terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Primeira manhã de 2013 registra quatro homicídios no DF

Duas pessoas foram mortas em Ceilândia Sul e outras duas no Gama. Polícia registra uma tentativa de homicídio em Taguatinga 

As primeiras horas de 2013 registraram quatro homicídios no Distrito Federal. Duas pessoas foram mortas em Ceilândia Sul e outras duas foram assassinadas no Gama.

De acordo com a Polícia Militar, as ocorrências do Gama têm relação com outro assassinado ocorrido nas últimas horas de 2012. A PM informou que as três vítimas foram mortas por vingança.

Outra ocorrência registrada nas primeiras horas de 2013 foi uma tentativa de homicídio em Taguatinga. Uma mulher de 35 anos recebeu pelo menos tiros, segundo a polícia. Ela foi levada ao Hospital Regional de Taguatinga. Por volta das 13h30, a vítima estava consciente e o quadro de saúde era estável, segundo o hospital.

A polícia também encontrou um cadáver com um corte na cabeça, em Sobradinho. A PM informou que ainda apura as causas da morte.

 http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2013/01/primeira-manha-de-2013-registra-quatro-homicidios-no-df.html

Homem rouba carro, tenta atropelar policial, bate em veículos e é preso

Beneficiado com 'saidão de fim de ano' ele voltaria à prisão na quarta (2).
Na delegacia de São Sebastião, ladrão se identificou como nome do irmão.

Um homem foi preso na tarde desta segunda (1º), em São Sebastião, depois de roubar um carro, tentar atropelar um PM, fugir pela contramão, invadir um condomínio, bater em três veículos e tentar atirar contra policiais. Na delegacia, o ladrão se identificou com o nome do irmão, que não tem passagem pela polícia.

Segundo a polícia, o homem roubou o carro em frente a uma padaria em São Sebastião. O dono do veículo e um irmão procuraram ajuda da PM. Uma perseguição teve início depois que o automóvel foi identificado próximo ao Balão da Ponte JK.

Perto do Balão do presídio da Papuda, o ladrão perdeu o controle do veículo e parou. Os policiais desceram da viatura para abordá-lo. O criminoso acelerou o carro na direção de um dos PMs e fugiu pela contramão.

Um dos tiros disparados pelo PM acertou uma das rodas do carro. Mesmo com o pneu furado, o criminoso entrou em um condomínio que estava com a cancela levantada. Lá, ele bateu em outros três automóveis. Na última colisão o veículo parou e não conseguiu mais se locomover. O ladrão saiu do carro e tentou atirar nos policias, mas foi imobilizado e levado até a delegacia de São Sebastião.

A polícia informou que o homem já cumpre pena na Papuda por roubo. Ele responde por pelo menos dez crimes. O criminoso estava em liberdade por ter sido beneficiado com o “saidão de fim de ano”. Ele deveria retornar ao presídio nesta quarta-feira (2).


http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2013/01/homem-rouba-carro-tenta-atropelar-policial-bate-em-veiculos-e-e-preso.html

Lei da Ficha Limpa impede posse de prefeitos em dezenas de municípios

Em parte das cidades, foi o presidente da câmara dos vereadores quem assumiu.

Mais de 5,5 mil prefeitos tomaram posse nesta terça-feira (1º) em todo o Brasil. E mais de 50 municípios vão ter que realizar novas eleições. Isso acontece porque os eleitos para a prefeitura tiveram a candidatura barrada pela Lei da Ficha Limpa.

Em algumas destas cidades, os políticos tiveram a candidatura negada e mesmo assim concorreram.

Entre os motivos pelos quais o TSE negou o registro, estão: publicidade institucional fora do período permitido pela legislação eleitoral e, em casos de reeleição, contas da prefeitura rejeitadas pelo TRE local.
Em parte das cidades, foi o presidente da câmara dos vereadores quem assumiu.

A permanência dos presidentes das câmaras de vereadores à frente das prefeituras é temporária. Os tribunais regionais eleitorais têm que marcar novas eleições, chamadas suplementares. Em pelo menos 11 cidades, o eleitor vai voltar às urnas já a partir do mês que vem.

Segundo o site do TSE, a nova eleição em Guarapari, Espírito Santo, será realizada em 3 de fevereiro. Em 3 de março, será a vez da eleição em Criciúma, Balneário Rincão, Campo Erê e Tangará, em Santa Catarina

E em Erechim, Eugênio de Castro e Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. E em Bonito, Mato Grosso do Sul. No dia 7 de abril, eleições em Biquinhas e São João do Paraíso, em Minas Gerais.

A Lei da Ficha Limpa foi criada por iniciativa popular e começou a valer nas eleições de 2012. Ela barra políticos condenados pela Justiça em decisão colegiada.

A lei também impediu a candidatura de políticos que renunciaram ao mandato quando já havia  pedido de abertura de processo. Estes ficaram inelegíveis pelo período que restava do mandato, mais oito anos.

Para Carlos Mouro, integrante do Movimento Contra a Corrupção Eleitoral, a situação vivida hoje por alguns municípios é uma prova de que a lei funcionou: “A Lei da Ficha Limpa eu diria que já é o inicio de uma reforma política. Porque não é possível que alguém em débito com a Justiça venha a postular um cargo no Legislativo o ou no Executivo”, diz.

http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/01/lei-da-ficha-limpa-impede-posse-de-prefeitos-em-dezenas-de-municipios.html

Papa condena o capitalismo financeiro na missa de Ano-Novo

Papa Bento XVI condenou as desigualdades entre ricos e pobres (AFP PHOTO / ANDREAS SOLARO )Papa Bento XVI condenou as desigualdades entre ricos e pobres.
 

