Ahrar al Sham tem entre 10 e 20 mil combatentes e
desponta como uma das principais forças militares do país, mas EUA se
recusam a dialogar com grupo
Um grupo de entre 10 a 20 mil combatentes na Síria tem despontado como um "aliado" involuntário do Ocidente.
Trata-se
do Ahrar al Sham (Homens Livres da Síria), que luta contra o presidente
Bashar al-Assad e o autoproclamado Estado Islâmico (EI) e que pode ter
um papel-chave na sangrenta guerra que já dura quatro anos no país.
Segundo analistas, o grupo se tornou uma das organizações mais poderosas em combate na Síria.
"Desde
que surgiram em 2011 no noroeste do país, conseguiram ter um enorme
impacto no campo de batalha", diz a revista The Economist. "E logo
outros grupo queriam se unir a eles."
Influência
O Ahrar al Sham
não apenas se estabeleceu como força militar importante, como também uma
força política organizada com aliados-chave na região – Turquia e
Catar.
Mas os Estados Unidos e seus aliados se recusam a
dialogar com eles, argumentando que o grupo é baseado na militância
islâmica e que seus líderes tiveram vínculos com a Al-Qaeda.
"O
Ahrar al Sham faz parte de uma ampla coalizão síria de grupos da
oposição, a Frente Islâmica. E dentre dela é a força mais poderosa e
mais bem organizada", explica o correspondente da BBC no Oriente Médio,
Jim Muir.
"O grupo quer ver a lei islâmica estabelecida
na Síria, mas deixou claro que seus objetivos são muitos diferentes dos
do 'EI', a quem considera inimigo."
Em abril, o porta-voz do
Departamento de Estado John Kirby disse que os Estados Unidos "não
trabalharam nem ofereceram nenhum ajuda ao Ahrar al Sham".
"Os
Estados Unidos apoiam grupos de oposição sírios moderados. Ainda que os
EUA não tenham designado o Ahrar al Sham como uma organização terrorista
estrangeira, seguimos tendo preocupações com as relações do grupo com
organizações extremistas", disse Kirby.
Apelos
Recentemente
o Ahrar al Sham tem feito apelos, sem sucesso, a Washington e a Londres
para considerarem uma aproximação na luta contra o 'EI' e encontrar uma
solução para a Síria.
Em julho, tanto o Washington
Post (EUA), como o Daily Telegraph (de Londres) publicaram longos
artigos opinativos assinados por Labib al Nahhas, "diretor de Relações
Exteriores" do grupo.
Em seus artigos, Al Nahhas fala do "grande
fracasso" dos governos britânico e americano em tomar ações militares
contra Assad e das consequências dessa indecisão.
"O resultado: um
número de mortos que se calcula entre 200 mil e 300 mil pessoas, mais
de 11 milhões de deslocados e inúmeras cidades em ruínas", disse Nahhas
em seu artigo, intitulado "As consequências letais de rotular
erroneamente os revolucionários da Síria", para o Washington Post.
Para procurador, o TSE e o Ministério Público Eleitoral se tornaram “protagonistas exagerados” da democracia
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, concluiu que não há
indícios de irregularidade na contratação da gráfica VTPB Serviços
Gráficos e Mídia Exterior Ltda. pela campanha da presidenta Dilma
Rousseff no ano passado.
Em resposta ao pedido feito pelo vice-presidente do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, para investigar as contas de campanha de
Dilma, Janot destacou o que chamou de “inconveniência” da Justiça
Eleitoral e do Ministério Público Eleitoral de se tornarem
“protagonistas exagerados” da democracia.
Na análise do pedido, o procurador-geral citou ainda a possibilidade de
uma “judicialização extremada” do processo político eleitoral e
destacou que a democracia deve ter como atores principais candidatos e
eleitores.
As declarações de Janot constam em despacho, datado de 13 de agosto, a
favor do arquivamento do pedido feito por Gilmar Mendes. Segundo o
texto, os fatos apontados pelo vice-presidente do TSE não apresentam
“consistência suficiente para autorizar, com justa causa, a adoção das
sempre gravosas providências investigativas criminais”.
O
governo vai apresentar nesta segunda-feira, 31, ao Congresso uma
proposta de Orçamento para 2016 com déficit primário da ordem de 0,5% do
Produto Interno Bruto (PIB), admitindo que gastará mais do que vai
arrecadar, mesmo sem levar em conta despesas com pagamento de juros.
Trata-se da primeira vez na história que o governo não consegue fechar
as contas e entra no vermelho, prevendo desequilíbrio fiscal. O
resultado negativo deve ficar próximo de R$ 30 bilhões.
O
reconhecimento das dificuldades foi a forma encontrada pelo Palácio do
Planalto para evitar "mascarar" o Orçamento, num momento de crise
política e econômica, às vésperas de a presidente Dilma Rousseff
enfrentar julgamento no Tribunal de Contas da União (TCU) por causa de
manobras conhecidas como "pedaladas fiscais".
Um dia após
abandonar a ideia de recriar a Contribuição Provisória sobre
Movimentações Financeiras (CPMF), por não encontrar respaldo para o
projeto nem no Congresso nem entre empresários, Dilma arbitrou a disputa
interna no governo e decidiu escancarar os problemas.
Com a
decisão, a meta de superávit primário de 2016, de 0,7% do PIB, será
reduzida novamente e é possível que haja corte de programas sociais. O
ministro da Fazenda, Joaquim Levy, chegou a manifestar preocupação com a
exposição do rombo, por considerar que a medida embute um sinal
negativo para o mercado e pode levar o Brasil a perder o grau de
investimento, com severas consequências para a economia, que já está em
recessão.
Transparência
Ao fim das
discussões, porém, Levy acabou concordando com o núcleo político do
Planalto. A estratégia do governo, ao deixar claro o vermelho, consiste
em negociar com o Congresso. A ideia é que ou os parlamentares autorizam
o aumento de receitas, com desonerações e até, mais adiante, com a
volta da CPMF, ou o Executivo será obrigado a propor medidas mais duras,
como a reforma da Previdência.
O vice-presidente Michel Temer
conversou pela manhã com Levy, que o informou sobre as dificuldades de
fechar o Orçamento. O ministro defendeu um corte adicional de R$ 15
bilhões, mas Dilma não aprovou.
"Sejam o mais transparente
possível e revelem as condições das finanças ao País", disse Temer. "O
Orçamento deve ser realista, para evitar perda de credibilidade." Levy
definiu como "muito prudentes" as observações de Temer.
