terça-feira, 18 de agosto de 2015

Renúncia de Dilma seria "gesto de grandeza", diz FHC

Um dia após manifestações em todo o Brasil, ex-presidente mandou duro recado à governante petista


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O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso afirmou, nesta segunda-feira (17), que uma eventual renúncia da presidente Dilma Rousseff seria um "gesto de grandeza". Em uma postagem em sua página no Facebook, FHC mandou um duro recado a Dilma, um dia após manifestações por todo o País terem reunido milhares de pessoas, a maioria pedindo o impeachment da governante petista.

"O mais significativo das demonstrações, como as de ontem, é a persistência do sentimento popular de que o governo, embora legal, é ilegítimo. Falta-lhe a base moral, que foi corroída pelas falcatruas do lulopetismo", disse FHC.

O tucano também deu a entender que "acordos de cúpula", como a Agenda Brasil, costurada em conjunto com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), para tentar tirar o foco da crise econômica e política, são "conchavos".

"A esta altura, os conchavos de cúpula só aumentam a reação popular negativa e não devolvem legitimidade ao governo, isto é, a aceitação de seu direito de mandar, de conduzir", afirmou o ex-presidente. "Se a própria Presidente não for capaz do gesto de grandeza (renúncia ou a voz franca de que errou, e sabe apontar os caminhos da recuperação nacional), assistiremos à desarticulação crescente do governo e do Congresso, a golpes de Lava Jato."

FHC também fez referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, na manifestação em Brasília, foi "homenageado" com um enorme boneco inflável vestido de presidiário.

"Com a metáfora do boneco vestido de presidiário, a Presidente, mesmo que pessoalmente possa se salvaguardar, sofre contaminação dos malfeitos de seu patrono e vai perdendo condições de governa."

FHC termina a mensagem comparando a situação atual ao cenário que antecedeu o impeachment do ex-presidente Fernando Collor. "Até que algum líder com força moral diga, como o fez Ulysses Guimarães, com a Constituição na mão, ao Collor: você pensa que é presidente, mas já não é mais."

 http://www.istoe.com.br/reportagens/432421_RENUNCIA+DE+DILMA+SERIA+GESTO+DE+GRANDEZA+DIZ+FHC

Rio: Paes quer punição por trabalho escravo na Vila Olímpica

Em resposta à libertação de 11 trabalhadores encontrados em condições análogas à escravidão nas obras da Vila dos Atletas, no Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) disse em entrevista exclusiva à BBC Brasil que espera que a empresa seja punida e que as fiscalizações das obras olímpicas sejam intensificadas.
Paes diz não querer que episódio "danifique a imagem do Rio"
Paes diz não querer que episódio "danifique a imagem do Rio"
Foto: BBC Brasil
Para o prefeito, a resposta às denúncias dos trabalhadores foi acertada e não prejudica a imagem do Rio, atualmente sob os holofotes internacionais na reta final dos preparativos para os Jogos Olímpicos. 

"O Ministério Público do Trabalho fez muito bem e espero que puna essa empresa. Não acho que danifique a imagem do Rio. Pelo contrário, mostra que há fiscalização, que não se admite mais esse tipo de coisa. Mostra um lado positivo do Brasil. Pior seria se tivesse alguém com trabalho escravo e ninguém denunciasse, não fiscalizasse e não punisse", disse. 

Questionado sobre o que a prefeitura poderia fazer para impedir que a exploração de trabalho escravo ocorra nas obras olímpicas, Paes disse que deve apoiar a intensificação das fiscalizações. 

"Vamos apoiar todo esforço de fiscalização possível. Seja do Ministério Público do Trabalho ou do Ministério do Trabalho e Emprego. Já fiscalizaram o Parque Olímpico diversas vezes, e eles têm que continuar fazendo isso. Vamos colaborar com eles, sempre", indicou. 

http://esportes.terra.com.br/jogos-olimpicos/2016/paes-pede-punicao-a-empresa-que-usou-trabalho-escravo-na-vila-dos-atletas,2cfad8a6cabf6475df756f2c767fe26cfcw0RCRD.html

Acidente mata 'Batman' que visitava hospitais infantis nos EUA

Lenny B. Robinson era conhecido por visitar crianças hospitalizadas usando uma fantasia de Batman. No domingo (16), ele se envolveu em um acidente de carro em Maryland, nos Estados Unidos, e faleceu.

