sexta-feira, 8 de março de 2013

Coreia do Norte faz novas ameaças após sanções da ONU




A Coreia do Norte respondeu nesta sexta-feira às novas sanções da ONU com a ameaça de uma guerra nuclear, prometendo anular acordos de de paz e cortar a linha telefônica direta com a Coreia do Sul, em uma escalada verbal após as reações internacionais a seu recente teste nuclear.

As autoridades norte-coreanas são conhecidas pela retórica belicosa, mas o tom atingiu níveis sem precedentes nos últimos dias, o que provocou temores de um incidente na fronteira, enquanto as duas Coreias planejam importantes exercícios militares durante a próxima semana.

Também ameaçou executar "um ataque nuclear preventivo" contra Estados Unidos e Coreia do Sul. A declaração foi minimizada pelos analistas, que não a levaram a sério, mas revela uma tendência perigosa.

A Coreia do Norte "suprime todos os acordos de não agressão entre o Norte e o Sul", afirmou o Comitê para a Reunificação Pacífica da Coreia (CRPC) em um comunicado divulgado nesta sexta-feira.

O CRPC informou que os acordos deixarão de ter validade a partir de segunda-feira, o mesmo dia em que Pyongyang anunciou que romperá o acordo de armistício assinado em 1953, que acabou com a Guerra da Coreia.

"Também notifica a parte do Sul de que imediatamente cortará a linha direta Norte-Sul", afirma o comunicado do comitê divulgado pela estatal Agência Central Coreana de Notícias.
O telefone vermelho foi instalado em 1971 e o Norte já cortou a linha em cinco oportunidades, a última delas em 2010.

http://noticias.terra.com.br/mundo/asia/coreia-do-norte-faz-novas-ameacas-apos-sancoes-da-onu,e2de4b9ccd44d310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html

Pastor acusado de homofobia presidirá Comissão de Diretos Humanos

Marco Feliciano (PSC-SP) é criticado por declarações supostamente homofóbicas e racistas.

Deputado do PSC é alvo de críticas de ativistas por conta de comentários considerados racistas e homofóbicos Foto: ReproduçãoCom os votos apenas de parlamentares da bancada evangélica, a Comissão de Diretos Humanos e Minorias elegeu nesta qunta-feira o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para presidir o colegiado. Acusado de homofobia e racismo por defensores de direitos de homossexuais e negros, ele recebeu 11 dos 12 votos dos presentes, um a mais do que o mínimo necessário para ser eleito.

Antes da votação, deputados do PT e do Pasol deixaram a reunião em protesto pela indicação do pastor. O ex-presidente da comissão, deputado Domingos Dutra (PT-MA), disse que vai convocar a sociedade para protestar contra a eleição de Feliciano. O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) informou que pretender ir ao Supremo Tribunal Federal para questionar a decisão. "A escolha partidária não pode se sobrepor ao desejo da sociedade", criticou.
Eleito, Feliciano disse que vai propor a criação de um minigrupo para debater "todos os assuntos de forma bem democrática". O pastor acrescentou que vai dar a resposta aos contrários ao seu nome trabalhando em defesa dos direitos humanos de todos os segmentos. "O trabalho que vamos executar vai mostrar ao povo brasileiro que não sou homofóbico. Caso cometesse esse crime, teria que pedir perdão, primeiramente, à minha mãe, uma senhora de matiz negra", disse o parlamentar. "Quero lembrar que os direitos humanos são fundamentais. Sei o que é ser discriminado, sei o que se passa no nosso País", alegou Feliciano.

Pastor Marco Feliciano pede senha de cartão para fiel; veja:
 
Para viabilizar a eleição do deputado evangélico, o PSC teve o apoio do PMDB e do PSDB, que cederam suas vagas na comissão ao partido. Com apenas um membro no colegiado, hoje durante a eleiçã, o PSC tinha cinco deputado membros. O PMDB cedeu duas vagas e o PSDB, mais duas. O partido também recebeu o apoio do PR, do PTC e de um deputado do PSB, o Pastor Eurico (PE).

A escolha do comando das comissões permanentes da Câmara é feita de acordo com o tamanho dos partidos na Casa. Conforme um coeficiente decidido pelas lideranças, os representantes dos partido fazem as escolhas das comissão que irão comandar no próximo ano. Em 2013, coube ao PSC a 18ª escolha.
Agência Brasil.
 
 http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/,c11981fdbd44d310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html?fb_ref=FBRecommPluginTerra
 

Bruno é condenado por morte de Eliza no Dia Internacional da Mulher

Ex-mulher do goleiro, Dayanne do Carmo foi absolvida.

Goleiro Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão Foto: Marcelo Albert / TJMG / Divulgação

Foi na madrugada de 8 de março, Dia Internacional da Mulher, que sete jurados condenaram o ex-goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes, a 22 anos e 3 meses de cadeia pela morte de sua ex-amante Eliza Samudio. Foram quatro dias intensos de julgamento. O ex-jogador já havia sentando no banco dos réus em novembro, no entanto, após estratégia da defesa, o caso foi desmembrado e somente Macarrão e Fernanda foram julgados. Desta vez, Bruno não escapou.