Mais
tarde, a própria Dilma informou o vice de que os seus argumentos foram
ouvidos. Em conversas reservadas, Levy afirmou que, embora haja risco de
as expectativas piorarem em relação à política fiscal, a exposição do
déficit diminui o desgaste com o Congresso e abre a discussão sobre a
nova meta de superávit.
A proposta orçamentária trará, ainda,
elevações pontuais de receitas, com revisão de desonerações. Mesmo
desistindo do "imposto do cheque", o governo quer mostrar que também tem
um programa fiscal de longo prazo para a Saúde e a Previdência. Com
informações do Estadão Conteúdo.
A
todos os questionamentos dos parlamentares, Dirceu usou a mesma
declaração: "Seguindo orientação do meu advogado, permanecerei em
silêncio."
O deputado Bruno Covas (PSDB-SP), um dos parlamentares
desta comissão, chegou a dizer que seria interessante o ex-chefe da Casa
Civil do governo Lula dizer como obteve tantos recursos, segundo as
investigações, de forma ilícita, mas Dirceu manteve o silêncio. Além de
Dirceu, a CPI pretende ouvir nesta segunda-feira Jorge Zelada,
ex-diretor da área Internacional da Petrobras, e três empresários.
Dois
são executivos da empreiteira Andrade Gutierrez: Otávio Marques de
Azevedo e Elton Negrão de Azevedo. O terceiro é João Antonio Bernardi
Filho, representante no Brasil da empresa italiana Saipem. Nesta
terça-feira, 1, a CPI pretende ouvir seis pessoas: cinco executivos da
construtora Odebrecht e um ex-funcionário da Petrobrás.
O relator
da comissão, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), disse que a logística para os
depoentes se deslocarem a Brasília é complicada, porque requer
policiamento e aviões, e por isso a CPI decidiu que é mais prático se
deslocar até o Paraná. A previsão é que membros da comissão fiquem em
Curitiba até quinta-feira, tentando colher os depoimentos dos presos na
Lava Jato. Os depoimentos estão sendo realizados no Foro da Seção
Judiciária do Paraná. Com informações do Estadão Conteúdo.
Foragida
há uma semana, Lidiane Leite morava há 275 km da cidade que
administrava. Ela é suspeita de desviar R$ 15 milhões da educação da
cidade, onde há escolas que funcionam debaixo de árvores.
A prefeita
Lidiane Leite (PRB), de 25 anos, administrava a cidade de Bom Jardim por
meio de mensagens de celular. Entre festas, eventos sociais e a
academia, a prefeita despachava com secretários pelo grupo de mensagens
batizado de "Força Tarefa".
Lidiane é suspeita de desviar R$ 15 milhões da educação da cidade,
onde há escolas que funcionam debaixo de árvores. Ela está foragida há
uma semana, quando foi deflagrada a Operação Éden, da Polícia Federal.
A prefeita também não morava na cidade que administrava — e sim há
275 km de distância, em São Luís. Ela responde a ações por cortar
salários dos professores, não cumprir o calendário escolar e não
regularizar o fornecimento de merenda.
Antes de assumir a candidatura no lugar do namorado, o pecuarista
Beto Rocha, barrado pela Lei da Ficha Limpa, em 2012, Lidiane vendia
leite na porta de casa e ajudava a mãe em uma loja de roupas.
Após assumir o cargo na prefeitura de Bom Jardim, ela foi afastada
três vezes por enfrentar suspeitas de corrupção, mas voltou por meio de
liminares.
José Luiz Jaborandy Júnior foi o 10º general do País a assumir cargo; Brasil comanda a força militar da Minustah desde 2004
Morreu neste domingo (30), aos 57 anos, o general
do Exército José Luiz Jaborandy Júnior, comandante militar da missão da
ONU no Haiti. Jaborandy teria sofrido um infarto fulminante enquando
viajava do Haiti para Manaus para visitar a neta recém nascida.
O
brasileiro assumiu a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no
Haiti (Minustah) em 13 de março do ano passado em substituição ao
general Edson Leal Pujol.
José Luiz Jaborandy Júnior
foi o décimo general brasileiro a assumir o cargo, já que o Brasil
comanda a força militar da Minustah desde 2004, quando a missão foi
criada. A exceção foi um período de poucos dias, em janeiro de 2006,
quando as tropas ficaram sob comando interino de um general chileno,
logo após a morte do general brasileiro Urano Bacellar.
Jaborandy ingressou no Exército em 1976. Formou-se
oficial de Infantaria em 1979 e se distinguiu na carreira militar
ocupando uma série de postos de comando. O general é formado pela Escola
de Comando e Estado-Maior do Brasil e pelo Instituto de Estudos
Superiores Militares de Portugal. Jaborandy serviu como assessor
parlamentar do gabinete do comandante do Exército e integrou o Grupo de
Observação da ONU na América Central em 1991 e a Missão de Observação da
ONU em El Salvador em 1992.
A Minustah foi criada pelo
Conselho de Segurança das Nações Unidas em 30 de abril de 2004 na
tentativa de colaborar com o governo haitiano para a restauração da
ordem no país. O Haiti sofre com as consequências de um longo período de
instabilidade política, dificuldades econômicas e violência urbana.
A
missão tem como metas estabilizar o Haiti, pacificar e desarmar grupos
guerrilheiros e rebeldes, promover eleições livres e colaborar com o
desenvolvimento institucional e econômico do país. Diante da
estabilização política e do controle da violência, a ONU trabalha para a
retirada gradativa dos militares estrangeiros. Em março de 2013, o
governo brasileiro começou o processo de redução do efetivo militar no
país.
O
que você faria se seu filho flagrasse um OVNI enquanto estivesse
brincando no quintal de casa? E se, mais do que isso, o objeto estivesse
“vigiando” a criança por algumas semanas? Foi isso o que aconteceu com
um menino de 9 anos em Atlanta, nos Estados Unidos.
Foram várias
as oportunidades em que o garoto voltava para casa e, segundo seus pais,
reclamava de um objeto estranho que voava no céu e, aparentemente, o
perseguia. Os parentes, porém, julgavam que era apenas imaginação da
criança, que não se tratava de nada muito complexo.
Reprodução
O
garoto, ciente de que não estava imaginando demais, resolveu filmar o
famigerado objeto. A partir daí, seus pais começaram a ficar apavorados.
