segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Rita Lee paga indenização a três policiais militares de Sergipe

Ela depositou quase R$ 20 mil na conta deles, diz Amese.
Cantora foi processada por danos morais.

Rita Lee tenta fazer acordo com os policiais de Sergipe, mas eles recusam receber R$ 40 mil, cada um (Foto: Marina Fontenele/G1 SE)Rita Lee diz que ama os sergipanos e pretende voltar ao estado (Foto: Marina Fontenele/G1 SE)
A cantora Rita Lee efetuou o depósito correspondente ao valor das indenizações de três processos que militares sergipanos ajuizaram contra ela por danos morais causados pela artista durante um show ocorrido no Verão Sergipe, em janeiro de 2012, na Barra dos Coqueiros. Na ocasião, a roqueira interrompeu o show para reclamar da ação dos policiais que revistavam o público em busca de drogas. A cantora utilizou palavras de baixo calão para ofender os militares por entender eles estavam sendo agressivos.
De acordo com a Associação dos Militares de Sergipe (Amese), o pagamento foi feito de forma espontânea e cada um dos três policiais recebeu R$ 6.519. “Estamos comemorando os depósitos realizados. É um alerta para os militares continuarem lutando pelos seus direitos principalmente quando tem sua moral e honra atingidos”, diz o presidente da Amese, Sargento Vieira.

O G1 tentou ouvir a versão da cantora, mas a assessoria de imprensa dela não foi encontrada.
O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou no último dia 30 de julho recursos apresentados pela cantora Rita Lee contra decisões que a condenaram a pagar indenizações aos policiais de Sergipe por danos morais. Em abril, ela foi condenada pela Turma Recursal do TJ-SE a pagar R$ 5 mil para cada um dos sete policiais militares que trabalhavam durante o show.

A defesa de Rita Lee apresentou recursos ao TJ contra a condenação, que foram negados. Ela, então, recorreu ao Supremo. Os pedidos da cantora não chegaram a ser analisados por nenhum ministro, mas foram recusados administrativamente pela Secretaria Judiciária do tribunal por ausência de "repercussão geral", quando o caso se repete e decisão do STF deve ser seguida pelas demais instâncias.

Além dos sete processos nos quais a cantora já foi condenada, há ainda mais 25 ações contra Rita Lee e que ainda não foram julgadas no TJ de Sergipe. A análise das ações estava parada à espera de uma decisão do STF. Como os recursos não foram analisados, os processos serão retomados, segundo o advogado Plínio Karlo, que defende os policiais.

 http://g1.globo.com/se/sergipe/noticia/2013/08/rita-lee-paga-indenizacao-tres-policiais-militares-de-sergipe.html

Padilha enfrentará resistência de contrários ao Mais Médicos

A decisão de contratar 4.000 cubanos para atuar no país pelo programa Mais Médicos deve aumentar a corrida de obstáculos que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, terá que vencer na pasta até ser oficialmente confirmado como o candidato do PT ao governo de São Paulo. Padilha é aposta do ex-presidente Lula e foi lançado pelo partido em um evento há duas semanas, embora não assuma a candidatura. 

Petistas dizem que ele combinou com a presidente Dilma Rousseff que ficará no ministério até o fim do ano, a tempo de aprovar no Congresso a medida provisória que cria o Mais Médicos, cujo prazo final para votação é 7 de novembro. O programa, que permite a importação de profissionais para atuar em áreas carentes sem passar pelo exame de revalidação dos diplomas, vem sendo bombardeado por entidades médicas brasileiras.
Quatro delas, incluindo a Associação Médica Brasileira e o Conselho Federal de Medicina, o declararam “persona non grata” e o acusam de “adotar medidas eleitoreiras que colocam em risco a vida e a saúde dos brasileiros”. A AMB ingressou com ação de inconstitucionalidade contra o Mais Médicos no STF. 

A contratação dos cubanos ainda é alvo de questionamento sobre o regime de pagamento dos profissionais -o Ministério Público do Trabalho diz que pode ferir a legislação. O governo vai repassar o valor das bolsas, de R$ 10 mil mensais, ao governo de Cuba, e não se sabe quanto será enviado aos médicos. 

Representantes das entidades dizem que o chamado aos cubanos, após o ministro ter dito em julho que o foco era buscar médicos espanhóis e portugueses, afetam a credibilidade dele e do programa.
O PT já se mobiliza para apoiar o projeto. Na última sexta, representantes dos movimentos de mulheres e de juventude da sigla em São Paulo organizaram com movimentos sociais um “ato em defesa do Mais Médicos”. No Twitter, o ministro divulgou mensagem de um militante sobre o evento, transmitido ao vivo pelo site do PT-SP. 

Na plenária, funcionários do ministério pediram que seja feita pressão sobre os parlamentares pela aprovação e atos regionais em todo o país. Líderes do partido minimizam a oposição da classe médica e apostam no discurso de que as entidades estão na contramão dos anseios da população por mais médicos. 