Cidade do Vaticano - O Papa Bento XVI rezou nesta terça-feira (1º) pela paz no mundo e condenou as desigualdades entre ricos e pobres, assim como o capitalismo financeiro não regulado, durante a tradicional missa de Ano Novo na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
O Papa citou os "focos de tensão e de confronto provocados pela crescente desigualdade entre ricos e pobres, e a predominância da mentalidade egoísta e individualista que é também uma das manifestações do capitalismo financeiro não regulado".

Bento XVI, no entanto, afirmou que a humanidade tem "uma vocação inata para a paz" e este ano rezou pelo "dom da paz", citando um trecho da Bíblia: "Bem-aventurados os pacificadores porque eles serão chamados filhos de Deus".

No dia 1º de janeiro, a Igreja Católica celebra a jornada mundial da paz.










Apenas uma escola particular do DF prepara os alunos para tirar a CNH

 Os estudantes André Carneiro (E) e Clara Elisa com Ricardo Leal, coordenador do curso de trânsito da Católica: aprendizado para toda a vida (Viola Júnior/Esp. CB/D.A Press - 17/12/12)
Ao contrário do que prevê a Resolução nº 265 do Contran, apenas uma escola particular do Distrito Federal prepara os estudantes do ensino médio para tirar Carteira de Habilitação. Detran e colégios públicos costuram entendimento.

Os estudantes André Carneiro (E) e Clara Elisa com Ricardo Leal, coordenador do curso de trânsito da Católica: aprendizado para toda a vida

A educação de trânsito para estudantes do ensino médio não é prioridade para a maioria dos diretores de escolas públicas e privadas. No Distrito Federal, apenas uma instituição de ensino particular oferece a disciplina como atividade extracurricular obedecendo aos parâmetros estabelecidos pela Resolução nº 265 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). No resto do país, o descaso se repete. O Correio apurou que não passa de 50 o número de estabelecimentos que aderiram ao projeto de formar o jovem nas leis de trânsito, como preconiza a norma do Contran.

 Trânsito na BR-020: durante o treinamento, alunos têm chance de se tornar motoristas mais responsáveis (Gustavo Moreno/CB/D.A Press - 1/2/12)
 Trânsito na BR-020: durante o treinamento, alunos têm chance de se tornar motoristas mais responsáveis

A iniciativa pioneira e única no Distrito Federal teve início há três anos no Centro Educacional Católica de Brasília. Duas turmas, totalizando 88 alunos, já se formaram e, atualmente, há outros 236 matriculados. O depoimento dos alunos mostra o quão transformadora a iniciativa pode ser. E, ao contrário do que dizem alguns críticos, o aprendizado pode representar muito mais do que a possibilidade de antecipar o sonho de ter a carteira de motorista. As instituições têm nas mãos a oportunidade de formar cidadãos do trânsito. O estudante André Carneiro Rocha, 16 anos, é um exemplo disso.


 http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2013/01/01/interna_cidadesdf,341844/apenas-uma-escola-particular-do-df-prepara-os-alunos-para-tirar-a-cnh.shtml

Corpo de idoso fica quase 12 horas à espera da perícia em rodovia do DF

Manoel Joaquim de Souza, de 77 anos, morreu ao sair da casa do filho, em Sobradinho, na madrugada desta terça-feira (1º/1).

Ele foi passar a virada do ano e saiu da casa do filho por volta das 5h30. Depois, Souza foi encontrado morto na DF-150, na altura do km 5, em uma parada de ônibus. Ele foi para o local para pegar o ônibus e ir embora, em direção ao Vale do Amanhecer.

A perícia demorou quase 12 horas para chegar. Revoltada, a família improvisou um velório: cobriu o corpo do idoso com um lençol e colocou uma tenda para proteger do sol.

Ainda não se sabe a causa da morte. Até a chegada da perícia, o local foi preservado pela Polícia Militar. A reportagem tentou entrar em contato com a assessoria da Polícia Civil, mas não obteve retorno.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2013/01/01/interna_cidadesdf,341979/corpo-de-idoso-fica-quase-12-horas-a-espera-da-pericia-em-rodovia-do-df.shtml

Por que a Índia trata tão mal suas mulheres?

Estupro e morte de estudante traz à tona a difícil realidade do país, considerado o pior para se nascer mulher em todo o mundo.

 Muitos a chamaram de "coração valente" ou "filha da Índia". Mais do que motivar uma onda de orações e protestos em todo o país, a estudante de 23 anos morta no sábado após ser estuprada por seis homens em um ônibus em Nova Déli fez o país se perguntar: "Por que a Índia trata tão mal as suas mulheres?".

No país, não são raros os casos de aborto de fetos femininos, assim como os de assassinato de meninas recém-nascidas. A prática levou a um assombroso desequilíbrio numerico entre gêneros no país.

As que sobrevivem enfrentam discriminação, preconceito, violência e negligência ao longo da vida, sejam solteiras ou casadas.

