sábado, 13 de abril de 2013

Agora, até bancos suíços suspeitam de Maluf

Instituições financeiras suíças bloquearam transação da empresa do político, a Eucatex, em Zurique

Bancos suíços suspeitam que Paulo Maluf continuaria lavando dinheiro e bloqueiam transação de sua empresa, a Eucatex, em Zurique. O UBS em Zurique alertou à COAF no Brasil sobre "possíveis atividades suspeitas" na tentativa da Eucatex de transferir a uma empresa uruguaia R$ 47 milhões no final de 2012. A movimentação foi considerada pela Justiça paulista como um sinal suspeito de que Maluf continuaria a usar a Eucatex como veículo para lavagem de dinheiro. O UBS se recusou a autorizar a transferência.

Ontem, o banco Itaú - que representa o UBS no Brasil - foi intimado a executar a ordem da Justiça de São Paulo de bloquear os bens até o limite de R$ 519,7 milhões da Eucatex S.A. Indústria e Comércio. O valor corresponderia ao que teria sido desviado pelo ex-prefeito da capital paulista e deputado Paulo Maluf (PP) e serviria para ressarcir os cofres públicos por causa de dinheiro supostamente desviado da Prefeitura. A decisão é da juíza Celina Kiyomi Toyoshima, da 4.ª Vara da Fazenda Pública.

A liminar havia sido pedida pelo promotor Silvio Antônio Marques, da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público.

Segundo o Estado apurou, a nova suspeita na Suíça sobre Maluf foi registrada no dia 19 de fevereiro deste ano, quando o Conselho de Controle de Atividades Financeiras comunicou a tentativa da Eucatex de transferir ações de sua emissão do banco UBS à empresa uruguaia Cuznar. O banco envolvido na negociação, o Finter Bank de Zurique, se negou a revelar quem seria o dono dos valores mobiliários.

O alerta foi passado ao COAF pelo Itaú, banco que representa o UBS no Brasil. O banco brasileiro informou que, no dia 6 de outubro de 2012, o Finter Bank pediu ao UBS em Zurique fazer a transação de R$ 47 milhões da Eucatex aos uruguaios.

O UBS, em diversas ocasiões desde então, solicitou ao Finter Bank informações sobre quem seriam os propritários das ações. Cinco meses depois, o UBS ainda não tinha recebido as informações e o único dado repassado ao maior banco suíço foi que a pessoa envolvida era classificada no país como PEP - sigla para Politically Exposed People (Pessoas Politicamente Expostas). Sim informações, o UBS decidiu bloquear a transação até que ficasse esclarecida sua natureza.

Coube então ao Itaú, com base em cartas assinadas pelos executivos do UBS, Stephan de Boni e Oliver Barcholet, comunicar às autoridades brasileiras do fato.

Para a Justiça paulista, a mudança de custodiante das ações pela Eucatex foi uma prática que Maluf se utilizou em diversas ocasições nos últimos dez anos. Isso envolveu transações de até US$ 74 milhões em 2001 no mesmo Finter Bank de Zurique, além do uso da Durant Int, empresas que, em Jersey, já foi identificada como um dos veículos de Maluf para depositar dinheiro fruto de corrupção.


 http://www.midianews.com.br/conteudo.php?sid=25&cid=156094

Afeganistão se torna país com maior proporção de viciados em drogas

Um local de desolação e degradação.

O Afeganistão produz 90% das drogas de ópio produzidas no mundo, mas até há pouco tempo o país não era um grande consumidor. Agora, porém, de uma população de 35 milhões, mais de 1 milhão de pessoas estão viciadas em drogas - proporcionalmente, a maior taxa do mundo.

Em pleno centro de Cabul, nas margens do rio que tem o mesmo nome da capital, viciados se reúnem para comprar e consumir heroína. É um local de desolação e degradação.

À luz do dia, cerca de 12 homens e adolescentes sentam em duplas, fumando e injetando drogas. Entre eles há profissionais como médicos, engenheiros, intérpretes.

Tariq Sulaiman, da organização de combate ao vício Najat, aparece ali com frequência para tentar convencer os usuários a buscar tratamento.

"Já faz tempo que estamos perdendo nossas crianças por causa de ataques suicidas, foguetes e bombas", diz Sulaiman. "Mas o vício é um novo tipo de terrorismo que está matando nossos compatriotas."

Vício desde criança

Aos 18 anos, Jawid, nascido no norte do Afeganistão, é dependente da heroína há dez anos. Foi apresentado às drogas pelo seu tio, quando era apenas uma criança, para que tivesse mais força para trabalhar na lavoura.

"Odeio a minha vida. Todos me odeiam", diz ele. "Na minha idade, eu deveria estar na escola. Mas sou um viciado."

Seu pai já morreu. Sua mãe, deficiente física, se preocupa com ele o tempo todo. Tudo o que ela quer é que ele se livre do vício, mas mesmo assim mendiga por dinheiro nas ruas do país para pagar pela dose diária de heroína e impedir que o filho roube para comprá-la.
Plantação de papoula (Reuters)
Ópio, produzido da papoula, é usado como um remédio no Afeganistão
"Sempre digo ao Jawid que, se eu morrer, ele vai acabar dormindo debaixo da ponte com os outros viciados", conta ela.

