sexta-feira, 11 de abril de 2014

PMs dizem "enxugar gelo" ao apreender menores que roubam no centro do Rio

 

Policiais militares empregados no patrulhamento de ruas e avenidas do centro do Rio de Janeiro afirmaram ao UOL, nesta quinta-feira (10), que a apreensão de menores suspeitos de roubos e assaltos na região é como "enxugar gelo", já que a maioria é liberada e volta a cometer os mesmos delitos.
 
Os menores costumam circular em grupo, quase sempre desarmados, e são protagonistas uma onda de assaltos na área e no entorno da Central do Brasil, em especial na avenida Presidente Vargas, uma das principais vias no coração da cidade.
 
No local, uma mulher sofreu uma tentativa de assalta no momento em que era entrevistada pela "TV Globo" sobre o clima de insegurança na região, na quarta-feira (9). As imagens provocaram uma reação por parte da Polícia Militar, que reforçou o patrulhamento no centro com mais 50 PMs.

"Quem rouba aqui é menor de idade. Eles sabem que a lei favorece eles, e por isso continuam a cometer esses delitos. Quando a gente leva para a delegacia, eles até riem, debocham, porque sabem que depois de um ou dois dias vão estar de volta às ruas", disse um PM, que pediu para não ter a identidade revelada.

"Até tem policiamento nas ruas, mas a ousadia e a falta de respeito deles é que faz com que a situação fique do jeito que está", disse outro policial militar, que também pediu anonimato.

Um policial civil da DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), que recebe os menores apreendidos pela prática de delitos na região, disse que muitos dos infratores conduzidos a unidade são reincidentes. "Alguns já passaram umas cinco, seis, até oito vezes por aqui", afirmou o agente. "Tem até alguns que chegam aqui chorando, mas a maioria é dissimulada", completou.

Violência no Rio de Janeiro em 2014                  


 Mulher é assaltada na avenida Presidente Vargas, no centro do Rio, no momento em que dava uma entrevista para a "TV Globo"
 
"Quem rouba aqui é menor de idade. Eles sabem que a lei favorece eles, e por isso continuam a cometer esses delitos. Quando a gente leva para a delegacia, eles até riem, debocham, porque sabem que depois de um ou dois dias vão estar de volta às ruas", disse um PM, que pediu para não ter a identidade revelada.
 
"Até tem policiamento nas ruas, mas a ousadia e a falta de respeito deles é que faz com que a situação fique do jeito que está", disse outro policial militar, que também pediu anonimato.
 
Um policial civil da DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), que recebe os menores apreendidos pela prática de delitos na região, disse que muitos dos infratores conduzidos a unidade são reincidentes. "Alguns já passaram umas cinco, seis, até oito vezes por aqui", afirmou o agente. "Tem até alguns que chegam aqui chorando, mas a maioria é dissimulada", completou.
 


Violência em bairros turísticos do Rio                   

A fim de entender a dinâmica do crescimento da criminalidade em bairros turísticos do Rio, a reportagem do UOL visitou as praias de Copacabana e Ipanema, além dos bairros de Santa Teresa e da Lapa, para conversar com moradores, trabalhadores e turistas.
 
De acordo com o policial, os menores que são levados à delegacia "nunca saem pela porta da frente". "Sempre encaminhamos estes jovens ou para a Justiça, ou para os responsáveis. Infelizmente, eles acabam voltando", declarou. "Eles não querem ficar nos abrigos. A maioria quer ficar na rua mesmo. (...) Acho que isso ajuda a explicar por que a situação está como está", finalizou.

Relatos de vítimas

Segundo dados do ISP (Instituto de Segurança Pública), são registrados aproximadamente cem roubos a transeunte por mês na região central do Rio. A reportagem do UOL ouviu relatos de pessoas que trabalham ou estudam nos arredores da Central do Brasil --onde estão situadas a sede da 4ª DP, a Secretaria de Estado de Segurança Pública e o CML (Comando Militar do Leste)--, e que já foram vítimas de roubos e assaltos.
 