TrustLaw, uma organização vinculada à fundação Thomson Reuters, qualificou a Índia como o pior lugar para se nascer mulher em todo o mundo.

E isso se dá em um país no qual a líder do partido do governo, a presidente da Câmara de Deputados, três importantes ministras e muitos ícones dos esportes e dos negócios são mulheres.

Crimes em alta - Apesar do papel mais importante desempenhado pelas mulheres no país, crimes de gênero estão em alta na Índia. Em 2011 foram registrados 24 mil casos de estrupo - 17% só na capital, Nova Déli. O número é 9,2% maior do que no ano anterior.

Segundo os registros policiais, em 94% dos casos os agressores conheciam as vítimas. Um terço desses eram vizinhos. Parte considerável era de familiares.

E não se tratam apenas de estupros. Segundo a policía, o número de sequestros de mulheres aumentou 19,4% em 2011 (em relação ao ano anterior). O aumento dos casos assassinato foi de 2,7%, nos de torturas, 5,4%, nos de assédio sexual, 5,8%, e nos de violência física, 122%.

Discriminação mortal - Segundo Amartya Sen, prêmio Nobel de Economia de 1998, mais de 100 milhões de mulheres desapareceram ou foram mortas em todo o mundo vítimas da discriminação.

De acordo com os cálculos dos economistas Siwan Anderson e Debraj Ray, mais de dois milhões de indianas morrem a cada ano: cerca de 12% ao nascer, 25% na infancia, 18% em idade reprodutiva e 45% já adultas.

O estudo mostrou que mais mulheres morrem na Índia por ferimentos do que por complicações no parto. E esses ferimentos seriam um indicador da violência de gênero.

Outro dado estarrecedor é o de 100 mil mulheres mortas por queimaduras. Segundo os dois economistas, boa parte delas são vítimas de violência relacionada ao pagamento de dotes matrimoniais. Não raro, os agressores queimam as mulheres.

Sociedade patriarcal - Para os analistas, é preciso uma mudança estrutural nas atitudes da sociedade para que as mulheres sejam mais aceitas e tenham mais segurança na Índia.

O preconceito de gênero é reflexo de uma sociedade de tradição patriarcal, ainda mais forte no norte do país.

Para os manifestantes que saíram às ruas após o estupro da jovem estudante de medicina, os políticos, inclusive o primeiro-ministro Manmohan Singh, não são sinceros quando prometem leis mais duras contra a violência de gênero.

Eles ainda questionam o fato de que 27 candidatos nas últimas eleições regionais eram acusados de estupro. Além disso, seis deputados respondem pelas mesmas acusações. Como crer, então, na classe política?

Ainda é cedo para saber se o governo realmente concretizará suas promessas de leis mais duras e julgamentos mais ágeis em casos de estrupo. Os protestos em Nova Déli, no entanto, parecem trazer alguma esperança de que algo poderá mudar, para o bem das mulheres indianas. 


http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,por-que-a-india-trata-tao-mal-suas-mulheres,979005,0.htm

UM CALOTE DE R$ 44 BILHÕES

Depois da farra do crédito fácil, que alavancou o crescimento do País até 2010, nova classe média dá calote recorde e a economia brasileira patina. Impacto chegou a diferentes setores da economia 

A técnica em enfermagem Wedna Bispo, 31 anos, ganha R$ 1,2 mil por mês e até outro dia devia quase R$ 34 mil na praça. Não consegue lembrar tudo que comprou, mas estava pendurada na loja de material de construção, em dois cartões de crédito, no banco e na faculdade. Estica prazo daqui, renegocia dali, agora só falta discutir R$ 2,6 mil com o curso de enfermagem. "Minhas dívidas viraram uma bola de neve. Se você não controla, só se lasca." Wedna admite ter se perdido nas compras, mas hoje percebe que o descontrole não foi só dela: num dos cartões de crédito, a administradora lhe deu limite para gastar R$ 1,2 mil por mês - exatamente o valor de seu salário.

Wedna é uma típica brasileira da nova classe média enrolada na armadilha do crédito fácil. Como ela, milhões de pessoas atraídas pela oferta de crédito abundante nos bancos se atiraram às compras em 2009, 2010 e no início de 2011. Este ano, a conta chegou. Para muitos, foi como acordar de um surto coletivo de embriaguez: as doses de crédito a mais desaguaram num calote total de R$ 44,2 bilhões em bancos, financeiras e no cartão de crédito. Para comparar, em 2010, a inadimplência total era de R$ 23,7 bilhões, quase a metade de hoje. As contas foram feitas pela economista Marianne Hanson, da Confederação Nacional do Comércio (CNC).

O reflexo do aumento da inadimplência e do maior comprometimento da renda das famílias com dívidas foi além do balanço dos bancos e respingou em setores da economia real. Depois do avanço de 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010, o País patinou e cresceu 2,7% em 2011 e deve avançar apenas 1% este ano. Para os especialistas, o impacto pode persistir até 2014. 

A ressaca só não é maior porque muitos inadimplentes renegociaram dívidas para limpar o nome. Foram pelo menos 15 milhões de pessoas apenas nos mutirões organizados - em escala recorde - por duas empresas de serviços financeiros, a Serasa Experian e a Boa Vista Serviços. "Tivemos uma bolha de crédito para o consumo. E a bolha sempre estoura com a inadimplência", diz José Roberto Mendonça de Barros, sócio da MB Associados. 