Isso porque o OVNI tinha um formato que eles nunca tinham visto e se
movia no ar de maneira completamente aleatória e bizarra.
Divulgado
na internet, o vídeo, é claro, foi alvo de muita polêmica.
Especialistas em ufologia garantem que pode se tratar de um OVNI
perseguindo o garoto para tentar uma abdução. Os mais céticos, por sua
vez, tratam a figura bizarra apenas como um drone.
O
procurador-geral da República Rodrigo Janot garantiu categoricamente
aos senadores, durante a sabatina a que é submetido nesta quarta-feira,
26, que não existe nenhuma possibilidade de fazer um acordão com
empreiteiras que são alvo da Operação Lava Jato.
"Eu
nego veementemente a possibilidade de qualquer acordo que possa
interferir nas investigações", afirmou Janot, respondendo a uma
indagação do senador Álvaro Dias (PSDB/PR) sobre supostas negociações
entre os investigadores da Lava Jato e as empreiteiras que são
investigadas por formação de cartel para assumir o controle de contratos
bilionários da Petrobrás.
"Senador, há mais
de 36 anos eu fiz opção pelo Direito, há 31 anos pelo Ministério
Público. A essa altura da minha vida eu não deixaria os trilhos da
atuação técnica do Ministério Público Federal para me embrenhar num
processo que não domino e não conheço que é o caminho da política",
disse Janot.
O
chefe do Ministério Público Federal foi taxativo. "Sou Ministério
Público, penso como Ministério Público, ajo como Ministério Público. É o
compromisso que eu assumo: não há possibilidade de qualquer acordão,
como se diz por aí."Janot destacou que 'todo esse material (conteúdo da
grande investigação) é inteiramente aberto ao conhecimento de todo
cidadão brasileiro'.
"A atuação do Ministério Público passa a ser escrutinado por toda a sociedade, tudo está aberto, tudo", reiterou Rodrigo Janot.
"Ainda que eu quisesse fazer um acordo desses eu teria que combinar com os russos", disse o procurador-geral.
Ele
lembrou que a equipe da Lava Jato é numerosa. "Tenho 20 colegas e um
grupo de delegados muito preparados e profissionais da Polícia Federal.
Mesmo que eu tivesse que fazer um acordo desses teria que combinar com
os russos. É uma ilação impossível."
Rodrigo Janot está
sendo sabatinado no Senado nesta quarta-feira, 26. Após vencer com folga
a eleição do Ministério Público Federal, Rodrigo Janot foi indicado
pela presidente Dilma Rousseff para ser reconduzido ao cargo de
procurador-geral da República.
Seu nome ainda deve ser chancelado
pelo Senado nesta quarta-feira e a expectativa é de que mesmo com 13 dos
81 senadores investigados na Lava Jato, apenas Fernando Collor (PTB-AL)
adotará tom crítico ao procurador. Collor está sentado na primeira fila
de senadores.
Joelma chora no ombro de Sabrina Sato após separação: 'Sei que vai ser difícil'
Na edição do 'Programa da Sabrina' deste sábado (29), cantora se emocionou ao falar da sua nova fase, após separação: 'É uma carreira solo, mas nunca estou só'
O anúncio da saída de Joelma da banda Calypso
será oficializado neste sábado (29), no "Programa da Sabrina", a partir
das 20h30. Joelma e Chimbinha gravaram nos estúdios da Record em São
Paulo, na última terça (25) e a cantora foi às lágrimas ao informar o
público que segue em carreira solo a partir de janeiro de 2016. Sabrina Sato consolou a artista no palco, com beijos e um ombro amigo.
Uma semana após a divulgação do comunicado sobre a separação de do casal,
Joelma aproveitou o momento na TV para deixar um recado para os fãs da
banda, que acumula 16 anos de estrada. "Supero minhas dificuldades
buscando a Deus todos os dias e é Ele quem nos dá força. Hoje, quero dar
um recado: vou deixar a Calypso. Seguirei meus compromissos até
dezembro e, depois, vou seguir minha carreira
solo. Mas no mesmo estilo, porque tenho uma missão que Deus me deu para
fazer aqui, com os fã clubes, que eu tenho um carinho muito grande",
disse Joelma, aos prantos.
"É
uma carreira solo, mas costumo dizer que nunca estou só. Sei que vai
ser difícil porque tudo no início é muito difícil. Até me adaptar, não
sei o que vou passar", confessou. A assessora de imprensa do grupo
informou que a artista só continua no Calypso até a virada do ano por
causa da agenda.
Chimbinha pede perdão a Joelma através de comunicado
O guitarrista da banda está disposto a salvar o casamento de 18 anos e, mesmo com o anúncio do término, fez um pedido de desculpas à vocalista da banda através de um comunicado oficial divulgado na última segunda (24).
Chimbinha desmentiu os boatos de traição
e teceu elogios à artista: "Ela é uma pessoa do bem, uma mulher linda,
inteligente e íntegra, uma artista de qualidade internacional. Estou
muito triste e abalado com tudo isso.
A banda Calypso é muito
importante, sim, mas o fundamental em minha vida é a minha família,
aliás, uma família constituída com muito amor, muita dedicação e
respeito ao lado de Joelma.
Sem Chimbinha, Joelma distribui autógrafos pelo Calypso
Novamente emocionada, a cantora recebeu o carinho dos fãs,
que também se lamentaram pelo término do relacionamento. Nas redes
sociais, internautas expressaram tristeza pelo fim da banda. "Amo vocês
dois, por que isso que aconteceu? Era só farsa, parecia tão real o amor
de vocês", questionou um fã.
O
voto do senador e ex-presidente da República, Fernando Collor (PTB-AL),
sobre a recondução do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao
cargo não foi contabilizado. Principal crítico de Janot, Collor foi
denunciado pelo chefe do Ministério Público acusado de ter recebido R$
26 milhões em propina no esquema de corrupção na Petrobras.
Collor havia se credenciado como suplente da Comissão desde a semana passada, numa manobra para participar
da sessão de sabatina. Ele chegou a votar, mas sua opinião não foi
computada, já que os demais titulares do bloco do qual faz parte
decidiram votar. Os senadores Eduardo Amorim (PSC-SE), Marcelo Crivella
(PRB-RJ) e Magno Malta (PR-ES) são os titulares do bloco União e Força,
do qual o próprio Collor é líder.
