sexta-feira, 12 de junho de 2015

Com crise, carros têm desconto de até R$ 9 mil e parcela 'paga' por marca

Uma montadora diz que cliente leva R$ 500 se testar carro e preferir o rival.
Procon-SP orienta consumidor para não cair em 'pegadinhas'.

 concessionária (Foto: TV Morena)

 Venda de carros caiu 20% de janeiro a maio, na comparação com 2014

Lutando pelo terceiro ano seguido contra baixas nas vendas de carros zero, montadoras disputam consumidores com promoções variadas: há descontos de até R$ 9 mil, promessa de pagamento de parcelas do financiamento em caso de perda de emprego e até depósito de R$ 500 na conta corrente, caso o interessado goste mais do modelo rival.

De janeiro a maio, os emplacamentos de automóveis e comerciais leves (picapes e furgões) recuaram 20% na comparação com o mesmo período de 2014, segundo a federação dos concessionários, a Fenabrave. "O consumidor pode ser beneficiar neste momento, mas é preciso ter cautela e pesquisar", alerta Fátima Lemos, assessora técnica do Procon-SP. Ela destaca que é importante conhecer em detalhes as condições das promoções.
 
'Reza' brava
A Chevrolet chama de "milagre" a campanha em que promete o pagamento de 4 parcelas (de até R$ 1,5 mil) do financiamento de um carro 0 km, caso o comprador seja demitido sem justa causa.
A propaganda mostra grupos de pessoas pedindo para São Caetano (que dá nome à cidade no ABC paulista onde fica a sede da GM) ajudar a economia.

A oferta ocorre "mediante contratação do Seguro Chevrolet Plus", informa o site da montadora, sem citar se o seguro tem um custo. Na página, há alguns detalhes sobre as condições de cobertura, ou seja, do pagamento das parcelas. E a frase "Consulte demais condições na concessionária Chevrolet".

A Kia anunciou um desconto de R$ 9,2 mil para o compacto Soul, cujo preço caiu de R$ 94.100 para R$ 84.900, até o final de junho. Outros modelos da linha sul-coreana têm descontos menores, mas o valor não inclui o frete, que é de R$ 1,5 mil para a Grande São Paulo, por exemplo, e o estoque promocional é de 10 unidades para cada modelo.

5 CUIDADOS  COM PROMOÇÕES DE CARROS
1) Conheça os detalhes das ofertas, principalmente as cláusulas de exclusão, para saber se você poderá se beneficiar realmente
2) Guarde material (folhetos, anúncios) onde estejam descritos os detalhes da promoção, para cobrar, caso algo seja negado
3) No caso de oferta de seguro contra imprevistos, como cobertura de pagamento de parcelas do financiamento, leve em conta o custo total da compra, para saber se vale a pena contratar
4) Ao orçar um financiamento, não observe só o valor das parcelas: exija saber qual é o custo efetivo total, com discriminação de cada cobrança (ex: valores de taxas, impostos, etc)
5) Peça que o orçamento seja registrado: evite negociação apenas verbal

Desafio aos concorrentes
Já a Peugeot acredita que vai conquistar o cliente com um "test drive". Quem provar a linha 2016 do compacto 208 e acabar comprando um carro rival, "da mesma categoria", diz o regulamento, vai receber um depósito de R$ 500 da montadora na conta corrente - basta apresentar a nota fiscal e o registro do veículo no nome da pessoa que fez o teste drive em até 7 dias.

E a montadora não acha que vai jogar dinheiro fora: “Fizemos uma prévia da promoção na linha 2015. Oferecíamos R$ 300 para quem fizesse o test drive do 208 e comprasse um concorrente. Não tivemos que pagar um centavo", afirma Miguel Figari, diretor geral da Peugeot do Brasil.

Como carros "da mesma categoria", o regulamento lista Chevrolet Onix 1.4, Citroën C3 1.5/1.6, Fiat Punto 1.4, Ford Fiesta 1.5/1.6, Honda Fit 1.5, Hyundai HB20 1.6 e Volkswagen Fox 1.6.

A Ford anuncia toda sua linha em até 36 parcelas "sem juros", com entrada de pelo menos 60% do valor do veículo, mas os estoque também são curtos, de apenas 15 unidades por modelo.

A Hyundai apela para o cliente fiel que quer trocar seu HB20 por outro novo, com promessa de pagar 100% do valor da Tabela Fipe, usada como referência no mercado.

Leia o contrato
O Procon-SP chama a atenção para a importância não só de conhecer os detalhes das promoções, como registrá-los e ter certeza se o consumidor se enquadra nela.

No caso de "seguros prestamistas", como o da Chevrolet, diz Fátima, as pessoas acabam contratando sem conhecer direito as regras. "Quando acredita que vai se beneficiar, não consegue", explica a assessora. "Trata-se de um contrato: leia, conheça as cláusulas de exclusão."

Outro cuidado importante é saber se a contratação do seguro não vai encarecer demais o financiamento.
Além disso, a loja deve informar o custo efetivo total do financiamento, discriminando cada cobrança, incluindo taxas, impostos, etc. Ao saber o custo efetivo, o consumidor pode perceber que não há, na prática, a alardeada taxa zero.
"Em qualquer parcelamento há um custo, que varia de acordo com a marca e as condições que ela deseja vender um determinado modelo”, afirma Miguel Ribeiro de Oliveira, da Anefac, a associação dos executivos de finanças, administração e contabilidade.

Vai negociar?
Além das promoções, as associações do setor automotivo tentam elevar a oferta de crédito com "feirões" e parcerias com bancos.

