segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Arte para tratar o crack

Oficinas de artesanato, música, poesia e teatro despontam como ferramentas para o tratamento da dependência química.

O polegar usado para atiçar o isqueiro e acender freneticamente o cachimbo agora tem outra função. As mãos de Índio, 37 anos, há quatro meses, fazem arte. Transformam lixo em quadros e murais, em um processo realizado dentro de um ateliê instalado na Cracolândia – região da capital paulista que acumula, a céu aberto, milhares de pulmões e cérebros devastados pelo crack.

Com os dedos torturados pelos 20 anos passados na rua, Índio – que nasceu Cícero Rodrigues e ganhou o apelido devido aos traços caboclos herdados da avó – usa o artesanato para driblar a dependência química de forma autodidata, “por instinto”. Mesmo sem ter consciência disso, ele mira a abstinência usando uma ferramenta terapêutica que ganhou os consultórios, as clínicas e os centros de saúde espalhados por todo País.

Psiquiatras, psicólogos e educadores enxergaram no artesanato, no samba, no rap, no funk e na poesia uma maneira eficaz de tratar o uso compulsivo de álcool e drogas. Os resultados da chamada arteterapia para a dependência começam a aparecer catalogados em pesquisa. Um indicativo de caminho de conduta médica para uma área da saúde mental que ainda ostenta o índice de 45% de falha na recuperação dos pacientes.



 Uma das obras de Arthur Bispo do Rosário que foi exposta em Londres


Índio passou a fumar menos crack quando ingressou na rotina artística. José Benedito Leal, 45 anos, deixou de esconder as garrafas de cachaça no armário da faculdade onde lecionava após descobrir-se poeta.

“Nenhuma gota há cinco anos e milhares de versos produzidos no período”, conta ele, pós-graduado em Matemática.

Maurício Same, 32, também abandonou a bebida – responsável por fazer dele um morador de rua em Praia Grande (litoral paulista) – depois de ouvir o som que produzia com as cordas do violão.

“Estou limpo há um ano. A primeira música inteira que toquei sóbrio foi ‘Tente outra vez’, do Raul Seixas”, diz.

Oficiais da Marinha de Salvador foram estimulados a tratar o alcoolismo em cima do palco, brincando de serem atores de teatro.

“A arte faz parte da terapia ocupacional, área já consolidada no Brasil como política de saúde pública. Não há motivo nenhum para excluir os pacientes da saúde mental destas ferramentas. Ao contrário. Os resultados são excelentes”, afirma o psiquiatra Leonardo Araújo de Souza, diretor do Instituto Nise da Silveira do Rio de Janeiro.

“Arte de resgate”
A instituição pública fluminese dirigida por Leonardo oferece aos 220 pacientes internados oficinas de samba e percussão. Todo ano, eles colocam na rua o bloco de carnaval. A entidade, inclusive, foi batizada em homenagem a uma precursora da arte como remédio para a saúde mental.

Nise (1905-1999), na década de 1940, descobriu no traço artístico uma arma para substituir os eletrochoques e o confinamento nos manicômios, formas controversas e torturantes usadas em depressivos, esquizofrênicos e dependentes químicos da época. Um de seus pacientes foi Arthur Bispo do Rosário – cujas obras ganharam o mundo e foram tema da última Bienal de Artes de São Paulo.

No legado de Nise, não estão apenas descobertas de artistas famosos e anônimos. O psiquiatra Luiz Guilherme Ferreira Filho acredita que este olhar médico sobre os efeitos da arte foram fundamentais para implementar os planos de humanizar o tratamento e promover reinserção social dos pacientes – dois pilares definidos pelo Ministério da Saúde como fundamentais para vencer o crack, a cocaína, o alcoolismo e o uso de maconha.

Hoje, de acordo com o último censo do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), 10% da população brasileira (19 milhões de pessoas) necessitam de intervenção médica para tratar o vício.

Arte é neurociência. "Por meio da pintura, da música, do artesanato você alcança o inconsciente do paciente e restabelece o mecanismo de recompensa cerebral, deturpado pela droga”, diz Ferreira Filho.

“Amplia o repertório de atuação do paciente. Ele, ainda que não tenha talento, descobre que há outras formas menos nocivas de ter prazer. Não é arte bela e nem feita para estar em galerias. É arte de resgate.”

Sarau da abstinência
Foi estudando a reação cerebral dos dependentes químicos que Ferreira Filho decidiu implantar oficinas de arte no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Praia Grande. Duas vezes por semana, 40 pacientes em tratamento são convidados a sentar em roda e mostrar os talentos escondidos ou nunca identificados, por conta do uso de droga.


Eu sou mosca presa na janela. Quero voar sem incomodar ninguém. Deixar de ser mosquito, que pica, suga e vai embora. Quero ser mosca. Quero ser livre. José Benedito.
Em uma dinâmica típica de sarau, cada um vai ao centro do círculo e canta, declama, pinta um quadro. O matemático José Benedito descobriu assim a vocação para usar as letras em versos. No dia em que a oficina foi acompanhada pela reportagem, ele puxou de improviso o poema “mosca presa na janela”, de sua autoria (leia ao lado). Maurício criou melodias. Maria do Socorro fez o público chorar ao desafinar, mas sem sair do ritmo, as estrofes sertanejas de Menino da Porteira. Há dois meses, a produção do “sarau da abstinência” do Caps virou mostra cultural no teatro municipal da cidade.

“Aberta ao público. Foi sucesso”, comemora o psiquiatra.

Experiências particulares
Já as técnicas teatrais voltadas ao alcoolismo, recurso idealizado pela psicóloga Thaís Gold, não chegaram à nenhuma plateia. Mas o método artístico ingressou na faculdade. Tudo começou quando Thaís foi convidada a realizar um trabalho com oficiais da Marinha de Salvador (Bahia) que apresentavam uso nocivo de álcool e drogas.

“Sabia da resistência que enfrentaria caso elaborasse uma apresentação de Power Point, com dizeres sobre drogas. Então, tive a ideia de usar Augusto Boal e o teatro do oprimido (técnica em que os participantes fazem jogos de cena, representando o cotidiano). Deu tão certo que hoje, na faculdade onde eu leciono, incentivo meus alunos a usarem o teatro terapêutico”, conta Thaís.
Alexandre Carvalho/ Fotoarena
Quadro pintado durante oficinas para dependentes químicos
Levy Seya Maeda, 28 anos, confirma que as experiências artísticas, ainda que particulares, são incentivos ao primeiro passo na direção da sobriedade. Ele, que dos 14 aos 24 de idade caminhou por todos os tipos de drogas, foi resgatado quando trocou as pedras de crack pelas miçangas coloridas.

“Aprendi a fazer pulseiras, presenteei a família toda. Não tenho talento manual, os acessórios são bem ‘mais ou menos’ mas o artesanato me colocou no mundo sem ser clandestino. Tanto que é uma ferramenta que uso bastante na clínica (Novo Mundo, em Itu – interior paulista) para dependentes químicos, onde hoje trabalho e da qual virei coordenador.”

Sem mágica
A dependência química é doença considerada epidemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS). As causas são múltiplas, passam pela genética e exigem terapia, medicamentos, em alguns casos internação, resume o psiquiatra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Dartiu Xavier.