Essa espécie de "cracolândia" é o destino dos viciados em estado mais grave. A polícia afegã constantemente bate neles para dispersá-los e às vezes os atira no rio.

Motivos

São incertos os motivos pelos quais tantos afegãos estão recorrendo às drogas. As décadas de violência no país certamente contribuíram para isso.

Muitos dos que fugiram das últimas três décadas de conflitos se refugiaram no vizinho Paquistão, onde taxas de dependência de drogas são tradicionalmente altas. Agora, esses imigrantes estão retornando e trazendo seus vícios consigo, dizem autoridades.

O desemprego, atualmente em taxas de 40%, é outro agravante.

"Se eu tivesse um emprego não estaria aqui", diz Faroog, um dos viciados na margem do rio Cabul. Ele é formado em medicina e chegou a gerenciar um hospital.

Ele diz se drogar para "relaxar" - mas preferiria estar morto a ser o viciado que é hoje.
Outro fator é a crescente disponibilidade de heroína, que na última década começou a ser refinada a partir do ópio no próprio Afeganistão.

Comprar heroína em Cabul é "tão fácil quanto comprar comida", dizem viciados. Um grama custa o equivalente a R$ 12 e está disponível em qualquer esquina da cidade.

"Tradicionalmente, dizemos que a demanda cria a oferta", diz Jean-Luc Lemahieu, representante regional da agência antidrogas da ONU (Unodc). "O que esquecemos, porém, é que a mera aparição do produto no mercado cria uma demanda local."

Quando as tropas estrangeiras chegaram no Afeganistão, em 2001, uma de suas metas era conter a produção de drogas. Em vez disso, elas se concentraram na luta contra insurgentes e são acusadas de fazer vista grossa às plantações de papoula no país.

Ópio

O ópio está presente no Afeganistão há séculos, sendo usado como uma espécie de remédio para todos os males.
Centro de tratamento de dependentes no Afeganistão
Centro para dependentes impõe 72 horas de abstinência
Em um hospital no norte do país, a BBC encontrou-se com uma afegã, Fatima, que tomou ópio após sofrer uma hemorragia pós-parto - era mais barato do que procurar um médico.

Ela também deu a substância à sua recém-nascida, como remédio para a tosse. Hoje, ambas são viciadas.

Por sinal, mulheres e crianças representam 40% dos dependentes de drogas do país.
Enquanto Fatima e sua bebê se submetem a tratamento em um hospital público, poucos viciados afegãos recebem qualquer tipo de apoio.

Ao mesmo tempo, o Ministério da Saúde tem 95 centros de tratamento de dependentes no país, com 2,3 mil leitos. Seu orçamento total para tratar 1 milhão de pessoas é de US$ 2,2 milhões, ou seja, 2 dólares (R$ 4) por pessoa por ano.

Jawid consome o triplo desse montante em heroína diariamente.
Ele conseguiu uma vaga na Najat, a organização de Tariq Sulaiman, onde o tratamento consiste em 72 horas de abstinência.

Após um dia, Jawid sentia dores, mas conseguiu aguentá-las. Na segunda noite, porém, começou a gritar, a chorar e a bater sua cabeça contra a parede.

De volta às ruas, ele negou à equipe da BBC que tivesse voltado à heroína, mas seu olhar fixo e sua fala inconstante contam uma história diferente.

Sua possibilidade de se livrar do vício é pequena. E, diante dos tantos problemas do Afeganistão, as chances de o país vencer a guerra contra as drogas são igualmente incertas.

 http://www.midianews.com.br/conteudo.php?sid=13&cid=156096

Direito, Medicina e Engenharia da USP rejeitam projeto de cotas do governo

Faculdades mais tradicionais se posicionaram favoravelmente à adoção de reserva de vagas, mas reprovam proposta de criação de curso de dois anos para cotistas

As faculdades de Medicina, Direito e a Escola Politécnica - as principais e mais tradicionais unidades da USP - rejeitaram o projeto de cotas proposto pelo governo estadual, batizado de Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Público Paulista (Pimesp). As unidades se posicionaram favoravelmente à adoção de uma política de cotas, que imponha metas a serem alcançadas, mas não como o Pimesp projeta. 
 
Medicina, Direito e Engenharia estão entre as unidades com as menores proporções de alunos da rede pública na USP. Porta-voz do Pimesp, Carlos Vogt, da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), admite que o programa precisa de mais reflexão e a adoção pode ser adiada. O governo queria as cotas em vigor já no próximo vestibular.

A ideia é que, em três anos, 50% das matrículas em cada curso sejam de alunos da escola pública, com reserva de vaga para pretos, pardos e indígenas. Mas a maior discordância da proposta é a criação de um college – curso semipresencial de dois anos pelo qual parte dos cotistas passaria .

Lançado em dezembro, o Pimesp foi feito pelos reitores da USP, Unicamp e Unesp a pedido do governador Geraldo Alckmin (PSDB). A proposta seguiu para debate nas unidades, antes da definição nos Conselhos Universitários – cabem a eles a decisão final, mas, na USP, o posicionamento dessas unidades pode ser decisivo.

Na quinta, a Congregação da Poli votou e rejeitou o Pimesp. "Mas precisamos dar uma resposta à sociedade e oferecer alguma alternativa", diz o doutorando Caio Cesar Fattori, de 29 anos, representante dos alunos da pós-graduação na congregação.