Entre 18 e 20 deste mês, a Caixa Ecônomica Federal e o Banco Pan promovem o 8º Salão Auto, com taxas de juros a partir de 1,09% ao mês e possibilidade de pagamento da primeira parcela em até 120 dias.
Cerca de 1 mil concessionárias localizadas em 285 cidades brasileiras participarão do evento. "Isso beneficia tanto o consumidor, com taxas e condições mais atrativas, como os concessionários e montadoras, que podem recuperar parte da queda nas vendas registradas nos últimos 5 meses”, afirmou em nota Alarico Assumpção, presidente da federação de distribuidores (Fenabrave).

Em seus sites, algumas montadoras indicam que o preço sugerido nas ofertas pode ser negociado na concessionária. O Procon-SP diz que é fundamental que as ofertas não fiquem apenas na fala do vendedor. "Guarde folhetos promocionais ou peça para que seja feito um orçamento, em um papel vinculado à loja", afirma Fátima.

Confirme ainda se o preço informado é restrito a uma determinada configuração (cor, itens de série, etc) e quanto custaria o carro com os detalhes que o consumidor quer. A nova "moda" das montadoras é reservar o preço inicial do modelo para uma única cor de pintura.

E, finalmente, não baseie a decisão de compra vendo apenas "se a parcela cabe no bolso", lembra a assessora do Procon-SP. É preciso considerar todos os gastos envolvidos na compra do carro, como documentação, IPVA, combustível, manutenção, seguro, etc.

 http://g1.globo.com/carros/noticia/2015/06/com-crise-carros-tem-desconto-de-ate-r-9-mil-e-parcela-paga-por-marca.html


Garota de programa do TO diz que namorado aceita trabalho 'numa boa'

'Ele só pede para eu não me envolver com os clientes', diz Adriana.
Profissional conta que não vai passar o dia 12 com namorado.

O dia dos namorados para uma garota de programa de 24 anos vai ser um tanto inusitado neste ano. Durante o dia, a jovem, que usa o nome fictício de Adriana, atenderá clientes de Palmas e à noite sairá com as amigas para fugir da rotina. O jantar romântico com o namorado não vai rolar neste ano, pois ele estará viajando com a família.
Adriana é garota de programa desde outubro de 2014, em Palmas (Foto: Arquivo Pessoal)Adriana é garota de programa desde outubro de 2014, em Palmas (Foto: Arquivo Pessoal)
Ao contrário do que muitos imaginam, a profissional vive um relacionamento normal há quatro meses. Segundo Adriana, o amado não se incomoda com o trabalho dela. "Ele me conheceu assim, eu já trabalhava [como garota de programa]. Meu namorado aceita numa boa. Ele só pede para eu não me envolver afetivamente com os clientes".

Apesar de passar o dia dos namorados longe dele, a jovem diz que a data não vai passar em branco e aproveita para fazer declarações de amor. "Quando ele voltar de viagem, vamos fazer algo especial. Ele é o amor da minha vida, eu penso muito em largar este trabalho por causa dele. Quero casar, ter filhos, construir uma família".
 
Adriana faz faculdade em Palmas e quando concluir o curso pretende mudar de profissão e construir uma nova história com o namorado, com quem ela vive.

A profissional do sexo está em Palmas desde outubro e revelou que começou a fazer programas por causa de problemas financeiros. Ela conta ainda que no dia dos namorados ela não vai faturar quanto gostaria. "A grande parte dos clientes, de faixa etária entre 18 e 40 anos, são casados e aproveitarão para passar o dia com suas namoradas ou esposas".

Segundo ela, o número de programas também caiu por conta da crise. "A crise afetou também o meu trabalho porque o pessoal está segurando dinheiro. Minha renda antigamente era de R$ 4 mil e com a crise reduziu para R$ 2 mil".

Ela disse ainda que no início da carreira sentia prazer no que fazia, mas que agora é diferente. "Agora, eu tenho ele. Assim que terminar meu curso vou me aposentar como profissional do sexo para viver só pra ele", concluiu.

http://g1.globo.com/to/tocantins/noticia/2015/06/garota-de-programa-do-diz-que-namorado-aceita-trabalho-numa-boa.html

Itamaraty propõe burlar lei para proteger Lula

Diplomata pede sigilo de papéis sobre ex-presidente e Odebrecht, que, pela lei, são públicos

BRASÍLIA - O Ministério das Relações Exteriores deflagrou ação para evitar que documentos que envolvam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a Odebrecht, empreiteira investigada na Operação Lava-Jato, venham a público. A ordem interna partiu do diretor do Departamento de Comunicações e Documentação (DCD) do Itamaraty, ministro João Pedro Corrêa Costa, depois que o órgão que ele dirige recebeu um pedido de informações de um jornalista baseado na Lei de Acesso à Informação. O GLOBO obteve um memorando que ele disparou, na última terça-feira, sugerindo a colegas do Itamaraty que tornassem sigilosos documentos “reservados” do ministério que citam a Odebrecht entre 2003 e 2010, que, pela lei, já deveriam estar disponíveis para consulta pública.

Pela lei, papéis “reservados” perdem o sigilo em cinco anos. No ofício interno do Itamaraty, o diplomata cogita a reclassificação dos documentos como “secretos”, o que aumentaria para 15 anos o prazo para divulgação. Dessa forma, as informações continuariam sigilosas por até dez anos.

O memorando de Costa enviado à Subsecretaria-Geral da América do Sul, Central e do Caribe (Sgas) foi motivado por um pedido feito pela Lei de Acesso à Informação pelo jornalista Filipe Coutinho, da revista “Época”. Ele solicitou todos os telegramas e despachos reservados do ministério que citam a Odebrecht e que, por conta do prazo, já deveriam ser públicos. No pedido, não há referência a Lula. A citação ao ex-presidente aparece apenas na justificativa dada pelo chefe do DCD para pedir a reanálise dos documentos antes de decidir o que pode ou não ser entregue ao jornalista. O texto admite que os papéis já deveriam ser públicos:

“Nos termos da Lei de Acesso, estes documentos já seriam de livre acesso público. Não obstante, dado ao fato de o referido jornalista já ter produzido matérias sobre a empresa Odebrecht e um suposto envolvimento do ex-presidente Lula em seus negócios internacionais, muito agradeceria a Vossa Excelência reavaliar a anexa coleção de documentos e determinar se há, ou não, necessidade de sua reclassificação para o grau de secreto”.

