sábado, 15 de junho de 2013

Após golpear carro da corporação em protesto em SP, PM diz que tirava estilhaços

A Corregedoria da Polícia Militar abriu sindicância para apurar a ação de um policial que aparece em um vídeo batendo com um objeto contra a janela de um carro de polícia. 

As imagens foram gravadas durante a manifestação contra o aumento das tarifas do transporte em São Paulo nesta quarta (13) e foram postadas por volta das 22h no mesmo dia. 

O vídeo teve mais de 160 mil visualizações até as 17h15 e causou polêmica nas redes sociais, onde levantou-se a suspeita de que a PM teria danificado o próprio carro da corporação para culpar os manifestantes. 

As imagens mostram um grupo de seis policiais parados ao redor de um carro de polícia no meio da rua da Consolação, na região central da cidade. Um deles se aproxima do vidro traseiro do veículo e o golpeia com um objeto. Não é possível ver se o vidro se quebra. 

O policial militar filmado batendo no vidro de um carro da corporação não buscava causar estragos ao veículo, afirmou o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella. O vídeo foi divulgado na internet e teve grande repercussão nas redes sociais. 

"Já temos a apuração. Ele [PM] não estava quebrando. Na verdade ele estava tirando os estilhaços de um vidro já quebrado durante a manifestação. Isso já está esclarecido", disse Grella. 

Se for considerado responsável após sindicância Corregedoria da PM, o policial pode passar por processo administrativo e criminal por danificar o patrimônio público. 

O quarto dia de protestos contra a alta da tarifa de transporte em São Paulo foi marcado pela repressão violenta da Polícia Militar, que deixou feridos manifestantes, jornalistas --sete deles da Folha-- e pessoas que não tinham qualquer relação com os atos. 

Manifestantes repetiram as cenas de depredação dos protestos anteriores, danificando ônibus e uma agência bancária na avenida Angélica. Ao todo, 192 manifestantes foram detidos. Segundo o Movimento Passe Livre, cem pessoas ficaram feridas. 

http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=5332159625981277870#editor/target=post;postID=2429683747078565166

25 bebês morrem em UTI de hospital público do PA

 Pedido de investigação foi encaminhado ao Ministério Público; causa das mortes seria o alto índice de infecção hospitalar

 O presidente do Sindicato dos Médicos do Pará, João Gouveia, pediu nesta sexta-feira ao Ministério 
Público Estadual (MPE) e ao Ministério Público Federal (MPF) que investiguem a denúncia por ele recebida de que 25 recém-nascidos morreram nos primeiros doze dias deste mês na UTI neonatal da Santa Casa de Misericórdia do Pará. A média chega a duas mortes por dia.

Segundo Gouveia, a principal causa das mortes seria o alto índice de infecção hospitalar no local que recebe grande demanda de grávidas, a maioria adolescentes, oriundas do interior do Estado. "A situação é muito grave, mas o pior é que já vínhamos alertando a direção da Santa Casa para esse problema, mas até agora nada foi feito", disse o médico.

Ele exibiu à reportagem a ata de uma assembleia geral dos médicos realizada no dia 17 de abril passado, que contou com a presença de pediatras e obstetras do hospital, onde as precárias condições de trabalho da categoria e o risco de morte por infecções foram debatidas. "Aguardamos as providências que não foram tomadas e agora deu nisso", lamentou.

O secretário de Saúde, Hélio Franco, convocou uma entrevista coletiva para esta sexta-feira para esclarecer o caso. Para a direção da Santa Casa, o porcentual de duas mortes por dia estaria dentro da "normalidade", mas a causa não seria a infecção hospitalar, e sim o "baixo peso, a maioria abaixo de 1,2 quilos," dos recém-nascidos. A grande demanda de grávidas seria também um dos motivos da falta de melhor atendimento.

O governador Simão Jatene (PSDB) ainda não se manifestou. Em junho de 2011, seis meses depois de ele assumir o mandato, morreram 63 bebês.

 http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/25-beb%C3%AAs-morrem-em-uti-de-hospital-p%C3%BAblico-do-pa

Manifestantes questionam "Copa pra Quem?" em frente ao estádio de Brasília


BRASÍLIA, 14 Jun (Reuters) - Manifestantes de diferentes movimentos sociais contrários à realização da Copa do Mundo no Brasil incendiaram pneus na principal avenida de acesso ao Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, nesta sexta-feira, véspera do jogo Brasil x Japão pela abertura da Copa das Confederações.