Neste contexto, não há um psiquiatra ou psicólogo que defenda a arte como remédio mágico para o uso compulsivo de drogas. Índio, o artista da Cracolândia paulistana, só pondera que talvez, “se conhecessem meu trabalho, as pessoas parassem de ter medo de mim. Elas me olhariam como ser humano e não monstro”, diz ele, enquanto finaliza o quadro para embelezar as paredes de algum lugar, “ainda não definido”.
Fernanda Aranda/ iG São Paulo
Mesmo sem saber, Índio transformou o lixo das ruas em galeria de arte.
 
 http://saude.ig.com.br/minhasaude/2013-02-04/arte-para-tratar-o-crack.html

Cresce 50% o número de motoristas presos após lei seca ficar mais rígida

Média diária de condutores detidos pela PM subiu de 10 para 15 depois que outras provas, como o testemunho, passaram a valer.

O número de prisões por embriaguez no Estado aumentou no primeiro mês de vigência da lei seca mais severa. Ao longo de 2012, a média foi de dez detenções por dia. Entre 21 de dezembro e 21 de janeiro, a taxa saltou para 15. Regulamentada na semana passada, a lei mais rigorosa prevê que testemunhos atestem a embriaguez caso o motorista não queira soprar o bafômetro. Para dar mais força a seus depoimentos, policiais estão usando até câmeras de vídeo.

A partir de 21 de dezembro, um dia após a presidente Dilma Rousseff (PT) sancionar as mudanças na lei seca, a Polícia Militar fez 464 prisões em flagrante por "alcoolemia ao volante" em 30 dias. Em todo o ano passado - descontados os últimos dez dias de dezembro - foram feitas 3.606 prisões em flagrante, segundo a PM, o que dá a média de dez casos por dia.

Essa variação pode ser explicada pelo fato de que ficou mais flexível para os policiais identificar motoristas alcoolizados com o exame de sinais de embriaguez. Não é mais preciso submeter a pessoa ao teste do bafômetro ou ao exame de sangue, como era antes. Agora, sinais como vermelhidão dos olhos, dificuldade para falar e andar e cheiro do vômito podem provar que o condutor está embriagado.

É o que diz o capitão Sérgio Marques, porta-voz da Comando de Policiamento de Trânsito e especialista em sua legislação. "Continua valendo a premissa constitucional de que ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo. Porém, o corpo produz provas, o corpo fala. Odor de álcool, atitude arrogante e desordem nas vestes, entre outros itens, podem configurar não só a multa, como o crime."

Isso prova o flagrante previsto no artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que estabelece como infração criminal conduzir veículo "sob a influência de álcool ou substância de efeitos análogos", com penas que variam de seis meses a três anos de detenção, além de multa ou proibição de dirigir. Contudo, a pena é afiançável e, portanto, raramente alguém fica preso.

Uma gravação foi usada na noite de sexta-feira para levar à prisão um motorista da Praia Grande, no litoral sul. "Os policiais notaram que o homem estava embriagado, mas ele não quis soprar o bafômetro. Então, além de relatar os sinais de embriaguez, os policiais filmaram o motorista com andar cambaleante e encaminharam o vídeo para a delegacia", afirma o tenente Moacir Mathias do Nascimento, porta-voz da Polícia Rodoviária Estadual. Até a noite de sábado, a fiança, estipulada em R$ 3 mil, não havia sido paga.
Endurecimento. Na terça-feira passada, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicou uma resolução para regulamentar a lei seca mais rigorosa. Essa determinação não permite nenhuma quantidade de álcool no sangue do motorista.

O consultor de tráfego Horácio Augusto Figueira apoia a medida da PM de usar câmeras para filmar motoristas embriagados. O material pode servir como mais uma evidência para indiciar condutores que dirigem depois de consumir álcool. "Acho que essa alteração na lei seca e a forma de a blitz ser feita já vai dar um certo chacoalhão no comportamento de boa parte da sociedade. As pessoas já começam a perceber que agora é para valer."

Entretanto, em sua avaliação, os bloqueios policiais só serão plenamente efetivos se ocorrerem 24 horas por dia e em vias escolhidas aleatoriamente. "Não precisa ser só em ruas de grande movimento. Isso é besteira. É preciso fazer blitze em ruas locais de bairro por onde os motoristas fogem."

Ele sugere que as autoridades passem a montar um pequeno bloqueio falso em avenidas movimentadas só para que motoristas embriagados as vejam e "escapem" por alternativas manjadas, onde os policiais estariam fazendo a blitz verdadeira.

Câmera e 2 tipos de bafômetro

Dois tipos diferentes de bafômetro, filmadoras digitais, máquinas fotográficas e computadores para verificar documentos. Com esse aparato tecnológico, policiais rodoviários se preparavam para montar uma blitz da lei seca no km 32 da Rodovia dos Imigrantes, em São Bernardo do Campo, no ABC, por volta das 11h de sábado.

As filmadoras não precisaram ser utilizadas, já que nenhum motorista se recusou a soprar o bafômetro. Nenhuma das pessoas paradas no bloqueio estava sob efeito de bebida alcoólica. Durante as abordagens, a única infração encontrada pelos policiais foi uma pessoa que estava com a carteira de habilitação vencida.
Parte dos motoristas aprova a rigidez maior da Lei Seca. "Acho certíssimo o que estão fazendo. Quem sai na rua ou pega uma estrada bêbado está colocando a vida de um monte de gente em risco. Iria até mais longe. Acho que essa pessoa não poderia dirigir mais", afirma o antiquário Ronaldo Lorando, de 42 anos, um dos parados na blitz.

O microempresário Paulo Roberto de Andrade, de 58 anos, disse que a presença dos policiais na estrada passa uma sensação de segurança. "Espero que, com toda a divulgação sobre a lei e as blitze que a polícia está fazendo, o pessoal fique com medo de dirigir depois de beber. Não me preocupo em ser parado."

Após parar o carro ou a moto, os policiais explicam o motivo do bloqueio e solicitam que o motorista continue falando, bem próximo ao chamado bafômetro passivo, equipamento que revela se existe álcool no ar expelido. Em alguns casos, o policial pede para o motorista soprar também o bafômetro convencional, que dá, como resultado, a dosagem de álcool no ar expelido.

"Quando o policial para um veículo, também faz a fiscalização de documentos e fiscalização do carro", explica o tenente Moacir Mathias do Nascimento, porta-voz da Polícia Rodoviária. "Na blitz de hoje (sábado), não foi necessário autuar ninguém. Mas poderíamos usar as câmeras e até o depoimento de outros motoristas caso alguém apresentasse sinais de embriaguez." / C.V. e T.D.

 http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/cresce-50percent-o-n%C3%BAmero-de-motoristas-presos-ap%C3%B3s-lei-seca-ficar-mais-r%C3%ADgida-1

Caixa e BB entram na disputa de empréstimo às concessões

 

O governo quer colocar os bancos oficiais para competir entre si num novo filão: o financiamento ao bilionário programa de concessões em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. Tradicional fonte de empréstimos para o setor, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem sido pressionado nos bastidores por causa da lentidão com que examina os pedidos de recursos pelas empresas. A ordem é pôr a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil no jogo, na expectativa de que a concorrência force maior agilidade. 

Potenciais interessados nas concessões em rodovias já fizeram chegar ao governo que, sem liberação rápida dos empréstimos, não será possível manter as tarifas nos níveis propostos pelo Executivo. Está tudo amarrado: quanto antes eles começarem a cobrar pedágio, menor poderá ser o preço pago pelo usuário.
Mas a cobrança só poderá começar depois que o concessionário fizer pelo menos 10% dos investimentos previstos no edital. Essas obras, por sua vez, dependem da liberação dos financiamentos e da obtenção das licenças ambientais.