Em 30 de abril deste ano, a revista “Época” publicou reportagem sobre abertura de investigação do Ministério Público Federal (MPF) relativa à suspeita de tráfico de influência praticada por Lula para beneficiar negócios da Odebrecht no exterior. A investigação do MPF foi aberta a partir de reportagem do jornal O GLOBO, que revelou, no dia 12 de abril, viagens de Lula pagas pela empreiteira.
 
Segundo a Lei de Acesso, sancionada pela presidente Dilma Rousseff em maio de 2012, documentos com grau de “reservado” são protegidos por apenas cinco anos a partir da data em que foram originados. Já os “secretos” são protegidos por 15 anos. Isso significa que todos os documentos reservados durante o governo Lula já poderiam ser de conhecimento público. Se a reclassificação cogitada pelo DCD for feita, os documentos requeridos pelo jornalista passarão a ter o sigilo estendido em até dez anos. Os mais antigos, de 2003, só poderão ser liberados em 2018. Já os mais recentes do pedido, de 2010, só seriam conhecidos em 2025.

INFORMAÇÕES JÁ TINHAM SIDO REUNIDAS
O departamento responsável pela busca de material requisitado via Lei de Acesso já tinha compilado e imprimido o material para entregar ao repórter, mas recebeu o pedido para reavaliar tudo. Os arquivos foram distribuídos para cada setor do Itamaraty responsável pelos temas abordados para que eles analisassem o que era considerado comprometedor e, portanto, poderia ganhar o status de “secreto”.

Além do memorando, os funcionários que deveriam executar essa tarefa receberam um e-mail explicando como deveriam agir. A mensagem faz referência a procedimento similar realizado pelo Itamaraty no mês passado: separar em duas pastas o material autorizado para divulgação e o material que deveria ser reclassificado.

O memorando foi enviado no dia 9 de junho, e o prazo dado por Costa para que os diplomatas fizessem a análise vencia hoje, a tempo de decidir pela reclassificação antes de vencer o prazo que o Itamaraty tem para responder ao pedido de informação feito pelo jornalista, que é de 20 dias. A lei diz que órgãos públicos podem prorrogar o prazo por mais dez dias. O memorando obtido pelo GLOBO não aponta a data em que o pedido foi feito.

Segundo a Lei de Acesso, o governo pode, antes de liberar um documento desclassificado, analisar o conteúdo para saber se ainda há algum trecho que precisa ser protegido por motivo legal ou que possa violar a intimidade de uma pessoa. Nesses casos, o documento pode ser liberado com tarjas nos trechos ainda sensíveis, ou o órgão pode reclassificar o texto para que o sigilo permaneça por mais tempo. Entretanto, tudo tem que ser feito com base no disposto na lei, onde não há previsão de proteção da imagem de ex-presidente por conta de possíveis reportagens, justificativa interna usada por Costa para pedir a reavaliação.

No fim de abril, o Ministério Público Federal (MPF) abriu um procedimento na primeira instância da Justiça Federal para apurar se Lula praticou tráfico de influência em favor da Odebrecht na obtenção de contratos no exterior com financiamento do BNDES. O MPF apura se o petista obteve, entre 2011 e 2013, vantagem financeira para influenciar agentes públicos em atos relacionados a transações comerciais internacionais da empreiteira.

A reportagem do GLOBO que motivou a ação do MPF revelou que o diretor de Relações Institucionais da empreiteira, Alexandrino Alencar, acompanhou o ex-presidente em viagem a três países: Cuba, República Dominicana e Estados Unidos. Os custos foram pagos pela Odebrecht, e a viagem foi caracterizada como sigilosa em documentos da empresa de táxi aéreo que alugou o jatinho usado no périplo. Alencar é acusado por delatores na Operação Lava-Jato de ser operador de pagamento de propinas da Odebrecht. A companhia nega essa acusação e a de participar do cartel de empreiteiras que fraudava contratos na Petrobras, alvo da Lava-Jato.

Segundo fontes ouvidas pelo GLOBO, a ordem para a reclassificação de documentos no Itamaraty estaria ocorrendo sistematicamente. Às vésperas do início da vigência da Lei de Acesso, em maio de 2012, o ministério montou uma força-tarefa para reclassificar uma série de documentos. E em 2014, depois da polêmica envolvendo os gastos da presidente Dilma Rousseff em uma escala que fez a Lisboa, o DCD enviou a todos os postos do Brasil no exterior uma circular telegráfica com a ordem de que, a partir daquele momento, todas as despesas de Dilma em viagens internacionais deveriam ser sigilosas. Na parada que fez na capital portuguesa, entre a visita a Davos e seu comparecimento à cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Havana, a presidente se hospedou na suíte presidencial do luxuoso hotel Ritz, cuja diária custava, à época, R$ 26,2 mil.

O GLOBO perguntou ao Itamaraty se havia orientação específica para a reclassificação de documentos relacionados a alguma empresa que tenha sido vinculada a autoridade ou ex-autoridade, como o ex-presidente Lula. O Ministério das Relações Exteriores negou que tenha dado tal ordem. “Não há qualquer orientação formal nesse sentido”, diz a nota enviada. No caso dos documentos reservados produzidos entre 2003 e 2010, o Itamaraty diz que “a orientação geral é a de que pedidos de informação que tratem de matéria cuja divulgação possa ainda prejudicar os interesses externos do país sejam reavaliadas”.

