quarta-feira, 3 de abril de 2013

Crianças enfrentam 'escalada' de 70 metros para chegar a escola na China


Meninos e meninas são obrigados a subir escada íngreme e perigosa para ir à escola do vilarejo onde vivem.

Um grupo de crianças de um vilarejo na China enfrenta regularmente uma íngreme escada de cerca de 70 metros de altura para ir e voltar para a escola.

O vilarejo de Zhangjiawan, situado no condado de Sangzhi, na província chinesa de Hunan, não possui outras formas de contato com a cidade mais próxima.

Então, a rudimentar escada de madeira acaba sendo a mais viável alternativa para que crianças cheguem à escola e outros moradores possam ir e voltar do vilarejo.

Os moradores de Zhangjiawan já construíram inúmeras escadas para permitir que outros fizessem o trajeto. A cada cinco anos, eles constroem uma nova.

Mas muitos dos habitantes locais dizem esperar que o governo chinês crie novos e mais seguros acessos.
Crianças enfrentam 'escalada' de 70 metros para chegar a escola na China (Foto: BBC)Crianças enfrentam 'escalada' de 70 metros para chegar a escola na China (Foto: BBC)
Crianças enfrentam 'escalada' de 70 metros para chegar a escola na China (Foto: BBC)Crianças enfrentam 'escalada' de 70 metros para chegar a escola na China (Foto: BBC)
 
 http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/04/criancas-enfrentam-escalada-de-70-metros-para-chegar-a-escola-na-china.html
 

Condenada por desvio de R$ 14 milhões do TJRN passa mal na prisão

Carla Ubarana está presa desde o dia 26 no CDP Feminino de Parnamirim.
Segundo a PM, socorristas do Samu a atenderam na noite desta terça (2).

Condenada a 10 anos de prisão, Carla foi detida nesta terça em Natal (Foto: Fernanda Zauli/G1)Condenada a mais de 10 anos de prisão, Carla foi presa no último dia 26, em Natal (
 
A ex-chefe da Divisão de Precatórios do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, Carla Ubarana, foi atendida por socorristas do Samu na ontem desta terça-feira (2) no interior do Centro de Detenção Provisória de Parnamirim, onde está presa desde o último dia 26 ao ser condenada a mais de 10 anos de prisão por orquestrar um esquema de desvio de recursos do TJ.
Segundo o coronel Francisco Araújo Silva, comandante geral da Polícia Militar, uma ambulância foi acionada para prestar atendimento médico a Carla, que passou mal em sua cela. Ela foi atendida no local. “O médico avaliou a detenta e considerou que ela ainda poderia permanecer na unidade”, afirmou. O comandante, no entanto, não soube explicar o motivo do acionamento do socorro.

Carla Ubarana e seu marido, George Leal, foram condenados após confessarem participação em um esquema fraudulento que desviou mais de R$ 14 milhões da Divisão de Precatórios do TJRN. Ela foi sentenciada à 10 anos, 4 meses e 13 dias, além de 386 dias-multa. Já o marido dela, George Leal, foi condenado a 6 anos, 4 meses e 20 dias no regime semiaberto, mais 222 dias-multa.

Entenda o caso
A ex-chefe da Divisão de Precatórios do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte Carla de Paiva Ubarana Araújo Leal e o marido dela, George Leal, foram presos no dia 26 de março em Natal. Os dois foram condenados por fraudes na divisão de Precatórios do TJRN. Segundo a denúncia do Ministério Público, Carla encabeçava um esquema que desviou, de acordo com a sentença, R$ 14.195.702,82 do TJ. Os mandados de prisão foram expedidos pelo juiz da 7ª vara Criminal de Natal, José Armando Ponte Dias Junior.
Carla e George evitaram falar com a imprensa nesta terça (Foto: Fernanda Zauli/G1)Carla e George evitaram falar com a imprensa.
 
Pela sentença, Carla Ubarana foi condenada a 10 anos, 4 meses e 13 dias, mais 386 dias-multa em regime fechado. George Leal pegou pena de 6 anos, 4 meses e 20 dias, mais 222 dias-multa em regime semiaberto. Os dois foram condenados por peculato. (Confira no final da matéria a cronologia das prisões de Carla Ubarana e George Leal)

José Armando Ponte, ainda na sentença, manda que todos os bens apreendidos em nome de Carla e George sejam leiloados e que o dinheiro arrecado nesses leilões seja depositado em conta a ser definida pelo Tribunal de Justiça. Essa mesma conta deve receber o dinheiro em espécie - moeda nacional e estrangeira - apreendido com o casal.

Os demais réus - Cláudia Suely Silva de Oliveira Costa, Carlos Eduardo Cabral Palhares de Carvalho e Carlos Alberto Fasanaro Júnior - foram absolvidos. O juiz José Armando Ponte já determinou que todos os bens deles que estão apreendidos sejam devolvidos. Essas absolvições atendem a pleito formulado pelo próprio Ministério Público na denúncia.

Na sentença, o juiz José Armando Ponte diz que "era Carla Ubarana, com sua inteligência aguçada, quem comandava, com maestria, rigidez e desenvoltura, as ações praticadas por George Leal e pelos 'laranjas'".
Sobre o marido de Carla, o magistrado diz: "George Leal mostra-se orgulhoso das condutas criminosas que praticou, as quais detalha com especial soberba, especialmente quando detalha, em minúcias e pormenores, o passo a passo da construção e reforma da sua casa praiana em Baía Formosa, enfatizando a qualidade do material utilizado e o bom gosto arquitetônico".

Operação Judas

Carla Ubarana não havia prestado concurso para entrar no Tribunal de Justiça. Ela foi incorporada ao quadro de servidores efetivos ainda na década de 80, antes da normatização da Constituição Federal, que obriga a realização de concurso público para admissão de servidores municipais, estaduais e federais. Ao longo de mais de uma década, Ubarana ocupou diferentes posições no Tribunal e foi demitida enquanto ocupava o cargo de técnico judiciário de 3º entrância da Comarca de Natal. O salário da ex-servidora girava em torno de R$ 9 mil.

 A demissão de Carla Ubarana ocorreu dias após a própria presidenta do TJ à época, Judite Nunes, determinar a retomada do pagamento do salário da ex-servidora, suspenso desde junho. A ex-servidora e seu marido, o empresário George Leal, foram presos em janeiro de 2012 em Recife. Além deles, mais três pessoas foram presas sob a acusação de formarem uma quadrilha que operacionalizava os desvios de recursos destinados ao pagamento de precatórios.


O esquema de corrupção foi investigado pelo Ministério Público Estadual e desencadeou a Operação Judas. Após acordo de delação premiada, em março deste ano, Carla e George assumiram a autoria dos crimes e citaram que tudo ocorria sob a anuência dos ex-presidentes do TJRN, os desembargadores Osvaldo Cruz e Rafael Godeiro. Ambos foram afastados da Corte potiguar pelo Conselho Nacional de Justiça e aguardam realização de audiência de instrução no Superior Tribunal de Justiça, onde apresentarão suas respectivas defesas.

 http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2013/04/condenada-por-desvio-de-r-14-milhoes-do-tjrn-passa-mal-na-prisao.html

Substância viscosa de peixe pode compor 'roupa do futuro'

Cientistas acreditam que muco do myxini, o peixe-bruxa, pode ser transformado em roupas esportivas ou, ainda, em coletes de proteção contra armas.

Uma espécie de peixe sem mandíbula e sem espinha dorsal que vive no fundo do mar há mais de 500 milhões de anos secreta uma membrana viscosa que poderá ser utilizada como o tecido da roupa do futuro.
O myxini (do grego myxa, muco), também conhecido como peixe-bruxa, é uma criatura sem nenhum glamour. Ele nada em águas muito profundas, com baixa visibilidade, sempre procurando por comida. Seu prato predileto são restos de baleias mortas.