O protesto foi liderado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, que também convocou manifestações em outras cidades-sede do Mundial de 2014, e contou com a presença de cerca de 150 ativistas.

Os pneus foram incendiados em frente ao estádio, bloqueando o trânsito e causando um congestionamento no tráfego da região. Quando os bombeiros chegaram ao local, um grupo de mulheres e crianças que fazia parte do protesto impediu que o fogo fosse apagado.

Uma grande faixa levada pelos manifestantes questionava: "Copa pra Quem?".
Os manifestantes negociaram com a polícia e deixaram o local pacificamente. Eles foram protestar em frente à sede do governo do Distrito Federal.

De acordo com relatório recente do Tribunal de Contas da União, os custos da Copa do Mundo já ultrapassaram um orçamento inicial de cerca de 24 bilhões de reais em pelo menos 15 por cento.

Em evento no Rio de Janeiro nesta sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff defendeu os investimentos realizados pelo governo para a realização do evento. Segundo Dilma, o Brasil ganhou aumento e melhoria da segurança e obras fundamentais de transporte com a preparação para a Copa do Mundo.

http://esportes.br.msn.com/copa-confederacoes/noticias/manifestantes-questionam-copa-pra-quem-em-frente-ao-est%C3%A1dio-de-bras%C3%ADlia-1

Alta do dólar fez baixar procura por viagem aos EUA, diz site

Segundo pesquisa, busca de passagens caiu em semana pós-elevação.
Interesse por destinos do Nordeste e da América do Sul cresceu.

Dólar fecha acima de R$ 2 (Foto: Reprodução Globo News)Alta do dólar pode desencorajar turistas (Foto: Reprodução Globo News)
 
A alta do dólar no fim do mês de maio já está modificando os planos de viagem dos brasileiros, segundo o levantamento de um site de viagens.

Na pesquisa, do comparador de passagens Mundi constatou que, quando o dólar chegou perto de R$ 2,15, a procura por passagens aéreas para os Estados Unidos caiu, ao mesmo tempo em que cresceu em relação a outros destinos da América do Sul e do Nordeste.

Entre os dias 29 de maio e 4 de junho, semana em que o dólar passou dos R$ 2,11, houve uma queda de 25% em relação à semana anterior na procura por bilhetes aéreos para os Estados Unidos. 

Entre os dias 3 e 5 de junho, também houve uma diminuição nas buscas. A queda chegou a 18% em relação aos dias 27 e 29 de maio.

No mesmo período, outras regiões despertaram maior interesse. A procura por bilhetes para a América do Sul aumentou 42,2% entre os dias 3 e 5 de junho, em relação aos dias 27 e 29 de maio. Já as buscas pelo Nordeste aumentaram 26,4%.

Nesta sexta-feira (14), o dólar fechou em alta de 0,69% ante o real e ficou acima de R$ 2,14, após ter caído no dia anterior.

 http://g1.globo.com/turismo-e-viagem/noticia/2013/06/alta-do-dolar-fez-baixar-procura-por-viagem-aos-eua-diz-site.html

Samu é prejudicado por falta de macas na Santa Casa de Sorocaba

Equipamentos das ambulâncias eram usados como leitos para pacientes.
Veículos ficaram parados por até sete horas esperando a devolução.

O atendimento de urgência e emergência do Samu de Sorocaba (SP) ficou parcialmente parado na tarde desta sexta-feira (14). Isso porque a Santa Casa da cidade usava as macas das ambulâncias como leitos para pacientes.

Um dos veículos do Samu chegou a ficar estacionado no setor de emergência do hospital durante sete horas a espera da devolução do equipamento. Uma demora provocada pela falta de macas para a reposição da unidade hospitalar.
Enquanto as ambulâncias ficaram paradas, as ocorrências continuavam a acontecer. Em alguns momentos, Sorocaba só teve a disposição três viaturas para atender toda a cidade. Os profissionais do SAMU, que preferiram não se identificar, ficaram ser saber o que fazer.

O provedor da Santa Casa José Antônio Fasiaben não foi encontrado para falar sobre o assunto. O diretor do pronto-socorro, Milton Palma, admitiu que nesta sexta-feira não havia macas suficientes para atender todos os pacientes. Segundo ele, o pronto-socorro tem 35 vagas e durante esta tarde, chegou a ter mais de 83 pessoas no local.