O ministério informou que o Departamento de Comunicações e Documentação supervisiona o trabalho de reclassificação de documentos que é feito por cada uma das áreas temáticas da chancelaria. Sustentou também que segue o disposto na Lei de Acesso, que prevê a reavaliação periódica de documentos classificados. O ministério informou que adota critérios da lei nessa reavaliação, como o que prevê proteção a documentos que possam “prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as relações internacionais do país, ou as que tenham sido fornecidas em caráter sigiloso por outros Estados e organismos internacionais”. Os pedidos de informação, segundo o Itamaraty, são examinados caso a caso.

O Itamaraty frisou que “cumpre rigorosamente os dispositivos estabelecidos pela Lei de Acesso à Informação no que diz respeito às normas de classificação da informação oficial”. Explicou ainda que, desde a edição da lei, foram desclassificados 32.485 documentos, de um total de 85.992 produzidos desde 1983.

No fim de abril, o Ministério Público Federal (MPF) abriu um procedimento na primeira instância da Justiça Federal para apurar se Lula praticou tráfico de influência em favor da Odebrecht na obtenção de contratos no exterior com financiamento do BNDES. O MPF apura se o petista obteve, entre 2011 e 2013, vantagem financeira para influenciar agentes públicos em atos relacionados a transações comerciais internacionais da empreiteira.

A reportagem do GLOBO que motivou a ação do MPF revelou que o diretor de Relações Institucionais da empreiteira, Alexandrino Alencar, acompanhou o ex-presidente em viagem a três países: Cuba, República Dominicana e Estados Unidos. Os custos foram pagos pela Odebrecht, e a viagem foi caracterizada como sigilosa em documentos da empresa de táxi aéreo que alugou o jatinho usado no périplo. Alencar é acusado por delatores na Operação Lava-Jato de intermediar propinas da Odebrecht. A companhia nega essa acusação e a de participar do cartel de empreiteiras que fraudava contratos na Petrobras, alvo da Lava-Jato.

RECLASSIFICAÇÃO É RECORRENTE
A ordem para a reclassificação de documentos no Itamaraty vem se repetindo. Às vésperas do início da vigência da Lei de Acesso, em maio de 2012, o ministério montou uma força-tarefa para reclassificar uma série de documentos. E em 2014, depois da polêmica envolvendo os gastos da presidente Dilma Rousseff em uma escala que fez a Lisboa, o DCD enviou a todos os postos do Brasil no exterior uma circular telegráfica com a ordem de que, a partir daquele momento, todas as despesas de Dilma em viagens internacionais deveriam ser sigilosas. Na parada que fez na capital portuguesa, entre a visita a Davos e seu comparecimento à cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Havana, a presidente se hospedou na suíte presidencial do luxuoso hotel Ritz, cuja diária custava, à época, R$ 26,2 mil.

 

http://oglobo.globo.com/brasil/itamaraty-propoe-burlar-lei-para-proteger-lula-16423390

Ex-diretor do FMI é absolvido em escândalo sexual na França

Strauss-Kahn era acusado de promover festas libertinas na França e EUA.  Promotor do caso havia pedido absolvição em fevereiro por falta de provas.

Strauss-Kahn deixa sua casa em Paris a caminho de Lille, para ouvir o veredito que o absolveu (Foto: Gonzalo Fuentes/Reuters)Strauss-Kahn deixa sua casa em Paris a caminho de Lille, para ouvir o veredito que o absolveu (Foto: Gonzalo Fuentes/Reuters)
 
Uma corte francesa absolveu nesta sexta-feira (12) o ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn. Ele era acusado de proxenetismo (obtenção de vantagens econômicas com a prostituição alheia).

O final do processo pelo escândalo na França vem quatro anos depois que o ex-chefe do FMI foi acusado de abuso sexual por uma camareira em um hotel de Nova York – pondo fim às ambições de Strauss-Kahn de se tornar presidente da França.

A decisão desta sexta acompanha a visão da promotoria, que em fevereiro pediu a absolvição de Strauss-Kahn, de 66 anos, por falta de provas.

"Nem a informação judicial, nem a audiência permitiram estabelecer a infração de proxenetismo agravado para Strauss-Kahn", declarou à época o promotor Frédéric Fèvre, ao concluir sua alegação final. Dois advogados de autores da ação judicial contra Strauss-Kahn também haviam anunciado que iriam retirar suas queixas de delitos sexuais contra o denunciado.
Strauss-Kahn, de 65 anos, se apresenta desde 2 de fevereiro a um tribunal de Lille junto com outros 13 acusados de proxenetismo com agravantes, um crime passível de ser punido com 10 anos de prisão.

DSK é acusado de ser o principal beneficiário e incentivador de festas libertinas na França e em Washington.

Julgado neste caso três anos e meio depois do escândalo do hotel Sofitel de Nova York, que custou sua carreira, DSK, como é conhecido, podia ser condenado a até 10 anos de prisão.

"Corresponde ao tribunal condenar apenas a partir de provas e não de convicções", explicou o promotor.
O político que foi durante muito tempo o favorito das pesquisas de opinião para as eleições presidenciais francesas de 2012, manteve durante todo o processo a mesma linha de defesa, de que é adepto de festas libertinas, mas não de prostitutas, e que ignorava que a condição das mulheres que participavam destas festas.

Perante o tribunal, ele declarou inocência e disse não ter cometido 'nem crime, nem delito'.
 
http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/06/ex-diretor-do-fmi-e-absolvido-em-escandalo-sexual-na-franca.html

'O Brasil é bom para mim', diz haitiano hostilizado em vídeo no RS

Flaubert Brutus foi abordado por homem em posto de gasolina em Canoas. Após 'discriminação', ele diz ser bem tratado pela maioria dos brasileiros.