Mas ele tem uma interessante "carta na manga". O truque está na sua estrutura corporal, que se parece com a de uma cobra. Nas laterais, glândulas soltam uma substância viscosa abundante e altamente concentrada que, na ausência de mandíbula, serve de autodefesa.
A substância viscosa do peixe-bruxa tem fibras extremamente fortes e elásticas. (Foto: BBC) 
A substância viscosa do peixe-bruxa tem fibras extremamente fortes e elásticas. (Foto: BBC)
 
Pesquisadores filmaram recentemente o que acontece quando um tubarão morde um myxini. Sua boca e suas guelras são rapidamente cobertas pelo muco, e imediatamente eles desistem do ataque para não morrer asfixiado.

"Eles talvez não sejam uma das criaturas mais bonitas de se trabalhar, mas eu tenho muito respeito por elas", diz Tim Winegard, pesquisador da University de Guelph, no Canadá, que estuda as fibras encontradas no muco do peixe-bruxa.

"Esses peixes são campeões por terem sobrevivido após os dinossauros e a diversos outros processos de extinção em massa", acrescenta Winegard.

Dinossauros foram extintos por volta de 60 milhões de anos atrás, mas um fóssil do peixe-bruxa que foi encontrado pelos cientistas - completo e com evidências de glândulas produtoras de muco - foi datado com mais de 300 milhões de anos.

Um myxini possui cerca de 100 dessas glândulas de produção de muco que estão localizadas ao longo do seu corpo. Elas dispersam uma substância leitosa, composta de substância viscosa e fibras.

Quando a substância leitosa se mistura com a água do mar, ela se expande, criando grandes quantidades de um muco translúcido, composto por fibras extremamente fortes e elásticas. Essas fibras, quando esticadas na água e, logo em seguida, secadas, se tornam sedosas.

Material pode ser transformado em roupas esportivas ou, ainda, em coletes de proteção contra armas. (Foto: BBC)Material pode ser transformado em roupas esportivas ou, ainda, em coletes de proteção contra armas. (Foto: BBC)
 
Roupas esportivas ou coletes de proteção
As maiores espécies de myxini podem chegar a até 1,2 metro, mas a maioria chega a apenas 30 centímetros. Mesmo com o pequeno tamanho, apenas um peixe-bruxa possui centenas de quilômetros de filamentos de muco dentro de seu superprotegido corpo.

Cientistas acreditam que o muco do myxini - ou ainda outras proteínas similares a esta substância viscosa - pode ser transformado em roupas esportivas ou, ainda, em coletes de proteção contra armas.

Durante anos, cientistas têm tentado encontrar alternativas para substituir fibras sintéticas como o nylon, lycra ou o spandex, que são produzidos a partir do petróleo - uma substância de fonte não-renovável.

O muco de peixe-bruxa teria assim potencial para gerar uma fonte natural e renovável para produzir tecidos.
Mas, primeiro, os especialistas precisam descobrir como aumentar a produção do muco dos myxini. Os especialistas afirmam que esse processo seria improvável em fazendas para produção de peixes-bruxa, pois a espécie parece não se reproduzir bem em condições de cativeiro.

"Sabemos muito pouco sobre a reprodução do peixe-bruxa e ninguém até agora conseguiu gerar um único myxini em cativeiro, por mais incrível que isso pareça", explica Douglas Fudge, que lidera o projeto de pesquisa Guelph. "Neste momento, nós literalmente não poderíamos ter fazendas para produzir peixes-bruxa da mesma forma como podemos fazer com vacas e frangos ou qualquer outro animal domesticado".

Proteínas
Em vez disso, cientistas esperam reproduzir artificialmente as proteínas que são encontradas no muco do peixe-bruxa em laboratório.

Este é o mesmo método que os cientistas utilizaram com a seda de aranha. No entanto, por conta das fibras das proteínas da seda da aranha serem muito grandes, isso seria extremamente complexo (seria como tentar extrair as mesmas proteínas de uma cabra transgênica).

No caso do muco do peixe-bruxa, há ainda muitas qualidades similares ao da seda de aranha, mas com uma grande vantagem, afirma Fudge. As proteínas extraídas do myxine são muito menores e, em teoria, seriam mais fáceis de replicar.

Ninguém conseguiu produzir sequer um carretel com os fios extraídos da proteína do muco do peixe-bruxa, mas diversos cientistas estão trabalhando para que isso aconteça.

"Estou tentando retirar com pinças as fibras como se estivesse puxando isso pra cima", explica a professora Atsuko Megishi, do projeto Guelph, na mesma hora em que tenta puxar o que mais se parece com a nata formada numa caneca de leite quente.

Essa "nata" com a qual os cientistas trabalham é como se fosse uma membrana muito fina formada pela proteína extraída do muco do peixe-bruxa. Quando a membrana é destruída, pequenas fibras são formadas. Assim, os cientistas conseguem as puxá-las com as pontas dos dedos.

Outros membros do projeto Guelph estão ainda tentando outro método. Eles utilizam uma bactéria geneticamente modificada que pode extrair as fibras ao longo de todo o corpo do peixe.

Se os cientistas tiverem sucesso na extração dessa nova fibra, eles poderão trabalhar com a indústria têxtil para levar novos produtos ao mercado.

Mas ainda têm o desafio de criar uma nova marca. "Peixe-bruxa - isso provavelmente assustaria os consumidores! Sem falar (no termo) substância viscosa", brinca Tim Winegard.

Mas talvez esse antigo muco das profundezas do oceano possa ser transformado na camisa que você veste.

 http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/04/substancia-viscosa-de-peixe-pode-compor-roupa-do-futuro.html

Pombo invade quarto de hospital e pousa em cima do soro de paciente

Irmã da paciente registrou uma imagem e denunciou descaso do hospital.
Hospital Ana Costa afirma que pombo foi retirado e que caso é inédito.


Pombo invade hospital em Santos (Foto: Mayara Shimizu / Arquivo Pessoal)Pombo invadiu hospital em Santos

Um pombo entrou no Hospital Ana Costa, em Santos, no litoral de São Paulo, e voou vários metros até entrar em um quarto onde estavam duas pacientes. O animal voou sobre elas e pousou em cima de uma das bolsas de soro. A situação revoltou Mayara Shimizu, irmã de uma das pacientes que estavam internadas no hospital.

Segundo Mayara, a situação ocorreu durante o fim de semana na área de repouso do hospital. A irmã conta que Vanessa Espinosa estava tomando a segunda bolsa de soro quando o pombo apareceu andando pelo quarto. "Os enfermeiros começaram a se agitar e não sabiam como tirar o animal do local. 

Quando começaram a perseguir o pombo, ele voou e ficou em cima do soro da minha irmã. Eles tentaram abrir uma janela, mas tinha grade. Aí pegaram um lençol, mas a ave voou para o banheiro. A médica chegou e pediu para a minha irmã sacudir o soro para o pombo voar. Depois de algum tempo ele saiu da sala", explica.
Mayara explica que ficou extremamente desconfortável com a situação, já que sua mãe não enxerga de um dos olhos por causa de uma doença transmitida pelos pombos. "Eu tenho medo de pombos. Minha irmã ficou preocupada porque o pombo poderia fazer alguma necessidade em cima dela. Eu não quero nada do Hospital além de um serviço de qualidade. Quero pessoas treinadas para fazer o que devem fazer", reclama a estudante universitária.

Vanessa, que aparece na imagem deitada na cama, afirma que o pombo chegou a voar em cima dela e de uma outra paciente que estava no local. "Quando gritaram para eu balançar o soro, o pombo voou e ficou passando por cima da gente. O estranho é como o pombo chegou lá. As janelas estavam com grade e fechadas. Então ele deve ter entrado pela porta. Mas como ninguém reparou em um pombo entrando no hospital?", questiona.