Comissão criada na unidade para debater as cotas já havia produzido um documento que defendia uma política de cotas, mas não da forma proposta pelo governo. O documento não foi votado quinta e uma proposta alternativa ainda será debatida.

Além de rejeitar o Pimesp, a Faculdade de Medicina propõe que a USP crie um programa de avaliação continuada para encontrar os melhores alunos nas escolas. Até que isso não fique pronto, a ideia aprovada é ampliar a bonificação do Inclusp, programa de inclusão da USP para alunos de escola pública.

O college não foi poupado. "Como está, não dá qualificação e se assemelha a um nivelamento", diz o presidente da comissão de pesquisa da unidade, Paulo Saldiva. Segundo ele, o respeito ao porcentual de cotistas deve ser mantido. "A USP precisa se comprometer com a inclusão."

Para a Faculdade de Direito, o Pimesp não atende aos "objetivos de democratização do acesso à universidade". A unidade pede mais estudos sobre inclusão. O documento foi enviado quinta à reitoria pelo diretor Antonio Magalhães Gomes Filho. "Não há dados que justifiquem uma preparação prévia para que os cotistas entrem na universidade."

Adiamento
Para Vogt, a rejeição não enfraquece o programa, mas há o risco de as metas não começarem a valer em 2014. "Se a coisa andar nesse ritmo, é preciso refletir sobre a dinâmica de implementação do programa", diz. Segundo Vogt, as questões levantadas podem ser incorporadas. Ele reconhece a necessidade de mais reflexão. "Precisamos buscar uma solução conjunta."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Primeira mulher a receber transplante de útero está grávida

Gravidez apresenta riscos, mas estado de saúde da mãe é bom.
Turca Derya Sert recebeu o transplante em agosto de 2011.

Delya Sert, em imagem de quando recebeu o útero, em 2011 (Foto: Stringer/AFP/Arquivo) 
Derya Sert, em imagem de quando recebeu o útero,em 2011
Uma jovem turca de 22 anos, a primeira mulher do mundo a receber um transplante de útero com êxito, está grávida, outro feito mundial, anunciaram seus médicos nesta sexta-feira (12).

"Os testes preliminares de duas semanas são compatíveis com uma gravidez", indicou, em um comunicado, o professor Mustafa Unal, médico-chefe do hospital universitário Akdeniz, em Antália.

Os médicos conseguiram implantar com sucesso no útero de Derya Sert varios embriões fecundados in vitro a partir de seus óvulos e de espermatozóides de seu marido.

"A saúde da paciente é boa", enfatiza o comunicado de seu médico.
Nascida sem útero, a jovem se converteu, em agosto de 2011, na primeira mulher a sofrer um transplante de útero com êxito.

Este transplante, realizado por uma equipe de médicos turcos em Antália, deu esperanças a milhares de mulheres no mundo. Uma em cada 5 mil mulheres nasce sem útero.
A gravidez de Derya Sert apresenta muitos riscos, mas se desenvolve de uma maneira normal, e a jovem deverá dar à luz por cesariana.

Seu útero deverá ser extraído nos meses seguintes ao nascimento para evitar complicações e risco de rejeição.

 http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/04/primeira-mulher-receber-transplante-de-utero-esta-gravida.html

Daniela Mercury pede 'Fora, Feliciano' na segunda noite de Viradão

Cantora que se declarou homossexual se apresentou em Madureira.
Em Nova Iguaçu, grupos de rock homenagearam Chorão.

Daniela Mercury começa o show no Parque de Madureira com a música "Canto da Cidade".  (Foto: Renata Soares / G1)Daniela Mercury começa o show no Parque de Madureira com a música "Canto da Cidade".

"Salve o amor, a liberdade e os direitos humanos". Com esta declaração, a cantora baiana Daniela Mercury abriu sua apresentação no segundo dia de shows do Viradão Carioca, neste sábado (13). Pouco depois das 21h30, ela subiu no Palco Madureira, na Zona Norte do Rio,  e sacudiu o público com "Canto da Cidade".
O parque de Madureira, onde foi montado o palco, estava lotado com um público que não desanimou nem com a forte chuva que caiu. Mas quando Daniela subiu ao palco, a chuva tinha dado uma trégua e a multidão estava pronta para cantar e dançar e aplaudir a cantora, que recentemente assumiu seu relacionamento com outra mulher.

"Fora, Feliciano. Esse país não merece um deputado como esse", disse Daniela  durante o show.
A atriz e comediante Fabiana Karla abriu o show da baiana dizendo: "Estamos passando por um momento onde todos têm que se amar e se respeitar". O público reagiu com simpatia e mostrou carinho pela cantora.

O bailarino João Victor, de 30 anos, se tornou fã da cantora depois da declaração dela.
"É muito bom ter alguém para lutar pelos nossos direitos. Ela é maravilhosa e tudo de bom", declarou o morador de Madureira, que é gay assumido.

Ele chegou a subir no palco para abraçar a estrela.
Janaína Alves (Foto: Renata Soares/G1) 
Janaína Alves, fã de Daniela, se emociona no show

Outra moradora do bairro de Madureira, a técnica de imobiliária Janaína Alves, de 29 anos, disse que sempre foi fã da cantora, mas gostou mais ainda quando ela declarou que era gay.