Flaubert abastece carro durante o trabalho no posto de combustíveis (Foto: Felipe Truda/G1)Flaubert abastece carro durante o trabalho no posto de combustíveis (Foto: Felipe Truda/G1)

O haitiano Flaubert Brutus se destaca entre os sete frentistas estrangeiros que trabalham em um posto de combustíveis no centro de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Não apenas pela notoriedade que ganhou após aparecer em um vídeo sendo abordado e ironizado por um homem enquanto trabalhava, mas também pelo constante sorriso no rosto e a disposição com a qual exerce a profissão. O semblante, no entanto, se fecha quando ele é questionado sobre o episódio que o deixou conhecido.

Ele me fez discriminação porque sou estrangeiro"
Flaubert Brutus
"Não me sinto muito bem. Ele 'me fez discriminação' porque sou estrangeiro", desabafa, com a dificuldade em juntar as palavras de quem recém chegou ao país e ainda não domina o idioma.

Apesar de não esconder a tristeza ao relatar a situação pela qual passou, Flaubert exalta as várias manifestações de apoio que vem recebendo e que já o fizeram entender que o autor da "discriminação" é exceção à regra. "Tem mais brasileiros que gostam de estrangeiros. O Brasil é bom, o Brasil é bom para mim", diz, trocando o semblante sério novamente por um sorriso.

O vídeo divulgado na semana passada teve mais de 16 mil compartilhamentos no Facebook. Nele, um homem aparece vestido com roupas camufladas e um símbolo semelhante ao do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) do Rio de Janeiro no peito, além de um boné estampado com a bandeira do Brasil. Ele pergunta ao frentista de onde ele é e, após ouvir que é haitiano, ironiza o fato de o estrangeiro ter conseguido emprego no Brasil, enquanto o funcionário enche o tanque do carro.

Flaubert acredita que a maioria dos brasileiros apoia a chegada de imigrantes (Foto: Felipe Truda/G1)Flaubert acredita que a maioria dos brasileiros
é simpática aos imigrantes (Foto: Felipe Truda/G1)
"Aqui tem um dos milhares de haitianos trazidos pelo governo comunista da Dilma Rousseff enquanto milhares, só no mês passado, de brasileiros, perderam o emprego no Brasil. Parabéns, irmão, você é muito competente. Aqui no Brasil, são todos incompetentes", diz o homem na filmagem. O gerente de vendas Daniel Barbosa, de 42 anos, assumiu ser quem aparece nas imagens, mas negou ter cometido qualquer tipo de xenofobia.

Flaubert não compreende os motivos alegados por Daniel. "Ele me falou que tem haitianos que vêm para cá, e que no Brasil não tem trabalho, e que no mês passado tem 'muito brasileiro e brasileira' que perdeu o trabalho. Não sei por quê. 'Me fez discriminação'", lamenta.

Flaubert conversou com o G1 no intervalo do seu horário de trabalho. Pouco antes, corria por entre as bombas de gasolina, sempre atento ao movimento dos carros que chegavam para abastecer. Falava com os colegas estrangeiros – todos também haitianos – e se esforçava para se comunicar com clientes e colegas brasileiros.

O imigrante parecia um tanto constrangido durante a conversa com a reportagem, quando aparentava estar envergonhado por não entender as perguntas. "Falo português pouco", confessou. Mas o conhecimento limitado do idioma era compensado pelo esforço para se comunicar. Com o forte sotaque e usando algumas palavras em espanhol e francês, ele contou que sonha trazer ao país a mulher e os dois filhos.

Não é raro ver Flaubert sorrir enquanto trabalha no posto em Canoas (Foto: Felipe Truda/G1)Não é raro ver Flaubert sorrir enquanto trabalha
no posto em Canoas (Foto: Felipe Truda/G1)
"Quando vim para cá, deixei minha mulher. Tenho duas crianças, uma filha de dois anos e um filho de um mês que não conheci. Deixei a mulher grávida, e ela deu à luz mês passado. Vou voltar e trazer eles para cá", conta, empolgado.

Faz cinco meses que Flaubert chegou a Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina. Depois de três meses sem conseguir emprego, veio para a  Região Metropolitana de Porto Alegre e começou a trabalhar no posto. Usa parte do dinheiro para sobreviver e envia o que sobra aos familiares. "Este posto me traz felicidade. Foi meu primeiro emprego aqui", relata.

O gerente do estabelecimento, Volmir Martins da Silva, diz estar satisfeito não somente com o trabalho de Flaubert, mas com todos os haitianos que trabalham lá. "Eles se adaptaram muito bem. São tratados de maneira igual, ganham o mesmo salário que os brasileiros. Eles estão felizes aqui", diz o gerente.

Silva não estava no posto quando o vídeo com as ironias a Flaubert foi gravado. Ele garante que, se estivesse no local, teria impedido Daniel de importunar o colega. "Foi bem na hora que tínhamos saído", lamentou.

Assim como Flaubert, Adlen trabalha para ajudar mulher e filhos no Haiti (Foto: Felipe Truda/G1)Assim como Flaubert, Adlen trabalha para ajudar
mulher e filhos no Haiti (Foto: Felipe Truda/G1)
Cidade tem outros estrangeiros
A presença de trabalhadores estrangeiros não fica limitada ao posto onde Flaubert e seus colegas trabalham. Em uma lanchonete em frente ao estabelecimento, o haitiano Noel Adlen frita ovos e hambúrgueres para sobreviver e, assim como o compatriota, enviar dinheiro à mulher e aos filhos no Haiti. Ele chegou ao país há seis meses, junto com o irmão, que também é funcionário do estabelecimento, mas no turno invertido.