Segundo várias avaliações, a maior parte dos inadimplentes são famílias emergentes que melhoraram de vida nos últimos anos e migraram da base para o miolo da pirâmide social. Parte dessa massa de 40 milhões de pessoas está tateando o mercado de crédito e acabou se perdendo no uso do cheque especial, do cartão de crédito e do financiamento sem entrada com parcelas a serem pagas em cinco anos ou mais.

O Instituto GEOC, que reúne 17 empresas de cobrança de dívidas, captou uma mudança significativa no perfil dos inadimplentes. Cinco anos atrás, o principal motivo para deixar de pagar a prestação era a perda do emprego. "Hoje o consumidor está empregado e o motivo é que tomou mais crédito do que podia", diz Jair Lantaller, presidente do instituto. Estudo do Ibope e da Serasa Experian, encomendado pelo GEOC, mostra que 87% dos inadimplentes e 69% de quem está com os pagamentos em dia chegam ao fim do mês sem dinheiro. "O brasileiro está cada vez mais endividado", confirma Lantaller. 

Exageros. Passada a euforia, apareceram os exageros do festival de empréstimos. Não foram só os consumidores que erraram nas contas. Os bancos estavam entusiasmados com a nova classe média e emprestaram sem muito critério. O governo, empolgado com o aumento da renda da população, colocou os bancos federais para inundar a praça com crédito e alavancar a economia.

O gerente de uma grande concessionária Volkswagen de São Paulo conta que há cerca de dois anos, na disputa pela classe C, os bancos pagavam comissões às concessionárias e aos vendedores de 5% a 10% do valor financiado - prática depois proibida pelo Banco Central. "O crédito era automático. Se o nome não estava sujo, era aprovado", diz o gerente. "Na época, por exemplo, tinha muito camelô comprando carro bom e, como não tinha comprovação de renda, o banco pedia só o extrato bancário." 

Um dos sinais mais marcantes dessa fase de exageros só apareceu mais tarde, na forma de um indicador que o mercado não costumava prestar atenção: de repente, os bancos descobriram que muitos dos que compraram carros em parcelas a perder de vista não pagaram sequer a primeira prestação. No Banco Votorantim, um dos líderes no financiamento de veículos, de 4% a 5% dos clientes deram calote já na primeira parcela entre 2010 e 2011. É o dobro dos 2% que o mercado costuma aceitar como índice máximo desse tipo de inadimplência. 

Para piorar, o sistema de checagem dos clientes era limitado. Os bancos não tinham acesso aos dados sobre o comprometimento total da renda do comprador. Até abril deste ano, o Sistema de Informações de Créditos (SCR), do BC, só informava dívidas individualizadas acima de R$ 5 mil. Mesmo que o tomador tivesse vários contratos abaixo desse valor, não era identificado pelo sistema. Assim, a loja vendia um carro sem saber que a renda do cliente já estava comprometida em outras compras.

Hoje, dentro do governo, já há quem reconheça - com a condição de permanecer no anonimato - que houve exageros nas concessões de empréstimos em 2010. "Os bancos emprestavam sem entrada e por prazo superior à vida útil do bem. Se não tivéssemos atuado, o ajuste seria traumático", afirma uma fonte do BC, lembrando que a autoridade monetária tomou uma série de medidas no fim daquele ano para frear o crédito.

Os bancos são pragmáticos e encaram a inadimplência por outro ângulo: é o preço pago para transformar em clientes 36,2 milhões de pessoas que abriram conta em banco entre 2002 e 2011. "Os bancos não erraram, foi o preço que tivemos de pagar pela bancarização", diz um alto executivo de uma das maiores instituições financeiras do País. "Fomos compelidos pelas circunstâncias a essa velocidade."

Política de consumo. O estímulo à popularização do crédito e o incentivo às compras foram produtos de uma política de crescimento baseada no consumo. Começou com o governo Lula, na crise de 2008, e foi reforçada com as reduções temporárias de impostos para a compra de carros, eletrodomésticos e material de construção. O governo mandou seus bancos de varejo, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, abrirem os cofres para financiar o consumo. Em abril de 2009, o então presidente do BB, Antonio Francisco de Lima Neto, foi demitido porque demorou a cumprir a ordem do ex-presidente Lula.

No esforço de guerra para ampliar o crédito, o BB comprou quase metade do Banco Votorantim, da família Ermírio de Moraes. A Caixa comprou o Panamericano, mas essa estratégia deu errado porque o banco, que na época pertencia ao apresentador Silvio Santos, estava quebrado. Com a movimentação das instituições estatais, a banca privada sentiu-se pressionada a segui-las para não perder mercado.

Além da pressão de Brasília, as instituições privadas sofreram outro tipo de influência para turbinar a oferta de crédito. Na visão dos investidores, havia uma demanda por crédito reprimida no País e os bancos que se lançassem agressivamente na conquista desses consumidores ganhariam mais mercado. Foi com a promessa de abocanhar parte desse crescimento que o Santander levantou mais de R$ 14 bilhões com a abertura de seu capital no Brasil, em 2009. A operação foi, na época, a maior do tipo já realizada no País.