Técnicos comentam que, em alguns casos, a liberação de um empréstimo para infraestrutura pode demorar de dois a três anos. O tempo é consumido na análise da condição financeira do empreendedor, em como o negócio terá impacto em seu caixa e assim por diante. Ninguém nega a importância desses cuidados, mas a avaliação na Esplanada dos Ministérios é que esse tempo pode ser radicalmente encurtado.

Diante da pressão, o BNDES elaborou um plano de financiamento expresso para os investimentos do programa de concessões. "Os recursos poderão ser liberados em questão de semanas após a assinatura dos contratos", garantiu o chefe do Departamento de Logística do banco, Cleverson Aroeira.

A análise dos pedidos de empréstimo de longo prazo continuará detalhada e por isso consumirá em torno de seis meses, explicou. Mas o empreendedor poderá tomar um empréstimo-ponte, de liberação mais rápida, para iniciar os investimentos. Essa possibilidade existe hoje. A novidade é que o empréstimo-ponte terá o mesmo custo da linha de financiamento principal. Normalmente, é mais caro. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

 http://br.financas.yahoo.com/noticias/caixa-bb-entram-disputa-empr%C3%A9stimo-%C3%A0s-concess%C3%B5es-105800874--finance.html

Imóveis mais caros impedem uso do FGTS

O encarecimento dos imóveis nas grandes cidades tem impossibilitado o uso do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para financiar a compra da casa própria. Hoje o trabalhador só pode sacar o FGTS se o imóvel custar até R$ 500 mil. Mas, na Grande São Paulo, por exemplo, o preço de 66% das residências à venda supera esse limite, segundo a Zap Imóveis. 

Isso significa que quem quiser se livrar do aluguel terá de ter mais capital próprio e financiar a aquisição com empréstimo bancário, cujas taxas de juros são bem superiores ao rendimento do fundo (de Taxa Referencial + 3%). Na Caixa Econômica Federal, líder na concessão de crédito imobiliário, a taxa para imóveis acima de R$ 500 mil é de 9,4% ao ano para não correntistas. Quem tem vínculos com o banco paga 8,4%.

Umas das críticas é que, enquanto o limite do FGTS é corroído pela inflação e vários trabalhadores são excluídos do "crédito" mais barato, o fundo de garantia muitas vezes aplica, sem critério, o dinheiro do trabalhador em empresas com situação financeira delicada. Desde que o FI-FGTS (fundo de investimento para aplicar no setor de infraestrutura) foi criado, em 2007, ao menos duas empresas beneficiadas enfrentaram problemas graves. A Rede Energia entrou com pedido de recuperação judicial e o Bertin pode ser multado em milhões de reais por não cumprir contratos com o governo federal.

Apesar disso, a briga para que o trabalhador consiga ter acesso ao dinheiro do fundo parece estar longe do fim. A proposta de elevar o limite de R$ 500 mil para R$ 750 mil não é bem vista por algumas alas do governo federal nem pela bancada trabalhista do Conselho Curador do FGTS. Na avaliação do conselheiro Antonio de Sousa Ramalho Junior, representante dos trabalhadores, a prioridade do dinheiro do FGTS é para classes com renda entre média baixa e baixa. "Imóveis acima de R$ 500 mil já não se enquadram nessa categoria. Nossa preocupação é destinar mais recursos para o Minha Casa Minha Vida (MCMV), que já teve o limite elevado para R$ 190 mil." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

http://br.financas.yahoo.com/noticias/im%C3%B3veis-caros-impedem-uso-fgts-105100083.html

Andar 10 minutos por dia reduzir pela metade risco de ataque cardíaco

Uma pequena quantidade de exercício leve tem um grande efeito sobre as pessoas com estilos de vida sedentários, dizem médicos da American Heart Month. Segundo pesquisadores, andar apenas 10 minutos por dia pode reduzir o risco de ataque cardíaco em 50%.

Dra. Martha Grogan, que comandou a pesquisa, disse ao jornal Healthy Heart for Life! que as pessoas ficam surpresas quando descobrem que 80% das doenças cardíacas podem ser evitadas. "Existem coisas cotidianas que todos nós podemos fazer e que podem trazer uma grande diferença no coração e na saúde", disse.

A médica acrescentou que um estilo de vida sedentário aumenta o risco de ataque cardíaco quase tanto como fumar. Apesar disso, o simples fato de se levantar de uma mesa para falar com um colega no trabalho em vez de enviar um e-mail pode ajudar.

"Esses movimentos podem reduzir o risco de doenças cardíacas pela metade", acrescentou. O cardiologista Virend Somers, que também fez parte do estudo, apontou que dormir o suficiente também é vital. "O sono é uma necessidade assim como comida e água. Não é um luxo."

http://br.mulher.yahoo.com/blogs/notas-mulher/andar-10-minutos-por-dia-reduzir-pela-metade-104706918.html

Cidade alemã tenta manter viva sua história de resistência ao nazismo

 Chamada dos prisioneiros recém chegados, a maioria judeus presos durante a "Noite dos Cristais" (Kristallnacht), no campo de concentração de Buchenvald. Buchenwald, Alemanha, 1938.
Chamada dos prisioneiros recém chegados, a maioria judeus presos durante a "Noite dos Cristais" (Kristallnacht), no campo de concentração de Buchenvald. Buchenwald, Alemanha, 1938.

Berlim - Há 80 anos, logo depois da chegada de Adolf Hitler ao poder, o Partido Comunista Alemão (KPD), perseguido pelo nacional-socialismo, convocou uma greve geral em todo o país.

Apenas uma cidade de quatro mil habitantes no sudoeste da Alemanha, Mössingen, atendeu ao apelo da organização e, segundo os dados da época, entre 800 e mil pessoas saíram às ruas e paralisaram duas fábricas que funcionavam no local.

A polícia, sem maiores problemas, terminou reprimindo o protesto, o único que houve naquele dia em toda a Alemanha.

As autoridades de Mössingen, segundo o historiador Bernd Jürgen Warneken que escreveu um livro sobre o tema, tiveram através da história dificuldades na hora de confrontar os fatos do início do ano de 1933.

Já os nazistas durante a década e meia de seu regime tinham assentado as bases para que a greve de Mössingen fosse vista como um episódio orquestrado pelo stalinismo e pelos inimigos da Alemanha.

 
Durante o pós-guerra, a visão que os nazistas tinham imposto sobre a greve de Mössingen seguiu vigente por um bom tempo, ao que ajudou o domínio que as forças conservadoras tiveram durante muito tempo nessa região.

Somente dez anos atrás, quando se completou seu 70º aniversário, foi colocada uma placa comemorativa daquele protesto, apesar das resistências dentro da própria prefeitura. Apenas um dos sobreviventes da greve - Jakob Textor, que morreu em 2010 com 102 anos - pôde estar presente nesse ato.

Textor mesmo, no entanto, que pintou um dos cartazes da greve, nunca recebeu uma homenagem da cidade e a prefeitura rejeitou uma proposta a esse respeito quando ele completou cem anos.

Agora, por ocasião do 80º aniversário da greve, diversos grupos impulsionaram uma série de atos comemorativos, contra os quais os representantes da União Democrata-Cristã (CDU) - o partido da chanceler Angela Merkel - se mostram reticentes.

 Alianças de casamento encontradas pelos soldados do exército norte-americano perto do campo de concentração de Buchenwald. Alemanha, maio de 1945.
 Alianças de casamento encontradas pelos soldados do exército norte-americano perto do campo de concentração de Buchenwald. Alemanha, maio de 1945.