"Tenho seis meses fazendo serviço com ele. Fazemos nosso trabalho e somos pagos sem problemas", conta.
Adlen e o irmão viajaram ao Brasil aconselhados por outro irmão, que vive em Brasília. "Tenho um irmão que está em Brasília há quatro anos e faz serviço em uma companhia de obras. Ele me mandou vir para cá", conta.

Assim como Flaubert, Adlen tem uma boa relação com os colegas. "Eles se adaptam rápido", diz o gerente da lanchonete, Julio César Caminha da Rosa. "São trabalhadores, pontuais e educados. Se fossem todos assim, nós só contrataríamos haitianos", brinca.

http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2015/06/o-brasil-e-bom-para-mim-diz-haitiano-hostilizado-em-video-no-rs.html

Ministério Público do DF monitora hospitais após casos de superbactérias

Promotor recebe relatório da Secretaria de Saúde, ouve representantes e tranquiliza: não há surto.

O Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) continua apurando os casos de colonização e infecção por bactérias multirresistentes na rede pública de saúde. Ontem, o subsecretário de Vigilância à Saúde, José Carlos Valença, e a chefe do Núcleo de Investigação e Prevenção de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (Nuiras), Rafaella Bizzo Pompeu, estiveram no órgão para participar de oitiva, ou seja, um depoimento formal, com o titular da 1ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde, Jairo Bisol. 

 Durante o depoimento, afirmou Bisol, foi apresentado um Relatório de Indicadores Relacionados à Assistência à Saúde em Hospitais do DF. O que, de acordo com ele, mostra que não há surto ou epidemia na região. “Não estamos vivendo uma crise endêmica também. A situação está dentro do padrão de normalidade que se repete há cinco anos. Além disso, o DF tem número de infecções por bactérias inferior a de outros estados”, salientou Bisol.

Dados incorretos
O titular da 1ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde esclareceu também que as estimativas apontando 107 infectados estão incorretas. De acordo com ele, informações técnicas comprovam que os números não levam em conta apenas este ano.  “Gerou-se uma polêmica em cima de um dado mal interpretado. Esse número, da Anvisa, é o somatório dos casos de agosto  passado até março deste ano. Não são 107 infectados este ano”, ressaltou. 

 Ou seja, já que, até o momento, 28 casos de colonização por bactérias multirresistentes foram notificados, isso significa que, de agosto até dezembro do ano passado, teriam sido 79: mais de 15 por mês. Vale lembrar  que a pasta lançou um plano de enfrentamento aos micro-organismos apenas na última terça-feira.

O primeiro caso de infecção por bactéria multirresistente deste ano ocorreu no Hospital Regional de Taguatinga, em 28 de maio. Também foram diagnosticados pacientes colonizados nos hospitais regionais   do Guará e de Santa Maria e na  UPA de Sobradinho. 

Várias e graves carências 
Também ontem, o deputado distrital Ricardo Vale (PT) visitou o Hospital Regional de Planaltina e constatou diversos problemas que praticamente inviabilizam o atendimento eficaz à população. Diante do cenário, o parlamentar apresentou à Câmara Legislativa requerimento de constituição da Comissão Especial de Acompanhamento às Ações do Governo do Distrito Federal voltadas à área de saúde. 

“Tenho convicção de que os deputados estão atentos e sensíveis aos problemas da saúde e vão aprovar o requerimento, dando início à intensificação do papel parlamentar de representar a população e dar voz aos que mais necessitam do sistema público de saúde”, salientou Ricardo Vale.

 Entre os problemas detectados pelo deputado, apontou, estão a falta de pediatras e profissionais no centro cirúrgico, de medicamentos e insumos básicos. “As carências verificadas são tão graves que podem culminar, inclusive, no fechamento de alguns setores”, explicou o parlamentar.

Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

Postos comunitários da PM serão desativados no DF

Na avaliação do coronel, os postos macularam o policiamento comunitário. Para ele, o policiamento comunitário é muito mais do que um posto físico e pressupõe mobilidade e interação com a população.
 
O chefe do Estado Maior da Polícia Militar, coronel Marco Antônio Nunes, confirmou na tarde desta quinta (11) que os postos comunitários da corporação, implantados durante o governo de José Roberto Arruda, serão desativados. A declaração foi feita em reunião da Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle da Câmara Legislativa do Distrito Federal. O presidente da Comissão, deputado Joe Valle (PDT), propôs a realização de uma audiência pública, em conjunto com a Comissão de Segurança da Casa, para debater a futura destinação dos postos.

Na avaliação do coronel, os postos macularam o policiamento comunitário. Para ele, o policiamento comunitário é muito mais do que um posto físico e pressupõe mobilidade e interação com a população. "Não podemos concordar com o engessamento do policiamento. Precisamos de mobilidade para atuar preventivamente", explicou.

De acordo com o militar, o corpo técnico da PM não foi ouvido na implementação do programa, o que contribuiu para sua inviabilização. Outro problema apontado foi a falta de critérios técnicos de localização dos postos. Para o pleno funcionamento dos postos, segundo estimativa do coronel, seriam necessários mais nove mil policiais.

Coronel Nunes informou ainda que algumas recomendações feitas pelo Tribunal de Contas do DF não têm como ser atendidas. "A saída é não continuar insistindo nesse erro e desativar o programa, que causa prejuízo para a polícia e para a população", afirmou.

Somente serão mantidas algumas unidades que são consideras estratégicas pela PM, como o posto da Estrutural. O programa previa inicialmente a implantação de 300 postos, mas somente 131 foram criados, ao custo de R$ 18 milhões. Dezesseis postos comunitários já foram queimados pela população, desde sua implantação.

Outros
O deputado Chico Leite (PT) aproveitou a presença do coronel e pediu informações sobre a situação do plano de saúde dos policiais e sobre a reestruturação da carreira da corporação. De acordo com o coronel, a corporação já iniciou o pagamento de dívidas com algumas clínicas e inaugurou no ano passado um hospital próprio para melhorar o atendimento aos policiais.