A estudante de tecnologia da informação explica que, quando viu o animal, ficou com bastante medo por causa de uma possível transmissão de doença. "Não acreditava no que via. Quando ele começou a voar eu cobri meu rosto, com medo que ele voasse para cima de mim. Eles expulsaram o pombo e ficaram comentando entre eles. Em nenhum momento falaram comigo. Pretendo entrar em contato com a direção. Essa não é a primeira vez que faço uma reclamação. Outro dia encontraram um formigueiro na sala de medicação", reclama.

Em nota, o Hospital Ana Costa informa que o pombo entrou no pronto-socorro pela porta principal, que permanece aberta 24 horas por dia. Imediatamente depois de identificada a sua presença, os profissionais do Hospital se mobilizaram para capturá-lo e retirar o animal do ambiente. O Hospital afirma que o incidente ocorreu durante alguns minutos, entre a entrada e a remoção da pomba. O Ana Costa ressalta que esse é um caso fortuito e inédito no hospital, que possui toda a certificação referente a controle de pragas, conforme as normas da Anvisa.

 http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2013/04/pombo-invade-quarto-de-hospital-e-pousa-em-cima-do-soro-de-paciente.html

Pai de menino morto no RJ ‘chorou compulsivamente’, diz delegado

Heraldo voltou a negar relacionamento com manicure.
'Não houve vingança, houve ganância', disse o delegado.


Pais de João Felipe deixaram a delegacia pouco depois das 12h desta terça-feira (2) (Foto: Cristiane Cardoso/G1) 
Pais de João Felipe deixaram a delegacia pouco depois das 12h  (Foto: Cristiane Cardoso/G1)
MAPA_manicure_barradopirai_RJ (Foto: Editoria de Arte / G1)
Em depoimento na manhã desta terça-feira na 88ª DP (Barra do Piraí), o empresário Heraldo Bichara Júnior, pai do menino João Felipe Bichara, de 6 anos, morto em 25 de março, "chorou compulsivamente", segundo o delegado responsável pelo caso, José Omena. Ainda de acordo com ele, Heraldo mostrou uma filmagem na qual aparece brincando com o filho. “Nós que somos pais, sabemos que os nossos filhos são a nossa motivação de vida. Tiramos da gente para dar para os nossos filhos”, disse Omena.

Heraldo voltou a negar o relacionamento com a manicure Susana do Carmo Figueiredo, que confessou ter sequestrado e matado a criança em um quarto de hotel. De acordo com o pai do menino, a mulher teria enviado uma mensagem para o celular dele entre junho e julho do ano passado. De acordo com ele, foram três mensagens no intervalo de três dias. A primeira foi "oi, tio Sukita". A segunda, "eu gosto de você" e a, terceira, "vamos sair?".

Somente na terceira mensagem Heraldo identificou que era de Susana. Nas duas primeiras ele contou que retornou e a ligação caía em uma musica. Quando conseguiu falar, ela teria se identificado e convidado Heraldo para sair. Em resposta, ele teria dito: "Para mim não dá", contou o delegado. Na época do ocorrido, o pai do menino achou melhor não contar nada para a mulher, Aline Santana..

Em uma das versões dadas por Susana durante depoimento, ela chegou a dizer que teve um relacionamento amoroso com o pai da criança. Com a declaração do pai, o delegado segue com a linha de investigação de sequestro e afirma que existe uma carta descrevendo esse plano. “Não houve vingança, houve ganância. Com a cartinha é possível chegar a essa conclusão”, disse o delegado, ressaltando que vai pedir, até amanhã (quarta-feira), a quebra dos dados telefônicos para saber com quem Susana falava mais e para quem ela ligou quando estava no hotel com a criança.

Para Omena, desde o início a intenção da manicure era pedir o resgate e matar o menino, já que a criança poderia reconhecê-la. "A Susana tinha múltiplos objetivos nesse fato. Apesar de ele ter recusado, isso não afastaria o objetivo nele", afirmou.

O diretor da Delegacia de Polícia da Área (5ª DPA), da região Sul Fluminense, Ricardo Martins, acompanhou o depoimento de Heraldo e declarou que o pai do menino continua muito abalado. "Ele está muito magoado, muito traumatizado", afirmou. De acordo com Martins, as investigações continuam.

Na segunda-feira (1°), a polícia ouviu os depoimentos de Simone de Oliveira, mãe de Susana, que entregou anotações em um caderno, com detalhes de um plano de sequestro feito pela manicure. Em seguida foi a vez de um ex-namorado de Susana depor. Maicon Santiago Olimpio, de 25 anos, contou detalhes do relacionamento e lembrou que ela dizia odiar a criança e era assediada pelo pai da vítima, Heraldo Bichara Júnior.

Pai do menino João, o empresário Heraldo Bichara Júnior deixa a delegacia ao lado da esposa Aline Santana (Foto: ALESSANDRO COSTA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO)Pai do menino João, Heraldo Bichara Júnior deixa a delegacia ao lado da mulher (Foto: Alessandro
Costa/Agência O DiaA/Estadão Conteúdo)
Manicure Susana do Carmo está em Bangu  (Foto: Divulgação / Seap)Manicure Susana do Carmo está presa em Bangu pela morte do menin.
 
"Quando eu morava com ela, ela era maneira. Isso tem entre um ano e 10 meses. Ela falava comigo que o marido da Aline [mãe de João] ficava assediando ela. Se é mentira ou verdade, eu não sei. Ela falava que ia continuar fazendo unha. Eu não vi, então não me sentia traído. Ela falava que não tinha nada com ele”, disse Maicon, na delegacia. “Falava que odiava o filho dela [de Aline], que ele batia nela, que se fosse filho dela iria dar uns tapas. Eu falava pra ela sair, mas ela dizia que precisava”, acrescentou.

Exame de gravidez
Entre os pertences de Susana, foi encontrado um exame de gravidez, com data de outubro de 2012. A mãe não disse se houve aborto, mas informou que teria engravidado de um homem a quem chamava de “Coroa”. Segundo Omena, a mãe falou que ele teria ameaçado ela por conta da gravidez.

De acordo com o ex-namorado, ela dizia que o filho era dele. "Ela falou que era meu, mas pode ter dito que era do Ícaro [outro ex-namorado] também, e sei lá de mais quem. Quando terminei com ela soube que ela tinha um monte de homem. Tem mais de 11 meses que não tenho mais nada com ela."

Mãe revela plano de sequestro
A mãe da manicure apresentou ao delegado José Mario Omena, na manhã desta segunda, uma carta detalhada em que a manicure revela o plano de sequestrar uma criança e pedir R$ 300 mil de resgate. "Pelo contexto, só pode ser do João", afirmou Omena.

Segundo o delegado, na carta feita em duas folhas de caderno, a manicure descreveu o plano, detalhando que ligaria para escola, pegaria a vítima e reservaria o quarto de hotel. Durante a descrição da contabilidade, em momento algum, segundo Omena, Susana menciona pagamento a terceiros, reforçando a tese de que ela agiu sozinha. "Se ela ia pedir resgate depois, a gente não deu tempo para isso, pois ela ia pedir com a  criança morta mesmo", disse.

No dia do crime, Susana ligou para a escola onde João estudava se passando pela mãe dele, pediu que a criança fosse liberado da aula e o levou de táxi até um hotel, onde teria asfixiado o menino. O corpo foi achado em uma mala, na casa da manicure. O motivo ainda não ficou claro para a polícia, já que a manicure contou versões variadas da história.