A maioria afirma que o policiamento na área é insuficiente, e diz esperar que o reforço seja ainda maior e permanente. Nenhuma das pessoas ouvidas pela reportagem registrou o roubo na Polícia Civil. Por conta das frequentes ações de ladrões, colares, celulares e outros acessórios se tornaram itens a serem evitados na região                                                                              
 
A estudante de direito da FND (Faculdade Nacional de Direito) Mariana Landi, 18 anos, contou ter sido assaltada no fim do ano passado quando estava caminhando em direção ao metrô: "Puxaram o meu cordão e eu também já vi várias pessoas sendo assaltadas dessa forma aqui. Hoje em dia eu evito usar [acessórios], coloco o celular, dinheiro dentro da roupa porque, se eles puxarem minha bolsa, pelo menos não levam nada de muito valor".
 
O policiamento, segundo Mariana, é pontual. "Quando tem algum assalto, às vezes alguém pede e vem uma viatura de Polícia aqui, mas logo depois já vai embora. E os assaltos acontecem até mesmo na frente dos policiais e ninguém faz nada", afirmou.
 
Para um comerciante que trabalha no terminal rodoviário da Central do Brasil e pediu anonimato, não adianta prender os autores dos roubos porque eles sempre voltam no dia seguinte. "Tem que dar uma atividade pra ocupar eles", opinou.
 
"Esse policiamento é só porque vocês da imprensa estão aqui", disse uma cobradora de ônibus que também pediu para não se identificar, em referência à presença de equipes de reportagem no local. "Geralmente é muito menor", completou. "[A ocorrência de assaltos] é a coisa mais comum que tem por aqui. Por incrível que pareça, virou um fato normal", declarou ela.



O taxista Sebastião de Paula, 39, contou ter testemunhado dois assaltos praticados, nos últimos meses, na avenida Presidente Vargas, por "meninos que não aparentavam ter nem 15 anos".  "Eram uns moleques franzinos, magros, de baixa estatura", descreveu o motorista.
 
Acostumado a levar e pegar passageiros nas imediações da Central do Brasil, o taxista recomenda atenção máxima para quem passar pela área. "Pra passar por ali, tem que ficar com um olho no padre e outro na missa. Eles [os ladrões] dão preferência a quem está distraído", afirmou Sebastião. "Tem muita gente circulando e quase não se vê polícia. Pra mim é o lugar no Rio com a maior concentração de furtos", opinou.
 
Em nota, a PM ressaltou que o "problema de menores e dependentes químicos que realizam furtos na região não é só uma questão de Segurança Pública". "Envolvem também aspectos sociais, como a questão dos menores abandonados e aspectos de saúde, como a dependência química além da grande reincidência de menores infratores, que após serem detidos pelos policiais, aproximadamente 40% deles volta a cometer crimes, segundo dados do ISP", diz a nota.



A Polícia Militar informou ainda que, no primeiro trimestre deste ano, policiais 5º BPM (Centro), responsável pelo policiamento na área, conduziram, por crimes diversos, 342 pessoas a delegacias, sendo 241 maiores e 101 menores. Segundo relatos dos PMs ouvidos pela reportagem, os menores são responsáveis por quase todos os roubos registrados na região.
 
Nos últimos levantamentos mensais divulgados pelo ISP, de novembro do ano passado a janeiro deste ano, a quantidade de roubos a transeuntes registrados na área onde fica a Central do Brasil variou de 98 a 100, média de aproximadamente 3,3 assaltos por dia.

http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2014/04/11/pms-dizem-enxugar-gelo-ao-apreender-menores-que-roubam-no-centro-do-rio.htm

 

Carcaça de aves e água de batata cozida fornecem nutrientes; aprenda a usar

 

Veja como aproveitar partes de alimentos que costumamos descartar 

 
FRANGO: carcaças de frango dão um caldo rico em proteína, que pode ser usado para fazer risoto, polenta, capelletti in brodo, cozinhar legumes ou servir de base para sopas, segundo Gustavo Toledo, coordenador da Escola de Gastronomia da Universidade Estácio de Sá .
 
É possível aproveitar mais nutrientes na cozinha do que se imagina. Partes de alimentos que se costuma jogar no lixo podem ser usadas para tornar outros pratos mais saudáveis, de acordo com a nutricionista Bruna Murta, da rede Mundo Verde.