O prefeito de cidade, o independente Michal Bulander, quer aproveitar o aniversário para ativar um diálogo entre os que, como ele, consideram a greve contra Hitler como um ato de resistência legítimo e aqueles que criticam os distúrbios daquele dia.


Foto de crianças sobreviventes da ala infantil--Barraco 66--do campo de Buchenwald, logo após a libertação do mesmo pelos Aliados. Alemanha, foto tirada após 11 de abril de 1945.
 Foto de crianças sobreviventes da ala infantil--Barraco 66--do campo de Buchenwald, logo após a libertação do mesmo pelos Aliados. Alemanha, foto tirada após 11 de abril de 1945.

O livro de Warneken, "Das ist nicht nirgends gewesen, ausser hier" ("Não aconteceu nada em lugar nenhum, exceto aqui", em tradução livre), foi publicado originalmente em 1982 e recentemente foi reeditado por causa do aniversário da greve.

No prólogo para a nova edição, Warneken se ocupa das dificuldades que Mössingen teve com a memória da greve e vê este problema dentro do âmbito da demora que a própria Alemanha teve em abordar o passado nazista e em homenagear àqueles que tentaram resistir ao regime.

Warneken lembra que a República Federal da Alemanha demorou muito a ver como algo legítimo a rebelião dos oficiais, liderados por Stauffenberg, que tentaram matar Hitler em 20 de julho de 1944.

 
Se honrar os rebeldes de 20 de julho - todos eles de procedência conservadora - não era fácil, mais difícil ainda era render tributo à resistência operária, muitas vezes liderada pelo KPD, do qual, diz Warneken, quase não se falou na imprensa, nem nos livros de história durante anos.

"O fato de os comunistas terem liderança nos movimentos de oposição ilegais não ajudou sua reputação", teoriza Warneken.

A isso se soma um fator local: em Mössingen conviviam os antigos nazistas e os antigos opositores ao regime, que em muitos casos eram vizinhos ou trabalhavam no mesmo lugar.

Isto fazia temer, segundo Warneken, que a lembrança da greve pudesse envenenar a vida social da cidade com o que "o apelo para não ressuscitar velhas feridas era determinado ideologicamente".

Agora a situação mudou, segundo Warneken, e o fim da Guerra Fria fez com que aumentasse a consciência de que o passado vermelho também faça parte da identidade de Mössingen.
 
 http://br.mulher.yahoo.com/justi%C3%A7a-neozelandesa-volta-negar-liberdade-condicional-dotcom-074011715.html
 http://www.ushmm.org/wlc/ptbr/gallery_ph.php?ModuleId=10005198
 
 

DF- Adolescente esfaqueia namorado e causa confusão no Recanto das Emas

Quatro jovens acabaram detidos.


Duas adolescentes de 14 anos foram apreendidas neste domingo (3), no Recanto das Emas, região administrativa do DF, acusadas de tentativa de homicídio. Outro rapaz, de 17 anos, acabou detido também por ter atirado em via pública. Já Alex Marques, de 18 anos, foi preso por esconder a arma que o jovem usou na hora da confusão. O motivo das apreensões foi por causa de uma briga entre um casal de namorados.

Segundo a polícia, toda a confusão começou quando uma das adolescentes brigou com o namorado de 17 anos. Depois da discussão, a jovem deu duas facadas no rapaz, que foi socorrido e levado para o Hospital Regional do Gama em estado grave. Para os policiais, ela disse que esfaqueou o namorado para se defender.

À polícia, a jovem disse que namorado pegou uma pedra para bater nela. Uma amiga teria buscado uma faca em casa e entregou para a jovem que esfaqueou o namorado.

De acordo com a polícia, o outro jovem detido era amigo do namorado da adolescente e foi para a casa dela para se vingar. Ele teria atirado várias vezes no local, tentando acertar a jovem.


http://noticias.r7.com/distrito-federal/noticias/adolescente-esfaqueia-namorado-e-causa-confusao-no-recato-das-emas-20130204.html

Orçamento do Congresso é suficiente para construir mais de 163 mil casas populares

 
Câmara dos Deputados e Senado Federal terão disponíveis R$ 8,5 bilhões em 2013.

Os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal terão, juntos, R$ 8,5 bilhões para administrar este ano. O valor é maior que o orçamento de oito Estados brasileiros e daria para construir 163 mil casas populares.  

O Senado Federal vai ter disponíveis para gastar R$ 3,5 bilhões. A Câmara dos Deputados, com 513 deputados e 15.642 funcionários, é a responsável pela maior fatia do orçamento do Congresso, R$ 4,9 bilhões. O valor é maior que a parte do Orçamento 2013 reservada para saneamento e habitação, por exemplo.   

Com saneamento, o governo federal prevê gastar R$ 3,6 bilhões. No caso da habitação, R$ 581,5 milhões devem ser gastos este ano pelo Executivo. Considerando uma casa popular no valor de R$ 52 mil, como as entregues pela presidente Dilma na zona leste de São Paulo em janeiro, daria para construir 11.182 casas semelhantes com o orçamento de habitação.   

Usando o orçamento do Congresso Nacional (Câmara e Senado juntos), daria para construir 163.525 casas no Programa Minha Casa, Minha Vida.   

O valor é maior que o orçamento de Sergipe e Alagoas, que terão, respectivamente, R$ 7,8 bilhões e R$ 7,1 bilhões para gastar durante todo o ano de 2013.   

A grana da Câmara e do Senado também é maior que a parcela do orçamento que o governo pretende gastar com a indústria (R$ 4,9 bilhões) e com segurança pública (R$ 8 bilhões). Os valores estão previstos na LOA 2013 (Lei Orçamentária Anual) que deve ser votada na próxima terça-feira (5).  

Orçamento
O Congresso sempre custou caro para os contribuintes. Foram R$ 7,5 bilhões em 2012; outros R$ 7,5 bilhões em 2011; R$ 6,1 bilhões em 2010; e R$ 6,2 bilhões em 2009. Nos últimos cinco anos o acréscimo foi de 37% no valor destinado às duas Casas.   


Por mês, R$ 15,8 milhões são gastos só com salários de parlamentares. Só um deputado pode custar, mensalmente, mais de R$ 130 mil. São R$ 26.723,13 de salário, R$ 60 mil de verba de gabinete, R$ 3.000 de auxílio-moradia e até R$ 34,2 mil de cota parlamentar.   

No Senado, os 81 parlamentares recebem R$ 26.723,13 de salário, além de auxílio-moradia de R$ 3.800, cota de gráfica, telefones, cota para exercício de atividade parlamentar, entre outras coisas.  

 http://noticias.r7.com/brasil/orcamento-do-congresso-e-suficiente-para-construir-mais-de-163-mil-casas-populares-03022013

RS: Mulher sai da pista, bate em colmeia e morre atacada por abelhas

Uma jovem morreu no sábado após colidir com seu carro contra uma colmeia de abelhas no Rio Grande do Sul. Segundo o sargento Cleber Domingues, do Corpo de Bombeiros, Mariana Peuckert Lucher, 23 anos, saiu da pista no km 481 da BR-158, Em Rosário do Sul. O veículo desceu cerca de 10 metros por um desnível na beira da estrada, atravessou um córrego e parou em uma mata ciliar, onde estavam caixas com enxames.

Conforme os Bombeiros, cinco caixas ficavam no local e teriam sido abandonadas por um produtor. O carro colidiu contra uma, mas a corporação acredita que abelhas de todas as colmeias atacaram a mulher. Domingues afirma que, conforme informações da Associação Gaúcha de Apicultores, que acompanhou o caso, Mariana teria sofrido mais de mil picadas.