A carta feita em duas folhas de papel foi encontrada na casa da manicure, mas, para o delegado, mesmo com os detalhes do plano de sequestro, Susana não tinha intenção de devolver o menino. “Em momento algum ela pensou em devolver a criança para a família. Uma coisa que me causou estranheza foi ela escrever para si mesma", disse Omena, ressaltando que vai analisar as ligações feitas e recebidas no celular da manicure.

A pena para sequestro com morte é maior do que homicídio qualificado, segundo o delegado. "Extorsão mediante sequestro com morte é a maior pena mínima, 24 a 30 anos", afirmou ele, acrescentando que para homicídio a pena mínima é de 12 anos e máxima 30 anos.

Susana teria escrito em folhas de caderno o plano do sequestro (Foto: Cristiane Cardoso/G1)Susana teria escrito em folhas de caderno o plano do sequestro 
 
 http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2013/04/pai-de-menino-morto-no-rj-chorou-compulsivamente-diz-delegado.html
 
 

Sertanejo Cristiano Araújo terá de pagar R$ 600 mil a ex-empresários

Para juiz, cantor quebrou contrato ao deixar dupla para seguir carreira solo.
Magistrado amenizou o valor inicial da multa, que era de R$ 7 milhões.

Cristiano Araújo se apresenta no ES (Foto: Divulgação / Sertanejo Pop Festival) Cristiano Araújo queria rescindir contrato 

O juiz Paulo César Alves das Neves, da 5ª Vara Cível de Goiânia, determinou que o sertanejo Cristiano Araújo pague R$ 600 mil a seus ex-empresários. O cantor havia pedido na Justiça a rescisão do contrato de exclusividade pela dupla Cristiano e Gabriel, que ele deixou para fazer carreira solo. Cabe recurso da decisão. 

O valor estipulado em caso de quebra de contrato era de R$ 7 milhões. No entanto, o magistrado diminuiu a quantia, proporcionalmente ao tempo de agenciamento dos sertanejos. A multa refere-se ainda ao ressarcimento das despesas feitas pelos três empresários que agenciavam a dupla.
Na decisão, Neves argumentou que "o acordo existente entre as partes exprime manifestação livre de suas vontades, representando ato jurídico lícito, praticado por pessoas maiores e capazes e envolvendo direito disponível". O magistrado rejeitou a alegação de Cristiano Araújo de que os empresários não cumpriram regularmente o contrato celebrado entre eles.

Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça de Goiás, em declarações prestadas em juízo, Cristiano reconheceu que os empresários desenvolveram um trabalho para alavancar sua carreira musical. “Não há elementos nos autos capazes de conduzir à certeza que o insucesso arguido pelo autor deve ser atribuído à conduta dos réus", argumentou Neves.

O G1 tentou contato com a assessoria de imprensa da Talismã, que agencia atualmente o cantor Cristiano Araújo, mas as ligações não foram atendidas.
Dupla sertaneja Cristiano e Gabriel (Foto: Reprodução/CD)Cristiano com seu antigo parceiro Gabriel
Ex-companheiro
Paulo César Alves das Neves também analisou o pedido de Luismar Oliveira Damascena (Gabriel), ex-parceiro de dupla de Cristiano. Ele pediu que o sertanejo pagasse multa de R$ 1,7 milhão pela quebra do contrato.

O juiz entendeu que ele não faz jus ao benefício, uma vez que a cláusula foi estabelecida para que a parte infratora efetue o pagamento em favor de outra parte. “Ora, no presente caso, Luismar e Cristiano integravam a mesma parte que o autor, ou seja, a dos artistas, enquanto que os demais réus eram os empresários”, destacou.

Cristiano e Gabriel chegaram a gravar um CD, em 2008. O álbum reuniu 10 músicas cantadas pelos jovens sertanejos.

A reportagem tenta contato com o cantor Gabriel.

Perfil
Cristiano Araújo é goiano e começou a carreira aos 9 anos. De família de músicos, ele foi emancipado aos 10 para poder tocar em bares de Goiânia.
Cristiano Araújo é algemado em delegacia de Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução / TV Anhanguera)Cristiano Araújo é algemado em delegacia de Goiânia
 
Começou a fazer sucesso em 2011, com a música Efeitos, gravada com o também sertanejo Jorge, da dupla Jorge e Matheus. Mas sua carreira tomou uma proporção bem maior depois que ele foi preso por causa do barulho em uma festa na casa onde morava, em um condomínio de luxo da capital goiana, em agosto do ano passado.

Por causa do barulho de uma festa que dava na casa onde morava, em um condomínio de luxo da capital goiana, um juiz que era vizinho do cantor chamou a polícia. Ele foi algemado e levado para a delegacia, onde prestou esclarecimentos e acabou liberado horas depois. Após ter sido detido, o sertanejo virou destaque nos noticiários.

Na época, ele lamentou o ocorrido dizendo que “foi humilhante” e que se sentia “perseguido”. Meses depois, em entrevista ao G1, disse que o incidente teve um lado positivo: “Acabou que foi bacana porque eu ganhei uma mídia no Brasil inteiro e até as pessoas que não me conheciam passaram a conhecer”.

 http://g1.globo.com/goias/noticia/2013/04/sertanejo-cristiano-araujo-tera-de-pagar-r-600-mil-ex-empresarios.html

'O que importa é agora', diz o cantor Hudson no primeiro show após prisão

A dupla Edson & Hudson se apresentou em Suzano, SP, nesta terça-feira.
Cantor ficou preso por dois dias sob suspeita de porte ilegal de armas.

Hudson faz o primeiro show após prisão (Foto: Pedro Carlos Leite)Hudson faz o primeiro show após ter deixado a prisão no último dia 23.
O cantor Udson Cadorini Silva, de 40 anos, da dupla Edson & Hudson retornou aos palcos na noite desta terça-feira, em Suzano, na Região Metropolitana de São Paulo, após ter deixado a Penitenciária de Tremembé, no último dia 23 de março. O cantor foi detido sob suspeita de porte ilegal de armas, após a polícia ter apreendido várias armas e munições em sua casa, em Limeira

Enquanto a banda tocava a primeira música, Edson apareceu sozinho para o público, enquanto Hudson ficou com sua guitarra na lateral do palco. Edson cantou a primeira canção sozinho no palco praticamente o tempo todo. Só no final Hudson apareceu e foi ovacionado pelos fãs.

Depois que cantaram a terceira música, Edson e Hudson conversaram com o público. "Estamos muito felizes por estar aqui em Suzano, vocês são demais!", disse Edson. Fãs abriram faixas com mensagens de carinho para a dupla e de apoio para Hudson, após a polêmica de suas prisões envolvendo armas. Uma das mensagens dizia: "Hudson, nosso amor por você é igual casamento, na alegria e na tristeza estaremos sempre juntos".

Após receber abraços dos membros da banda e de seu irmão, Hudson disse "O passado passou, o que importa é agora". Hudson começou o show usando uma camiseta da banda de rock Guns'n Roses (que em inglês significa "armas e rosas").
Cantor Hudson de volta aos palcos após prisão (Foto: Pedro Carlos Leite/G1)Cantor Hudson de volta aos palcos após prisão
Fãs
A dona de casa Valéria Cristine Correa veio com o marido e a filha assistir o retorno de Hudson aos palcos. "Eu fiquei muito triste com a prisão dele, porque eu não acredito que ele quisesse machucar a ex-esposa. Espero que o show hoje seja tudo de bom porque eu amo ele", afirmou.

O marido, Diogo Santana, que trabalha como cozinheiro, concorda. "A gente deseja muita alegria e que ele saiba que os fãs dele estão do lado dele para o que der e vier". O casal estava acompanhado da filha Tiná, de 12 anos.

Também presente ao show, Joseane Andrade deseja que o cantor supere as polêmicas, "A gente espera que ele dê a volta por cima. Sou muito fã, adoro as músicas dele".