Na sabatina, Collor chegou a
murmurar xingamentos a Janot enquanto o procurador-geral da República
respondia os questionamentos do parlamentar. O petebista já chamou, em
outras ocasiões, Janot de "fascista da pior extração" e de "filho da
p...". Hoje, sussurrava "calhorda" e, novamente, "filho da p...", ao
procurador-geral da República.
Janot foi aprovado pela CCJ para
permanecer mais dois anos no cargo por 26 votos favoráveis e um
contrário. Agora, o plenário do Senado precisa aprovar a recondução do
chefe do Ministério Público em votação secreta. Com informações do
Estadão Conteúdo.
Walter Pinheiro (PT-BA) classifica queixa contra o aplicativo de "choro" e diz que empresas de telecom já recebem pelo serviço.
Em discurso nesta quarta-feira (26), o senador
Walter Pinheiro (PT-BA) posicionou-se contrário ao pedido de algumas
operadoras de telefonia que pedem a regulamentação do uso do aplicativo
de mensagens instantâneas para celulares, o Whatsapp.
Walter
Pinheiro disse que não é verdade a “reclamação descabida” das
operadoras de que esse tipo de aplicativo não remunera as redes de
telecomunicação que usam para funcionar.
O senador disse
que as operadoras já são pagas pelos consumidores que usam Whatsapp,
pois o aplicativo só funciona por meio das redes 3G, 4G ou pelo wi-fi,
cujos usos já são pagos para as operadoras.
Ele classificou de
‘choro’ as reclamações das operadoras e disse que elas precisam aprender
a compartilhar redes e infraestrutura.
No segundo dia de operação para
desobstruir a orla do Lago Paranoá, na Península dos Ministros, foram
removidos 110 metros de alambrado, 20 de cerca e 15 de muros de arrimo e
concluído o aterramento de uma piscina
Nesta
terça (25), durante o segundo dia de desocupação da orla do Lago
Paranoá, os fiscais da Agência de Fiscalização do Distrito Federal
(Agefis) encontraram duas captações irregulares de água.
Uma das captações clandestinas foi encontrada no Conjunto 14, Lote 6,
na Península dos Ministros, no Lago sul, e o dono deve ser notificado
pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e a Delegacia Especial do Meio
Ambiente (DEMA). Na outra, os fiscais da Agefis não encontraram a bomba
de captação de água no local.
Segundo dia
No segundo dia de operação para desobstruir a orla do Lago Paranoá,
na QL 12 do Lago Sul conhecida como Península dos Ministros, a Agência
de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) removeu 110 metros de
alambrado, 20 de cerca e 15 de muros de arrimo e concluiu o aterramento
de uma piscina.
Os trabalhos desta terça (25), começaram às 11 horas com a demarcação
do perímetro por parte da Secretaria de Gestão do Território e
Habitação. Os fiscais iniciaram a desobstrução com o uso de maçaricos e
alicates, pois os terrenos eram de difícil acesso para máquinas de
grande porte. Com o caminho aberto, dois tratores menores entraram em
atividade. Cercas-vivas e alambrados que estavam quase dentro da água
foram ao chão.
A expectativa era percorrer mais sete terrenos durante a tarde, não
necessariamente demolindo estruturas, mas demarcando os 30 metros a
serem obedecidos pelos moradores.
Entulho
A equipe da Agefis manteve intactas as áreas das Embaixadas dos
Países Baixos e da Alemanha, que ficam no Conjunto 12 e com edificações
próximas à orla. São terrenos da União destinados ao uso dos países.
Esses locais também obedecerão os 30 metros, mas dependem ainda de
negociação entre Advocacia-Geral da União, Procuradoria-Geral do DF e
órgãos federais, como Câmara dos Deputados e Senado Federal.
Todo o entulho, como grades e cercas, seja de ferro, seja de madeira,
é encaminhado para o Aterro do Jóquei. Caminhões do Serviço de Limpeza
Urbana e da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap)
recolhem os rejeitos após a desobstrução.
Segundo pesquisa, não há maioria de posição no DF. Tema deve ser votado no STF no próximo mês
A
possível descriminalização do porte de drogas para uso pessoal divide a
opinião dos brasilienses. Pesquisa do Instituto Exata OP, publicada com
exclusividade pelo Jornal de Brasília, revela que a medida ainda é um
tabu para boa parte da população.
A maioria dos 600 entrevistados, 49%, acredita que o ideal é não
absolver nem o uso nem a comercialização dos entorpecentes. Mas outras
duas opiniões mostram que a votação no Supremo Tribunal Federal (STF)
não será uma decisão fácil.
Para 26% dos entrevistados, o melhor seria descriminalizar o porte
para uso pessoal. Já 24% avaliam que o ideal é descriminalizar o consumo
privado e a comercialização. Nesse cenário, que agora depende da
decisão de outros dez ministros do STF, o diretor do instituto Exata OP,
Marcus Caldas, avalia: “A soma dos que são favoráveis à
descriminalização do consumo e os que querem a liberação do porte e a
comercialização mostra que a população está dividida sobre o tema”.
Porém, é nesse mesmo contexto que uma certeza surge entre a maioria.
Para os brasilienses, o uso de drogas não é caso de polícia. Apenas 15%
das pessoas questionadas acreditam que a segurança pública pode resolver
o problema. Para 46,3%, a questão dos entorpecentes passa, primeiro,
pela educação. Outros 37% afirmam que é um desafio de saúde pública.
A pesquisa aponta que 77% das pessoas abordadas dizem nunca ter
experimentado drogas. No entanto, de acordo com Marcus Caldas, a
informação dos entrevistados pode não ser verdadeira, já que o
questionamento ainda é motivo de constrangimento para a maioria.
Questão qualitativa
Segundo
Caldas, nas pesquisas em profundidade qualitativa, os números dos que
já tiveram algum contato direto com alguma droga ilícita ultrapassa 40%.
“E, aprofundando o tema relativo a problemas com drogas em conhecidos
próximos ou parentes, o número chega a 70%”, completa o diretor do
instituto Exata OP.
“O perfil homem, com idade entre 27 e 48 anos, é o que mais afirma
ter consumido algum tipo de droga”, ressalta, referindo-se aos 27% dos
que reconheceram terem tido experiências com entorpecentes.
Entre as mulheres, 13% confirmam que usaram algum tipo de droga.