O sargento diz que uma testemunha que estava no local conta que a mulher chegou a sair do carro correndo devido ao ataque das abelhas. Uma ambulância a levou ao hospital Nossa Senhora Auxiliadora, onde ela foi levada à Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Mariana morreu por volta das 19h. Domingues diz ainda que o hospital confirmou que a causa da morte foi o ataque dos insetos, e não o acidente de carro.
http://www.correiodoestado.com.br/noticias/rs-mulher-sai-da-pista-bate-em-colmeia-e-morre-atacada-por-a_173419/

Advogados de Bola entram hoje com pedido para afastar juíza


 marixa

Atestado de óbito de Eliza Samudio motiva atitude a um mês de julgamento.

A um mês do julgamento do caso Eliza Samudio, os advogados de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, tentam pela quarta vez afastar a juíza responsável pelo caso.

Motivados pela expedição da certidão de óbito de Eliza, os defensores entram nesta segunda-feira (4) com pedidos de suspeição no Fórum de Contagem, na Grande BH, e no Tribunal de Justiça para tentar impedir a juíza Marixa Fabiane Lopes de conduzir o julgamento marcado para 4 de março.

Mãe de Eliza Samudio pede indenização pela morte da filha

A Justiça, pela primeira vez, reconhece que Eliza está morta. Segundo o documento, a modelo morreu por esganadura no dia 10 de junho de 2010 em Vespasiano. Consta no documento o endereço de Bola como o local da morte de Eliza. O advgoado Fernando Magalhães argumenta que não seria competência da juíza determinar a expedição do atestado de óbito.

— Nesta segunda (4) vamos formalizar o pedido. Ela interferiu de forma decisiva na opinião dos jurados. Isso não é legítimo, não é a maneira imparcial de conduzir o processo. Por isso, pela quarta vez, vamos tentar afastá-la deste caso, já que a juíza tem tomado atos que fogem de sua competência.

Ercio Quaresma questiona a condição dos jurados no julgamento de Bola, Bruno e Dayane.

— Ela não vai gostar do que vai ler. A juíza disse que a Eliza foi morta por asfixia, em 10 de junho, em Vespasiano. E se os jurados, em março, disserem que ela não foi morta dessa forma, nesse lugar? O que ela vai fazer? Retificar o atestado?

A própria juíza deve analisar o pedido no Fórum de Contagem. No Tribunal de Justiça, a 4ª Câmara Criminal deve ser responsável pela decisão. Caso não tenham o afastamento acatado, os advogados estudam levar o caso ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

 http://noticias.r7.com/minas-gerais/noticias/advogados-de-bola-entram-hoje-com-pedido-para-afastar-juiza-20130204.html

  

Três corpos encontrados em local de explosão da Pemex; total vai a 36

CIDADE DO MÉXICO, 4 Fev (Reuters) - Equipes de resgate encontraram mais três corpos durante o fim de semana em meio aos destroços da explosão ocorrida na sede da empresa petrolífera mexicana Pemex, informou o governo, à medida que os esforços de busca se aproximam do fim.

O total de mortos em consequência da explosão de quinta-feira subiu para 36, informou a Pemex via Twitter. As equipes de resgate têm vasculhado as últimas partes dos destroços e podem encerrar as buscas em breve. Uma pessoa segue desaparecida.

O procurador-geral Jesus Murillo disse na sexta-feira que ainda era muito cedo para afirmar se a explosão aconteceu em consequência de um ataque, acidente ou negligência, mas prometeu anunciar os resultados da investigação nos próximos dias.

Murillo visitou o local no domingo mas não fez declarações sobre o andamento da investigação. As autoridades têm utilizado redes sociais para informar detalhes sobre o desastre, que aconteceu antes do início de um feriado prolongado.

http://br.reuters.com/article/topNews/idBRSPE91300820130204

Indústria está em 'crise profunda'

A retração de 2,7% na produção industrial de 2012 mostra que o setor atravessa “crise profunda”, agravada pela perda de parte do mercado interno para produtos estrangeiros, de acordo com análise do economista-chefe do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Rogério César de Souza.

O mesmo diagnóstico já foi apresentado em pesquisa do Banco Central (BC) no ano passado, sobre dados de 2011. De acordo com a análise, toda a expansão dos mercados internos de bens manufaturados fora capturada por bens importados e pelo encolhimento das exportações brasileiras de bens tipicamente produzidos pela indústria manufatureira.

Para o Iedi, o cenário de substituição dos bens internos por produtos de fora “não mudou em 2012”. Tanto que estima recuo de 2,6% nas exportações de manufaturados no ano passado, provocado pelo fraco desempenho dos mercados externos e pelo acirramento da concorrência nesses mercados, desfavorável à baixa competitividade de nossa indústria.

Rogério César destaca que a retração de aproximadamente 4% dos investimentos na economia nacional, no ano passado, foi determinante para o desempenho negativo da produção e acrescenta que, apesar das medidas do governo para estimular a atividade industrial, a indústria não mostrou reação consistente de sua produção, como governo e empresários esperavam.

A falta de reação da indústria no final de 2012 leva os analistas do Iedi a descartar uma trajetória de crescimento robusto em 2013. Esperam, contudo, em virtude do aumento de consultas ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para novos financiamentos, que haja significativa retomada de investimentos na economia.

Na avaliação de Rogério César, entretanto, isso não significa que a indústria viverá um ano de bonança, pois a pressão do produto estrangeiro no mercado interno e nos mercados consumidores de produtos brasileiros será mantida. A expectativa, segundo ele, é de um crescimento modesto, por volta de 2,5% neste ano. “O ano ainda está em aberto para a indústria nacional”, disse o analista.

 http://www.correiodoestado.com.br/noticias/industria-esta-em-crise-profunda_173381/

Vegetarianos têm um terço menos de risco de morrer do coração


 


Muito se discute sobre os prós e contras de uma dieta sem carne, mas um recente estudo, realizado com 45 mil pessoas, mostrou que ser vegetariano implica em menores pressão sanguínea e colesterol, diminuindo em 32% as chances de desenvolver uma doença do coração. Os dados são do Daily Mail.

A pesquisa, a maior sobre o assunto até hoje, comprovou que os vegetarianos têm um coração mais saudável. Foram coletados questionários sobre estilo de vida, dieta, exercícios, hábitos de fumo e de consumo de álcool, além de medição de pressão e colesterol de ingleses e escoceses, 34% vegetarianos e a maioria mulheres.

Após todas as análises, concluiu-se que os vegetarianos têm 32% menos chances de serem internados ou morrerem de algum problema do coração. Além disso, são mais magros, têm menor Índice de Massa Corporal (IMC) e correm menos riscos de desenvolver diabetes.

No entanto, a nutricionista Tracy Parker, British Heart Foundation, disse que o importante é sempre lembrar que é preciso ter uma alimentação balanceada e variada, seja com carne ou sem.

http://www.correiodoestado.com.br/noticias/vegetarianos-tem-um-terco-menos-de-risco-de-morrer-do-coraca_173397/

Facebook lança cartão pré-pago para enviar como presente aos amigos

 
O Facebook anunciou, no final desta quinta-feira (31), um cartão físico pré-pago que poderá ser oferecido, como presente, para os amigos por meio da rede social. O novo produto é similar ao oferecido por lojas de varejo, com a diferença de que poderá armazenar créditos para diferentes lojas.

