora pela internet.

"Tudo indica que o sujeito agiu sozinho, mas estamos investigando em seu telefone e em seu computador com a esperança de poder encontrar pistas", disse Mina.

Christina Grimmie, de 22 anos e nascida em Nova Jersey, morreu na madrugada deste sábado em um hospital local, onde foi internada após ser atingida por tiros de um desconhecido na sexta-feira depois de um show.

Segundo a polícia de Orlando, após o tiroteio o irmão da cantora, Marcus Grimmie, se jogou em cima do agressor, que depois se suicidou com um tiro. A atitude do irmão de Christina foi considerada heroica pelas autoridades por evitar que mais pessoas fossem atingidas.

As redes sociais, sob a hashtag #RIPChristina, serviram de espaço para os fãs da jovem artista expressarem a dor pela morte. O programa "The Voice" americano postou uma mensagem em sua conta oficial no Twitter para expressar consternação: "Não há palavras. Perdemos uma alma linda com uma voz incrível". 

http://www.opopular.com.br/editorias/noticias/mundo/homem-que-matou-ex-participante-do-the-voice-carregava-2-pistolas-e-faca-1.1101122?ref=yfp


'Ataque foi homofóbico e não religioso', diz pai de atirador

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Pai de Omar Sediqque Mateen, atirador que matou 50 pessoas em um ataque em Orlando, nos EUA, afirmou que a motivação do atentado não foi religiosa. Mir Sediqque garantiu que o cunho do ataque foi homofóbico.

“A questão religiosa não tem nada a ver com isso. Ele viu dois homens se beijando em Miami há alguns meses e ficou muito irritado. Estamos chocados como o resto dos Estados Unidos. Queremos apenas pedir desculpas, estamos muito chocados”, afirmou Mir.

O ATENTADO
Pelo menos 50 pessoas morreram e 53 ficaram feridas no tiroteio na boate Pulse, em Orlando, Flórida, nos Estados Unidos, ocorrido na madrugada de hoje (12). “Muitas vidas foram perdidas. Há muitos corpos no local”, disseram autoridades policiais. Inicialmente, a informação era que aproximadamente 20 pessoas tinham morrido após um homem abrir fogo contra pessoas que estava na boate, voltada para o público LGBT.

O FBI, a polícia federal norte-americana, classificou o incidente como “ato de terrorismo”. Um homem armado com um rifle e uma pistola atirou contra os frequentadores de clube noturno, na área central da cidade, e fez reféns por cerca de três horas. Depois de um período em que tentou negociar com o atirador, a polícia decidiu entrar no local e atirou no homem. Após o episódio na boate, foi declarado estado de emergência na Flórida e em Orlando.

A identidade do suspeito ainda não foi revelada. Uma testemunha que estava no clube disse que ouviu “20, 40, 50 tiros” e, então, “a música parou”. Um policial chegou a ser atingido no capacete. Os feridos foram levados para três hospitais da região.

As investigações consideram a possibilidade de o suspeito ter ligações com o islamismo radical. “Nossa comunidade é forte. Precisamos ajudar uns aos outros para lidar com essa situação”, afirmou o prefeito de Orlando, Buddy Dyer.

Em dois dias, este é já o segundo caso de tiroteio em Orlando. Na sexta-feira (10), um homem matou a tiros a cantora Cristina Grimmie após um show.

REPERCUSSÃO
Os candidatos à Presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton e Donald Trump, se manifestaram sobre o atentado. Pelo Twitter, Hillary disse que acordou com “a notícia devastadora da Flórida”. “Enquanto esperamos para mais informações, meus pensamentos estão com as pessoas afetadas por este ato horrível”, escreveu a candidata democrata.

Também pelo Twitter, Trump disse que a polícia investiga a possibilidade de terrorismo. “Muitas pessoas mortas e feridas”, lamentou o republicano.

https://br.noticias.yahoo.com/ataque-foi-homof%C3%B3bico-e-n%C3%A3o-religioso-diz-pai-171724159.html

França pretende proibir venda de álcool em sedes da Eurocopa

A França pretende ampliar a proibição da venda e do consumo de álcool nos perímetros sensíveis das cidades-sedes da Eurocopa, o que deve ser imposto tanto nos dias de jogo como na véspera.

O ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve, afirmou à imprensa que, após os distúrbios de ontem em Marselha entre torcedores ingleses e russos, pediu aos governadores regionais que apliquem essas proibições "na véspera e nos dias de jogos e nos dias de abertura das zonas de torcedores". 

O objetivo é impedir "a venda, o consumo e o transporte de bebidas alcoólicas nos perímetros sensíveis", na rua, nas lojas e em estabelecimentos autorizados. 

Cazeneuve também acrescentou que os governadores regiões poderão estabelecer interdições nos terraços de bares e restaurantes para evitar o acesso a objetos "suscetíveis de serem utilizados como projéteis".
Além disso, os torcedores que forem identificados participando de incidentes serão impedidos de se aproximar de estádios, fã zones e outras áreas que as autoridades considerarem potencialmente conflituosas nas cidades-sede da Eurocopa. 

Ontem, oito pessoas foram presas devido aos confrontos entre torcedores russos e ingleses em Marselha. Outros sete acabaram detidas pelo mesmo motivo na sexta-feira. Alguns deles serão julgados a partir de amanhã pela Justiça, indicou a Procuradoria. 

Também foram registrados enfrentamentos na noite de ontem em Nice, com vários feridos. Na tarde deste domingo, os agentes constataram atacantes de torcedores alemães contra ucranianos no centro de Lille, poucas horas antes das seleções dos dois países se enfrentarem na estreia da Eurocopa. 

Cazeneuve defendeu o esquema de segurança de Marselha ao afirmar que ele estava "corretamente dimensionado". Além disso, destacou que as autoridades "foram reativas e conseguiram restabelecer a calma em uma hora e meia ao separar os protagonistas fortemente alcoolizados e prestar imediatamente socorro as feridos", disse. 

Diante das críticas por improvisação, o ministro indicou que não aceitará a ideia de transformar os centros das cidades em fortalezas durante uma competição de futebol. Para ele, os grupos violentos "tomam o esporte como pretexto" e não merecem "complacência". 

"É absolutamente necessário que as federações nacionais dos países cujos torcedores estejam em incidentes desta natureza sejam penalizados", disse Cazeneuve, elogiando a ameaça feita pela Uefa de eliminar Rússia e Inglaterra da Eurocopa em caso de nova violência. 

Os enfrentamentos de ontem entre ingleses e russos em Marselha, que terminaram com 35 feridos, entre eles quatro em estado grave, alimentaram a polêmica medida de proibir o consumo de bebidas alcóolicas, já que muitos dos envolvidos estavam bêbados. 

Havia ontem restrições à venda de álcool nas regiões próximas ao estádio Vélodrome, palco do jogo, e na área de torcedores perto da praia, mas não no centro histórico da cidade de Marselha. Na região do Porto Velho, várias centenas de torcedores entraram em confronto, utilizando garrafas, pedaços de pau, cadeiras e mesas dos bares contra os rivais. 

Em Lens, no norte do país, outra das sedes da competição, as autoridades municipais tinham estabelecido de antemão uma proibição de vendas de bebidas alcóolicas nos dias da partida. 

http://esportes.terra.com.br/futebol/internacional/eurocopa/franca-pretende-proibir-venda-de-alcool-nas-cidades-sedes-da-eurocopa,e74ecba8c9b04eac506389862b5288dewomspu9n.html

Marco Feliciano diz que grupos LGBT usam atentado em Orlando para se promover

Após o atentado a uma boate LGBT em Orlando, EUA, que deixou 50 mortos e 53 feridos na madrugada de domingo, 12, o deputado federal Marco Feliciano (PSC/SP) fez uma série de declarações polêmicas em seu perfil do Twitter. Na rede social, ele disse achar “triste a tentativa de grupos LGBT de usar esta tragédia para se promover, como se a razão deste ataque fosse apenas homofobia”. 