Somando todos, 138 pessoas afirmaram ter experimentado entorpecentes
pelo menos uma vez. O restante, 468, negaram a experiência. Dos homens,
vale ressaltar que a maioria, 49, acreditam que o ideal é não
descriminalizar as drogas nem para usuários e nem para a
comercialização. A mesma resposta foi obtida de 51 mulheres.
"Punição desproporcional"
Enquanto a população do DF mostra-se contrária à ideia da
descriminalização do porte de drogas para uso pessoal, fato é que o STF
deve concluir a votação do tema no próximo mês. Vale lembrar que o
relator do caso, ministro Gilmar Mendes, decidiu pela
inconstitucionalidade do artigo 28 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006),
que define como crime o porte para uso do indivíduo.
Em seu voto, Gilmar Mendes disse acreditar que a criminalização
estigmatiza o usuário e compromete medidas de prevenção e redução de
danos. O ministro destacou também que se trata de uma punição
desproporcional para o usuário, ineficaz no combate às drogas, além de
infringir o direito constitucional à personalidade.
“Tenho que a criminalização da posse de drogas para uso pessoal é
inconstitucional, por atingir, em grau máximo e desnecessariamente, o
direito ao desenvolvimento da personalidade em suas várias
manifestações, de forma, portanto, claramente desproporcional”, apontou,
durante sessão.
Depois do voto de Gilmar Mendes, o ministro Edson Fachin, que
solicitou vista após decisão do relator, informou que cumprirá o prazo
regimental de entrega do parecer e deve voltar ao processo até o dia 31
deste mês.
Debate é complexo e antigo na Justiça do País
O debate jurídico sobre a criminalização ou não do porte de drogas
para uso pessoal teve início em 2009, com a condenação de um mecânico de
55 anos à prisão por porte de maconha para consumo próprio em Diadema,
em São Paulo. A defensoria do estado, no entanto, diz que o artigo 28
viola o princípio da intimidade e da vida privada. O caso chegou ao STF
em 2011 e decidiu-se que a sentença do Supremo valeria para todos.
De acordo com as normas da corte, o processo deve ser devolvido na
segunda sessão após o pedido do ministro. Após liberação de Fachin, o
presidente do STF, Ricardo Lewandowski, coloca o tema em pauta.
E, se na avaliação dos brasilienses e dos ministros do STF o tema é
complexo, por outro lado, há quem seja extremamente contrário à ideia. É
o caso do delegado da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord),
Rodrigo Bonach. No entendimento dele, a descriminalização seria
“equivocada”.
“Somos contrários, eu e a coordenação, haja visto os efeitos
deletérios sobre a segurança pública que o tema envolve. Entendemos que
essa facilitação do consumo pode aumentar a quantidade de pessoas
viciadas, que podem se voltar à criminalidade, além de causar impacto na
saúde pública”, diz.
Por outro lado, aponta Bonach, o tráfico continua e vai continuar
sendo crime. “O único meio de os consumidores obterem a droga é pelos
traficantes. Mesmo que nós descriminalizássemos o tráfico, por exemplo,
iria subexistir aí o crime de contrabando. Em torno do financiamento de
drogas, há outros crimes, como roubos, furtos, posse de armas, lavagem
de dinheiro. São crimes que transitam em torno do tráfico e que vão
continuar a existir”, salienta o delegado.
Na opinião de Bonach, a medida, que revela uma “legislação bipolar”,
vai na contramão do que o País luta há anos. “Existe uma forte campanha
para diminuir o consumo de drogas lícitas, como álcool e tabaco, e uma
campanha forte para liberação do uso de drogas ilícitas. Vejo um
contrassenso nisso”, salienta.
Docente diz que medida é um avanço
Docente de Direito Público e Penal e especialista em Ciências Sociais
da Universidade de Brasília (UnB), Beatriz Vargas considera a medida um
importante passo rumo ao direito privado e pessoal dos que fazem uso de
drogas.
“Sendo a pessoa adulta e o uso feito de maneira livre, ela pode fazer
uso da substância que bem entender”, avalia. Porém, ressalta, a
aprovação da lei não pode vir sozinha: “Se o Supremo decidir pela
descriminalização, o legislador precisa estabelecer lei que diferencie
consumo e tráfico para o consumidor não ser preso como pequeno
traficante”.
A professora lembra que em outros países, como o Uruguai, que
legalizou o uso da maconha, não houve aumento de consumo. “É necessário
que o Brasil avance ao menos na descriminalização. Isso é um passo para
diminuir a violência, o problema de saúde pública. Vejo com muitos bons
olhos a medida”, conclui.
PEC dos Cartórios, que regulariza situação dos
donos substitutos e muda a Constituição, ainda tem de passar por votação
em segundo turno e pelo Senado
A Câmara dos Deputados aprovou na noite da
quarta-feira (26), por 333 votos a 133 e 6 abstenções, a Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) 471/05, do deputado João Campos (PSDB-GO). O
texto muda de substituto para titular o status dos donos de cartórios
de notas e registro sem concurso.
O tema precisa ser votado na Câmara em segundo turno, ainda sem data. Depois, segue para o Senado.
Na
prática, a proposta legaliza a situação dos donos substitutos de
cartórios, que estão em situação irregular por descumprirem o parágrafo
terceiro do artigo 236 da Constituição, de 1988.
A Constituição
prevê concurso, feito pelos tribunais estaduais, para os donos e
funcionários desses estabelecimentos. Se morre o titular, assume o
substituto provisório até a realização de um novo concurso. Com a PEC,
cai a exigência do concurso para quem está até agora em situação
irregular.
A indústria dos cartórios movimenta bilhões de reais
por ano no Brasil e sempre foi centro de polêmica. O Conselho Nacional
de Justiça (CNJ) já se posicionou contrário a essa mudança nas regras
atuais e defende os concursos.
Críticas contra substitutos e tribunais
Logo
depois da aprovação, o deputado Nelson Marchezan Jr. (PSDB-RS) publicou
em sua conta no Twitter: "Em 2013, os cartórios ilegalmente ocupados,
com o beneplácito de alguns tribunai$$, faturaram 1 bilhão e 700 milhões
no ano. Entenderam?$?$."
Para o parlamentar, a PEC é "vigarista,
uma excrescência, um absurdo". Com a proposta, explica, "o titular do
cartório morre e o substituto fica eternizado. Isso, em muitos casos,
mostra a relaçnao promíscua entre esses substitutos e os tribunais, que
não fazem os concursos. A PEC vai premirar o tribunais que não cumprem a
Constituição", critica o tucano.