Ele confirmou, ainda, que os pacientes estão mal acomodados, mas garantiu que todos estão sendo atendidos e medicados. Em nota, a Prefeitura de Sorocaba informou que o Samu fez alterações na frota para evitar transtornos à população.

Um dos veículos do SAMU chegou a ficar estacionado no setor de emergência do hospital durante sete horas a espera da devolução da maca (Foto: Reprodução/TV TEM)Ambulância do Samu ficou estacionada por 7h a espera da devolução da maca (Foto: Reprodução/TV TEM)
 
 http://g1.globo.com/sao-paulo/sorocaba-jundiai/noticia/2013/06/samu-e-prejudicado-por-falta-de-macas-na-santa-casa-de-sorocaba.html

Fotógrafo atingido no olho durante ato em SP se recupera após cirurgia

Ele foi atingido quando cobria protestos de quinta-feira (13).
Mulher diz que ele corre o risco de perder a visão.

Fotógrafo tentava se proteger quando foi atingidono KátiaPassos/Divulgação)
Fotógrafo tentava se proteger quando foi atingido no olho (Foto: Kátia Passos/Divulgação)

Atingido quinta-feira (13)  no olho esquerdo por uma bala de borracha, o fotógrafo Sérgio Andrade da Silva foi submetido a cirurgia ocular e seu estado de saúde é bom, de acordo com o Hospital de Olhos Paulista (H.Olhos).

Segundo o hospital, ele apresenta lesões intraoculares decorrentes de trauma contuso. A alta está prevista para este sábado (15).

Silva foi atingido no olho esquerdo  enquanto trabalhava na cobertura do quarto dia de protestos contra o aumento da tarifa de ônibus em São Paulo.

Ele corre risco de perder a visão, segundo a mulher. Durante a manifestação, mais de 200 pessoas foram presas e várias ficaram feridas. Só a Santa Casa atendeu dez feridos, sendo a maioria deles com hematomas e escoriações.
A mulher de Sérgio, a jornalista Kátia Passos, de 37 anos, contou ao G1 que o fotógrafo tentava se proteger atrás de uma banca de jornal, na esquina da Consolação com a Rua Caio Prado, na região da Consolação. “Ele tentava se esconder atrás de uma banca de jornal. Ele fez uma foto e, quando foi se abaixar para ver como tinha ficado no painel de led, ele foi atingido”, disse.
 
 Ele ficou desacordado e foi levado para o hospital Nove de Julho. Durante a madrugada desta sexta, para o hospital H.Olhos.

O fotógrafo teve um trauma ocular, além de lesões oculares e fratura de órbita.  “A acuidade visual dele nesse momento é muita baixa. Ele corre um risco muito grande de ficar cego”, disse Kátia. No último boletim, porém, a equipe médica afirma que o paciente "será reavaliado e no momento não é possível afirmar o prognóstico visual.

Ao conversar com a mulher, Sergio, que é fotógrafo há quatro anos, contou que a polícia estava pouco tolerante com os manifestantes. “A polícia estava com uma postura agressiva. Não precisava haver vandalismo para esse tipo de agressão”, relatou Kátia.

O jornal 'Folha de S.Paulo' diz que teve 7 repórteres atingidos no protesto, entre eles Giuliana Vallone e Fábio Braga, que levaram tiros de bala de borracha no rosto. Um cinegrafista foi atingido com spray de pimenta no rosto por um policial.

Policiais
Segundo um balanço inicial da Polícia Militar, dez policiais ficaram feridos. Oito deles se machucaram no confronto ocorrido na esquina da Rua da Consolação com a Rua Maria Antônia.

Violência
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, voltou a criticar a  violência dos protestos contra o aumento de tarifas no transporte público e reiterou que não pretende voltar atrás no reajuste. “A Prefeitura não pode se submeter ao jogo de tudo ou nada. Ou é do jeito que eles querem ou não tem conversa." À  tarde, Haddad anunciou ter convidado integrantes do MPL a fazer uma exposição de motivos ao Conselho da Cidade.