O caso do banco Votorantim foi exemplar. Na visão do mercado, o banco pisou forte demais no acelerador depois que o BB tornou-se sócio e passou a usá-lo como linha auxiliar na política oficial de estímulo ao consumo. Experiente no ramo de carros usados, o Votorantim passou a atuar também com veículos novos, segmento no qual a competição é maior. Como resultado, sua fatia no financiamento total de veículos saltou de 12% para 21% entre 2008 e 2011. 

A onda de calotes, que envolveu todo o sistema financeiro, pegou forte no Votorantim. De janeiro a setembro, a instituição registrou prejuízo de R$ 1,6 bilhão ante lucro de R$ 455 milhões no mesmo período de 2011. Desde o fim do ano passado, o banco passa por um processo de reestruturação. "Os impactos ainda são relevantes, mas os números estão melhorando e o pior ficou para trás", diz o presidente do Votorantim, João Teixeira, que assumiu o cargo em setembro de 2011 para colocar a casa em ordem.

Para analistas, a ressaca da onda de calotes deve se estender até meados do ano que vem, em algumas instituições até 2014. "Em 2012, os bancos foram mais criteriosos e a turma ruim (de maus pagadores) está indo embora", diz Décio Carbonari, presidente da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef). "A água limpa que está entrando no lamaçal é pouca, por isso a inadimplência vai demorar a cair", afirma Luiz Rabi, assessor da Serasa Experian. /MÁRCIA DE CHIARA, CLEIDE SILVA, RAQUEL LANDIM, MELINA COSTA E DAVID FRIEDLANDER

 http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,um-calote--de-r-44-bilhoes-,978959,0.htm

Ladrão rende família e come ceia de Réveillon sozinho em Marília (SP)

Rapaz de 19 anos, egresso da Fundação Casa, foi preso e encaminhado à cadeia

PRESIDENTE PRUDENTE- Armado com um garrucha sem munição e uma faca, o ajudante geral Henrique Rodrigues da Silva, de 19 anos, invadiu uma casa na virada do ano na zona oeste de Marília, no interior de São Paulo SP. 

Ele rendeu a família e, após amarrar e trancar os moradores na lavanderia, comeu boa parte da ceia de Réveillon. Além de comer, o ladrão também bebeu até se fartar. Saciado, o rapaz foi embora carregando uma mala com pertences da família, incluindo dois notebooks, dois celulares, joias, talão de cheques e R$ 400.

Com uma chave de fenda e um martelo, um morador conseguiu retirar a porta da lavanderia e chamou a polícia. O bandido foi preso por volta das 3 horas desta terça-feira, 1, quando caminhava na direção da Favela do Geisel. Um carro da Polícia Militar levou Silva ao plantão da Polícia Civil.

Ele não tem passagens pela polícia, mas já esteve na Fundação Casa. "É o primeiro crime dele após completar 18 anos, isso pode lhe render 15 anos de prisão por ter ameaçado a família de morte", resume Neivaldo de Oliveira Silva, de 48 anos, investigador da Polícia Civil de Marília. Após confessar o crime, o acusado foi transferido para a Cadeia Pública de Garça (SP). 
 
http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,ladrao-rende-familia-e-come-ceia-de-reveillon-sozinho-em-marilia-%28sp%29,979575,0.htm

Corrupção no futebol ameaça jogos da Copa de 2014

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 Ronaldo marca na goleada sobre Gana, na Copa de 2006: africanos participaram de esquema
Especialistas na investigação do submundo da bola alertam: Brasil precisa abrir os olhos

Os mais de 200 anos do futebol já viram incontáveis casos de corrupção em todo o mundo. De partidas compradas, com placares pré-determinados, aos campeonatos envoltos em resultados obscuros, já se viu de tudo. E nem mesmo o maior evento da modalidade, a Copa do Mundo, está a salvo. Os últimos dois Mundiais — 2006 na Alemanha e 2010 na África do Sul — não deixam dúvidas: a corrupção persiste. E no Brasil, sede da próxima Copa, a história pode se repetir.

A prisão de cinco dirigentes do futebol sul-africano — entre eles o presidente da Safa (Confederação de Futebol do país), Kirsten Nematandani — na semana passada fez retornar aos holofotes, para desgosto da Fifa, o submundo da bola no planeta. Quatro dos cinco jogos preparatórios da África do Sul teriam sido armados, com participação de apostadores, mais notadamente da Ásia, tida como polo da corrupção futebolística no planeta.

Segundo apurações da própria Fifa, os amistosos dos sul-africanos contra Tailândia, Bulgária, Guatemala e Colômbia foram arranjados em benefício ao apostador cingapuriano Wilson Perumal e sua organização, a Football 4U. O nome em questão foi preso na Finlândia por financiar jogos arranjados na liga do país europeu, além de envolvimento com a corrupção que se alastrou pelo futebol do Zimbábue entre 2007 e 2009.

Quatro anos antes do Mundial de 2010, na Alemanha, o Brasil bateu a seleção de Gana por 4 a 0, em partida válida pelas oitavas de final, e avançou para depois ser derrotado pela França. A derrota africana, como se comprovou pouco tempo depois, teve a participação de apostadores, que tiveram acesso ao time africano. Uma das vozes que denunciaram aquele esquema foi a do jornalista canadense Declan Hill, autor do livro Máfia no Futebol (The Fix, 2008). E ele tem certeza: a Copa de 2014 sofrerá do mesmo mal.