Argumentos dos defensores
Antes
da votação, a deputada Gorete Pereira (PR-CE) defendeu a aprovação da
PEC sob o argumento de que os aprovados em concursos não aceitam os
cartórios de cidades do interio. “Não se está proibindo concursos para
cartório, mas regularizando cartórios. Há uma grande quantidade de
pessoas que fazem concurso em todo o Brasil e não assumem no interior,
pela pouca rentabilidade”, disse.
O líder do PTB, deputado Jovair Arantes (GO), tem
opinião parecida. Segundo o parlamentar, a situação dos grandes
cartórios já foi resolvida pelos tribunais de Justiça com concursos,
portanto, a proposta só vai ser aplicada aos municípios pequenos. “O que
está acontecendo é que as pessoas têm de se deslocar 200 km para
registrar um óbito ou um nascimento."
O deputado Silvio
Costa (PSC-PE) negou que a PEC seja “trem da alegria”. “Ela corrige um
equívoco. Quando se faz um concurso, ninguém quer ir trabalhar numa
cidade pequena do interior”, afirmou.
Historiadores tentam explicar profusão de teorias na internet sobre grupo que teria influência sobre acontecimentos globais
O homem realmente chegou à Lua? Quem assassinou o presidente
americano John F. Kennedy? Como começou a pandemia global de HIV? O
verdadeiro poder mundial está nas mãos de uma sociedade secreta fundada
no século 18?
Alguns acreditam que as respostas para estas
perguntas não estão nos livros de história e dão crédito a teorias
conspiratórias que surgiram nas últimas décadas ligadas a estes e outros
eventos importantes.
Com a entrada do novo século e a popularização da
internet, uma destas teorias ganhou muita popularidade: a suposta
existência da Ordem dos Illuminati, cuja origem remonta a uma sociedade
secreta de mesmo nome criada na Alemanha no fim do século 18 e que
estaria integrada aos poderes políticos e econômicos, cujo objetivo
final seria estabelecer uma nova ordem mundial através de um governo
global.
Em fóruns de discussão na web é comum ver internautas
citarem os Illuminati para explicar muitos dos problemas atuais do
planeta.
Políticos como George W. Bush ou Barack Obama, ou
magnatas como George Soros, foram acusados de fazer parte desta
organização. Até o papa Francisco e a rainha Elizabeth 2ª já foram
apontados como membros da ordem.
Outros acreditam ser possível ver
a simbologia ligada aos Illuminati em vídeos de artistas como Beyoncé,
Jay-Z, Lady Gaga e Katy Perry: pentagramas, pirâmides e o famoso "olho
que tudo vê" que aparece nas cédulas de dólar.
Mas, de onde veio
este mito dos Illuminati e por que ainda existem pessoas que acreditam
na existência de um grupo que desapareceu há mais de dois séculos?
A ordem real
A Ordem dos Illuminati foi fundada em 1776 na Baviera, Alemanha, pelo jurista Adam Weishaupt.
O objetivo desta sociedade secreta inspirada nos
ideais do iluminismo e na estrutura da maçonaria, era acabar com o
obscurantismo e com a forte influência que, na época, a igreja exercia
sobre a esfera política.
Depois que o príncipe Karl Theodor chegou
ao poder, a Ordem dos Iluminati, assim como outras sociedades secretas,
foi declarada ilegal e dissolvida, em 1785.
Mas, alguns acreditam que ela continua operando na clandestinidade.
Autores
como o francês Agustín Barruel (1741-1820), a britânica Nesta Helen
Webster (1876-1960) ou o canadense William Guy Carr (1895-1959)
vincularam a ordem com eventos como a Revolução Francesa de 1789, as
Revoluções em vários países europeus de 1848, a Primeira Guerra Mundial
ou a Revolução Bolchevique, de 1917.
Há até quem diga que os
fundadores dos Estados Unidos eram membros da ordem e que o Federal
Reserve, o banco central americano, foi criado para ajudar a cumprir os
objetivos de dominação global da organização.
Nas últimas décadas,
apareceram referências aos Illuminati em obras como a trilogia satírica
de ficção científica The Illuminatus (1975), de Robert Shea e Robert
Anton Wilson, ou Anjos e Demônios (2000), de Dan Brown, assim como nas
letras de alguns artistas da cena hip hop.
Tudo isso fez com que
os Illuminati se transformassem em protagonistas de várias teorias
conspiratórias que se alastraram pela internet, onde é possível
encontrar milhares de páginas dedicadas à ordem.
'Loucura'
"É
uma loucura que hoje em dia existam pessoas que acreditem na
existências dos Illuminati", disse o escritor e historiador americano
Mitch Horowitz.
"Os cidadãos têm preocupações legítimas sobre como
funcionam os poderes políticos e econômicos, mas, em vez de canalizar
estas preocupações de forma eficaz para que haja mais transparência,
alguns preferem acreditar em histórias de fantasia sobre uma organização
que deixou de existir há mais de 200 anos", disse ele à BBC Mundo.
De
acordo com Horowitz, "há escritores e jornalistas que contribuem com a
paranoia em torno dos Illuminati e as pessoas se deixam convencer porque
é interessante pensar que existe um grupo secreto que domina o mundo".
"Se
estudarem o que realmente eram os Illuminati, perceberiam que se
tratava de uma organização política cujos ideais estavam baseados em uma
sociedade mais justa e que gostavam da iconografia relacionada com o
mundo do oculto", afirmou.
Para Horowitz, devido ao mistério que tem para o
público, muitos artistas gostam de usar um pouco desta iconografia em
seus clipes.
"Os músicos entendem a atração e usam símbolos como o
pentagrama, o obelisco ou o olho que tudo vê, mas isto não os converte
em membros de uma sociedade secreta."
'Sociedades interconectadas'
Entre
os que acreditam na existência dos Illuminati está o escritor americano
Mark Dice, autor de um livro sobre a suposta ordem.
"Com certeza
os Illuminati estão cercados de fantasias, mas quando se separa a
realidade da ficção, acredito que há provas que demonstram que é um
grupo real que continua existindo hoje em dia", disse o escritor à BBC
Mundo.
Dice disse que, depois da dissolução em 1785, "os
Illuminati continuaram operando através de várias sociedades secretas
interconectadas como o Grupo de Bilderberg (conferência anual privada
que reúne cerca de cem líderes políticos dos EUA e Europa) ou o Conselho
de Relações Exteriores (centro de estudos baseado nos Estados Unidos)".