Em liberdade
Após sair da prisão, Hudson falou ao Fantástico sobre os dias que passou preso e o problema com as bebidas. "Colocaram roupa de presidiário em mim, rasparam minha cabeça e me colocaram em uma cela", disse o cantor, que teve prisão preventiva decretada na sexta-feira (22) e foi levado para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Piracicaba (SP) antes de ser transferido para uma penitenciária de Tremembé, também no interior de São Paulo.

Duas prisões em um dia
A Polícia Militar abordou o músico em uma rua do bairro Vila Cláudia, em Limeira na madrugada de quarta e encontrou no carro dele uma pistola 380, um revólver 38, um canivete, um soco-inglês e uma faca de cozinha.
Hudson pagou R$ 6 mil de fiança e foi solto. Logo após deixar a delegacia, ele disse ao G1 que é colecionador e que havia esquecido que as armas estavam no veículo.

Quem chamou a polícia na madrugada de quarta foi uma ex-mulher do cantor, após ele mandar mensagem de celular avisando que iria até a casa dela. O marido da ex-esposa do cantor disse que sabia que Hudson tinha armas e por isso avisou policiais.

O cantor foi preso novamente na noite de quarta depois que policiais militares, baseados em denúncia anônima e com mandado de busca e apreensão, foram à casa dele e encontraram uma carabina, uma bereta, munições de uso proibido e maconha.
Usando boné, Hudson deixa a Penitenciária 2 de Tremembé (SP) no banco de trás do carro. (Foto: Renato Ferezim/G1)Usando boné, Hudson deixa a Penitenciária 2 de Tremembé (SP) no banco de trás do carro.

O sertanejo teve liberdade provisória concedida pela Justiça na noite de quinta-feira (21) e poderia deixar a cela da delegacia de Limeira se pagasse uma segunda fiança de R$ 12 mil. A prisão preventiva decretada na sexta, porém, anulou a liberdade provisória.

Habeas corpus
O Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo concedeu na tarde de sábado um habeas corpus ao músico, dando a ele o direito de responder em liberdade. "A prisão preventiva foi arbitrária. O não tem antecedentes criminais", afirmou o advogado Manoel dos Reis Andrade Neto.

Com o habeas corpus, o cantor deixou a penitenciária de Tremembé por volta das 17h40 de sábado (23). "Sou tão inocente que eu não me preocupei que isso ia me prejudicar e no final prejudicou mais do que eu imaginava. Nunca fui assassino, traficante, nunca fui ladrão", disse Hudson ao sair da prisão.

Entenda o caso
Na noite de terça-feira (19), a ex-mulher do primeiro casamento de Hudson e o atual marido dela, um mecânico de 35 anos, chamaram a polícia depois que o cantor teria avisado por mensagem de celular que passaria para pegar um de seus carros que estaria na residência do casal. "Sei que ele anda armado e achei que iria arrumar confusão", disse o marido da ex-mulher.

A PM abordou o músico na rua, por volta das 2h40 de quarta, após ele passar em frente à casa da primeira esposa. No carro do músico foram encontrados uma pistola 380, um revólver 38, um canivete, um soco-inglês e uma faca de cozinha.

Após pagar fiança e ser liberado, Hudson afirmou ao G1 que não fez ameaças e que havia esquecido que as armas estavam no carro. "Eu não tenho armas para atirar em pessoas. Apenas sou colecionador", disse.
Já na noite de quarta, após denúncia anônima, a Polícia Militar foi à casa do cantor, no condomínio Estância Eldorado, em Limeira, e encontrou uma carabina calibre 38, uma bereta calibre 22, diversas munições (incluindo projéteis de uso restrito do Exército) e maconha.
Armas e munições apreendidas na casa do sertanejo Hudson (Foto: Edison Temoteo/Futura Press/Estadão Conteúdo)Armas e munições apreendidas na casa do sertanejo Hudson 
 
 http://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2013/04/o-que-importa-e-agora-diz-o-cantor-hudson-no-primeiro-show-apos-prisao.html
 

Terceira vítima de estupro em van no RJ diz que queria 'dormir e esquecer'

Jonathan teria segurado jovem para que outro homem a estuprasse. Pelo menos oito vítimas de roubo, também reconheceram suspeitos.

"A única coisa que eu queria era tomar banho, dormir e esquecer". Com essa frase, a terceira vítima de estupro em uma van no Rio resumiu os momentos seguintes à violência sofrida. A jovem, de 18 anos, moradora de um município da Baixada Fluminense, guardou esse segredo por quase dois meses.

Depois de reconhecer, através da imprensa, um dos suspeitos de estuprar uma turista americana no sábado (30), a estudante procurou a Delegacia Especial de Apoio ao Turista (Deat) nesta terça-feira. A vítima reconheceu Jonathan Froudakis de Souza, de 19 anos, como o homem que tentou estuprá-la e a segurou para que um outro homem, ainda não localizado, a estuprasse. Segundo descrição da vítima, ele é branco, tem aproximadamente 1,70m de altura, cabelo preto e liso.

Jonathan, Wallace Aparecido Souza Silva, de 21 anos, e Carlos Armando Costa dos Santos, também de 21, estão presos suspeitos de estuprar a turista americana, de 21 anos, e roubar o namorado dela, um francês de 23. O casal ficou cerca de 6 horas sob poder dos criminosos. Eles foram reconhecidos pelas vítimas e devem ser indiciados por estupro e roubo qualificado. O caso chocou até mesmo policiais experientes.
No carnaval
A jovem contou que, na quarta-feira de cinzas, 13 de fevereiro, por volta de 1h, embarcou na van na Lapa com destino a Copacabana, na Zona Sul. Segundo ela, o veículo, dirigido por Jonathan, estava cheio. No entanto, em Botafogo, os passageiros desceram e ela ficou apenas com ele e o cobrador, ainda não identificado, na van. Com medo, ela pediu para descer, mas foi impedida pela dupla.

"O cobrador me abordou, tentou me agarrar, tirar a minha roupa. O motorista [Jonathan] ficou só olhando e falando palavrões. Depois, o motorista desceu e veio tentar também, enquanto o cobrador me segurava, mas não conseguiu porque eu chutei várias vezes, cuspi nele", contou a estudante.

No entanto, segundo ela, após essa reação, os dois trocaram de posição. "O Jonathan me segurou para o cobrador me violentar. Como o Jonathan era mais forte, eu não tive força para sair e acabou acontecendo o ato da violência. Mas não durou muito tempo porque o lugar era movimentado, passava carro toda hora e acho que eles ficaram com medo", disse.

Jonathan me segurou para o cobrador me violentar. Não tive força para sair"
Vítima de estupro na van
A vítima disse que, depois, chegou a descer da van, chorando, mas foi ameaçada pela dupla para voltar ao veículo. "Voltei para a van porque fiquei com medo e pensei: o que mais de pior pode acontecer? E ele me deixou em Copacabana e seguiu viagem como se nada tivesse acontecido".

Silêncio, medo e vergonha
A jovem não registrou a ocorrência em delegacia nem contou aos pais sobre o caso. Apenas dois amigos sabiam do ocorrido. "Não procurei polícia, médico, nada, porque eu fiquei envergonhada. Estava com vergonha de procurar e temia pelos meus pais", contou a jovem.

O silêncio só foi quebrado quando veio à tona o ataque ao casal de estrangeiros que embarcou na mesma van em Copacabana. "Fiquei revoltada quando vi. Como aconteceu com a turista e eu reconheci, resolvi denunciar. Porque eu acho que quanto mais pessoas tomarem iniciativa vai ser melhor porque ele vai ficar preso bastante tempo e ter o que merece", explicou a vítima, que reconheceu ainda a van usada pelos criminosos. "Eu vi a van, o banco rasgado. Sentei naquele banco".