Ele também lembrou que, na manifestação de terça-feira, foram divulgadas cenas de policiais sendo agredidos. “Eu acredito que São Paulo convive muito bem com a democracia pacífica, com manifestações, protestos e contestações, mas não convive bem com a violência. Então quando há violência por parte dos manifestantes, como foi o caso do policial agredido, a população repudiou. Quando há abuso policial, também a população repudia”, disse.

Protesto
A manifestação começou por volta das 17h em frente ao Theatro Municipal, no Centro de São Paulo. Enquanto lojistas fechavam as portas para evitar depredação, a Polícia Militar prendia dezenas para averiguação.

O ato ocupou a Rua Xavier de Toledo, o Viaduto do Chá e seguiu pela Avenida Ipiranga. Ao menos duas pessoas foram presas na esquina das avenidas Ipiranga e São Luís por causa da depredação e pichação de um ônibus.

Os manifestantes, cerca de 5.000 segundo a PM, usavam máscaras e narizes de palhaço. “Não aguentamos mais sermos explorados”, dizia uma das faixas.

A Cavalaria da PM uniu-se ao Choque na Rua Maria Antônia, onde começaram os confrontos. A Universidade Mackenzie, que fica na esquina, fechou as portas.

Segundo o major da PM Lídio, o acordo era para que os manifestantes não subissem em direção à avenida Paulista, o que não foi cumprido. “Se não é para cumprir acordo, aguentem os resultados”, disse.
Mapa protestos SP 0h (Foto: Arte/G1)
Os manifestantes tentaram subir a Rua da Consolação, por volta das 19h15, e houve dispersão. Parte seguiu até a Avenida Paulista, que voltou a ser interditada por volta das 21h30. Uma parte do grupo fez barricada uma com objetos queimados na Rua Fernando de Albuquerque.

A polícia avançou com balas de borracha e gás lacrimogêneo sobre os manifestantes, que revidaram jogando pedras e garrafas em direção aos PMs.
Manifestantes ateiam fogo em lixo pelas ruas durante confronto com a polícia. (Foto: Filipe Araújo/Estadão Conteúdo)Manifestantes ateiam fogo em lixo pelas ruas durante confronto com a polícia. (Foto: Filipe Araújo/Estadão Conteúdo)

Haddad convoca reunião com manifestantes para discutir tarifa

Encontro com participantes dos protestos será na terça-feira (18).
Grupo será convidado a expor posições para Conselho da Cidade.

 A Prefeitura de São Paulo informou nesta sexta-feira (14) que vai convocar uma reunião extraordinária do Conselho da Cidade na próxima terça (18) para discutir o transporte público em São Paulo.
Por determinação do prefeito Fernando Haddad, o Movimento Passe Livre (MPL) será convidado para fazer uma apresentação diante dos conselheiros para explicar suas propostas e visões para o setor.

A administração municipal também irá apresentar detalhes sobre a composição de preço da tarifa de ônibus, a evolução da despesa orçamentária com o subsídio e os planos para a melhoria na qualidade do sistema. Depois das duas apresentações, o debate será aberto para a participação dos conselheiros e sugestões de encaminhamento.

Reajuste
O prefeito diz que cumpriu um compromisso de campanha ao dar reajuste abaixo da inflação. As tarifas subiram de R$ 3 para R$ 3,20. “A Prefeitura fez um esforço enorme para que aumento fosse o menor possível”, declarou em entrevista nesta manhã.

Haddad afirmou que a nova tarifa dos ônibus exige o deslocamento de investimento de R$ 600 milhões de outras áreas. Caso fosse aplicado o reajuste da inflação acumulada no período pelo IPC/Fipe, o novo valor seria de R$ 3,40. De acordo com o prefeito, esse foi o menor reajuste dos últimos dez anos.

Mapa protestos SP 0h (Foto: Arte/G1)
Histórico
O protesto desta quinta-feira (13) foi o quarto de uma série iniciada em 6 de junho. A manifestação começou por volta das 17h em frente ao Theatro Municipal, no Centro de São Paulo. Enquanto lojistas fechavam as portas para evitar depredação, a Polícia Militar prendia dezenas para averiguação.

Segundo a PM, foram apreendidos coquetéis molotov, facas e maconha. De acordo com a delegada Vitória Lobo Guimarães, até o início da madrugada, 198 pessoas haviam sido detidas e encaminhadas ao 78º DP, nos Jardins. Todos foram liberados. Quatro vão responder termo circunstanciado; três deles por porte de entorpecentes e um por resistência à prisão. Outras cinco pessoas foram levadas para o 1º DP.