Ao cozinhar batatas com casca, por exemplo, não descarte a água. "O mesmo líquido pode ser usado para cozinhar arroz ou massas, preparar caldos e sopas ou o próprio purê de batatas, misturado com leite em pó, pois ele retém carboidratos, vitaminas B6 e C, potássio, cobre, magnésio e ácido fólico", ensina a nutricionista. O ideal é usar esta água no mesmo dia, para aproveitar melhor os nutrientes.

Sementes de tomate também costumam ir diretamente para o lixo na hora de preparar o molho. "Isso porque as sementes dão um amargor ao molho quando batidas no liquidificador ou no processador", afirma Gustavo Toledo, coordenador da Escola de Gastronomia da Universidade Estácio de Sá.

Entretanto, vale a pena aproveitar as sementes, pois contêm vitamina C. Toledo ensina uma receita de molho que usa integralmente os tomates. "O segredo é não batê-los", reforça.

Outra dica saudável do coordenador da universidade é usar a carcaça de frango para fazer caldos. Quem gosta de praticar a habilidade de desossar a ave pode aproveitar a proteína da carcaça para um preparar um caldo nutritivo. "Esse caldo pode ser usado para fazer risoto, polenta, capelletti in brodo, cozinhar legumes ou servir de base para sopas", relata Toledo. "Lembre-se apenas que ele agrega sabor de frango ao novo prato", alerta.
 

Aprenda receitas de pratos deliciosos e que ainda evitam o desperdício de alimentos                  

MOLHO DE TOMATE - Ingredientes: 2 kg de tomate, 2 cebolas, 1 cabeça de alho, 2 folhas de louro, 1 ramo de tomilho, azeite, sal e açúcar. Modo de fazer: pique a cebola e refogue com o azeite numa panela de fundo grosso. Adicione os tomates, o alho, os aromáticos e um pouco de sal e de açúcar a gosto, para soltar a água dos tomates. Tampe a panela e deixe cozinhar até os tomates se desfazerem
 
Alface murcha

Até alfaces murchas têm salvação saudável na cozinha. Se não estiverem frescas e bonitas para uma salada, as folhas podem virar um pesto, ao serem batidas com azeite, alho, castanha, queijo ralado e sal. O aproveitamento compensa. A alface é rica em vitaminas A e K, ferro, fósforo, potássio, manganês, carotenoides e fibras.

Para manter a cor viva da alface no pesto, o chef executivo David Mansaud, também da Universidade Estácio de Sá, ensina um truque: mergulhe as folhas da alface na água bem quente e, imediatamente, na água gelada.

Impensável para a maioria das pessoas, a barriga de peixes como salmão, pescada, linguado e robalo também tem o seu valor nutritivo: ômega 3, que contribui para a produção do chamado colesterol bom (HDL). Geralmente destinada à lata do lixo, a barriga destes pescados rende um patê saboroso e de nome francês – rillette --, que pode ser usado em torradas e brusquetas. "É um patê fácil de fazer, com creme de leite e as especiarias que você tiver em casa", afirma Mansaud.

Essa sustentabilidade saborosa e nutritiva também abrange o mundo das sobremesas. A aparentemente sem graça entrecasca da melancia, aquela parte branca da fruta, é rica em fibras, portanto, não merece ser desperdiçada, segundo Bruna Murta. A nutricionista recomenda usá-la ralada para misturar na cocada ou prepará-la da mesma forma que o doce de mamão verde.

Ainda, a entrecasca pode ser batida com o suco da própria melancia ou de outras frutas, segundo a especialista. "Fibras fazem muito bem ao funcionamento do intestino", diz.
 

Veja como aproveitar melhor os alimentos utilizando cascas, sementes e talos                  

Folha de beterraba: "A beterraba é um alimento rico em vitaminas e minerais, e seu talo possui flavonoides, antioxidantes que auxiliam na prevenção do envelhecimento das células", explica Júlio Sérgio Marchini, professor de Nutrologia da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto (FMRP/ USP). Além disso, a beterraba pode ter todas as suas partes aproveitadas. Suas folhas podem ser utilizadas para fazer charutos recheados, seu talo pode ser usado em risotos e saladas, e até a água de seu cozimento pode ser aproveitada no preparo de gelatinas vermelhas.
 