— As seleções africanas continuarão sendo alvo dos apostadores e da máfia do futebol enquanto os seus dirigentes seguirem tratando mal os seus jogadores. Quando as confederações locais pararem de explorar os seus atletas, nós veremos os arranjos pararem. O que vemos hoje é um preconceito europeu ao fato de que na Ásia está o mercado de manipulação e compra de jogos. Falta vontade política para resolver o problema.

Hill concedeu entrevista exclusiva ao R7 e levantou a tese de que nem mesmo Copas do Mundo estão a salvo de mafiosos e criminosos envolvidos no futebol. Segundo ele, em pelo menos 60 países existem provas de que partidas arranjadas foram jogadas, em várias ocasiões com a participação dos próprios jogadores que estavam em campo. Mas o pior, segundo ele, é a falta de vontade de quem dirigente o futebol — Fifa, Uefa e demais confederações continentais — de resolver a questão.

— Nós poderíamos parar facilmente 90% da corrupção e dos arranjos no esporte. As autoridades sempre dizem que “não podemos fazer nada, a corrupção é inevitável”. Não acreditem neles, é possível parar tais criminosos (...). A Uefa e a Fifa estão engajadas em um “teatro” no momento, fingindo que estão fazendo alguma coisa a respeito, mas são apenas palavras, sem nenhum ato.

Mais vozes ecoam contra a corrupção no exterior

Declan Hill não é uma voz solitária. No exterior, a lista de jornalistas especializados na cobertura do submundo futebolístico é vasta, muito deles com atuações destacadas. O suíço Jean François Tanda teve atuação destacada em vasculhar e trazer à tona o escândalo que envolve a falência da ISL, então braço de marketing da Fifa. A empresa teria um “caixa 2” para pagar propinas a cartolas dos mais graúdos, entre eles Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, e João Havelange, ex-chefão da Fifa.

Tanda crê que a ganância é um mal tão grande quanto o mundo das apostas e arranjos da bola, e é ela que incita jogadores, dirigentes, técnicos e árbitros a se envolverem com a corrupção fora das quatro linhas. Além da atuação que Uefa e Fifa “dizem fazer”, o suíço vê problemas na apuração do que já se conhece na área.
— A cooperação entre a Interpol ou o sistema anticorrupção da Fifa não é mais do que aparência. Na verdade, quem manipula jogos é bandido. Não é papel da Fifa ou da Uefa pegá-los, mas sim da polícia. Por isso, a meu ver, nem polícia ou Interpol deveriam aceitar doações da Fifa, até para manter a sua real independência.

Outro que bate forte na Fifa é o britânico Andrew Jennings, autor de publicações como Jogo Sujo (Foul! Secret World of Fifa, 2007). Diretor do site Transparency in Sports, Jennings esteve no início deste mês no Brasil para o MediaOn – Seminário internacional de jornalismo online, e alertou para o fato de que o País pode estar virando a “República da Máfia”.

— Dizem que fazem isso [a Copa de 2014] pelo prazer dos jogos. Isso não quer dizer nada, que besteira, não me faça vomitar. Procurei a definição de crime organizado. Eles são a máfia. Eles não querem falar disso como se fosse um fato. Eles preenchem todos os requisitos de crime organizado. Tem o chefão, o enriquecimento por atividades criminosas etc. O dinheiro entra e desaparece.

Manipulação de jogos: dicas do que fazer ou não

Aparentemente, o quadro já visto antes, durante e depois das Copas de 2006 e 2010, não intimida as autoridades brasileiras. Ao R7, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou que o Brasil está engajado em fazer a “melhor Copa do Mundo já vista”, e que não pode “fazer previsões” sobre coisas como manipulação de resultados.

— Não posso comentar sobre investigações [em outros Mundiais]. No Brasil já tivemos incidentes de corrupção no futebol [como a Máfia do Apito, em 2005], mas não nos cabe fazer previsões. Vamos buscar fazer o melhor no que tange a nós, sempre dentro da lei.

Outros parecem mais preocupados. O antigo membro do COB, Alberto Murray Neto, destacou em outubro deste ano, durante um seminário intitulado “Mega-eventos e Democracia: Riscos e Oportunidades", que os brasileiros correm o risco de "ver o maior escândalo de corrupção da história do País”, caso a população e as autoridades não fiquem atentas aos preparativos e desenrolar da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio.

O ex-jogador e hoje deputado Romário (PSB-RJ) é outro que vê algo de podre no ar. Ele segue articulando no Congresso Nacional o pedido de CPI para investigar a CBF. O tema deverá ter desdobramentos no próximo ano, mas quem vê o quadro brasileiro de longe ainda teme pelo pior, sobretudo ao saber da descrença por aqui. Declan Hill é um deles.

— Por exemplo, aqui no Canadá a manipulação já chegou [ao futebol]. Houve um caso organizado por uma gangue croata em uma das menores ligas locais. A mensagem aos brasileiros é que se há criminosos arranjando partidas aqui, onde o esporte não é grande, certamente pode haver algo mais forte no Brasil.

Se tivesse que dar um conselho às autoridades do País, o jornalista canadense atacaria o que ele chama de “raiz do problema”: os pagamentos aos que entram em campo com a camisa de suas seleções. Mas o raciocínio também deveria valer aos campeonatos locais.