Depois de passar o dia na delegacia prestanto depoimento, a jovem espera ver seus agressores presos. "Só quero que a justiça seja feita. Que ele [Jonathan] fique preso e pague por tudo que fez não só comigo mas com outras pessoas. E que encontrem o outro [cobrador]", afirmou.

A polícia tenta identificar e prender esse outro suspeito. Uma outra brasileira, de 21 anos, já havia afirmado também ter sido vítima de estupro na van no dia 23 de março. Ela reconheceu Wallace e Jonathan.

Mãe pede perdão
A mãe de Jonathan, que preferiu não se identificar, esteve na delegacia nesta terça-feira. Chorando bastante, ela disse que mal podia acreditar no que o filho havia feito e pediu perdão às vítimas.

"Ele errou e vai ter que pagar pelo que fez. Foi uma crueldade que não tem explicação. Para mim, é muito difícil. Só peço que perdoem o meu filho", disse a mãe, revelando que Jonathan tem uma filha de 1 ano e 7 meses e será pai pela segunda vez.

Foi uma crueldade sem explicação"
Mãe de Jonathan 
Também nesta terça, dois motoristas de van, que fazem a linha Castelo-Ilha do Governador, procuraram a delegacia para dizer que foram vítimas de assalto. Um deles foi rendido na Praça XV, no Centro, assaltado e levado para Niterói, na Região Metropolitana, onde foi deixado pelos criminosos. Os dois reconheceram Jonathan e Wallace. Outras seis vítimas de roubo já haviam procurado a delegacia com relatos semelhantes.

O titular da Deat, Alexandre Braga, disse que, a partir da prisão dos três suspeitos, vai investigar casos antigos de roubos que possam ter sido praticados pelo trio. Segundo investigadores da Deat, pelo menos outros 10 casos relatados por policiais de outras delegaciais estão sendo analisados.

Crime na van
Todos esses casos vieram à tona após o ataque ao casal de estrangeiros no sábado passado. Segundo a polícia, os dois embarcaram na van em Copacabana, na Zona Sul, para ir à Lapa, no Centro, por volta da 0h de sábado.

MAPA_estupro_turista_RJ (Foto: Editoria de Arte / G1)
No Aterro do Flamengo, o trio obrigou os outros passageiros a descerem e seguiram para Niterói e São Gonçalo, na Região Metropolitana. No caminho, eles pararam em postos de gasolina, onde utilizaram cartões das vítimas para sacar dinheiro e compraram bebidas e energéticos.

Após o cartão do rapaz ser bloqueado, os criminosos voltaram para Copacabana, onde a jovem buscou no apartamento em que morava outros cartões. Em seguida, a van seguiu novamente para São Gonçalo, onde moram dois dos suspeitos.

Durante todo o trajeto, o rapaz foi espancado com a chave de roda da van, enquanto a namorada foi estuprada pelos três criminosos. Somente cerca de seis horas depois, o casal foi abandonado em Itaboraí, na Região Metropolitana.

O rapaz reconheceu os suspeitos na delegacia e no Tribunal de Justiça do Rio, onde foi realizada a produção de prova antecipada, para o caso do estrangeiro deixar o país, como fez a namorada.
Os jovens estavam no Rio participando de intercâmbio em uma faculdade da Zona Sul.

Delegada é afastada
Depois de conversar pessoalmente com a brasileira estuprada no dia 23 de março, a chefe de Polícia Civil, Martha Rocha, decidiu exonerar a delegada Marta Dominguez, titular da Deam de Niterói, "por entender que não foram adotadas as medidas necessárias de investigação".

Também foi exonerada do cargo a diretora do Posto Regional de Polícia Técnico Científica (PRPTC) de São Gonçalo, a perita Martha Pereira, uma vez que ficou constatada a demora no atendimento à vítima, no Instituto Médico Legal (IML) do município.

 http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2013/04/terceira-vitima-de-estupro-em-van-no-rj-diz-que-queria-dormir-e-esquecer.html

1ª turma do método Paulo Freire se emociona ao lembrar das aulas

Método Paulo Freire de alfabetização completa 50 anos neste mês.
Primeira turma teve 380 alunos de Angicos, dos quais 300 se formaram.

Paulo Souza se emociona ao lembrar das aulas (Foto: Fernanda Zauli/G1)Paulo Souza, aluno da primeira turma do método Paulo Freire, se emociona ao lembrar das aulas
(Foto: Fernanda Zauli/G1)
 
Paulo Alves de Souza, 70 anos, Maria Eneide de Araujo Melo, 56, e Idália Marrocos da Silva, 83. Três personagens de uma história que teve como cenário a pequena cidade de Angicos, localizada na região central do Rio Grande do Norte, a 170 km de Natal, e que completa 50 anos neste mês de abril. Os três fizeram parte da experiência de alfabetização de adultos, conhecida como as 40 Horas de Angicos, na qual foram alfabetizados cerca de 300 angicanos, em 1963, sob a supervisão do educador Paulo Freire.
Éder Jofre é professor doutor no método Paulo Freire (Foto: Fernanda Zauli/G1)Éder Jofre é professor doutor no método Paulo
Freire (Foto: Fernanda Zauli/G1)
 
A experiência, inédita no Brasil, tinha uma meta ousada: alfabetizar adultos em 40 horas. Mas não era só isso. De acordo com o professor doutor Éder Jofre, Paulo Freire pretendia despertar o ser político que deve ser sujeito de direito. "A palavra 'tijolo' fez parte do universo vocabular trabalhado em Angicos. Era uma palavra que fazia parte do cotidiano dessas pessoas. Mas não era só ensinar a escrever tijolo, tinha também a questão social e política. Era questionado: você trabalha na construção de casas, mas você tem uma casa própria? Por que não tem? Levava o cidadão a pensar nessas questões", explica Éder Jofre, que é doutor no método Paulo Freire.

Paulo Souza lembra que naquela época, quando tinha 20 anos, já não tinha esperanças de aprender a ler, até que chegou na cidade a notícia do curso de alfabetização de adultos. "Eu não pensei duas vezes. Fui na hora." Ele conta que trabalhava o dia todo e seguia para as aulas que aconteciam em uma casa no centro da cidade. "Naquela época aqui era só mato. Depois do trabalho a gente seguia para a aula com o caderninho debaixo do braço. Aquilo mudou a minha vida, porque quando a gente não sabe ler a gente não participa de nada, a gente não é ninguém", diz, emocionado.
Maria Eneide se tornou professora após passar pelo curso de alfabetização (Foto: Fernanda Zauli/G1)Maria Eneide se tornou professora após passar pelo curso de alfabetização (Foto: Fernanda Zauli/G1)
 
A partir dali eu tive certeza que seria professora"
Maria Eneide
Maria Eneide também participou das aulas de alfabetização. Com 6 anos de idade, ela não era o público alvo do curso, mas acompanhava os pais porque não tinha com quem ficar em casa. "Meu pai e minha mãe estavam no curso, então eu ia com eles. Eu aprendi a ler no colo do meu pai e quando ele não podia ir eu acompanhava minha mãe e depois ensinava meu pai", lembra. A experiência foi determinante na vida de Eneide. "A partir dali eu tive certeza de que seria professora e hoje dou aula para alunos da educação infantil", diz.