Mulher joga sapato em Hillary Clinton durante discurso em Las Vegas

 

Mulher que atirou calçado não tinha convite para conferência.
Hillary desviou e brincou: 'Isso faz parte do Cirque du Soleil?'

                    
Hillary Clinton escapa de sapato atirado da plateia de hotel em Las Vegas (Foto: Isaac Brekken/Getty Images/AFP)Hillary Clinton escapa de sapato atirado da plateia de hotel em Las Vegas (Foto: Isaac Brekken/Getty Images/AFP)
 
Uma mulher jogou um sapato contra a ex-secretária de Estado dos Estados Unidos Hillary Clinton nesta quinta-feira (10), enquanto ela fazia um discurso em um hotel em Las Vegas. Hillary desviou e continuou com seus comentários, segundo George Ogilvie, porta-voz do serviço secreto dos Estados Unidos.
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Ogilvie disse que a mulher que jogou o sapato não tinha convite para participar da conferência no Hotel Mandalay Bay e estava sendo observada por agentes do serviço secreto e seguranças do hotel antes do incidente.

“Quando os agentes e seguranças do hotel a abordaram, ela jogou o sapato e foi imediatamente levada pelo Serviço Secreto e a segurança do hotel”, disse Ogilvie. As imagens do incidente mostram Hillary, de 66 anos, se esquivando de um objeto em cima do palco.

Segundo o jornal "Las Vegas Review-Journal", a ex-secretária brincou sobre o incidente ao continuar seu discurso para a plateia de mil pessoas, participantes de uma conferência sobre reciclagem de metal.

“Isso é alguém jogando alguma coisa em mim?”, perguntou, de acordo com o jornal. “Isso faz parte do Cirque du Soleil?”

O jornal afirma que Hillary disse “Meu Deus, não sabia que a gestão de resíduos sólidos fosse tão controversa”.

Hillary Clinton olha para a plateia de hotel em Las Vegas depois que mulher atira sapato em direção a ela (Foto: Isaac Brekken/Getty Images/AFP)Hillary Clinton olha para a plateia de hotel em Las Vegas depois que mulher atira sapato em direção a ela (Foto: Isaac Brekken/Getty Images/AFP)
 
Do G1, em São Paulo

Após promessa, torcedor usa só cores do Brasil e coleciona 300 looks

 

Advogado pediu vitória na Copa de 94 e há 20 anos veste verde e amarelo.
Fanático pela Seleção compôs música com homenagem a Neymar e Fred.

                      
Advogado de Campina, Nelson Paviotti, é torcedor fanático da seleção brasileira. (Foto: Reuters/Nacho Doce)Advogado de Campinas, Nelson Paviotti é torcedor fanático da seleção brasileira. (Foto: Reuters/Nacho Doce)
 
Há 20 anos, o advogado Nelson Paviotti, de Campinas (SP), jurou que pintaria a própria vida de verde e amarelo caso a seleção brasileira vencesse a Copa do Mundo de 1994. O caneco veio e, com ele, um guarda-roupas que, após ser reformulado por conta do juramento, reúne 300 peças entre cuecas, gravatas, meias e paletós, tudo nas cores do Brasil.
 
Esta Copa já é nossa! Quem vem na minha casa, vê as bandeiras, os móveis, tudo, tem a certeza: já ganhamos o Mundial"
 
Nelson Paviotti, torcedor fanático no Brasil
 
Nos preparativos para o esperado Mundial em casa, o fanático torcedor já desembolsou mais de R$ 5 mil para decorar a casa. Na fachada e no interior da residência, há, segundo ele, aproximadamente 500 bandeiras. O torcedor até criou uma música em homenagem aos craques Neymar, Fred e Júlio César. A ideia, diz, é circular pelas ruas da cidade com autofalantes no carro para ajudar a população a entrar no clima do campeonato que começa em junho.
 
“Esta Copa já é nossa! Quem vem na minha casa, vê as bandeiras, os móveis, tudo, tem a certeza: já ganhamos a Copa.”, repete o bem-humorado advogado, que conta que há 20 anos não houve um dia sequer em que usasse roupas de outras cores. Ele gaba-se que nem mesmo nas audiências com os clientes no Fórum ele aceita vestir outra cor. “O pessoal já até acostumou. E essa promessa é igual casamento, para o resto da vida”, diverte-se.
 