Os usuários da rede social poderão comprar e enviar o cartão para os amigos por meio da plataforma Facebook Gifts, que permite enviar presentes físicos para as pessoas cadastradas na rede social.

Por enquanto, o cartão do Facebook pode ser usado para comprar presentes em quatro lojas conveniadas nos EUA: Jamba Juice, Olive Garden, Sephora e Target. O cartão armazena os créditos de cada uma dessas lojas enviados pelos amigos do usuário, de modo que é possível acessar um extrato na página de configurações de conta com o valor dos créditos disponíveis para uso em cada uma das lojas.

O usuário pode comprar cartões-presente com diversos valores diferentes e o amigo será notificado instantâneamente sobre o valor recebido. Na primeira vez que o internauta receber um valor em créditos de um amigo, o usuário receberá seu cartão-presente pelo correio. Depois, quando receber outros créditos de amigos, eles serão adicionados no mesmo cartão.

O Facebook não esclareceu, no entanto, se os usuários poderão comprar cartões pré-pagos para si próprios neste primeiro momento. Se isso fosse possível, os usuários da rede social poderiam utilizar o cartão do Facebook para fazer suas próprias compras, como os cartões pré-pagos já oferecidos por bancos para serem usados em viagens.

De acordo com o Facebook, o novo produto será oferecido, aos poucos, para os usuários da rede social nos EUA, único país que já conta com o recurso Facebook Gifts. A empresa não divulgou quando o recurso estará disponível para outros países, como o Brasil.

 http://www.correiodoestado.com.br/noticias/facebook-lanca-cartao-pre-pago-para-enviar-como-presente-aos_173414/

Renan terá direito a mansão, gasolina e 24 cargos extras

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Como novo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) passará a ter mais direitos a partir desta segunda-feira (4), como morar na residência oficial do Senado - uma mansão com piscina, mordomo e segurança. Além disso, terá à disposição um carro com motorista sem limite de gastos com gasolina e poderá indicar servidores para 24 cargos comissionados extras, com salários que variam entre R$ 2,042 mil e R$ 19,194 mil.

Os senadores "comuns", de modo geral, podem morar em apartamentos funcionais ou ter auxílio moradia de R$ 3,8 mil.

Todos têm direito a 10 litros de gasolina ou 14 litros de álcool por dia. Cada senador também pode contratar até 80 funcionários no valor total de R$ 80 mil. Com isso, o presidente do Senado, que poderá manter os servidores de seu gabinete, teria até 104 cargos à disposição.

Pelo regimento, o presidente do Senado tem direitos a mais do que os demais senadores. Por outro lado, também tem obrigações: definir a pauta de votações do Senado, comandar reunião de líderes, além de acumular a função com a presidência do Congresso, que reúne, em sessões conjuntas, os 513 deputados e os 81 senadores. O presidente do Senado é o terceiro na linha sucessória do presidente da República, depois do vice-presidente e do presidente da Câmara.

Renan terá ainda o direito de requisitar aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para viagens de trabalho e não terá limite de passagens aéreas para viajar ao estado, ao contrário dos demais senadores, que têm cotas de passagens. A remuneração, porém, é igual à de todos os parlamentares: 15 salários de R$ 26,7 mil durante o ano.

Renan foi eleito nesta sexta (1º) com os votos de 56 dos 78 senadores presentes. Indicado pelo PMDB, maior bancada do Senado, e alvo de denúncia da Procuradoria Geral da República, Renan assumiu pela terceira vez o comando da Casa - foi eleito pela primeira vez em fevereiro de 2005 e reconduzido em fevereiro de 2007.

 http://www.correiodoestado.com.br/noticias/renan-tera-direito-a-mansao-gasolina-e-24-cargos-extras_173394/

Cientistas descobrem como corujas giram quase totalmente a cabeça

 
Cientistas nos Estados Unidos decifraram o enigma de como as corujas conseguem girar quase completamente a cabeça, até 270 graus, sem danificar os delicados vasos sanguíneos do pescoço ou interromper o fornecimento de sangue para o cérebro.

Segundo estudo realizado por especialistas da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, os vasos sanguíneos na base da cabeça das corujas têm a capacidade de se ampliar, tornando-se uma espécie de represa. Esta represa permitiria, então, acumular sangue para que as corujas possam obter energia suficiente para irrigar o cérebro e os olhos enquanto giram a cabeça.

"Até agora, especialistas em scanner cerebral que, como eu, lidam com lesões causadas por traumas nas artérias da cabeça e do pescoço em humanos, se questionavam como estes rápidos e elaborados movimentos de cabeça não deixavam milhares de corujas mortas no chão da floresta por acidente vascular cerebral", afirmou o neuro-radiologista Philippe Gaillourd, autor principal do estudo publicado na edição de sexta-feira da revista Science.

Para resolver o quebra-cabeça, a equipe de cientistas estudou a estrutura óssea e dos vasos sanguíneos da cabeça e do pescoço de vários tipos de corujas após suas mortes por causas naturais. Um corante de contraste foi utilizado para melhorar a imagem de raios-X dos vasos sanguíneos das aves, que foram meticulosamente dissecados, desenhados e escaneados para permitir uma análise detalhada.

A descoberta mais surpreendente aconteceu depois que os cientistas injetaram uma substância corante nas artérias das corujas para imitar o fluxo sanguíneo e giraram manualmente a cabeça dos animais. Os vasos sanguíneos na base da cabeça, logo abaixo do osso da mandíbula, se tornavam uma espécie de represa à medida que entrava mais corante no sistema circulatório.

Isto contrasta radicalmente com a capacidade anatômica do ser humano, em que as artérias geralmente tendem a ser cada vez menores e não a se inflar à medida que se ramificam. "Os resultados do nosso novo estudo mostram precisamente que as adaptações morfológicas são necessárias para tais movimentos de cabeça", disse Gaillourd.

 http://www.correiodoestado.com.br/noticias/cientistas-descobrem-como-corujas-giram-quase-totalmente-a-c_173347/

Temido atirador de elite dos EUA é assassinado em campo de tiro

O ex-militar escreveu um livro, 'American Sniper', no qual relata seus dias como atirador de elite.

 

O atirador mais letal da história recente dos Estados Unidos, responsável por centenas de mortes no Iraque, foi assassinado neste sábado(02), em um campo de tiro no Texas, segundo informou o Departamento de Segurança Pública do Texas, neste domingo(03).

O ex-militar Chris Kyle, 38, era odiado por grupos iraquianos e após deixar a Marinha em 2009, ele escreveu um livro, 'American Sniper', no qual relata seus dias como atirador de elite.

Kyle foi morto a tiros junto com outro homem identificado como Chad Littlefield, de 35, na tarde de sábado em um campo de tiro em Glen Rose. A polícia deteve pouco depois Eddie Routh, de 25 anos, como suspeito de ambas as mortes.
Routh foi preso acusado por dois homicídios e a fiança estipulada é de 3 milhões de dólares. Segundo a polícia americana, o motivo do crime ainda não é claro, mas Routh pode estar sofrendo de stress pós-traumático. Ele é um veterano da guerra do Iraque e havia deixado a Marinha. Kyle estava tentando ajudar Routh com a desordem, que atinge muitos veteranos. 

Os investigadores dizem que Routh atirou em Kyle e Littlefield a queima-roupa. Ele fugiu e depois foi preso em sua casa. 