— Baixem os pagamentos aos jogadores. Seria a primeira coisa a fazer. Cada time profissional aí deveria depositar a soma de todos os salários em uma conta antes do início da temporada. Então haveria checagens [feita pelas autoridades] a cada duas semanas. Paguem os salários e 90% da corrupção irá parar. Na Copa, é impressionante que existam jogadores que não são pagos! É a primeira coisa que deveria ser mudada pela Fifa e pelos organizadores. É o maior torneio do planeta e alguns jogadores e técnicos não são pagos, é impressionante.

Jean François Tanda vai pela mesma linha e diz que o caminho, já antes do Mundial, é “seguir o rastro do dinheiro”, empregado desde a concepção até a conclusão da Copa de 2014. O pior aspecto, em meio aos indícios de que a corrupção possa entrar em campo com alguma seleção nacional, é a reputação do esporte estar em risco.

— Acho que as apostas não causem danos, mas sim a reputação das pessoas que as comandam, ao passo que a manipulação de resultados destrói a fé em uma competição justa. E isso independe de onde a competição esteja sendo disputada, seja nos EUA, na Alemanha, na África ou no Qatar, por exemplo.

Passagem de ano na Costa do Marfim marcada pela morte de 61 pessoas


Passagem de ano na Costa do Marfim marcada pela morte de 61 pessoas



O tradicional espetáculo de fogo-de-artifício da noite de passagem de ano em Abidjan, na Costa do Marfim, ficou marcado pela morte de pelo menos 61 pessoas, esmagadas por uma multidão em fuga. 

A tragédia aconteceu por volta das duas horas locais, quando milhares de pessoas tentavam regressar a casa após o espetáculo de fogo-de-artifício junto ao estádio da cidade de Abidjan, a capital económica da Costa do Marfim.

Esta terça-feira, as autoridades ainda não sabiam o que terá levado a multidão a entrar em pânico e a fugir. Durante a debandada, dezenas de pessoas foram esmagadas. Pelo menos 61 morreram - entre as quais se encontram 28 mulheres e 26 crianças - e cerca de 200 ficaram feridas.

Um dos feridos contou à agência Reuters que o pânico se instalou com a chegada da polícia ao local. Outros relatos diziam que a debandada se deu quando as milhares de pessoas que regressavam a casa se encontraram com uma outra multidão.

Durante a visita aos feridos hospitalizados, o presidente costa marfinense, Alassane Ouattara, classificou o incidente de "tragédia nacional" e anunciou que foi aberta uma investigação para determinar as causas do sucedido.

Segundo as agências internacionais, ontem de manhã, o local de tragédia estava ainda coberto com objetos pessoais, roupa e calçado deixados pela multidão e rastos de sangue.


 http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=2971882

Hitler de joelhos no gueto de Varsóvia provoca polémica


 


Representantes da comunidade judaica manifestam repulsa pela presença da escultura de Maurizio Cattlelan no gueto de Varsóvia, na Polónia

Tem sido assim desde o início, em 2011: por onde passa, "Him", a peça em que o artista plástico italiano Maurizio Cattelan retrata Adolf Hitler de joelhos, parecendo orar, deixa um rasto de polémica. Mas talvez nunca antes esta pequena escultura tenha tocado cordas tão sensíveis como aquelas que agora se agitam.

 Tida como uma representação da presença e da natureza do mal entre nós, homens, Him está agora em exposição no antigo gueto de Varsóvia, que se pensa ter levado à morte de cerca de 300 mil judeus, quer de fome e doenças quer por dali terem sido enviados para campos de concentração e extermínio.

Desde a instalação, há um mês, a peça tem atraído cada vez mais visitantes. Talvez por isso a polémica tenha vindo a crescer, com a comunidade judaica a começar a manifestar o seu desconforto. Nos últimos dias, os responsáveis pelo Simon Wiesenthal Center consideraram a presença da peça no gueto como “uma provocação sem qualquer sentido e um insulto à memória dos judeus vítimas do nazismo”.

“No que diz respeito aos judeus, a única ‘oração’ de Hitler foi terem sido varridos da face da terra”, disse citado pelo jornal britânico The Guardian o director israelita do centro, Efraim Zuroff, referindo-se a uma leitura comum da obra em que esta é vista como um ajoelhar penitente do Fürhrer, em oração.

Fabio Cavallucci, director do Centro de Arte Contemporânea da cidade, responsável pela instalação da obra já fez saber que “não houve qualquer intenção pela parte do artista ou do centro de insultar a memória judaica”: “É uma obra de arte que tenta falar sobre o mal que se esconde em todo o lado.”

O mais importante rabi polaco, Michael Schudrich veio também a público explicar que foi consultado sobre a exposição da obra e que não se opôs por considerar que veicula um questionamento moral com o qual considera importante que as pessoas se confrontem.

Na opinião de Michael Schudrich, a obra mostra como o mal se pode apresentar até no corpo de “uma doce criança a orar”: “Achei que tem um valor pedagógico”, disse também citado pelo Guardian.

Parte de uma série de esculturas em que Cattelan retrata personalidades contemporâneas. Em Varsóvia, Him está exposta num pequeno beco, de joelhos sobre a calçada. O público pode vê-la de frente através de um gradeamento, ou apenas ao fundo, de costas, entrando no beco.