Torcedor de Campinas se alimenta de cardápio verde e amarelo após promessa na Copa de 1994 (Foto: Arquivo / EPTV)Figura conhecida em Campinas, Paviotti mostrou a
TV em 2012 cardápio 'brasuca' 

 Aos 63 anos de idade, Paviotti vive no Jardim Bandeirante com a esposa e os dois filhos na casa, onde imperam o verde e o amarelo. Cadeiras, quadros, toalhas de banho, de mesa e até as refeições, tudo leva as cores na nação. Quando fez a promessa, em 1994, ele jurou também que só comeria alimentos verdes, amarelos e brancos. “É que azul é difícil de achar”, justifica aos risos a falta de um dos tons no cardápio.
 
O juramento passional fez com que ele emagrecesse 13 quilos e, atualmente, diz que mantém “só” 90% da dieta com as cores da bandeira. “Arroz, pimentão, ovo... Mas o que eu gosto mais mesmo é o bolo de fubá, que a minha mãe já fazia desde a época do sítio”, lembra. Ele garante que é possível levar uma vida saudável com o menu brasuca. "É que as pessoas não reparam muito na cor do que comem, mas tem muitos alimentos nesses tons", diz.
 
Música-tema
Entre os preparativos do campineiro para a Copa deste ano, está a composição de uma música que ele quer que se torne o hit do Mundial na cidade. A letra é do próprio advogado com o amigo Guinho, que também deu melodia e voz à canção.
 
 
 
 
Na letra (ouça ao lado), o torcedor cita os craques da Seleção e, sem falsa modéstia, diz que do lado de fora dos gramados o destaque será ele mesmo. “Júlio César no gol segura qualquer parada. Com Neymar no ataque, a goleada é dobrada. Quem tem Fred no time, vitória vem de pacote. Mas quem brilha com a torcida é Nelson Paviotti. É gol, torcida brasileira! Ninguém segura esse time, balança nossa bandeira”, narra a canção.
 
O advogado Nelson Paviotti, de Campinas, fez uma promessa de que só vestiria roupas com as cores do Brasil se a seleção ganhasse a Copa do Mundo de1994. Seu escritório, sua casa e seus veículos também são verde-amarelos (Foto: Nacho Doce/Reuters)O advogado Nelson Paviotti, no escritório, todo decorado em verde e amarelo
 
Carros e trabalho
Em 20 anos, a mania pelos símbolos do Brasil já estrapolou os limites da casa do advogado, que levou para o trabalho a paixão pela seleção brasileira. No escritório onde trabalha com o filho, a sala dele é inteira nos tons da bandeira. Do telefone às paredes, tudo remete ao patriotismo. "Como eu sou muito conhecido, as pessoas já se acostumaram e isso não atrapalha o meu trabalho. Não importa o que eu vá fazer, eu não troco a roupa por nada", revela.
Os carros de Nelson foram todos pintados nas cores do Brasil (Foto: Nacho Doce/Reuters)
Os carros de Nelson foram todos pintados nas cores do Brasil
 
Figura conhecida na cidade, ele atende os clientes em uma das ruas mais tradicionais do Centro de Campinas, a Treze de Maio. Para se locomover, ele usa dois Fuscas pintados com as cores preferidas. Um dos veículos, que em 1994 ganhou adesivos com os nome dos destaques da seleção, deve ser repaginado para a Copa deste ano.
"Só estou esperando sair a convocação para eu colocar os jogadores principais no meu carro.
 
desta vez não vai ser nome, vou estampar o Fusca com caricaturas para dar sorte", avisa. O torcedor diz que não faz ideia de quanto já gastou para levar adiante esta promessa.
 
Nova promessa
Apesar da confiança de que o Brasil vai sair campeão do Mundial deste ano, Paviotti adianta que em breve fará uma nova promessa nos moldes da de 1994. O advogado ainda faz mistério e diz que vai esperar o técnico Felipão convocar os jogadores para revelar o novo juramento.
 
"Eu ainda estou pensando em como vai ser. Mas gosto de explicar que minhas promessas não tem a ver com igreja ou religião. Este ano logo vou definir a novidade e tenho certeza que vai funcionar de novo", afirma.
 