Matador de elite
Kyle fez parte da unidade de elite Seal da Marinha americana e combateu no Iraque, onde matou pelo menos 150 insurgentes entre 1999 e 2009, segundo números oficiais do Pentágono, embora ele assegurasse que foram mais de 250. 
 
No livro, publicado no ano passado e que esteve na lista dos mais vendidos do jornal The New York Times, Kyle conta que os insurgentes iraquianos lhe deram o apelido de "diabo" e ofereceram uma recompensa por sua cabeça. Com informações da agência EFE e Yahoo!

http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/temido-atirador-de-elite-dos-eua-e-assassinado-em-campo-de-tiro/

Sites vendem diplomas falsos de universidades

Esquema fraudulento garante certificado de nível superior em 10 dias; MEC diz não ter responsabilidade no caso.

SÃO PAULO - Diplomas falsificados de nível superior estão sendo vendidos livremente na internet. A compra pode ser feita por qualquer pessoa – até mesmo por quem nunca cursou uma universidade. Os supostos comerciantes oferecem até certificados da área médica. Um diploma de Enfermagem, por exemplo, custa R$ 6 mil. 

Em diversos sites, falsificadores prometem entregar os diplomas de curso superior em prazos de até dez dias. Dizem também que o documento entregue terá um suposto reconhecimento do Ministério da Educação (MEC) e será oficializado, com a publicação no Diário Oficial da União.

Sem saber que se tratava de uma reportagem, um atendente do site Sucesso Corp (www.sucessocorp.com.br) explicou por telefone como funciona o esquema ilegal à Rádio Estadão. É preciso enviar documentos à faculdade indicada pelo negociador e pagar 60% do valor, como sinal. Por um diploma de Pedagogia, ele cobrou R$ 4,5 mil.

“Tudo legalizado em 15 dias. Reconhecido e publicado”, afirmou. “Você vai escanear os documentos e mandar por e-mail para lá. Eles vão fazer o encaixe e mandar para o MEC. Em dois ou três dias, o MEC deu OK. Você faz 60%. Mais oito dias, sai a publicação e eu mando levar.”

Identificando-se como Marcos, o atendente também disse que há a possibilidade de o comprador escolher a universidade pela qual o documento falso será emitido. “De repente, eu posso conseguir na (faculdade) que você pretende. Como posso conseguir outra”, disse.

Em outro portal de compras e vendas, um atendente ofereceu os serviços com a promessa de entregar diplomas em todo o País. Também por telefone, o infrator garantiu à reportagem a autenticidade do diploma e disse conseguir um número de registro que dá acesso exclusivo ao histórico escolar de um aluno desistente do curso pretendido. 

O homem chegou a oferecer a emissão do diploma por duas instituições de ensino superior de São Paulo. “Aí em São Paulo tem a Presbiteriana (Mackenzie) e, se for o caso, consigo pra você na Unip”, disse.
“O diploma é reconhecido e registrado e tem até o RA. Você vai poder checar dentro da própria instituição a autenticidade do que você está comprando. Tem muita gente que te vende um pedaço de papel e você não pode averiguar nada”, continuou. 

Questionado se havia riscos no esquema, ele garantiu que não: “Não vai ter. Se der problema para você, com certeza eles vão chegar até mim”. 

Máfia. Questionado sobre o caso, o diretor jurídico da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior, José Roberto Covac, levantou a hipótese de que diplomas originais estejam sendo usados no esquema fraudulento e de que haja envolvimento de funcionários das universidades. “Quem assina o diploma é o reitor. Quando a universidade faz o registro do diploma, ela verifica todo o registro acadêmico do aluno. Parece que há uma máfia e que alguém de dentro da universidade está fabricando documentação e registro. E o reitor acaba até assinando o diploma sem ter conhecimento”, disse.

A Universidade Presbiteriana Mackenzie afirmou por nota que repudia a comercialização de diplomas. A instituição diz que o processo seria “praticamente impossível de ser realizado dentro da universidade”, por causa do número de setores e profissionais envolvidos na diplomação dos alunos.

Também citada pelo fraudador, a Universidade Paulista (Unip) afirmou que “os sistemas adotados pela instituição inviabilizam o esquema de confecção de diplomas a não formandos”. A Unip disse que pretende procurar a Polícia Civil para requerer a instauração de um inquérito para investigar a identidade de possíveis criminosos e a forma de atuação deles.

Sobre a suposta ajuda que os fraudadores mencionam ter na confecção dos diplomas, a assessoria de imprensa do MEC disse que as universidades são “inteiramente responsáveis” pelo documento e “não cabe ao MEC parte alguma no processo”.

 http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,sites-vendem-diplomas-falsos-de-universidades,992592,0.htm

 

Cresce 50% o número de motoristas presos após lei seca ficar mais rígida

Média diária de condutores detidos pela PM subiu de 10 para 15 depois que outras provas, como o testemunho, passaram a valer.

SÃO PAULO - O número de prisões por embriaguez no Estado aumentou no primeiro mês de vigência da lei seca mais severa. Ao longo de 2012, a média foi de dez detenções por dia. Entre 21 de dezembro e 21 de janeiro, a taxa saltou para 15. Regulamentada na semana passada, a lei mais rigorosa prevê que testemunhos atestem a embriaguez caso o motorista não queira soprar o bafômetro. Para dar mais força a seus depoimentos, policiais estão usando até câmeras de vídeo.
A partir de 21 de dezembro, um dia após a presidente Dilma Rousseff (PT) sancionar as mudanças na lei seca, a Polícia Militar fez 464 prisões em flagrante por “alcoolemia ao volante” em 30 dias. Em todo o ano passado – descontados os últimos dez dias de dezembro – foram feitas 3.606 prisões em flagrante, segundo a PM, o que dá a média de dez casos por dia.

Essa variação pode ser explicada pelo fato de que ficou mais flexível para os policiais identificar motoristas alcoolizados com o exame de sinais de embriaguez. Não é mais preciso submeter a pessoa ao teste do bafômetro ou ao exame de sangue, como era antes. Agora, sinais como vermelhidão dos olhos, dificuldade para falar e andar e cheiro do vômito podem provar que o condutor está embriagado.

É o que diz o capitão Sérgio Marques, porta-voz da Comando de Policiamento de Trânsito e especialista em sua legislação. “Continua valendo a premissa constitucional de que ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo. Porém, o corpo produz provas, o corpo fala. Odor de álcool, atitude arrogante e desordem nas vestes, entre outros itens, podem configurar não só a multa, como o crime.”

Isso prova o flagrante previsto no artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que estabelece como infração criminal conduzir veículo “sob a influência de álcool ou substância de efeitos análogos”, com penas que variam de seis meses a três anos de detenção, além de multa ou proibição de dirigir. Contudo, a pena é afiançável e, portanto, raramente alguém fica preso.

Uma gravação foi usada na noite de sexta-feira para levar à prisão um motorista da Praia Grande, no litoral sul. “Os policiais notaram que o homem estava embriagado, mas ele não quis soprar o bafômetro. Então, além de relatar os sinais de embriaguez, os policiais filmaram o motorista com andar cambaleante e encaminharam o vídeo para a delegacia”, afirma o tenente Moacir Mathias do Nascimento, porta-voz da Polícia Rodoviária Estadual. Até a noite de sábado, a fiança, estipulada em R$ 3 mil, não havia sido paga.
Endurecimento. Na terça-feira passada, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicou uma resolução para regulamentar a lei seca mais rigorosa. Essa determinação não permite nenhuma quantidade de álcool no sangue do motorista.