Leite sugeriu que a Comissão solicite cópias dos resultados de quatro auditorias internas realizadas na área de saúde da PM para análise dos técnicos da Comissão.

Em relação à reestruturação da carreira, a proposta foi elaborada por uma comissão interna e prevê a quebra de um paradigma permitindo promoções a cada quatro anos. Mas o projeto está parado no governo e ainda não foi encaminhado ao Congresso Nacional, onde tem que ser analisado.

 http://www.jornaldebrasilia.com.br/noticias/cidades/625557/postos-comunitarios-da-pm-serao-desativados-no-df/

Doação tucana é tratada como se fosse para quermesse da Irmã Dulce, diz Falcão

O presidente do PT reclamou da diferença de tratamento entre as doações de empresários para o PT e para outros partidos

O presidente do PT, Rui Falcão, classificou as denúncias de corrupção contra o partido como uma “tentativa de criminalização do PT”. Segundo ele, não há o mesmo tratamento para investigações que atingem outros partidos e citou o “quase prescrito mensalão tucano”, a Operação Zelotes, que investiga um esquema de sonegação fiscal e o chamado “trensalão” que investiga contratos das administrações tucanas em São Paulo.
Para Rui Falcão, oposição tentar criminalizar o PT
Divulgação PT Nacional
Para Rui Falcão, oposição tentar criminalizar o PT
“É um processo de tentativa de criminalização do nosso partido. Não é a primeira e não será a nem será a única. Não vejo uma cobertura da quase prescrição mensalão tucano”, diz Falcão, ao ser perguntado sobre a dificuldade do partido em discutir internamente os escândalos de corrupção que atingem a imagem do PT.

Falcão compara o tratamento dado às doações que são feitas por empresários para o PT. Segundo ele, as doações legais para o PT são tratadas como criminosas. Já para os tucanos, diz o presidente, as doações são tratadas como “doações da Irmã Dulce para a quermesse”.

Na Bahia, para o 5º Congresso do partido, Falcão comandou durante a tarde uma plenária com 520 delegados que aprovou o documento 'Carta de Salvador', apresentado pela ala majoritária, como ponto de partida para as discussões que ocorrem a partir desta sexta-feira (12). O documento agora será alvo de discussão e poderá sofrer emendas.

Embora o texto, por influência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não expresse críticas à condução da política econômica, durante a discussão, não faltaram manifestações de repúdio ao ajuste fiscal proposto pelo governo da presidente Dilma Rousseff e ao ministro da Fazenda Joaquim Levy.

A presença de Dilma, confirmada para esta noite na abertura do evento, diz Falcão, era o que os petistas queriam ver para facilitar o diálogo dela com o partido.

“A presença dela já facilita muito. Houve uma especulação muito grande de que ela estaria descontente ou temia que houvesse alguma manifestação aqui contra o ajuste e por isso ela não viria. Não só ela vem, como alguns ministros petistas já estão aqui”, conta Falcão.

“A primeira manifestação dela, que eu ouvi, já que eu não posso advinhar o que ela vai dizer, é que o PT faça uma boa reflexão. Estamos fazendo a lição de casa na opinião dela”, avalia o presidente do partido.

Nesta quinta-feira, os preparativos em Salvador para a abertura do congresso ocorreram em meio a muita confusão. Cerca de dez manifestantes contra o governo tentaram armar um protesto em uma praça próxima ao hotel onde ocorre o evento e se depararam um grupo bem maior de militantes petistas que impediram o ato.

A Polícia Militar reforçou a segurança no protesto, para impedir brigas, e nas redondezas do hotel.

http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2015-06-11/doacao-tucana-e-tratada-como-se-fosse-para-quermesse-da-irma-dulce-diz-falcao.html

China condena ex-chefe de segurança à prisão perpétua por corrupção

Zhou Yongkang tem 72 anos e começará a cumprir sentença imediatamente; medida também apreenderá os bens do réu

Um ex-chefe de segurança da China foi condenado à prisão perpétua nesta quinta-feira (11), uma decisão vitoriosa para a campanha anti-corrupção do presidente Xi Jinping.

Zhou Yongkang, ex-membro do Comitê Permanente do Politburo do Partido Comunista Chinês, assiste à sessão plenária no Grande Salão do Povo, em Pequim (2012)
Zhou Yongkang, ex-membro do Comitê Permanente do Politburo do Partido Comunista Chinês, assiste à sessão plenária no Grande Salão do Povo, em Pequim (2012)
Zhou Yongkang, um antigo membro do todo-poderoso Comitê Permanente do Partido Comunista, é o maior alvo de Xi a cair por causa da cultura de longa data de receber suborno do tráfico de drogas e explorar sua influência de poder.

Segundo o Primeiro Tribunal Popular Intermediário de Tianjin, Zhou foi condenado depois de ser julgado, no dia 22 de maio, sob acusação de receber suborno, por abuso de poder e vazamento de segredos de Estado. O julgamento foi realizado a portas fechadas em virtude das acusações finais.

Zhou, 72 anos, foi condenado a termos menores relativos a abuso de poder e acusações feitas sob segredo de Estado, e foi requisitado para iniciar a cumprir sua sentença imediatamente. A medida também determina a apreensão de todos os ativos pessoais de Zhou.

Enquanto retratada simplesmente como um golpe contra a corrupção, a sentença de Zhou remove um potencial desafio à autoridade de Xi e tem sido amplamente percebida como reflexo da política de facções dentro do escalão superior do partido no poder.

Zhou é o ex-político de mais alto escalão a enfrentar o tribunal desde o julgamento da mulher de Mao Zedong em 1981 e outros membros do chamado "Gangue dos Quatro", que perseguiu opositores políticos durante a revolução cultural chinesa (1966-1976).