Ainda no Twitter, o deputado acusou os grupos de calarem-se em relação a outros atentados e criticou a esquerda por apoiar a Palestina. “Estes terroristas com quem a esquerda quer dialogar assassinam inocentes, tripudiam sobre seus cadáveres numa luta política insana”, concluiu. 

Feliciano, que também é pastor de uma igreja neopentecostal ligada à Assembleia de Deus, é conhecido por se envolver em polêmicas com grupos LGBT. Um dos principais exemplos talvez seja o projeto da “cura gay”, de 2013, em que propôs um tratamento com o objetivo de curar a homossexualidade. 

Na madrugada de domingo, 12, o americano e filho de afegãos Omar Mateen, 29 anos, abriu fogo em uma casa noturna gay de Orlando. A polícia investiga o caso como terrorismo e o FBI busca elo do autor do atentado com grupos islâmicos.

http://istoe.com.br/marco-feliciano-diz-que-grupos-lgbt-usam-atentado-em-orlando-para-se-promover/

EI assume autoria de massacre em Orlando

O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) assumiu neste domingo a autoria do massacre em uma boate gay de Orlando, no estado da Flórida (EUA) que deixou pelo menos 50 mortos e 53 feridos, informou a agência de notícias "Amaq", ligada aos jihadistas. 

Suspeito do ataque foi identificado como Omar Mateen
Suspeito do ataque foi identificado como Omar Mateen
Foto: CBS / BBCBrasil.com
"O ataque armado cometido em uma boate de homossexuais na cidade de Orlando, no Estado americano da Flórida (...) foi cometido por um combatente do Estado Islâmico", afirmou a "Amaq" em comunicado. 

Esta ação, que começou por volta das 2h (hora local; 3h de Brasília), foi o pior ataque a tiros na história dos Estados Unidos. 

O suposto responsável pelo ataque, um cidadão americano de origem afegã identificado como Omar Mateen, usou um fuzil de assalto e uma pistola. Ele se trancou com reféns na boate Pulse, frequentada por homossexuais, e abriu fogo indiscriminadamente até ser morto pela Polícia. 

Segundo a rede de televisão "NBC News", pouco antes de iniciar o tiroteio, Mateen ligou para o serviço de emergências 911 e declarou lealdade Estado Islâmico (EI). 

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, classificou o ataque como "ato de terrorismo e ódio". 

http://noticias.terra.com.br/mundo/estados-unidos/ei-assume-autoria-de-massacre-em-orlando,9746f845ed55a09fc94c673c66a3a15cbx9c281a.html

 

Líderes mundiais condenam massacre de Orlando

Chefes de Estado e de governo expressam condolências aos Estados Unidos e reforçam urgência de combate a crimes de ódio. 

Uma série de líderes mundiais manifestaram-se sobre o massacre que deixou 50 mortos e 53 feridos numa casa noturna gay de Orlando, na Flórida, nesse domingo (12).  

A chanceler alemã Angela Merkel ao lado do primeiro-ministro chinês Li Keqiang.
A chanceler alemã Angela Merkel ao lado do primeiro-ministro chinês Li Keqiang.
Foto: EFE
"Nós estamos firmemente determinados a continuar com uma vida tolerante e aberta, mesmo que ataques mortais como esse nos causem profunda tristeza", declarou a chanceler federal alemã, Angela Merkel, que iniciou uma visita oficial à China nesta segunda-feira. 

Ao lado do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, Merkel afirmou que é assustador que "o ódio e a maldade de um só homem tenha custado a vida de 50 pessoas". Omar Mateen, de 29 anos, cidadão americano de origem afegã jurou lealdade ao grupo "Estado Islâmico" (EI) antes do ataque. 

O alto comissário da ONU para Direitos Humanos, Zeid Al Hussein, condenou o ataque supostamente planejado devido à orientação sexual das vítimas. 

O presidente russo, Vladimir Putin, enviou condolências ao presidente americano, Barack Obama, e disse que a Rússia compartilha da dor e da tristeza dos familiares das vítimas do "crime bárbaro". 