"Eu achei tudo. Eu também sou e nunca tive coragem de assumir. Já gostava dela antes, agora idolatro", disse.

Em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminese, também houve momentos de emoção na noite de rock que reuniu os grupos Forfun, Raimundos, Fresno e Detonautas. Eles fizeram uma homenagem a Chorão,  vocalista do Charlie Brown Jr., que morreu em 6 de março. Os roqueiros cantaram "Proibida pra Mim" e "Zoio de Lula", entre outras. 

"Vamos fazer barulho para o Chorão porque ele está ouvindo", disse Tico Santa Cruz, vocalista do  Detonautas, em cima do palco do Aeroclube de Nova Iguaçu. 

No Palco Bangu, na Zona Oeste, o público se divertiu entre o funk de MC Sapão e o carnaval fora de hora do Bloco Brasil, que fez todo mundo dançar com as músicas de Jorge Benjor. Mas também teve o pop rock dos Titãs.

Na bela paisagem do Arpoador, em Ipanema, o Viradão mostrou ao público o melhor do jazz com DJ Jazz4Life, Frederico Heliodoro Quarteto, Astronauta Marinho
e Afro Jazz.

Já no Quiosque Globo, em  Copacabana, humoristas se revezaram em shows do tipo stand up e fizeram o público gargalhar.
Forfun, Raimundos, Fresno e Detonautas fazem homenagem ao cantor Chorão. (Foto: Isabela Marinho / G1)Forfun, Raimundos, Fresno e Detonautas fazem homenagem ao cantor Chorão. 
 
Arte Viradão Carioca (Foto: Editoria de Arte)
O Viradão começou na sexta-feira (12) levando muita música e alegria ao público com shows gratuitos. O evento acontece no Arpoador, na Zona Sul, no Aeroclube de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no Caminho Niemeyer, em Niterói, na Região Metropolitana, na Praça das Juras, em Bangu, na Zona Oeste, e no Parque de Madureira, na Zona Norte (veja a programação abaixo).

Em 2012, o Viradão Carioca bateu recorde de público e reuniu 300 mil pessoas durante os três dias de evento, que teve mais de 60 atrações culturais. Entre os convidados estavam o funkeiro Naldo, o sertanejo Luan Santana e a banda de rock Dead Fish.
Veja a programação de domingo, dia 14
Palco Arpoador
DJ Egil Jr
Tupiniquim Jazz Orquestra
Historic Brazilian Jazz Band
Abayomy Afrobeat Orquestra
Palco Madureira
Blitz
Palco Bangu
DJ Valdo
Danny Pink e os Ursinhos Quadrados
Imaginasamba
Sorriso Maroto
Palco Niterói
DJ Rato
Bom Gosto
Arlindo Cruz
Preta Gil
Palco Nova Iguaçu
DJ Zabumba
CPM 22
Chitãozinho e Xororó
Latino

Google é condenada em R$ 100 mil por exibir fotos íntimas, diz TJ

Os desembargadores da 20ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio reformaram, por unanimidade de votos


 Os desembargadores da 20ª Câmara Cível do Tribunalde Justiça do Rio reformaram, por unanimidade de votos, a sentença em primeira instância que condenou a empresaGoogle a indenizar Claudia da Silva, majorando a indenização para R$ 100 mil, por danos morais. Para o desembargador Marco Antônio Ibrahim, relator da decisão, “há, no direito brasileiro, um direito ao respeito ao qual corresponde uma obrigação passiva de não indignar outrem”.

De acordo com os autos  processuais, um perfil falso de Claudia foi criado na rede social Orkut e exibia fotografias íntimas de conteúdo sexual explícito dela com um ex-companheiro. Ela então solicitou à empresa Google, responsável pelo site de relacionamentos, que tal perfil fosse apagado, para evitar a exposição de sua intimidade.

No entanto, ainda de acordo com o processo, a remoção do conteúdo só ocorreu após uma liminar judicial concedida. As fotografias anexadas aos autos ficaram expostas no Orkut por vinte dias após a denúncia feita.

Segundo o desembargador relator Marco Antônio Ibrahim, “é incabível falar que a Google tem a obrigação prévia de fiscalizar o conteúdo das informações que circulam no Orkut. Mas também não se pode deixar a sociedade desamparada frente à prática cada vez mais recorrente de se utilizar comunidades virtuais para realização de atividades ilícitas”.

O magistrado também frisou a obrigação de se retirar imediatamente de circulação todo e qualquer tipo de conteúdo ofensivo, assim que se descubra a existência de páginas que contenham esse tipo de material. “No caso, as fotos de Claudia ficaram expostas e foram vistas por um número indeterminado de pessoas, em condições ultrajantes de intimidade. O provedor tem o dever de retirar o conteúdo, sob pena de responder solidariamente com o autor direto do dano, em virtude da omissão praticada”, concluiu o desembargador.

Jornal do Brasil

Governo é contra redução da maioridade penal

Após o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciar que pretende levar a Brasília na próxima semana projeto de lei para alterar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e tornar mais rígidas as punições a infratores com idade abaixo de 18 anos, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, reiterou nesta sexta-feira que o Palácio do Planalto é contra a redução da maioridade penal.