De acordo com o G1, a polícia informou que o homem, de 51 anos, estava parado checando o motor de seu Batmóvel em uma pista expressa. Foi quando o veículo acabou sendo atingido por um Toyota Camry. Ainda segundo o site, o motorista do outro carro não sofreu ferimentos.

Robinson ganhou popularidade na internet em 2012, quando um vídeo em que aparece vestido de Batman sendo parado por policiais se tornou viral. 

http://www.msn.com/pt-br/noticias/mundo/acidente-mata-batman-que-visitava-hospitais-infantis-nos-eua/ar-BBlP8YZ

Para analistas, destituir presidente Dilma pode custar caro ao Brasil


A presidente brasileira, Dilma Rousseff, em Brasília, no dia 11 de agosto de 2015
© Fornecido por AFP A presidente brasileira, Dilma Rousseff, em Brasília, no dia 11 de agosto de 2015
 
Cuidado com os desejos porque eles podem se tornar realidade, alertam especialistas: os apelos pela saída da presidente Dilma Rousseff podem custar caro ao Brasil, um país que conquistou com dificuldade a estabilidade nos últimos 20 anos.

Pela terceira vez em seis meses, quase um milhão de brasileiros foram às ruas no domingo repetindo palavras de ordem como "Fora Dilma!", pedindo sua renúncia, novas eleições ou o 'impeachment' da ex-guerrilheira de 67 anos, que iniciou seu segundo mandato há menos de oito meses.

Manifestantes protestam contra a presidente Dilma Rousseff, em São Paulo, no dia 16 de agosto de 2015
São várias as razões para este pedido: há quatro anos a economia está em decadência - 2015 fecharia com uma recessão de 2%, que se estenderia até 2016, segundo as últimas previsões dos analistas -, a inflação beira os 10%, o desemprego aumentou, os salários caíram, o real perdeu um quarto do valor frente ao dólar.

Muitos brasileiros sentem que Dilma mentiu durante sua campanha eleitoral, prometendo gastos sociais e criticando a agenda conservadora de seus adversários para, imediatamente depois de eleita, começar a implementar um duro ajuste.

"Que as pessoas saiam a questionar, peçam impeachment, tudo bem, mas tirar a presidente para colocar quem? O presidente do Congresso está sendo investigado por corrupção e contra a presidente Dilma propriamente não tem nada de concreto", disse à AFP André Perfeito, economista-chefe da consultoria Gradual Investimentos, de São Paulo, mencionando o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

Cunha é o inimigo mais poderoso de Dilma no Congresso e, como presidente da Câmara dos Deputados, tem a chave para dar luz verde a um eventual processo de impeachment.

"Um remédio muito amargo"
O clima político e social também está fortemente contaminado pelo gigantesco escândalo de corrupção na Petrobras - o maior da história do país -, que respinga no governista Partido dos Trabalhadores (PT, esquerda) e vários de seus aliados na coalizão do governo.

Embora Dilma tenha chefiado o conselho administrativo da Petrobras entre 2003 e 2010, ela não foi acusada de nenhum crime.

Por outro lado, a presidente é acusada de manipular as contas públicas e financiar sua campanha eleitoral com recursos ilegais, dois temas que são investigados e que poderiam levar à abertura do 'impeachment'. Mas o mesmo precisa ser aprovado por dois terços da Câmara dos Deputados e requer um processo especial no Senado.

A presidente foi eleita com 52% dos votos, mas hoje, sua gestão é aprovada por apenas 8% da população. De acordo com o instituto de pesquisas Datafolha, 66% dizem apoiar um impeachment.

Mas cuidado, advertem analistas. Às vezes o remédio pode ser pior do que a doença.
"O impeachment pode ser um remédio muito amargo e os efeitos colaterais, muito danosos" e "traumáticos", disse à AFP Michael Mohallem, especialista em política e direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

"A classe média está indignada e quer tirá-la de qualquer jeito. Tudo bem, mas para que? O que vai fazer, vai chamar outras eleições? Só que para as pessoas, a elite econômica, política, se a coisa está ruim, tirando ela, ficará pior", avaliou Perfeito.

A imprensa brasileira parece ter agora a mesma opinião: depois de ter publicado uma fotomontagem com a cabeça de Dilma em uma bandeja, agora defende em editoriais que a presidente chegue ao final do mandato.