Nos primeiros dias, os trabalhos ficaram por conta das provas e testemunhas. No segundo, a ré Dayanne do Carmo, ex-mulher de Bruno, contou a sua versão no plenário. O ápice do julgamento, entretanto, aconteceu no terceiro dia, com o depoimento do goleiro.

Por aproximadamente seis horas Bruno chorou bastante e contou sua versão da história. Embora não tenha feito uma clara confissão, o ex-atleta do Flamengo admitiu que “aceitou” que Eliza fosse morta. No depoimento, ele contou como tudo supostamente aconteceu. Como se conheceram, como foram os dias da gravidez, e ainda, como foi o dia do crime. 

“Ela falou que viajaria para São Paulo, resolver problemas. Ela se despediu e foi embora. O Macarrão a levou para um ponto de táxi. Horas depois eles voltaram, Luiz Henrique, Jorge e a criança. Eu questionei o que estava acontecendo e o menor me contou. Ele afirmou como tudo aconteceu, que Eliza foi levada para a casa de um homem, ele perguntou se ela usava drogas e depois deu uma gravata nela, e depois foi esquartejada. Eu chorei muito com isso”, disse em prantos. Interrogado pela juíza por quanto tempo ficou “desesperado”, o ex-arqueiro afirmou que foi aproximadamente por 1h30.

O depoimento de Bruno, no entanto, não surtiu efeito. A imprensa questionou e o promotor Henry Vasconcelos confirmou que o réu não fez nenhuma confissão.
Novo depoimento
Em uma tentativa desesperada de reverter à situação, Bruno foi novamente interrogado nesta quinta-feira pela manhã. O atleta, porém, respondeu a apenas um questionamento, feito por seu advogado. “Excelência, eu sabia e imaginava que Eliza morreria”, finalizou.

Logo após os debates começaram. Mostrando total conhecimento do processo, das mais de 15 mil páginas, o promotor Henry Vasconcelos utilizou de seu tempo para mostrar aos jurados que o réu era culpado por todos os crimes que respondia: homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado da Eliza e do Bruninho.

O promotor, inclusive, pediu a condenação de Bruno e a absolvição de Dayanne. Algo que foi criticado pelo advogado do ex-goleiro. A defesa, por outro lado, buscou desqualificar as investigações. O advogado Lúcio Adolfo passou todo o seu tempo tentando mostrar falhas no inquérito e também as afirmativas da promotoria de Justiça. 

Sentença
Encerrados os debates, a juíza retornou ao plenário após quase duas horas e meia e leu a sentença de condenação. Bruno ouviu sua sentença de cabeça erguida, encarando a juíza. Depois de ouvir o resultado, deixou o plenário de cabeça baixa. Dayanne foi absolvida. 

Antes do goleiro ser retirado para a Penitenciária Nelson Hungria, onde está preso, o defensor Lúcio Adolfo prometeu recorrer da decisão. A promotoria também fará o mesmo procedimento, mas em busca de uma pena maior.

A expectativa agora fica para o julgamento de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que teve seu caso desmembrado e sentará no banco dos réus em abril.

O caso Bruno
Eliza Samudio desapareceu no dia 4 de junho de 2010 após ter saído do Rio de Janeiro para ir a Minas Gerais a convite de Bruno. Vinte dias depois a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. O filho de Eliza, então com quatro meses, teria sido levado pela mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues. O menino foi achado posteriormente na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves.

No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha Elenilson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, também foram presos por envolvimento no crime. Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza, um motorista de ônibus denunciou o primo do goleiro como participante do crime. Apreendido, jovem de 17 anos relatou à polícia que a ex-amante de Bruno foi mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães. 

No dia 30 de julho, a Polícia de Minas Gerais indiciou todos pelo sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno foi apontado como mandante e executor do crime. No início de dezembro, Bruno e Macarrão foram condenados pelo sequestro e agressão a Eliza, em outubro de 2009, pela Justiça do Rio. O goleiro pegou quatro anos e seis meses de prisão. 

Em 17 de dezembro, a Justiça mineira decidiu que Bruno, Macarrão, Sérgio Rosa Sales e Bola seriam levados a júri popular por homicídio triplamente qualificado, sendo que o último responderá também por ocultação de cadáver. Dayanne, Fernanda, Elenilson e Wemerson responderiam por sequestro e cárcere privado. 

No dia 19 de novembro de 2012, foi dado início ao julgamento de Bruno, Bola, Macarrão, Dayanne e Fernanda. Dois dias depois, após mudanças na defesa do goleiro, o tribunal decidiu desmembrar o processo.  O júri condenou Macarrão, a 15 anos de prisão, e Fernanda Gomes de Castro, a cinco anos. O julgamento de Bruno e de Dayane Rodrigues do Carmo, ex-mulher do goleiro e acusada de ser cúmplice no crime, foi remarcado para 4 de março de 2013. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que é acusado como autor do homicídio, teve o júri marcado para abril de 2013. 

http://noticias.terra.com.br/brasil/policia/caso-bruno/bruno-e-condenado-por-morte-de-eliza-no-dia-internacional-da-mulher,72b04c057494d310VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html