quarta-feira, 29 de maio de 2013

Policial de São Paulo terá bônus por superação de meta

O secretário de Segurança do Estado de São Paulo, Fernando Grella Vieira, afirmou que o aumento de 20,8% no número de casos de estupro na capital nos primeiros quatro meses deste ano deve ter como componente um maior número de denúncias e o crescimento do consumo de drogas. Grella afirmou ainda que o bônus que será pago aos policiais do Estado será pela "superação" em suas atividades para atingir metas a serem estimuladas. Ele participou de audiência na Comissão de Segurança Pública na Câmara dos Deputados.


Sobre o crescimento do registro de estupros, o secretário destacou políticas de incentivo para que as mulheres denunciem a violência sofrida. "O fator maior que explica esse aumento de casos são as condições para que as mulheres denunciem, notifiquem mais a violência. Você tem a delegacia da mulher, tem programas, tem incentivos para que isso (denúncia) aconteça, tem meios de proteção, como a Lei Maria da Penha. Tudo isso favorece um ambiente de notificação mais ampla e pode explicar não um aumento real, mas a subnotificação que havia".

O secretário afirmou que o crescimento de consumo de drogas pode também ter relação com a prática dos crimes de estupro. Grella voltou a usar como exemplo o caso de uma mulher violentada na marginal Tietê por um usuário de crack.

Em relação à política de concessão de bônus a policiais por redução de criminalidade, o secretário defendeu a medida como um prêmio por esforço adicional dos profissionais de segurança. "O bônus é um prêmio pela superação. A política salarial é pelo cumprimento do dever, o bônus é uma superação, um esforço do policial", disse. Ele afirmou que ainda não há prazo para o início do sistema, desenvolvido em conjunto com a ONG Sou da Paz. Disse ainda que não acredita em maquiagem nos números pelos agentes de segurança porque haverá acompanhamento da sociedade sobre o tema.

No plano de metas, os policiais serão premiados ao atingirem metas de redução de cinco crimes: latrocínio, homicídio doloso, roubo, furto e roubo de veículos. O secretário afirmou que o porcentual de redução a ser fixado nas metas vai variar de acordo com a região.

Virada Cultural
O secretário afirmou ainda que a violência registrada na Virada Cultural, neste mês, pode ter decorrido do formato adotado para o evento, com a concentração de atividades na zona central da cidade. Ele destacou, porém, que o sistema de segurança está preparado para eventos desse porte e citou como exemplos a Fórmula 1, o réveillon da Paulista e a Parada LGBT, que ocorrerá neste próximo final de semana.


 http://www.atribuna.com.br/noticias.asp?idnoticia=191894&idDepartamento=11&idCategoria=0

Oscar Schmidt diz que, dessa vez, o tumor 'veio malvado'


 

De boné amarelo com o nome do Brasil, Oscar Schmidt fez na noite desta terça-feira a sua primeira aparição pública após a revelação de que sua luta contra o câncer continua. Ele passou por uma cirurgia em 30 de abril, no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, para a retirada de um tumor no cérebro, e ficou cinco dias internado. 

Na noite desta terça-feira, o ídolo do basquete brasileiro voltou às suas atividades como palestrante, ao falar sobre liderança na FAAP - ele havia cancelado cinco compromissos por causa da operação. Oscar afirmou que a palestra foi seu grande teste. Por causa da reação à quimioterapia e radioterapia, ele tem sentido enjoos e está tomando medicamentos para dormir.

"Estou fazendo o tratamento e espero que resolva. Se não resolver, paciência, minha vida foi muito boa", disse o ex-jogador de 55 anos, que já havia sido operado em maio de 2011, quando o problema se manifestou pela primeira vez. "Ele (o tumor) veio de novo e, desta vez, veio malvado." 

Em uma escala de 1 a 4, atribuída a agressividade de um tumor, o nódulo retirado recentemente, de 3mm, era de grau três. O primeiro, apesar de maior (6cm), tinha grau dois.

Com bom humor, o ex-jogador disse que "espera viver até setembro", para participar da cerimônia de entrada no Hall da Fama do Basquete nos Estados Unidos - ele já faz parte, desde 2010, do Hall da Fama da Federação Internacional de Basquete (Fiba). O evento será em Springfield (EUA), entre os dias 6 e 8 daquele mês. 