Alternativas ruins
Em editorial publicado nesta segunda-feira, o jornal britânico Financial Times estimou que Dilma deveria permanecer no cargo, apesar dos protestos de domingo pedindo o seu impeachment.
© Fornecido por AFP Manifestantes protestam contra a presidente Dilma Rousseff, em São Paulo, no dia 16 de agosto de 2015 

"Mesmo que Dilma seja removida, ela provavelmente seria substituída por um outro político medíocre - que, em seguida, tentaria implementar a mesma estabilização econômica que ela está tentando", destacou o editorial, intitulado 'O descontentamento crescente no Brasil com Dilma Rousseff'.

Os analistas comemoram que Dilma tenha permitido à justiça e à Polícia Federal avançar em uma inédita investigação da corrupção na Petrobras, que já resultou na prisão do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto; do ex-chefe de gabinete do ex-presidente Lula, José Dirceu, e vários dos principais empresários do Brasil.

"Embora que seja um governo fragilizado e que seu governo seja responsável por parte da corrupção que vem assolando o país, ela própria [a presidente Dilma] tem mostrado muita independência, garantindo a independência das instituições. Estes são traços de uma democracia sólida", disse Mohallem, da FGV.

Ironicamente, a presidente que comanda o Brasil durante sua pior crise em duas décadas pode acabar fortalecendo o país.

http://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/para-analistas-destituir-presidente-dilma-pode-custar-caro-ao-brasil/ar-BBlP0KB

Donos de lotéricas devem entrar na Justiça para impedir licitação da Caixa

lotérica© Imagem de Arquivo/Agência Brasil lotérica 
 Donos de lotéricas devem entrar na Justiça, nos próximos dias, para tentar impedir a licitação que será feita pela Caixa Econômica Federal, disse nesta segunda-feira (17) o presidente da Federação Brasileira das Empresas Lotéricas (Febralot), Roger Benac. O objetivo da Caixa é regularizar a concessão das casas lotéricas, unificando o regime jurídico das unidades que começaram a funcionar antes de 1999, em cumprimento a um acordo feito com o Tribunal de Contas da União. Até aquele ano, a permissão para entrar no ramo era concedida por credenciamento na Caixa.

Para o presidente Febralot, no entanto, a maioria dos contratos só vão vencer em 2018 e, ao fazer a licitação, a Caixa está “antecipando o vencimento”. Além disso, Roger Benac argumentou que a Lei 12.869 de 2013 garante a renovação da permissão por mais 20 anos. Já a Caixa argumenta que essa lei não tem efeito retroativo para atender as permissões anteriores a 1999.

“As lotéricas que serão substituídas são as que tiveram permissão concedida antes de 1999, período em que a legislação não exigia licitação e a autorização se dava por credenciamento na Caixa”, disse o banco, em nota à Agência Brasil.

Benac lembrou que os donos de lotéricas fizeram investimentos em novas padronizações exigidas pela Caixa, como instalações com blindagem. “São investimentos altos, além de serem lotéricas antigas que já têm know how [conhecimento do negócio], clientela e ponto”, disse. Ele acrescentou que o investimento mínimo para se abrir uma lotérica, atualmente, é R$ 50 mil.

Os donos de lotéricas também reclamam que alguns estabelecimentos foram vendidos para outros empresários recentemente, com o aval da Caixa e, com a licitação, esse investimento pode ser perdido.

Segundo a Caixa, o primeiro lote que o banco pretende licitar será sorteado no próximo dia 20 e engloba 500 casas lotéricas de um total de 6.104 (46% do total). O banco pretende fazer essa regularização até o fim de 2018. Serão licitadas 2 mil lotéricas por ano, divididas em lotes de 500 unidades. Os contratos, que começam a ser assinados em 2016, terão 20 anos de duração e poderão ser prorrogados por igual período.
A Caixa informou que os atuais donos de lotéricas poderão participar do processo, que será realizado via pregão eletrônico. Vencerá quem der o maior lance, que terá valor mínimo estipulado para cada unidade. Além disso, o banco diz que será necessário observar a localização das unidades disponibilizadas em cada edital e a documentação requerida. O vencedor deve assinar o contrato no prazo de 180 dias.

A Caixa informou ainda que todo o processo de substituição será feito sem interromper o atendimento aos clientes.

 http://www.msn.com/pt-br/dinheiro/economiaenegocios/donos-de-lot%C3%A9ricas-devem-entrar-na-justi%C3%A7a-para-impedir-licita%C3%A7%C3%A3o-da-caixa/ar-BBlOuIe