Em 2006, quando apresentou pela primeira vez esta peça, o Museu de Arte Contemporânea de Chicago publicou um texto que mantém online: “Este trabalho justapõe a vulnerabilidade do corpo aparentemente inocente de um rapaz com a cara adulta de Adolf Hitler, que é considerado a mais maléfica pessoa do século XX pela sua responsabilidade na morte de seis milhões de judeus no Holocausto e pela morte de milhões de outras pessoas na II Guerra Mundial.”

O texto diz também que Catellan sempre quis que o público se aproximasse desta pequena escultura de feições hiper-realistas pelas costas, apercebendo-se apenas depois de quem retrata. “A escala da figura, em relação com a estatura do público, inverte as relações de poder, talvez levantando respostas conflituosas, mas não diminuindo por isso a potência da imagem de Hitler nem a magnitude dos seus crimes. Him talvez sirva de lembrança de que o rosto do mal nem sempre é facilmente reconhecível.”

Him faz parte da mesma série de esculturas que a imagem de João Paulo II que causou também polémica em 1997 ao ser apresentada na grande exposição Sensation, da colecção de Charles Saatchi na Royal Accademy de Londres – essa peça mostra o papa caído por terra, abalroado por um meteorito. 

 http://www.publico.pt/cultura/noticia/o-pequeno-hitler-de-maurizio-cattelan-continua-a-ser-um-grande-provocador-1579103


Pelo menos dez mortos em cerimónia da IURD em Luanda

Pelo menos dez pessoas morreram e 120 ficaram feridas num estádio sobrelotado em Luanda onde a Igreja Universal do Reino de Deus celebrava uma vigília.

O acidente ocorreu nesta segunda-feira, por volta das 19h30, quando as pessoas se preparavam para entrar no  Estádio Nacional da Cidadela Desportiva para participar numa cerimónia chamada “Vigília da Virada – Dia do Fim”, narra a agência noticiosa angolana Angop. 

O estádio tinha capacidade para 70 mil pessoas, mas compareceram na cerimónia entre 250 e 280 mil, segundo números avançados na imprensa local. Em declarações à imprensa angolana, citadas por aquela agência noticiosa, o bispo adjunto da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola, Ferner Batalha, admitiu que o número de fiéis que esteve no estádio excedeu a capacidade do recinto: "A nossa expectativa era ter 70 mil pessoas, mas foi de longe superada".

A principal causa das mortes, entre as quais se contam pelo menos quatro crianças, foi asfixia, contou a directora clínica do Hospital Américo Boavida, Lina Antunes, ouvida pela Angop. De acordo com relatos feitos pelo pai de três das vítimas, o acidente ocorreu numa das duas entradas do recinto que estavam abertas (de um total de quatro), onde se terá gerado confusão.

http://www.publico.pt/mundo/noticia/pelo-menos-dez-mortos-em-cerimonia-da-iurd-em-luanda-1579146

Fundador da Playboy se casa com noiva fugitiva

Capa da Playboy com Crystal Harris
Jan - O octogenário fundador da Playboy, Hugh Hefner, trocou seus icônicos pijamas de seda por um smoking para se casar com Crystal Harris, a "noiva fugitiva" que desta vez seguiu adiante, em uma cerimônia na noite de Ano Novo.

"Feliz Ano Novo do Sr. e da Sra. Hugh Hefner!", publicou a editora das revistas Playboy no Twitter nesta terça-feira.

A mensagem era acompanhada de uma imagem de Hefner, 86 anos, vestindo o que parecia ser um pijama de seda roxo sob um roupão preto e deitado abraçado com esposa, de 26 anos, ainda usando o vestido de noiva rosa pálido. Ele também usava seu conhecido chapéu de capitão.

Uma hora antes, Hefner postou uma foto de si mesmo em um smoking com sua noiva sob um arco de flores rosas e brancas na cerimônia de casamento na Mansão Playboy, em Beverly Hills, na Califórnia.

"Crystal e eu nos casamos na véspera de Ano Novo na mansão, tendo Keith como meu padrinho. Amo essa menina!", escreveu Hefner no Twitter, referindo-se ao irmão Keith Hefner, que é compositor.

O casamento aconteceu mais de um ano após uma tentativa frustrada em 2011, quando Crystal desistiu do noivado.

A Playmate loira da Playboy de dezembro 2009 abandonou o magnata do entretenimento adulto cinco dias antes de um luxuoso casamento programado para 300 convidados em junho de 2011.

Crystal, que apareceu na capa da revista em julho de 2011 com um adesivo "noiva fugitiva" cobrindo a parte de baixo do seu corpo, escreveu no Twitter na segunda-feira que estava pronta para se comprometer e mudou seu nome para "Crystal Hefner" no site de micro-blogging.

"Hoje é o dia em que me torno a Sra. Hugh Hefner", publicou Crystal, que cursou psicologia, no Twitter, depois de escrever "Sentindo-se muito feliz, afortunada e abençoada".

Hefner, fundador do império de entretenimento adulto Playboy, já havia sido casado duas vezes. Ele e sua segunda esposa, Kimberley Conrad, também uma ex-playmate, se divorciaram em 2010, após um long processo de separação. Seu primeiro casamento, com Mildred Williams, terminou em divórcio em 1959. Ele tem dois filhos de cada casamento.

 http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/noticias/fundador-da-playboy-se-casa-com-noiva-fugitiva-na-noite-de-ano-novo