Aos 83 anos de idade, Idália Marrocos da Silva diz que se lembra 'como se fosse hoje' das aulas. "Nós íamos para uma casa e tínhamos aula na sala. Naquela época essas aulas aconteciam em todo lugar: na igreja, na delegacia, nas casas das pessoas. Muita gente aprendeu a ler com essas aulas", lembra. De sorriso fácil e boa memória. Dona Idália lembra que muita gente tinha medo de ir às aulas porque na época diziam que Paulo Freire era comunista e que os alunos do curso seriam perseguidos. "Muita gente tinha medo. Minha mãe não queria que eu fosse, mas essas aulas mobilizaram a cidade inteira. Foi quase uma revolução e eu queria fazer parte", conta, na cadeira de balanço, em uma casa simples onde mora sozinha.
Idália também participou das aulas (Foto: Fernanda Zauli/G1)Idália diz que lemrba das aulas 'como se fosse hoje' (Foto: Fernanda Zauli/G1)
Entenda o método Paulo Freire

Paulo Freire desenvolveu um método de alfabetização baseado nas experiências de vida das pessoas. Em vez de buscar a alfabetização por meio de cartilhas e ensinar, por exemplo, “o boi baba” e “vovó viu a uva”, ele trabalhava as chamadas “palavras geradoras” a partir da realidade do cidadão. Por exemplo, um trabalhador de fábrica podia aprender “tijolo”, “cimento”, um agricultor aprenderia “cana”, “enxada”, “terra”, “colheita” etc. A partir da decodificação fonética dessas palavras, ia se construindo novas palavras e ampliando o repertório.

O método Paulo Freire estimula a alfabetização dos adultos mediante a discussão de suas experiências de vida entre si, através de palavras presentes na realidade dos alunos, que são decodificadas para a aquisição da palavra escrita e da compreensão do mundo.

“A concepção freiriana procura explicitar que não há conhecimento pronto e acabado. Ele está sempre em construção”, explica Sonia Couto Souza Feitosa, coordenadora do Centro de Referência Paulo Freire (CRPF), entidade mantida pelo Instituto Paulo Freire.  “Aprendemos ao longo da vida e a partir das experiências anteriores, o que faz cair por terra a tese de que alguém está totalmente pronto para ensinar e alguém está “totalmente” pronto para receber esse conhecimento, como uma transferência bancária. Esse caráter político, libertador, conscientizador é o diferencial da metodologia de Paulo Freire dos demais métodos de alfabetização.”
O método Paulo Freire foi desenvolvido no início dos anos 1960 no Nordeste, onde havia um grande número de trabalhadores rurais analfabetos e sem acesso à escola, formando um grande contingente de excluídos da participação social. Com o golpe militar de 1964, Paulo Freire foi preso e exilado, e seu trabalho interrompido.

“Já naquela época Paulo Freire defendia um conceito de alfabetização para além da decodificação dos códigos linguísticos, ou seja, não basta apenas saber ler e escrever, mas fazer uso social e político desse conhecimento na vida cotidiana”, explica Sonia, que é licenciada em Letras e Pedagogia, com mestrado e doutorado pela Faculdade de Educação da USP.

Desde seus primeiros escritos, Paulo Freire considerou a escola muito mais do que as quatro paredes da sala de aula. Apesar de aplicado entre jovens e adultos, o método também pode ajudar na alfabetização e letramento de crianças.

O método Paulo Freire é dividido em três etapas. Na etapa de Investigação, aluno e professor buscam, no universo vocabular do aluno e da sociedade onde ele vive, as palavras e temas centrais de sua biografia. Na segunda etapa, a de tematização, eles codificam e decodificam esses temas, buscando o seu significado social, tomando assim consciência do mundo vivido. E no final, a etapa de problematização, aluno e professor buscam superar uma primeira visão mágica por uma visão crítica do mundo, partindo para a transformação do contexto vivido.

Nascido no Recife, Freire ganhou 41 títulos de doutor honoris causa de universidades como Harvard, Cambridge e Oxford. Ele morreu em maio de 1997, e no ano passado foi declarado patrono da educação brasileira. “O legado que ele nos deixa, entre tantas contribuições, é de esperança”, destaca a coordenadora. “Um legado de entender a educação como espaço de transformação social, que nos ajuda não só a ler a história, mas sermos também escritores da história.”

 http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2013/04/1-turma-do-metodo-paulo-freire-se-emociona-ao-lembrar-das-aulas.html

Coreia do Norte impede entrada de trabalhadores da Coreia do Sul

Zona industrial de Kaesong já foi símbolo da cooperação entre as Coreias.
Autorização de acesso, que ocorre todos os dias, não foi dada nesta quarta.


A Coreia do Norte impediu na manhã desta quarta-feira (3), horário local, que trabalhadores sul-coreanos entrassem no complexo industrial binacional de Kaesong, que fica no território norte-coreano, em meio à crescente tensão entre os países, anunciou o governo em Seul.

"A Coreia do Norte não deu sua permissão, como faz diariamente, para que 484 trabalhadores sul-coreanos entrassem em Kaesong hoje", disse à agência France Presse o porta-voz do ministério sul-coreano da Unificação, Kim Hyung-suk.
 (Foto: Jung Yeon-Je / AFP) Soldados sul-coreanos caminham em estrada vazia onde normalmente trafegam vários caminhões diariamente. Fronteira foi fechada e acesso de trabalhadores, impedido. (Foto: Jung Yeon-Je / AFP)
Trabalhadores sul-coreanos aguardam após entrada em fábrica ser impedida pela Coreia do Norte. (Foto: Jung Yeon-Je / AFP)Trabalhadores sul-coreanos aguardam após
acesso a fábrica ser impedida pela Coreia do Norte.

(Foto: Jung Yeon-Je / AFP)
"O Norte nos informou esta manhã que estão autorizadas apenas as viagens de regresso de Kaesong, e que o ingresso no complexo foi proibido", revelou o porta-voz.

Pyongyang não precisou quanto tempo vale a medida, disse Kim, que qualificou a decisão de "muito lamentável".

Kim destacou que a prioridade do governo em Seul é a segurança dos 861 sul-coreanos que estão em Kaesong, e o governo afirmou que fará uma ação militar se isso se tornar necessário.
. "Esperamos que nossa gente que está no Norte volte sã e salva."

A zona industrial de Kaesong, situada a 10 quilômetros no interior do território da Coreia do Norte, foi inaugurada em 2004 como símbolo da vontade de cooperação entre as duas Coreias.

Fronteira
A passagem na fronteira entre as duas Coreias em direção a Kaesong é aberta normalmente às 8h30 (20h30  de Brasília), mas nesta quarta-feira os responsáveis norte-coreanos não autorizaram o ingresso dos trabalhadores sul-coreanos, destacou o porta-voz.

O parque industrial intercoreano, que conta com investimentos sul-coreanos, até o momento se mantinha em atividade, apesar da crise na Península Coreana, provocada pelas crescentes ameaças norte-coreanas, após o país ter sofrido sanções, no Conselho de Segurança da ONU, por conta de seu terceiro teste nuclear.
A passagem de fronteira para Kaesong funcionou normalmente nas últimas semanas, mesmo diante da crescente tensão entre Norte e Sul.

Em Kaesong trabalham mais de 50 mil norte-coreanos, a maioria para pequenas empresas sul-coreanas que atuam na área manufatureira produzindo roupas, calçados, relógios e utensílios de cozinha, entre outros.

Preciosa fonte de divisas estrangeiras, o complexo industrial sempre permaneceu aberto, apesar das repetidas crises na península, e sua estabilidade é considerada um barômetro das relações entre as duas Coreias.

 http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/04/coreia-do-norte-impede-entrada-de-trabalhadores-da-coreia-do-sul.html

Testemunha diz que jovem agrediu motorista de ônibus que caiu no Rio

Polícia ouviu sobreviventes e motorista; 7 pessoas morreram no acidente.
Passageiros relatam que ônibus estava em alta velocidade.

O delegado que investiga a queda do ônibus 328 do Viaduto Brigadeiro Trompowski, na Avenida Brasil, perto da Ilha do Governador, no Rio, na tarde desta quarta-feira (3), disse que a agressão de um jovem ao motorista pode ter causado o acidente que deixou sete mortos. José Pedro Costa da Silva, titular da 21ª DP (Bonsucesso), ouviu sobreviventes, inclusive o motorista do veículo, e contou que os primeiros relatos confirmam a discussão entre os dois e que o veículo estava em alta velocidade. As informações são do Jornal da Globo.