O consultor de tráfego Horácio Augusto Figueira apoia a medida da PM de usar câmeras para filmar motoristas embriagados. O material pode servir como mais uma evidência para indiciar condutores que dirigem depois de consumir álcool. “Acho que essa alteração na lei seca e a forma de a blitz ser feita já vai dar um certo chacoalhão no comportamento de boa parte da sociedade. As pessoas já começam a perceber que agora é para valer.”

Entretanto, em sua avaliação, os bloqueios policiais só serão plenamente efetivos se ocorrerem 24 horas por dia e em vias escolhidas aleatoriamente. “Não precisa ser só em ruas de grande movimento. Isso é besteira. É preciso fazer blitze em ruas locais de bairro por onde os motoristas fogem.”

Ele sugere que as autoridades passem a montar um pequeno bloqueio falso em avenidas movimentadas só para que motoristas embriagados as vejam e “escapem” por alternativas manjadas, onde os policiais estariam fazendo a blitz verdadeira.

http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,cresce-50-o-numero-de-motoristas-presos-apos-lei-seca-ficar-mais-rigida,992578,0.htm

Dono da boate Kiss diz que sobreviventes atrapalharam resgate

Kiko afirma que uso de espuma foi recomendado por engenheiro.

O empresário Elissandro Spohr, o Kiko, um dos sócios da Boate Kiss, onde um incêndio matou mais de 230 pessoas no último domingo, disse que as próprias vítimas atrapalharam o resgate. "E as pessoas, em vez de terem saído e 'abrido', ficaram na frente da boate, atrapalhando, ainda", afirmou, em entrevista veiculada no programa Fantástico, da TV Globo e disponibilizada no Facebook pelo advogado do empresário, Jader Marques. A entrevista foi gravada pelo defensor dentro do hospital no qual Kiko está internado.

De acordo com Kiko, a banda Gurizada Fandangueira, que acendeu o sinalizador que deu início ao fogo, não conversou com ele sobre o uso de artefatos pirotécnicos dentro da boate. "A banda nunca falou comigo sobre isso (queima de fogos dentro da boate). Eu nunca autorizei isso. Faz dois anos, eu acho, que a banda toca lá. Eu vi, no mínimo, 30 shows deles. Eles nunca fizeram isso, nem na Kiss e - vi shows deles -, em outros lugares, eles também nunca usaram isso. Se eu soubesse que iam usar isso, eu não deixaria usar", disse.

Kiko afirma que não lembra com exatidão qual era a lotação da casa no dia da tragédia. "Nessa noite eu lembro – e geralmente eu chego na entrada e pergunto 'como é que tá?'. (Responderam:) 'Tá bom, tá razoável, deve ter umas 700 pessoas'. Entrei e, realmente, acredito que tinha perto de 600 a 700 pessoas", disse.

O empresário conta como reagiu quando viu o teto da boate pegando fogo. "Vi que a coisa era séria e saí já gritando: Abre! Abre tudo que é sério! Eu mesmo abri as portas, inclusive".

Segundo Kiko, a espuma usada para o isolamento acústico da casa noturna – material que, queimado, liberou gases tóxicos – foi colocada por indicação do engenheiro Michel Angelo Pedroso. "As opções eram gesso ou espuma. A espuma eu achava horrível, muito feio. Eu optei pelo gesso. Porém, continuou o barulho. Eu voltei a chamar o Pedroso, pra gente trocar uma ideia, ver o que fazer. A gente botou espuma e madeira por cima, concreto, e aí, por fim, espuma. Eles queriam que eu botasse espuma em toda a boate. Mas eu botei só no palco", disse.

O engenheiro se defendeu: "Eu tenho uma quantidade grande de projetos acústicos e de laudos acústicos, e jamais, em nenhum deles, eu aconselhei a utilizar espuma de borracha", afirmou. O empresário admitiu que a boate funcionou com o alvará vencido. Segundo Kiko, em uma das vistorias na Kiss, os bombeiros constataram que as portas estavam ultrapassadas. "Foi o que me disseram. E me indicaram uma empresa chamada Hidramix, que era de um antigo colega deles, que fazia todo esse sistema operacional pra mim", disse.

 O Corpo de Bombeiros informou que só vai se manifestar depois de terminado o inquérito.

Também em entrevista ao Fantástico, o percussionista da banda Gurizada Fandangueira, Marcio de Jesus dos Santos, afirmou que a Boate Kiss era um "labirinto". O músico disse que só escapou do local porque saiu do palco pela área VIP. "Qualquer um de nós, mesmo conhecendo a casa, se saísse daquele corredorzinho que se formava entre o ferro e uma parede, que dava direto numa porta, não acharia mais. É um labirinto, e se tu perguntar para qualquer um que já foi na Kiss ou vai, ou foi nessa data específica, eles vão te dizer que é um labirinto", disse.

O gaiteiro da banda, Danilo Jaques, morreu no incêndio. Segundo depoimentos de testemunhas, o vocalista da banda, Marcelo de Jesus dos Santos, irmão de Marcio, foi quem manuseou o sinalizador que deu início ao fogo. O músico está preso. "Marcelo tirou a luva [que levava os fogos] e a gente continuou o show. Logo o guitarrista olhou pra cima e tinha uma pequena bolinha de fogo, e eu avisei o Marcelo: 'cuidado tem fogo ali'. Quando o cara deu o extintor, ele atirou no chão. Atirou e pegou e puxou a trava. Se estivesse funcionando, por Deus que nada disso teria acontecido", afirmou.

Segundo Marcio, o uso dos artefatos pirotécnicos não foi o responsável pelas mortes. "Nunca nos proibiram de usar [os fogos], nunca tinha ferido ninguém. Eu poderia me sentir culpado se, mesmo sabendo que eu já tivesse ferido alguém, viesse a acontecer a tragédia que aconteceu, eu deixasse acontecer de novo". De acordo com o músico, os fogos de artifício eram sempre utilizados nas apresentações e Kiko, o dono da boate, tinha conhecimento.

Dono de boate está internado em hospital sob custódia

Kiko está internado sob custódia da polícia em um hospital de Cruz Alta, a 130 quilômetros de Santa Maria. A Justiça decretou a prisão preventiva dele e do outro sócio da Kiss, Mauro Hoffmann, no dia seguinte à tragédia. Segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, testemunhas afirmaram que os extintores de incêndio da casa noturna não funcionavam. Conforme o delegado Marcelo Arigony, há indícios de que os equipamentos seriam falsos.

Ainda segundo a polícia, a casa noturna também teria recebido mais de mil pessoas no dia do evento, mais do que a capacidade máxima estabelecida em seu alvará de funcionamento, de 691 pessoas. "Qualquer criança sabia que aquela casa não podia funcionar daquele jeito", disse Arigony.

De acordo com o advogado de Kiko, Jader Marques, a capacidade de público foi respeitada pelos proprietários. "Está sendo argumentado que poderia haver mais de mil pessoas na casa. Na avaliação do Kiko, a lotação fica em torno de 600 a 700 pessoas e, quando se atinge esse número, as portas são trancadas e novas entradas só são permitidas quando pessoas deixam o local. Se não tiverem sido atingidos pelo fogo, há cadernos de controle do público. Para essa festa, foram impressos 850 convites. Para comprovar isso, levaremos ao conhecimento das autoridades o arquivo da empresa de publicidade responsável. No total, 700 convites foram entregues à representante dos estudantes", afirmou.

 http://www.jb.com.br/pais/noticias/2013/02/04/dono-da-boate-kiss-diz-que-sobreviventes-atrapalharam-resgate/