"É necessário que os governantes tenham muita maturidade naquilo que falam, que propõem, em uma hora como esta. É uma situação muito mais complexa do que simplesmente ficar mexendo na questão da idade penal", disse Carvalho.

O anúncio do governador foi feito após a morte de Victor Hugo Deppman, de 19 anos, em São Paulo. O suspeito de matá-lo, um jovem que completou 18 anos nesta sexta-feira, já tinha passagem pela Fundação Casa.

"Reduzir a maioridade é uma lógica que não tem sentido, porque se hoje a gente diz que as quadrilhas usam meninos de 16, 17 anos, daqui a pouco vai ser o de 12, o de 10. Temos de atacar a causa, que é uma questão histórica da exclusão, a falta de oportunidades, a discriminação da juventude negra", afirmou Carvalho.

No Rio, o vice-presidente, Michel Temer, também defendeu opinião semelhante. "Ainda hoje eu vi um argumento que diz 'reduz para 16'. Mas e daí? O sujeito tem 15 anos e meio e comete um crime. O que você faz? Reduz para 15? Não sei se é por aí."

Já o ex-governador José Serra saiu em defesa da proposta de Alckmin. Ele lembrou que quando era governador conseguiu impedir que Roberto Aparecido Alves Cardoso, o Champinha, acusado de matar Liana Friedebach e seu namorado, em 2003, fosse solto depois de três anos de internação (limite do ECA), usando a possibilidade de levá-lo para uma Unidade Experimental de Saúde. "Criamos até um instituto específico, uma coisa que sai caro, para poder manter aquele facínora preso."

E Alckmin voltou a defender nesta sexta-feira que o prazo de detenção dos jovens infratores seja maior - ele pretende aumentar o prazo para oito ou até dez anos (reincidentes). O governador também quer que, ao completar 18 anos, o adolescente "seja encaminhado para o sistema prisional". "Levar mais jovens para o tipo de prisão que nós temos hoje é, sabemos, ajudá-lo a aprofundar no crime, não a sair do crime", criticou Carvalho.

No passado, a presidente Dilma Rousseff também se mostrou contrária à possibilidade. "O jovem em situação de carência e de violência, com a prisão, ainda seria cooptado pelo crime organizado." Nesta quinta-feira, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, já havia considerado "inconstitucional" mexer na redução. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 http://www.dgabc.com.br/News/6019974/governo-e-contra-reducao-da-maioridade-penal.aspx

Polícia quer imagens para investigar crime em concessionária no Rio

Quatro homens morreram; três eram da mesma família.
Discussão seria por conta de uma dívida.

Os homens que mataram quatro homens e deixaram um ferido em uma concessionária em Vila Valqueire, na Zona Oeste do Rio, fugiram e ainda não foram identificados pela polícia. O delegado da Divisão de Homicídios, Clemente Braune, vai pedir as imagens das câmeras de segurança instaladas na rua para tentar entender como aconteceu o crime, como mostrou RJTV.

Pablo Gama da Silva, Douglas Santos da Silva, Willians de Souza Pereira e Tailor Vinícius Pires da Silva morreram. Eles foram até o estabelecimento com Jonathan Julio Gama e mais um homem para cobrar uma dívida de R$ 2 mil que Pâmela Silva, parente deles, havia dado de entrada em um carro que desistiu de comprar.
Donos negaram devolução de dinheiro
Os donos da loja negaram a devolução do sinal e houve uma discussão. Como o grupo não conseguiu resolver o problema na outra loja, foram até outra concessionária à procura de outro carro. De acordo com o delegado, dois homens armados saltaram de um carro preto e efetuaram os disparos contra o grupo de seis pessoas.

Testemunhas contaram à polícia que os homens exigiram que o grupo ficasse de joelhos, e começaram uma série de agressões. Logo depois, atiraram. Avô, sobrinho e amigo da família morreram na hora. Um dos irmãos morreu no hospital.

Jonathan está internado no hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste. Segundo a Secretaria de Saúde, ele levou um tiro no pé. Pâmela Gama Silva sobreviveu e prestou depoimento na Delegacia de Homicídios (DH). Segundo a PM, ela conseguiu se salvar porque disse aos atiradores que não estava com o grupo.

http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2013/04/policia-quer-imagens-para-investigar-crime-em-concessionaria-no-rio.html

Estudante da UFBA é encontrado morto em fonte de praça em Salvador

Jovem de 25 anos cursava Produção Cultural e iria se formar este ano.
Polícia trabalha com hipótese de latrocínio, mas laudo deve apontar causa.

Familiares estiveram presentes no Campo Grande para aocmpanhar o caso (Foto: Imagens/TV Bahia)Familiares estiveram presentes no Campo Grande para acompanhar o caso (Foto: Imagens/TV Bahia)
O estudante universitário Itamar Ferreira Souza, 25 anos, que cursava Produção Cultural na Universidade Federal da Bahia (UFBA), foi encontrado morto na manhã deste sábado (13), na praça do Campo Grande, centro de Salvador. De acordo com informações da polícia, o corpo do jovem estava submerso em uma fonte e ele tinha um ferimento no rosto. A polícia ainda investiga o que provocou a morte do jovem, mas a suspeita inicial é de que ele tenha sido vítima de latrocínio, roubo seguido de morte, porque objetos pessoais desapareceram.