O ato ocupou a Rua Xavier de Toledo, o Viaduto do Chá e seguiu pela Avenida Ipiranga. Ao menos duas pessoas foram presas na esquina das avenidas Ipiranga e São Luís por causa da depredação e pichação de um ônibus.

Os manifestantes, cerca de 5.000 segundo a PM, usavam máscaras e narizes de palhaço. “Não aguentamos mais sermos explorados”, dizia uma das faixas.

A Cavalaria da PM uniu-se ao Choque na Rua Maria Antônia, onde começaram os confrontos. A Universidade Mackenzie, que fica na esquina, fechou as portas.

Segundo o major da PM Lídio, o acordo era para que os manifestantes não subissem em direção à avenida Paulista, o que não foi cumprido. “Se não é para cumprir acordo, aguentem os resultados”, disse.

Os manifestantes tentaram subir a Rua da Consolação, por volta das 19h15, e houve dispersão. Parte seguiu até a Avenida Paulista, que voltou a ser interditada por volta das 21h30. Uma parte do grupo fez barricada uma com objetos queimados na Rua Fernando de Albuquerque. A polícia avançou com balas de borracha e gás lacrimogêneo sobre os manifestantes, que revidaram jogando pedras e garrafas em direção aos PMs.

O jornal 'Folha de S.Paulo' diz que teve 7 repórteres atingidos no protesto, entre eles Giuliana Vallone e Fábio Braga, que levaram tiros de bala de borracha no rosto. Um cinegrafista foi atingido com spray de pimenta no rosto por um policial.

Um jornalista da revista 'Carta Capital' e um fotógrafo do portal 'Terra' foram levados para o 78º DP, nos Jardins, na Zona Sul da cidade, mas foram liberados por volta das 19h30. Outros detidos relataram ao G1 terem sido levados à delegacia por portarem vinagre e spray.

A Anistia Internacional mostrou “preocupação com o aumento da violência na repressão aos protestos contra o aumento das passagens de ônibus no Rio de Janeiro e em São Paulo”. “Também é preocupante o discurso das autoridades sinalizando uma radicalização da repressão e a prisão de jornalistas e manifestantes, em alguns casos enquadrados no crime de formação de quadrilha”, disse em nota.

 http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/06/haddad-convoca-reuniao-com-manifestantes-para-discutir-tarifa.html

Ministro da Justiça vê 'excesso' da polícia paulista durante protesto

Segundo José Eduardo Cardozo, 'houve situações de violência policial'.
Para ministro, não é correto 'atingir as pessoas como mostram as imagens'.

O ministro José Eduardo Cardozo durante entrevista (Foto: Valter Campanato / Agência Brasil) 
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ementrevista nesta sexta no ministério (Foto: Valter Campanato / Agência Brasil)
 
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta sexta-feira (14), após analisar imagens da atuação da polícia de São Paulo nos protestos desta quinta contra o aumento das tarifas do transporte coletivo, que houve “excesso” por parte dos policiais.

Na visão de Cardozo, a demonstração "cabal” de que teriam ocorrido abusos da polícia é o fato de o secretário de Segurança, Fernando Grela, ter determinado a abertura de investigação para averiguar o comportamento dos policiais.

“Me congratulo com o governo de São Paulo por ter aberto uma sindicância para apurar. Espero que, efetivamente, comprovada a ocorrência de abusos, se aplique com rigor as penas da lei. Não podemos aceitar a violência policial em um estado democrático como vivemos”, disse o ministro.

No quarto dia de protestos, a polícia atingiu manifestantes com balas de borracha e gás lacrimogêneo na área central da cidade. Ao menos 200 foram detidos.

“Na noite de ontem [quinta], tivemos uma situação que, evidentemente, não podemos aceitar. Pelo que vi, houve excessos e situações de violência policial que considero inaceitáveis. Não acho correto que a polícia pudesse atingir as pessoas como mostram as imagens”, disse Cardozo em entrevista coletiva no Ministério da Justiça.
A manifestação de quinta-feira começou por volta das 17h no Centro de São Paulo. O protesto e os confrontos levaram ao fechamento de lojas e ao bloqueio de ruas na área central da cidade. Segundo a PM, foram apreendidos coquetéis molotov, facas e maconha.