Queda do ônibus (Foto: Editoria de Arte/G1)
O motorista do ônibus, André Luiz Souza Oliveira, de 33 anos, está internado com fratura na perna, traumatismo craniano e em estado de choque. O quadro dele é estável. O delegado José Pedro Costa da Silva, da 21ª DP (Bonsucesso) chegou a conversar com ele, mas quer ouvi-lo de novo porque disse que o motorista não estava em condições de prestar depoimento.
“Nós temos duas testemunhas que estão lúcidas, mas que nos falaram que ele vinha em alta velocidade e isso causou a insatisfação de um passageiro por ele não ter parado no ponto”, conta o delegado .
Nelson Martins e o balconista Arioslvado Lima estavam no ônibus que caiu do viaduto. Eles desceram momentos antes do acidente e contaram uma história que pode ajudar a revelar o que aconteceu.
De acordo com o relato das testemunhas, um homem não conseguiu descer onde desejava e, a partir daí, começou uma discussão. Segundo uma das testemunhas, o homem pulou a roleta e passou a gritar com o motorista, que também se exaltou. As duas testemunhas, então, deixaram o ônibus.
“O motorista parou, levantou, discutiu verbalmente, xingando palavrões, e os passageiros começaram a reclamar, que moram longe e tal, ele seguiu adiante. Ao descer eu olhei para trás, eu vi os dois discutindo, principalmente o passageiro, fazendo gesto e tal”, conta Ariosvaldo.

“A única coisa do ônibus que eu ouvi quando desci foi motorista falando 'você não vai pular de volta não, então você vai comigo até o Centro'”, conta Nelson.

O ônibus tinha uma câmera interna que registrou tudo o que aconteceu dentro do veículo e a câmera já está com a polícia. A perícia já foi feita no local do acidente e a polícia tenta agora localizar o passageiro que teria brigado com o motorista.

“Vamos apurar também a responsabilidade desse passageiro que agrediu e ver a extensão dessa agressão teria sido um chute e que ele teria dado sinais de desmaio”, diz o delegado.

Sobreviventes relatam alta velocidade
Os sobreviventes do acidente disseram que o veículo estava em alta velocidade quando caiu do viaduto sobre a Avenida Brasil, no Subúrbio do Rio.

A filha caçula de Marcius Flávio nascimento, de 42 anos, um dos sete mortos no acidente, faz um ano nesta quarta-feira (3). Os planos de comemoração foram brutalmente interrompidos.

“Ele era um pai de família dedicado, um marido amoroso e vai fazer muita falta. O que eu vou dizer pra minha filha de quatro anos?”, diz a esposa de Marcius, Michele Nascimento.

Além de Marcius, também morreram no local: José Adailton de Jesus, 42 anos, Ângela Maria Reis da Silva, 62 anos, Luis Antônio do Amaral, 41 anos, Francisco Batista de Souza, de 40 anos, Oseias da Silva Cardoso, de 39 anos e Luciana Chagas da Silva, que ainda não teve a idade confirmada.

O ônibus ficou amassado, como se fosse de papel. Os bombeiros de seis quartéis foram mobilizados para salvar vidas.

O acidente aconteceu no viaduto que liga a Ilha do Governador, onde fica o Aeroporto Internacional Tom Jobim, e a Avenida Brasil, uma das principais vias de acesso do Rio. O ônibus despencou de uma altura de dez metros.

'Primeiro a chegar'
O motorista Fernando Almeida conta que ajudou a socorrer as vítimas. “Eu vi como se fosse uma cena de terror. Eu estava do outro lado da pista e ali eu escutei como se fosse barulho de um granada ou de uma bomba e quando eu olhei para o outro lado eu vi a cena o ônibus de cabeça pra baixo. Então na hora que passou pela minha cabeça. Ali no momento eu não pensei duas vezes, atravessei a seletivas e fui a primeira pessoa a chegar. Entrei no ônibus, as pessoas gritavam, outras já estavam mortas, consegui puxar algumas pessoas”, conta o motorista Fernando Almeida.

Ônibus destruído depois de cair de um viaduto no Rio de Janeiro. (Foto: Bruno de Lima/Frame/Estadão Conteúdo)Ônibus destruído depois de cair de um viaduto
O veículo só foi retirado da Avenida Brasil quase três horas depois da queda, o que causou um caos no trânsito da cidade. No Instituto Médico Legal (IML), havia uma dolorosa espera dos parentes das vítimas pela liberação dos corpos. Nos hospitais, os parentes das vítimas buscavam notícias.

“Eu soube pela minha nora que ligou pra mim. Meu filho falou que só a cabeça, que acho que é na cabeça, faz a transferência pra uma cirurgia, que meu filho é da marinha”, conta a aposentada Elzemir Campos Leite
“Quando eu atendi ao telefone, que ela ligou, ela pediu que eu viesse correndo pro hospital, que ela tinha sido cuspida quando o ônibus. Ela teve uma fissura da coluna e foi uma que eu dessas vítimas que não aconteceu coisa mais grave”, diz o padrasto de uma das vítimas,Manuel Monteiro.

Hospitalizados
O Hospital de Bonsucesso recebeu uma ferida, uma jovem de 17 anos que estava com o corpo pintado, já que tinha acabado de sair do trote da faculdade. A menina, que não teve o nome revelado, sofreu fratura na clavícula e traumatismo craniano. Ela está em observação e vai passar pelo exame de tomografia. Uma mulher de de 59 anos também foi encaminhada à unidade porque passou mal ao presenciar o acidente. Como não estava no ônibus, essa paciente não entra na contagem do Corpo de Bombeiros.

No Hospital Souza Aguiar, no Centro, deram entrada dois passageiros, um homem e uma mulher. A assessoria da unidade informou que o homem sofreu fratura no fêmur e a mulher está com escoriações no braço.
Também foram levadas quatro vítimas para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha. A Secretaria estadual de Saúde informou que deram entrada três homens e uma mulher. Um dos pacientes, que ainda não foi identificado, chegou em estado gravíssimo e foi levado diretamente para o centro cirúrgico. Ainda não há informações sobre o estado de saúde.

Dois feridos chegaram de helicóptero ao Hospital Miguel Couto, na Zona Sul. Eles sofreram politraumatismo e estão em estado grave. Outras duas vítimas foram encaminhadas ao Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, na Baixada Fluminense. A Secretaria estadual de Saúde informou que uma das pacientes é uma mulher, que está em estado muito grave. A outra vítima chegou de helicóptero ao local e ainda não havia sido identificada até as 19h.

O ônibus, da Viação Paranapuã, do Consórcio Internorte, fazia a linha 328, Bananal-Castelo. O veículo ficou com as rodas para cima.

Câmera de segurança
A Secretaria de Transportes, o Centro de Operações e a empresa de ônibus verificavam se o veículo possuía câmera de segurança, para apurar as causas do acidente e verificar sobre a possível discussão entre motorista e passageiro.

Discussão
Um passageiro que saltou um ponto antes do local do acidente, disse que o motorista estava discutindo com um homem que pulou a roleta. O passageiro disse que desceu do ônibus com medo da briga.
Ônibus caiu de um viaduto deixando 7 mortos e 11 feridos no Rio de Janeiro. (Foto: Sergio Moraes/Reuters)Ônibus caiu de um viaduto deixando 7 mortos e 11 feridos no Rio de Janeiro. (Foto: Sergio Moraes/Reuters)
 

http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2013/04/testemunha-diz-que-jovem-agrediu-motorista-de-onibus-que-caiu-no-rio.html