"Estas
organizações compartilham os objetivos dos Illuminati, seus métodos de
funcionamento, seus símbolos e terminologia", afirmou.
Segundo Dice eles não precisam usar o nome Illuminati pois "eles sabem quem são e o que estão fazendo".
"Nos últimos anos, o Grupo de Bilderberg foi exposto, já que com a internet não é fácil ser um grupo secreto."
Para Dice, os meios de comunicação podem ser culpados por este segredo ter ficado tanto tempo escondido.
"Como
não é de interesse público que a cada ano cem das pessoas mais
poderosas do planeta se reúnam em um hotel, cercados de guardas armados,
para conversar sem microfones sobre como querem influir no futuro do
planeta?"
O escritor garante que os Illuminati querem "criar um
governo global de inspiração socialista" e "usam artistas de fama global
para promover sua causa".
Dice tem centenas de milhares de seguidores no Facebook e YouTube.
Culpa da internet?
Jesse
Walker, autor do livro The United States of Paranoia ("Os Estados
Unidos da Paranoia", em tradução livre), afirma que a "internet foi
fundamental para potencializar e propagar o fenômeno dos Illuminati".
"Hoje
são vinculados com todo tipo de teorias, tanto por grupos de
extrema-direita como de extrema-esquerda, que os usam segundo a própria
conveniência", explicou Walker em entrevista à BBC Mundo.
O
escritor disse ainda que, nos últimos anos, alguns artistas como o
rapper Jay-Z incluíram pequenas referências aos Illuminati em suas
aparições públicas para se divertir, alimentando ainda mais as teorias
de conspiração que vinculam a ordem também à industria do
entretenimento.
"Teorias de conspiração são uma parte intrínseca
da psique humana. Somos criaturas que buscam padrões para dar um sentido
ao mundo que nos cerca. Se há lacunas em uma história, temos que buscar
explicações."
Walker lembra que há "motivos reais para medo ou
ansiedade, já que, algumas vezes, algumas teorias conspiratórias se
mostram certas, como no caso do escândalo das escutas da Agência
Nacional de Segurança dos EUA (NSA), ou quando é revelado que algum
político está recebendo subornos".
"Mas quando se combina o medo com a busca de padrões, surgem teorias como a dos Illuminati".
Mas, para o escritor, o problema é que "muitos não têm conhecimento suficiente para diferenciar o que é real do que não é".
Área teria sido negociada para traficantes do Comando Vermelho. Polícia investiga
Rio - A guerra entre tráfico e milícia no Morro
do Jordão, no Tanque, em Jacarepaguá, ganhou perigosos contornos
imobiliários nas últimos dias. O conflagrado território teria sido
vendido pelos milicianos para os traficantes do Comando Vermelho (CV). O
valor da transação: R$ 3 milhões. A denúncia foi feita por moradores e
circula em redes sociais. “Isso está na internet e estamos investigando.
Temos vários procedimentos contra os criminosos do Jordão”, informou a
delegada titular da 41ª DP (Tanque), Márcia Julião, que não entrou em
detalhes para não prejudicar o trabalho policial.
“Quando soube da venda da favela
pelos milicianos, alertei minha família. Já houve relatos de negociações
entre traficantes e milicianos na Ilha do Governador. Mas, a negociação
do Jordão é um caso muito mais grave”, compara o sociólogo e ex-oficial
do Bope, Paulo Storani, morador de Jacarepaguá. “Esses paramilitares
são profissionais de segurança, em geral investigados e expulsos, e
podem, com isso, criar uma nova forma de negócio. Tomar comunidades e
vendê-las. Passar o ponto”, alertou Storoni.
A troca de poder no Jordão também
chegou ao conhecimento do 18º BPM (Jacarepaguá). O tenente-coronel
Rogério Figueiredo, comandante da unidade, não acredita que o morro
tenha sido negociado entre traficantes e milicianos, mas mandou
investigar. “Acionamos o setor de inteligência para apurar”, disse o
oficial.
DESESPERO
A disputa pelo controle da favela do Jordão se
arrasta há quase um ano, levando desespero aos moradores. Muitos foram
expulsos pelo tráfico, acusados de colaborar com milicianos. Os
paramilitares que controlavam o local teriam desistido da luta após
pedirem ajuda à Liga da Justiça, a maior milícia do Rio, com reforço de
homens e armas. A Liga, porém, também está dividida entre as ordens de
dois chefões presos Ricardo da Cruz, o Batman, e Tôni Ângelo Souza de
Aguiar, o Erótico.
A disputa entre eles é apontada pelas
investigações da Divisão de Homicídios (DH) como motivo por uma série de
assassinatos. O último deles, ocorrido na quinta-feira passada, foi o
do PM Carlos Eduardo Conceição Dias, o Eduardinho, de 32 anos. Ele seria
o elo entre os paramilitares do Jordão e a Liga da Justiça.
Eduardinho era ex-genro Batman e já respondera
inquérito junto com Tôni Ângelo. A DH investiga as ligações do cabo PM,
que levou três tiros na cabeça na Praia da Reserva, Recreio dos
Bandeirantes, com o grupo paramilitar e se ele negociava o reforço de
homens e armas para os milicianos do Jordão. Eduardinho ostentava luxo
em redes sociais e estava, no local do crime, com uma BMW avaliada em R$
75 mil.
Eduardinho — que estava na PM há sete anos e
teve o inquérito por envolvimento com a milícia arquivado por falta de
provas — aparece em foto postada em redes sociais com um anel de ouro
com o rosto do personagem Batman. Em 2014, joia semelhante foi
encontrada com o ex-PM Marcos José de Lima Gomes, o Gão, apontado então
como o chefe solto da Liga da Justiça. O delegado titular da DH, Rivaldo
Barbosa, comentou que o anel seria uma espécie de marca dos chefes da
milícia. “Ao que parece, só integrantes da alta cúpula da milícia usam
este anel.”
Bairros sufocados pela guerra entre criminosos
A disputa entre traficantes e
milicianos atormenta os moradores de Jacarepaguá desde que a milícia
conquistou áreas do Comando Vermelho na região há cerca de dez anos.