O réu tem enfrentado as acusações e está sob investigação desde 2013, e não tem comentado as ações desde então. A investigação também examinou ex-aliados de Zhou no governo e na indústria do petróleo.
Em seu site, o tribunal destacou as ações de Zhou como "infligiu enormes danos para as finanças públicas e os interesses da nação e do povo".

 http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2015-06-11/china-condena-ex-chefe-de-seguranca-a-prisao-perpetua-por-corrupcao.html

Por que os líderes europeus querem conversar com Dilma Rousseff?

Acordos comerciais, Ucrânia, Olimpíadas e crise na Grécia foram alguns temas debatidos com os líderes internacionais

Às margens da cúpula entre Celac (Comunidade de Estados Latino Americanos e Caribenhos) e União Europeia que ocorre em Bruxelas, a presidente Dilma Rousseff teve reuniões com diversos líderes europeus – entre eles os primeiros-ministros da Grécia e Grã-Bretanha e a chanceler (premiê) da Alemanha.
Segundo a Presidência, todos os encontros com Dilma foram solicitados pelos europeus. A presidente também se reuniu com os líderes da Bulgária e de Luxemburgo, além do presidente do Conselho da União Europeia, Donald Tusk.

Acordos comerciais, Ucrânia, Olimpíadas e crise na Grécia foram alguns dos temas debatidos com os líderes internacionais.

Veja abaixo os temas das principais reuniões:
Grécia
A presidente Dilma Rousseff se reuniu com o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, na manhã de quinta-feira. Tsipras que tomou posse neste ano após ser eleito pelo partido radical de esquerda Syriza.

O grande assunto foi a crise econômica do país - a Grécia se vê em dificuldades no relacionamento com diversos países europeus, está com problemas para saldar suas dívidas e, se não conseguir uma renegociação, corre o risco de sair da zona do euro.

"Obviamente o primeiro-ministro grego falou das dificuldades, que são públicas e notórias", disse a presidente após o encontro.

Em um momento em que o Brasil passa por um ajuste fiscal, a presidente, falando sobre a situação da Grécia, disse que "pesar a mão" poderia quebrar um país.

"Todas as medidas de austeridade implicam em dois lados. Se você não cria condições para o país transitar para uma situação de estabilidade, se você pesar a mão, você quebra o país. De outro lado, obviamente o país tem que fazer a sua parte."
Ela refutou, porém, comparações entre a situação dos dois países.
"Nós fazemos um ajuste, mas não temos desequilíbrio estrutural."
Dilma Rousseff com Alexis Tsipras, primeiro-ministro grego: dificuldades são 'públicas e notórias'

Roberto Stuckert Filho/ Presidência da República
Dilma Rousseff com Alexis Tsipras, primeiro-ministro grego: dificuldades são 'públicas e notórias'
Alemanha
No mesmo dia em que encontrou o primeiro-ministro grego, Dilma se reuniu com aquela a chanceler (premiê) Angela Merkel, da Alemanha - país que vive papel antagonista ao da Grécia, por ser um dos principais credores de Atenas e defensor das medidas de austeridade.

Merkel irá ao Brasil em agosto, e a reunião serviu como uma preparação.
Segundo Dilma, os pontos principais da conversa foram ampliação do comércio e parcerias na área de indústria, desenvolvimento tecnológico e científico e formação profissional e técnica.

"A indústria alemã se caracteriza por uma grande expertise na área de inovação, chão de fábrica e capacidade de ter indústria de alta qualidade, de alta precisão", afirmou.

Elas também discutiram a parceria na área de cibersegurança - as duas líderes foram vítimas de monitoramento pela agência americana NSA e, depois disso, os países trabalharam em conjunto para aprovar uma resolução na ONU sobre o tema.

Elas também conversaram sobre a reforma de organismos financeiros –como o FMI e o Banco Mundial – e sobre a recuperação da economia mundial.


Grã-Bretanha
O encontro com o primeiro-ministro britânico, David Cameron, começou com uma dança das cadeiras: o cerimonial havia preparado cadeiras com as bandeiras da Grã-Bretanha e do Brasil e os líderes se dirigiram aos locais errados - trocaram por sugestão de Cameron.
Além de desejar sorte na Olimpíada de 2016 no Rio - a edição anterior ocorreu em Londres – Cameron falou que conversaria sobre a economia.
"Há muitos assuntos para conversar sobre nossa colaboração econômica e a possibilidade de acordo entre a União Europeia e o Mercosul", disse o britânico, em referência à negociação que os dois blocos estão retomando, após anos de paralisação.

Dilma também destacou o programa Ciência sem Fronteiras e falou que o Brasil queria fazer uma Olimpíada ainda melhor que a de Londres.
Bélgica
Um tema delicado entrou na discussão de Dilma com o primeiro-ministro belga, Charles Michel: a crise na Ucrânia.

A Rússia, que sofre sanções europeias por sua atuação em regiões separatistas da Ucrânia, é parceira do Brasil no Brics - grupo que realizará uma cúpula no mês que vem.

"Mas a Dilma insistiu muito mais na dimensão econômica que o encontro vai ter, ainda que tenha dito que temas políticos têm crescentemente comparecido", disse o assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia.

Também foram discutidos, segundo Dilma, o acordo do Mercosul e da União Europeia e o plano de concessões lançado pelo governo nesta semana.

A presidente destacou que diversas empresas belgas estão no Brasil e que elas têm forte atuação no setor de infraestrutura.

Após a operação Lava Jato, muitas construtoras perderam força. Por isso, segundo analistas, o Brasil precisa atrair empresas internacionais que atuem na área.

 http://economia.ig.com.br/2015-06-11/por-que-os-lideres-europeus-querem-conversar-com-dilma-rousseff.html