Paviotti não conseguiu comprar ingressos para os jogos, e disse que pretende assistir às partidas em espaços públicos de Campinas para contagiar os torcedores. "É uma vida inteira esperando para ter uma Copa no meu país. Então, eu tenho que mostrar alegria e muito amor".
 
Nelson Pavotti, torcedor fanático de Campinas em 2002 e em 2014 (Foto: Arte / G1)Nelson Pavotti, em 2014 e em 2002, quando já usava cores do Brasil  (Foto: Arte / G1)
 

Pacientes que nasceram sem vagina ganham órgão feito com suas células

 

Vaginas artificiais foram implantadas em garotas nos EUA.
Tratamento convencional envolve enxertos de tecido intestinal ou da pele.

           
 Yuanyuan Zhang, professor do Instituto de Medicina Regenerativa Wake Forest, demonstra o processo de criação em laboratório de um órgão vagina com células das próprias pacientes  (Foto: Reuters/Wake Forest Institute for Regenerative Medicine)Pesquisador demonstra o processo de criação em laboratório de um órgão vagina com células das próprias pacientes (Foto: Reuters/Wake Forest Institute for Regenerative Medicine)
 
Quatro jovens que nasceram sem vaginas ou com vaginas anormais receberam implantes de material cultivado em laboratório feito a partir de suas próprias células, no mais recente caso de sucesso na criação de órgãos de substituição que até agora incluem também traqueias, bexigas e uretras.
 
Testes de acompanhamento mostraram que as novas vaginas não se diferenciam do tecido próprio das mulheres e seu tamanho cresceu à medida que as mulheres, que receberam os implantes quando adolescentes, amadureciam.

Todas as quatro mulheres já são sexualmente ativas e relatam função vaginal normal. Duas das quatro, que nasceram com um útero funcional, mas sem vagina, agora menstruam normalmente.

Ainda não está claro se essas mulheres poderão ter filhos, mas o fato de estarem menstruando sugere que seus ovários estão funcionando normalmente, por isso a gravidez pode ser possível, disse o Dr. Anthony Atala, diretor do Centro Médico Batista Wake Forest, do Instituto de Medicina Regenerativa do Estado da Carolina do Norte.

A façanha, que Atala e seus colegas no México descrevem na revista "The Lancet", é a mais recente demonstração do crescente campo da medicina regenerativa, uma disciplina em que os médicos tiram proveito do poder do corpo para regenerar e substituir as células.

Yuanyuan Zhang, professor do Instituto de Medicina Regenerativa Wake Forest, trabalha na produção da vagina artificial (Foto: Reuters/Wake Forest Institute for Regenerative Medicine)Yuanyuan Zhang, professor do Instituto de Medicina

 Regenerativa Wake Forest, trabalha na produção da
vagina artificial
 
Em estudos anteriores, a equipe de Atala usou a abordagem para fazer bexigas sobressalentes e tubos de urina ou uretra em meninos.

Atala disse que o estudo-piloto é o primeiro a mostrar que os órgãos vaginais cultivados em laboratório utilizando as próprias células das pacientes podem ser usados com sucesso em humanos, oferecendo uma nova opção para mulheres que precisam de cirurgias reconstrutivas.

Todas as quatro mulheres no estudo nasceram com a síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser (MRKH), uma condição genética rara em que a vagina e útero são subdesenvolvidos ou ausentes. O tratamento convencional envolve geralmente o uso de enxertos feitos de tecido intestinal ou da pele, mas ambos os tecidos têm inconvenientes, diz Atala, um cirurgião urologista pediátrico em Wake Forest.

O tecido intestinal produz excesso de muco, o que pode causar problemas de odores. A pele convencional, entretanto, pode arrebentar.

Atala disse que as mulheres com essa condição geralmente procuram tratamento quando adolescentes. "Elas não podem menstruar, especialmente quando têm um defeito grave, quando não têm uma abertura", disse ele. Isso pode causar dor abdominal, com o recolhimento de sangue menstrual no abdômen.