"Todas as medidas para descobrir o que houve estão sendo adotadas. Os policiais estão na rua traçando uma linha do tempo e o percurso feito pela vítima na noite de ontem [sexta]. Estamos buscando pessoas que tiveram contato com ele. Foi realizada uma perícia e coletados objetos, que são pertences pessoais da vítima e também objetos que não têm relação com ele, mas que podem trazer informações sobre o ocorrido. Um laudo determinará qual foi a causa morte. Ele apresentava um ferimento na região frontal na cabeça, feito com um objeto contundente, como uma pedrada. E ele encontrava-se dentro d'água submerso. Pode ter vindo a óbito pela agressão ou por asfixia do afogamento", retala o delegado José Bezerra, diretor adjunto do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
estudante (Foto: Reprodução/Facebook) 
Itamar era estudante de Produção Cultural da UFBA
 Faculdade de Comunicação da UFBA, o enterro de Itamar será realizado no domingo (14), às 10h, no Cemitério Campo Santo, no bairro da Federação, em Salvador.
 
Investigação
De acordo com familiares, por volta das 22h da sexta-feira (12), Itamar entrou em contato com a mãe pelo celular, quando contou que estava em um bar no mesmo bairro juntamente com outros amigos.
O estudante levava uma mochila onde tinha um tablet, celular, câmera fotográfica e materiais de estudo. Apenas as apostilas foram encontradas pela polícia na manhã deste sábado. Por meio da assessoria, a Polícia Civil informou que uma equipe foi enviada ao local para iniciar as investigações, que devem ficar a cargo do DHPP.

O pai do jovem esteve no Campo Grande na manhã deste sábado e, mesmo abalado emocionalmente, comentou o que ocorreu com o filho. "A dor é demais. É uma dor que você não tem limite, acabou tudo. Dentro de você não existe nada. O meu filho, que tinha todo o futuro pela frente, e acabar desse jeito. Isso não tem justificação (sic.) não. Esses caras aí marginal (sic.), que não quer trabalhar, não quer nada, só quer roubar e fumar o bagulho deles aí. Aí pega uma pessoa de bem dessa, que é o futuro do Brasil, e destrói", diz emocionado Manoel Souza, pai do estudante.

Segundo informações de familiares que acompanharam a remoção do corpo no local, Itamar Ferreiza Souza iria se formar no final do ano, na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Ele cursava Produção Cultural e recentemente passou um mês nos Estados Unidos, onde fez um curso de inglês.

Faculdade lamenta

A Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia emitiu nota oficial na tarde deste sábado lamentando o ocorrido com o estudante. O documento é assinado por Giovandro Marcus Ferreira, diretor da Faculdade. Confira na íntegra:

"Lamentamos, profundamente, o assassinato do nosso aluno Itamar Ferreira Souza, na madrugada desta última sexta-feira, encontrado com vários sinais de agressão pelo seu corpo, na Praça do Campo Grande.  Em conversa com seus familiares, nos solidarizamos e nos colocamos à disposição neste momento de dor e perda. Eles nos informaram que o enterro será, amanhã, domingo, às 10 horas, no  Cemitério do Campo Santo.

A Faculdade de Comunicação e a Administração Central da UFBA, em especial, a Pró-Reitoria de Assistência Estudantil, estão acompanhando o desenrolar das informações sobre este assassinato e já exigem uma apuração rigorosa do fato seja ele por motivação sexual ou qualquer outra razão que levou à ruptura de vida do jovem e aluno da Faculdade Comunicação da UFBA, Itamar Ferreira Souza".
Apenas as apostilas do rapaz foram encontradas no local (Foto: Imagens/TV Bahia)Apenas as apostilas do rapaz foram encontradas no local (Foto: Imagens/TV Bahia)
 
 http://g1.globo.com/bahia/noticia/2013/04/corpo-de-estudante-de-federal-da-ba-e-achado-na-praca-do-campo-grande.html

Lei Seca reduz mortes, mas não inibe acidente que mais mata nas rodovias

Colisão frontal é a principal causa de mortes nas estradas no país, diz PRF.
Governo discute pacote para endurecer lei neste mês, diz secretário ao G1.

colisão acidentes lei seca  carnaval (Foto: Editoria de Arte/G1)
A nova Lei Seca ajudou a reduzir o número de mortes nas estradas federais no feriado de Páscoa, mas a Polícia Rodoviária Federal (PRF) ainda está em alerta para a principal causa de óbitos nas rodovias brasileiras: a colisão frontal. Com o objetivo de reduzir esse tipo de acidente, o governo planeja aprovar um pacote de medidas ainda este mês no Congresso, endurecendo multas e reforçando a fiscalização, a exemplo do que ocorreu em dezembro para coibir a mistura entre álcool em direção.

Segundo a PRF, a Lei Seca por si só não é capaz de reduzir a colisão frontal, porque esse tipo de acidente é resultado de outros fatores, como a disposição das estradas brasileiras e a imprudência dos motoristas, mesmo sem consumo de álcool. Além disso, a fiscalização é dificultada, já que a colisão pode ocorrer em qualquer ponto ao longo das rodovias, principalmente na zona rural, onde a maioria conta com apenas uma pista para ida e outra para volta.