O presidente de Israel, Reuvén Rivlin, lamentou o massacre no clube Pulse. "O ataque contra a comunidade LGBT de Orlando é tão covarde quanto anormal", escreveu em comunicado dirigido a Obama. "O povo de Israel se mantém ombro a ombro com nossos irmãos e irmãs americanos na luta moral e justa contra toda forma de violência e ódio", disse. 

O governo japonês expressou solidariedade com os Estados Unidos "neste momento difícil". "O terrorismo é um desafio contra os valores que o Japão e os EUA compartilham. Seguiremos trabalhando na luta contra o terror junto à comunidade internacional", afirmou o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, que se mostrou "profundamente comovido e indignado". 

No domingo, Obama classificou o pior massacre a tiros da história recente dos EUA como um ato de terror e ódio. "O massacre nos lembra como é fácil pôr as mãos numa arma que permite a eles atirar em pessoas em escolas, em uma casa de culto, cinemas e clubes noturnos", disse Obama ao reforçar a necessidade de debate sobre o porte de armas no país.

Homenagem no Tony Awards

Na noite de domingo, a cerimônia do Tony Awards, considerado o Oscar do teatro, homenageou vítimas do massacre. 

"A tragédia de vocês é a nossa tragédia. O teatro é um lugar onde há espaço para todo mundo, todas as raças, orientações sexuais e credos. O ódio nunca vencerá", disse o apresentador britânico James Corden no início do evento. 

O musical de hip hop Hamilton venceu a premiação com 11 estatuetas. Ao anunciar o vencedor, a atriz Barbra Streisand se juntou aos atores presentes no palco e prestou uma homenagem aos mortos em Orlando. 

"Hoje a nossa alegria é tingida de tristeza. A arte pode nos educar e divertir e, em momentos como esse, nos consolar", disse. 

http://noticias.terra.com.br/mundo/estados-unidos/lideres-mundiais-condenam-massacre-de-orlando,073e76c8b31ba4d443856ac7e95b89fclozqox08.html

Dunga diz não se preocupar com demissão: "só temo a morte"

Treinador afirma que Brasil teve controle da partida e cita Alemanha ao declarar que trabalho de reformulação na Seleção requer paciência

O novo vexame acumulado no comando da Seleção Brasileira com a eliminação precoce na Copa América edição centenária, na polêmica derrota para o Peru por 1 a 0, neste domingo, pode significar o fim do trabalho para Dunga. No entanto, o treinador mostrou segurança de que ficará no cargo ao responder a única coisa que teme na vida durante a coletiva pós-jogo:

"Só temo a morte. Mais nada", declarou o treinador da Seleção, que usou o exemplo da Alemanha para afirmar que precisa de paciência para evolução do trabalho.

"Estamos fazendo um trabalho de reformulação. É um trabalho que precisa de paciência. A Alemanha demorou 14 anos para chegar no atual patamar. Estamos há dois anos realizando o nosso. No Brasil se cobram um resultado imediato, uma pressão normal", declarou.

Dunga reconheceu também que a pressão por resultados nos Jogos Olímpicos, que acontece em agosto no Rio, será ainda maior depois da eliminação na competição realizada nos Estados Unidos.

"Vai existir a pressão pela medalha de ouro, porque o Brasil nunca venceu. Quando se vem de uma derrota existe uma cobrança por resultados, mas o torcedor viu o jogo e tenho certeza que tem o mesmo sentimento que o nosso. Fomos eliminados não pelo futebol", declarou.
Foto: LANCE!
O treinador brasileiro ainda analisou o desempenho da equipe, e elogiou a movimentação realizada durante o primeiro tempo.

"Vi muitas jogadas combinadas, a individualidade apareceu, mas pecamos em não definir a partida no primeiro tempo. O Peru jogava por uma bola, seja aérea ou no contra-ataque. No fim, em desvantagem, é normal arriscar mais finalizações", analisou. 

http://esportes.terra.com.br/lance/dunga-nao-mostra-preocupacao-com-possivel-demissao-so-temo-a-morte,f48531f404f7ae348c02971fba97f3deurnvjrzo.html