As meninas no estudo tinham entre 13 e 18 anos no momento das cirurgias, realizadas entre junho de 2005 e outubro de 2008.

http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2014/04/pacientes-que-nasceram-sem-vagina-ganham-orgao-feito-com-suas-celulas.html

Banco é multado por perseguir funcionária, cobrar metas abusivas e não dar “bom dia”

 

Bancária, que mudou de posto 10 vezes em 2 anos,  irá receber indenização de R$ 10 mil

 
Tribunal constatou que o banco passou dos limites
 
Uma ex-funcionária vai receber indenização de R$ 10 mil do banco HSBC após processar a instituição por assédio moral. A mulher venceu o julgamento depois de alegar que era constantemente submetida a metas abusivas, cobranças exageradas, perseguição do superior e isolamento.
 
Segundo informações do TST (Tribunal Superior do Trabalho), a bancária relatou que sofria tratamento diferenciado por parte do chefe, que não lhe dirigia a palavra "nem com um ‘bom-dia'", isolando-a nas reuniões, escondendo informações necessárias para o bom desempenho das funções e a expondo publicamente com ameaças de demissão.
 
A ex-funcionária relatou ainda que chegou a ser demitida após um afastamento por motivo de doença, mas foi reintegrada ao emprego por ordem judicial. O retorno ao trabalho, segundo ela, foi "ainda mais penoso", porque além de ser submetida a metas e cobranças exageradas, passou a ser constantemente transferida — em dois anos, passou por oito agências.
 
O banco negou as acusações e afirmou que elas não refletem as relações de trabalho existentes nas dependências da instituição, que zela pelo bem-estar físico, moral e social de seus colaboradores.
 
A sentença, no entanto, foi favorável à trabalhadora. Após ouvir testemunhas, o tribunal constatou que o banco passou dos limites de seu poder disciplinar e ofendeu a dignidade da funcionária.
 
No julgamento mais recente, o TST negou o recurso do banco contra decisão, com o qual a instituição buscava reduzir o valor da indenização.
 
Ao recorrer ao Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR), o banco conseguiu reduzir o valor da condenação para R$ 10 mil. Não satisfeito, pediu nova reforma da decisão no Tribunal Superior do Trabalho com o objetivo de reduzir ainda mais o valor. No entanto, o relator do processo negou o recurso.
 
Até o fechamento desta reportagem, o HSBC não apresentou nenhum posicionamento sobre o caso.
 

Soldados do Exército denunciam más condições de trabalho no Complexo da Maré


As tropas das Forças Armadas vão patrulhar a região, pelo menos, até 31 de julho
Militares reclamam das péssimas condições de habitação
 
Militares que ocupam o Complexo da Maré, na zona norte do Rio, denunciam a situação precária do local onde estão vivendo. Um video gravado por um morador mostra os agentes deitados no chão de um campo de futebol da região, por falta de alojamento.
 
Segundo os militares, não há descanso durante o horário de trabalho e os banheiros químicos não têm condições de higiene. Desde 5 de abril, 2700 homens participam da força de pacificação da área. As tropas vão permanecer ali, pelo menos, até 31 de julho.
 
O Exército informou que vai montar barracas com colchões. Já os banheiros químicos serão limpos duas vezes por dia.
 
As Forças Armadas apoiam a polícia na ocupação da Maré. Na operação foram utilizados blindados como os usados na ocupação do Complexo do Alemão, em novembro de 2010, e o vant (veículo aéreo não-tripulado), também conhecido como drone.
 
Prisão de Menor P
Antes da ocupação, foi capturado o traficante Marcelo Santos das Dores, de 32 anos, conhecido como Menor P, preso no dia 26.
 
Chefe do tráfico da facção TCP, ele afirmou à polícia ser "o dono" de 11 das 16 favelas do Complexo da Maré, zona norte do Rio. 
 
Copa do Mundo
Às vésperas da Copa do Mundo, o conjunto de 16 favelas é considerado estratégico por se localizar próximo às linhas Vermelha e Amarela, à avenida Brasil e ao Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, o Galeão.
 
O governo do Rio de Janeiro pediu apoio das forças federais para a ocupação após série de ataques a UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora).  
 
Encomenda de armas
Apesar da forte ação do Exército na região, reportagem do Domingo Espetaluar mostrou que traficantes seguem atuando. Mesmo com a presença do Exército, os criminosos chegaram a encomendar armas