"É um acidente muito fatal. Se vem um carro a 100 km/h e outro, no sentido oposto, também a 100 km/h, é a mesma coisa que pegar um carro e bater num muro de concreto a 200 km/h", afirma o inspetor da PRF Stênio Pires. "Por isso que nós queremos endurecer a legislação. É praticamente um homicídio, correndo o risco de matar uma pessoa de uma forma muito alta", completa.

Em 2011, foram 2.652 mortes nesse tipo de acidente, quase 2.200 em zona rural. Segundo a PRF, apesar de representar 3,5% dos acidentes, essa modalidade provoca 40% dos óbitos. Os números de 2012 ainda estão sendo auditados e não foram divulgados, mas a instituição utiliza dados dos últimos feriados para avaliar que a Lei Seca não conseguiu inibir essas mortes nas estradas federais.

No feriado de Páscoa, o número de acidentes nas estradas foi 9% menor do que no ano anterior, mas a maioria das mortes ocorreu em razão de colisão frontal. Em Minas Gerais, 76% das mortes tiveram esse motivo.

A colisão frontal continua representando cerca de 44% das mortes nas estradas federais, apesar de, no Carnaval deste ano, ter havido o menor número de mortes em rodovias em dez anos, segundo o governo, em razão da Lei Seca. Foram 100 colisões frontais provocando a morte de 70 pessoas, e mais 25 mortes em razão de ultrapassagens indevidas.

Conforme Pires, as viaturas da PRF têm se deslocado ao longo das rodovias para observar o trânsito e inibir as ultrapassagens. "Só que hoje a autuação da ultrapassagem forçada tem um valor da multa é muito pequeno, e como é o que mais mata, a gente está trabalhando junto com diversos ministérios para modificar essa infração específica", afirma.
  • Proposta quer multiplicar por 7 a multa atual, de R$ 191, e penalizar com 7 pontos na carteira quem forçar ultrapassagem perigosa, em local proibido ou acostamento.
A ideia é aumentar o rigor, aproveitando esse processo da Lei Seca, e atacar também outros pontos extremamente problemáticos que a gente tem no trânsito"
 
Marivaldo Pereira, secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça
 
Multa multiplicada por 7
Para coibir a ultrapassagem proibida, Congresso e Executivo têm discutido um pacote de medidas relacionadas à melhoria na segurança do trânsito, e a expectativa é que seja aprovado ainda este mês, aumentando multas para esse tipo de infração, afirmou ao G1 o secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira.

"A ideia é aumentar o rigor, aproveitando esse processo da Lei Seca, e atacar também outros pontos extremamente problemáticos que a gente tem no trânsito. A ultrapassagem não é o maior número de acidentes, mas o índice de fatalidade é extremamente alto", afirma.

Pelo texto em discussão, a proposta é multiplicar por 7 a multa atual, de R$ 191, mais 7 pontos na carteira de motorista para quem forçar a ultrapassagem perigosa, em local proibido ou pelo acostamento. O governo também quer investir em campanhas educativas, está prevista a realização de operações integradas de fiscalização, federal, estaduais e municipais.

"A Lei Seca não optou pela questão penal, mas teve um efeito muito mais importante: pautou o assunto e atingiu um ponto bastante sensível, que é o bolso. O rigor da multa sensibilizou muito mais do que projetos da questão penal", afirma o secretário.

"Há uma decisão em fazer essa modificação", afirmou o presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, deputado federal Hugo Leal (PSC-RJ). "Hoje a multa é muito baixa. Haverá também alguns casos de suspensão imediata da CNH, por exemplo, para quem ultrapassar na contramão", diz.

Segundo Leal, o texto deve ser apresentado na próxima semana, e a expectativa é que seja aprovado até o fim do mês. "Estamos escolhendo alguns projetos de lei e adequando com esse desejo de fazer o aumento das punições."

A Lei Seca elevou a multa para quem dirige sob efeito de álcool ou outra substância entorpecente, de R$ 957,70 para R$ 1.915,40. O valor que pode dobrar em caso de reincidência.

O objetivo é tirar de circulação os poucos maus condutores que trazem um risco muito grande ao cidadão que circulam de forma adequada"
 
 Stênio Pires, inspetor da PRF
"Nas cidades, a Lei Seca já mostrou resultado, mas nas estradas, a mistura de álcool com direção é a quinta causa de mortes", complementa Leal. "Agora vamos diminuir as mortes também nas estradas."
Também devem ser apresentadas propostas para aumentar o rigor para disputa de racha, visando a simplificação do processo administrativo para perda da carteira de motorista e para simplificar e reduzir os prazos para o leilão de veículos abandonados nos órgãos de trânsito, com a desvinculação das multas e tributos do novo proprietário.

Segundo o secretário do Ministério da Justiça, o tema é sensível, "mas a maioria dos parlamentares concordaram em agilizar os projetos existentes". "Estamos nos reunindo semanalmente."