Desde então, os moradores vivem no meio do fogo cruzado. Em novembro
passado, na Vila Sapê, em Curicica, traficantes chegaram a tomar algumas
ruas, picharam muros com as iniciais da facção, ameaçaram moradores e
montaram barricadas. Os milicianos, comandados pelo ex-policial militar
Roberto Ramos dos Santos, o Betinho, expulsaram os invasores, oriundos
da Cidade de Deus. Na ocasião, pelo menos três pessoas foram
assassinadas a tiros. Com a prisão de Betinho, feita pela Delegacia de
Repressão às Ações do Crime Organizado (Draco) na quinta-feira passada,
os moradores temem que uma nova guerra comece.
Atualmente, a favela está sob as
ordens de Sergio Luiz da Silva Júnior, o Da Russa, que, com cinco
condenações por produção e tráfico de drogas, comanda ataques a outras
favelas dominadas por facções rivais ou controladas por milícias como
aconteceu recentemente no Morro do Jordão. Segundo as investigações, o
próximo alvo do CV seria a favela da Chacrinha, na Praça Seca.
Outro território histórico do Comando Vermelho
(CV) em Jacarepaguá é a Cidade de Deus. A estratégia dos traficantes
mudou com a implantação da Unidade de Polícia Pacificadora há seis anos.
Eles passaram a circular sem ostentar armas pesadas e transportando
pequenas quantidades de entorpecentes, segundo inquéritos instaurados na
32ª DP (Taquara).
Em nota, a Coordenadoria de Polícia
Pacificadora informou que o comando da UPP Cidade de Deus trabalha
diariamente na repressão às ações do tráfico na região, em conjunto com
as investigações da Polícia Civil.
Ivo Pitanguy deverá usar tornozeleira eletrônica e ficará proibido de frequentar lugares com venda de bebida alcóolica
Rio - A juíza Renata Gil de Alcântara Videira,
da 40ª Vara Criminal da Capital concedeu nesta terça-feira liberdade
provisória a Ivo Nascimento de Campos Pitanguy, que estava preso por
atropelar e matar o operário José Fernando Ferreira da Silva na
madrugada da última sexta-feira.
Como condição para ser solto, o filho
do cirurgião plástico Ivo Pitanguy terá de pagar fiança de R$ 100 mil,
ser monitorado por tornozeleira
eletrônica, comparecer mensalmente em juízo, ter a carteira suspensa,
não poderá frequentar estabelecimentos que vendam bebidas alcoólicas,
será proibido de ausentar-se da cidade enquanto o processo criminal
estiver em andamento e terá de cumprir recolhimento domiciliar no
período noturno e nos dias de folga.
A juíza aceitou denúncia oferecida
pelo Ministério Público contra ele por homicídio culposo (sem intenção),
que tem pena mais leve. A magistrada justificou a decisão argumentando
que não cabe prisão cautelar nos casos de delitos culposos. “A opção
legislativa adotada pelo Código de Processo Penal (CPP) em vigor foi de
impedimento de estabelecimento de prisão cautelar na hipótese de delitos
culposos, independentemente da gravidade e consequências do crime no
caso concreto. Desta forma, descabe prisão preventiva no caso em exame,
pela ausência do requisito objetivo insculpido no artigo 313, do CPP,
por tratar-se de delito culposo”, explicou.
Em outro trecho, a juíza Renata Gil
destacou o histórico de infrações cometidas por Ivo Nascimento de Campos
Pitanguy. “No caso em análise, conforme bem salientado pelo Ministério
Público, o comportamento prévio do denunciado e a mais grave
consequência do delito, a morte da vítima, não caracterizam aceitação
prévia por parte do acusado do nefasto resultado. Consta dos autos o
histórico do Detran referente ao réu, ostentando 13 (treze) infrações
por direção sob influência de álcool, o que poderia, caso houvesse a
adequada e tempestiva resposta administrativa, ter poupado a vítima, a
sociedade e o próprio réu de eventos com drásticos resultados”,
ressaltou a magistrada.
Agora, Detran cassa CNH
Apesar de já ter estourado os pontos
na carteira de motorista, pelo menos desde 2011, só nesta quarta-feira o
Diário Oficial publicará a proibição do direito de dirigir de Ivo
Nascimento de Campos Pitanguy. Segundo a delegada Monique Vidal, o filho
do cirurgião Pitanguy já teria acumulado 70 multas na habilitação nos
últimos cinco anos, somando 240 pontos perdidos. Pela legislação, ao
perder 20 pontos em um período de 12 meses, o motorista deve perder o
direito de dirigir.
Segundo a delegada, que inicialmente
afirmou que Ivo responderia por homicídio culposo, o depoimento de mais
testemunhas foi decisivo para o entendimento do dolo (a intenção de
matar). Segundo as testemunhas, o empresário conduziu o veículo
embriagado.
Após a divulgação das infrações, o Detran
anunciou a suspensão da carteira de habilitação de Ivo. Segundo o órgão,
ele atingiu o limite de 20 pontos no prontuário de infrações de
trânsito entre 2014 e 2015. Em um período de 12 meses, ele somou 27
pontos até o dia 21 de junho deste ano.
Além disso, o órgão afirmou que diante "da
gravidade do acidente, será aberto também um processo administrativo
para que o condutor seja submetido novamente a novo exame prático para
averiguar a sua capacidade de direção de automóveis".
A afirmação foi feita em jantar com deputados aliados na residência oficial da Câmara nesta segunda-feira
Denunciado ao STF (Supremo Tribunal Federal) por
corrupção e lavagem de dinheiro, o presidente da Câmara dos Deputados,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse em uma reunião fechada que novas delações
da Operação Lava Jato devem complicar a vida do presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL).
A afirmação foi feita em jantar com
deputados aliados na residência oficial da Câmara nesta segunda-feira
(24). Segundo relatos, o presidente da Câmara não deu detalhes nem disse
de onde recebeu essa informação.
O encontro, que oficialmente
serviu para discutir a agenda de votações da semana, teve longas
explanações de Cunha, que mais uma vez negou as acusações feitas pelo
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de envolvimento no esquema
de propina investigado na Operação Lava Jato.
Como tem
reiterado, o presidente da Câmara disse a aliados que a denúncia é
inconsistente e que sua defesa será facilmente acatada pelo STF.
Nos bastidores, Cunha tem direcionado a artilharia contra Renan, apesar
de os dois serem do mesmo partido. Renan também é investigado na Lava
Jato, mas não houve até agora denúncia contra ele. Há algumas semanas, o
senador se aproximou do governo Dilma, o que foi criticado por Cunha e
aliados.
O presidente da Câmara diz que o Palácio do Planalto está por trás das acusações contra ele na Lava Jato.