Pesquisa Datafolha feita entre 7 e 9 de agosto mostrou que 54% da população aprovava a vinda dos estrangeiros, contra 47% no fim de junho. O percentual sobe para 62% entre quem indicou o PT como o partido de sua preferência. Entre os que preferem o PSDB, a maioria (49%) disse ser contra a importação. 

 http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/padilha-enfrentara-resistencia-de-contrarios-ao-mais-medicos/

Diplomata brasileiro diz ter tomado decisão de trazer senador boliviano ao Brasil


RIO - O senador boliviano Roger Pinto Molina, que estava asilado há mais de um ano na representação brasileira em La Paz, foi levado num carro da embaixada até Mato Grosso do Sul. Isso foi feito sem autorização do governo da Bolívia, que já pediu explicações ao Brasil. Em nota divulgada mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que só soube no sábado da chegada do senador boliviano e que vai abrir um inquérito para investigar o caso. O diplomata brasileiro Eduardo Sabóia disse em entrevista ao "Fantástico', que foi dele a decisão de trazer o senador boliviano ao Brasil.

- Tomei a decisão de conduzir essa operação pois havia o risco iminente à vida e à dignidade do senador - afirmou.

Pinto desembarcou na madrugada de em Brasília após deixar La Paz com um carro da embaixada brasileira até Corumbá, em Mato Grosso do Sul. O senador estava asilado na embaixada brasileira na Bolívia havia mais de um ano, alegando perseguição política do governo Evo Morales.

- Havia uma violação constante, crônica de direitos humanos, porque não havia perspectiva de saída, não havia uma verdadeira negociação em curso e tinha um problema de depressão que estava se agravando. Tivemos que chamar um médico e ele começou a falar de suicídio, dizia constantemente que queria que nos o tirássemos de lá e advogados dele também dizendo isso. E um quadro que podia degenerar ou num suicídio ou num risco também para as pessoas que trabalham na embaixada - afirmou o diplomata brasileiro.

Saboia disse que percebeu que o quadro do político podia degenerar porque Pinto passou 452 dias em um cubículo ao lado de sua sala.
- Eu me sentia como se tivesse o DOI-Codi ao lado da minha sala de trabalho. Um confinamento prolongado e sem perspectivas - disse Saboia.
O diplomata disse que tentou negociar a vinda do senador ao Brasil sem sucesso e falou que faltou empenho para solucionar o caso.

- Estive em Brasília duas vezes, dizendo que a situação estava ruim. Pedi para sair de La Paz, porque disse que não ia compactuar com uma situação que atenta à dignidade humana e à honra do meu país. Não preciso de instruções específicas para situações de urgência - afirmou.

Saboia disse que foi instruído pelo Itamaraty a não dar declarações logo que chegou ao Brasil com o político boliviano, mas que mudou de ideia após o órgão soltar uma nota mencionando o seu nome. O Itamaraty não quis comentar as declarações do diplomata.

Em uma entrevista exclusiva, o repórter João Borges conversou com o senador boliviano, Roger Pinto Molina.

Em uma entrevista exclusiva, o repórter João Borges conversou com o senador boliviano, Roger Pinto Molina. O senador viajou de carro por cerca de 1,6 mil quilômetros de carro até a cidade de Corumbá, Mato Grosso do Sul. O senador se defendeu das denúncias de crimes de corrupção que pesam contra ele na Bolívia, e revelou também que denunciou o envolvimento de líderes do governo boliviano com o narcotráfico.

O senador Roger Pinto Molina entrou na embaixada do Brasil em La Paz no em maio de 2012. Onze dias depois, conseguiu asilo político do governo brasileiro. Mas como o governo boliviano não concedeu salvo-conduto, ele permaneceu na embaixada do Brasil por 455 dias. Só no sábado (25), com ajuda de um diplomata brasileiro, conseguiu deixar a embaixada, cruzou a fronteira do Brasil e está em Brasília.

Repórter: Como foi a decisão de ir para a embaixada do Brasil?
Senador: Eu era chefe da oposição e fiz uma série de denúncias contra o governo de Evo Morales por relações perigosas de funcionários dele com temas de narcotráfico e corrupção. Como chefe da oposição, fui perseguido, ameaçado de morte e chegou em um estágio onde a gente precisava tomar uma decisão pela segurança da minha vida e da minha família.

Repórter: Que tipo de denúncias o senhor fez a Evo Morales?
Senador: Superado esses 455 dias de lamento, sofrimento, eu vou me colocar à disposição das autoridades brasileiras para ratificar aquelas denúncias. Pedi para o presidente Evo Morales para investigar e ele optou, como faz sempre, pelo insulto, pela calúnia, pela desqualificação da oposição.
Repórter: A justiça boliviana acusa o senhor de ter desviado recursos e também de ter tomado decisões que contrariam a constituição boliviana.
Senador: O governo do Evo Morales, ante falta de respostas, ele insulta a oposição. Não vou cair na facilidade de contestar o presidente da mesma forma, com insultos. O que está faltando aqui é resposta.

  http://br.noticias.yahoo.com/diplomata-brasileiro-diz-ter-tomado-decis%C3%A3o-trazer-senador-031341587.html