Para o inspetor da PRF, a intenção não é multar os motoristas, mas evitar acidentes. "A grande maioria de cidadãos brasileiros respeitam o Código de Trânsito Brasileiro. O objetivo nunca é penalizar todos os cidadãos. O objetivo é tirar de circulação os poucos maus condutores que trazem um risco muito grande ao cidadão que circulam de forma adequada", conclui.

 http://g1.globo.com/brasil/noticia/2013/04/lei-seca-reduz-mortes-mas-nao-inibe-acidente-que-mais-mata-nas-rodovias.html

UTI de maternidade fechada no DF recebeu bebê mesmo após 7ª morte

Transferência aumentaria os riscos de uma nova morte, disse secretário.
Maternidade de Ceilândia é a maior do DF e faz 20 partos por mês.

Secretário-adjunto de Saúde, Elias Miziara, durante coletiva neste sábado (Foto: Raquel Morais/G1) 
Secretário-adjunto de Saúde, Elias Miziara, durante coletiva neste sábado (Foto: Raquel Morais/G1)
 
Mesmo após a morte do sétimo bebê em 18 dias, a UTI neonatal do Hospital Regional de Ceilândia recebeu outro recém-nascido na manhã deste sábado (13). A Secretaria de Saúde do Distrito Federal anunciou o fechamento da maternidade como "medida preventiva". As causas da morte da criança ainda não foram identificadas - a pasta não descartou a possibilidade de infecção por Serratia.

Segundo o secretário-adjunto, Elias Miziara, o bebê foi internado mesmo após a morte da outra criança e a interdição da maternidade por ter "chance de sobrevida pequena" se fosse transportado para outro local. "Sempre aumenta enormemente o risco para ele [se ele for transferido, em vez de ficar no hospital]", disse.

Miziara informou ainda que os bebês atualmente internados na unidade - 11 na enfermaria e oito na UTI - não serão transferidos para prevenir novos contágios. "Poderia representar um risco para outras unidades", disse.

Na manhã deste sábado a secretaria solicitou que bombeiros e Samu não encaminhem mais mães ao hospital. A maternidade é a maior do DF e realiza cerca de 20 partos por dia.
Dos 56 leitos disponíveis na enfermaria, 11 estavam ocupados neste sábado. Todas as oito vagas na UTI neo-natal também tinham bebês internados. Destes, a Secretaria informou que dois também estão contaminados pela bactéria Serratia, mas em quadro controlado;um está sob investigação e os outros cinco enfrentam outros problemas.

A pasta informou que vai trocar antibióticos e materiais de limpeza para auxiliar na higienização da unidade. Não há previsão para que todas as crianças internadas recebam alta nem para a a desinterdição da maternidade.

"Nós ainda não sabemos exatamente se há um foco [provocando infecções por bactéria], nem onde está esse foco", explicou o secretário. "É possível até que a situação esteja controlada, mas estamos adotando uma conduta preventiva."

Interdição
A Secretaria de Saúde decidiu fechar a maternidade do hospital na manhã deste sábado depois que mais um bebê morreu na UTI neonatal. Foram sete casos no período de 18 dias. De acordo com a pasta, a média costuma ser de cinco mortes por mês.

Dos sete bebês, dois foram mortos por infecção da bactéria Serratia. Outros dois morreram por problemas gástrico e cardíaco, sem ligação com a bactéria. As mortes das outras três crianças, incluindo a que morreu neste sábado, ainda estão sendo investigadas.

"Um sinal de alerta surge quando você vê uma criança que, ao que tudo indica, irá bem, e aí acontece um evento como esse [morte]", disse o secretário-adjunto.
Fachada do Hospital Regional de Ceilândia (Foto: TV Globo/Reprodução)Fachada do Hospital Regional de Ceilândia (Foto: TV Globo/Reprodução)
 
A transmissão da bactéria ocorre principalmente por causa da falta de higiene nas mãos. A  Serratia causa diminuição das plaquetas no sangue, que é responsável pela coagulação. Pacientes com baixa quantidade de plaquetas estão mais suscetíveis a anemias e hemorragias.

 http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2013/04/uti-de-maternidade-fechada-no-df-recebeu-bebe-mesmo-apos-7-morte.html

PM aposentado é morto com golpes de facão e flecha em Douradina, MS

Índios guarani-kaiowá são suspeitos de cometer crime na zona rural.
Indígenas alegam que foram atacados e agiram em legítima defesa.

 Um policial militar aposentado, de 68 anos, morreu no fim da tarde de sexta-feira (12) na zona rural do município de Douradina, a 190 quilômetros de Campo Grande. Ele teria sido feito refém pelos indígenas por várias horas e sofreu agressões. Segundo informações da Polícia Civil, a vítima foi atingida por golpes de facão e flecha. O militar morreu antes de chegar ao hospital.

Conforme informações da Polícia Civil, ele tinha uma propriedade rural vizinha a um assentamento indígena e já havia registrado queixas em que denunciava que índios cortavam a cerca da fazenda.
 
Indígenas alegam que o policial aposentado teria invadido o assentamento, onde fez seis disparos. Eles então teriam reagido ao ataque e assassinado o produtor rural em legítima defesa. A arma do crime, ainda de acordo com os indígenas, foi entregue a Polícia Civil.

Agora, a polícia procura outros três indígenas que teriam participado do crime.

 http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2013/04/pm-aposentado-e-morto-com-golpes-de-facao-e-flecha-em-douradina-ms.html