Também em entrevista nesta sexta, o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella, defendeu a ação da PM no protesto. "A atuação da polícia foi correta e nós temos o compromisso de esclarecer todos os casos de abuso", afirmou.
Mesmo ressalvando que não cabe a ele “cobrar nada” do governo paulista, Cardozo disse esperar que os policiais que eventualmente tenham cometido violência “sem justificativa” sejam punidos. De acordo com o ministro, a violência praticada por forças do Estado não pode ser “tolerada”.
“Não podemos aceitar violência, independentemente de onde ela parta. A polícia tem o dever de nunca agir de forma arbitrária ou violenta. Por isso é que os policiais recebem treinamento, para se comportarem como a lei manda. [A polícia] não pode permitir abusos por parte de quem se manifesta, mas também não pode cometer. Essa situação de equilíbrio é que temos de buscar”, ressaltou.

Cardozo disse que nos protestos de quarta (12) não recebeu relatos de abusos de policiais na tentativa de controlar os manifestantes. Mas nesta quinta, segundo o ministro, a situação foi diferente.

“Ontem [quinta], vi outra realidade. Agora, o que determinou isso [a violência policial], é a investigação que vai ter de identificar”, declarou.

À disposição
Cardozo disse que o governo federal tem acompanhado os desdobramentos das manifestações em São Paulo “porque tem responsabilidades nacionais”.

Ele explicou que todas as situações que envolvem assuntos de segurança pública têm de ser monitoradas pelo Executivo federal, "principalmente, às vésperas de grandes eventos”, disse, em referência à Copa das Confederações.

Cardozo, como já havia manifestado no dia anterior, colocou a estrutura do governo federal à disposição dos estados nos quais têm ocorrido atos de vandalismo em manifestações públicas, incluindo São Paulo. Ele ressaltou que, dentro de suas limitações, a União pode oferecer o apoio que os estados acharem que o governo pode dar.

“Não creio que São Paulo precise de efetivos, já que o estado tem o maior efetivo do Brasil, que é inclusive maior do que o da Marinha e da Aeronáutica. Mas, se caso o governo estadual quiser, podemos auxiliar com serviços de inteligência policial. Podemos ajudar na mediação de conflitos. A Força Nacional tem expertise na atuação de distúrbios civis”, sugeriu o titular da Justiça.

 http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/06/ministro-da-justica-ve-excesso-da-policia-paulista-durante-protesto.html

Manifestação na Avenida Paulista termina sem incidentes

Manifestantes protestaram nesta sexta-feira (14) contra obras da Copa. Desta vez, não houve confronto com a polícia.

Manifestação na Paulista  (Foto: Guilherme Tosetto/G1)Manifestação na Paulista contra obras da Copa nesta sexta-feira  (Foto: Guilherme Tosetto/G1)
 
Terminou sem incidentes por volta das 18h30 a manifestação que interditava parte da Avenida Paulista nesta sexta-feira (14). Duas faixas da avenida ficaram fechadas, no sentido Paraíso, por causa da concentração de manifestantes. Portas do Metrô Consolação chegaram a ser fechadas. Segundo a Polícia Militar, cerca de 200 pessoas se reuniram no ato contra a realização da Copa das Confederações.
A polícia acompanhou a manifestação à distância e não foram registrados incidentes ou depredações como as registradas nas últimas manifestações.

A manifestação ocorreu próxima ao prédio onde funciona o escritório da Presidência da República em São Paulo.

Os manifestantes protestaram contra os gastos públicos para a realização da Copa das Confederações no Brasil. O grupo distribui um panfleto intitulado "Copa pra Quem?", questionando as obras.  O documento é assinado pela Frente de Resistência Urbana e Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa.

Jogos cancelados no Dante
O colégio Dante Alighieri, localizado nas proximidades da Avenida Paulista, informou que fechará as portas mais cedo nesta tarde por causa do protesto em andamento na região do Masp. Na tarde desta sexta-feira a assessoria da instituição de ensino informou que vai fechar às 18h15. Segundo a assessoria, foram cancelados 18 jogos das olimpíadas internas previstos para esta sexta.

A diretoria da instituição se reuniu nesta sexta para discutir as providências a serem tomadas ao final do dia e nos próximos. Há possibilidade de aulas noturnas serem canceladas em dias de protestos na cidade.

 http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/06/manifestacao-na-avenida-paulista-termina-sem-incidentes.html