Segundo neurocirurgião Marcos de Queiroz Teles Gomes, responsável pelo tratamento do ex-jogador, Oscar pode viver muitos anos com qualidade de vida e sem danos das funções cerebrais. A aplicação de radioterapia e quimioterapia está prevista por cinco semanas, sendo que o paciente vai se submeter a ela pelo prazo que seu organismo tolerar. "Daqui a cinco ou seis meses teremos uma noção da resposta que o organismo dará ao tratamento", disse o médico. As sessões serão realizadas de segunda a sexta-feira e, se o organismo dele tolerar, aos finais de semana. 

 http://www.dgabc.com.br/Noticia/458787/oscar-schmidt-diz-que-dessa-vez-o-tumor-veio-malvado-

Filme gay ganhador da Palma de Ouro vem para o Brasil


Cena de 'La Vie d'Adéle', vencedor da Palma de Ouro 2013
Cena de La Vie d'Adéle, vencedor da Palma de Ouro 2013 - Divulgação

O filme vencedor da Palma de Ouro, La Vie d'Adèle, uma história de amor entre duas mulheres, teve os direitos de exibição vendidos para o Brasil e outra dezena de países, incluindo México, Colômbia e Espanha. Dirigido pelo franco-tunisiano Abdellatif Kechiche, o filme contém imagens explícitas de amor lésbico que causou burburinho entre o público do Festival de Cannes. Ainda não há data de lançamento prevista. 

Está prevista para 16 de agosto a estreia de Flores Raras, filme de Bruno Barreto, que também aborda a relação sexual entre duas mulheres. O filme conta a história de amor entre a poeta americana Elizabeth Bishop (Miranda Otto) e a arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares (Glória Pires). O filme foi bem recebido na estreia mundial durante Festival de Berlim, em fevereiro, quando foi exibido em circuito não-competitivo. 

Com três horas de duração, o longa protagonizado pelas jovens atrizes Adèle Exarchopoulos e Léa Seydoux havia sido comercializado para alguns países, principalmente da Europa, mas atraiu o interesse de outros distribuidores em todo o mundo graças à crítica favorável recebida em Cannes, disse Brahim Chioua, diretor-geral da Wild Bunch, produtora do filme.

Oriente Médio - O diretor afirmou que os distribuidores no Oriente Médio ainda não viram o filme, que é inspirado na série de quadrinhos Le Bleu Est une Couleur Chaude, de Julie Maroh, sobre o amor de uma adolescente e uma jovem artista de cabelo azul. Kechiche prevê que nesta parte do mundo o longa vai ser visto apenas em festivais, e não no circuito comercial, por causa de seu conteúdo sexual. 

O diretor declarou em Cannes que está preparado para receber pedidos de cortes de cenas de sexo entre as duas mulheres. "Nós vamos estudar estes pedidos", disse.

Choque - Em entrevista, um dia depois de assistir pela primeira vez ao filme na exibição para a imprensa, Léa - cuja personagem, Emma, se apaixona por uma garota mais jovem - disse que se sentiu chocada ao ver as cenas de sexo. "Embora nós mesmas tivéssemos feito aquelas cenas, foi estranho e perturbador assistir a elas", declarou a atriz.

Palma de Ouro

La Vie D'Adele, do franco-tunisiano Abdellatif Kechiche, levou a Palma de Ouro no Festival de Cannes 2013. O filme suscitou reações exaltadas entre o público do festival pelas cenas de sexo explícito entre as protagonistas, interpretadas pelas jovens Léa Seydoux e Adèle Exarchopoulos. 

A primeira vive Emma, uma estudante de artes que conhece Adèle em um bar frequentado pelo público gay. As duas iniciam um romance e seus pais reagem de formas opostas: enquanto os pais de Adèle se mostram liberais, os de Emma a empurram para dentro do armário. La Vie D’Adele é inspirada na graphic novel Le Bleu Est Une Couleur Chaude, de Julie Maroh.

 http://veja.abril.com.br/noticia/celebridades/filme-gay-ganhador-da-palma-de-ouro-vem-para-o-brasil

Tablets passarão computadores portáteis em vendas neste ano

Até o final de 2013, deverão ser vendidos 229,3 milhões de tablets em todo o mundo
 
São Paulo – Pesquisa divulgada hoje pela consultora IDC indica que a venda de tablets será superior ao comércio de notebooks, ultrabooks e outros computadores portáteis ainda neste ano. Até o final de 2013, deverão ser vendidos 229,3 milhões de tablets em todo o mundo, um crescimento de 58,7% em relação ao ano passado.

Enquanto a aquisição de dispositivos móveis cresce, a venda de computadores começa a cair. Segundo a IDC, 322 milhões de PCs serão adquiridos em 2013, incluindo desktops e aparelhos portáteis, uma queda de 7,8% em relação ao ano passado.Com isso, até 2015, os tablets deverão ultrapassar em vendas o mercado geral de computadores. 

Segundo a consultora, a comercialização de PCs continuará expressiva no ambiente corporativo, além dos mercados presentes nos países em desenvolvidos. Neste ano, as nações emergentes serão responsáveis por 60% dos computadores adquiridos.

Outro dado apontado pela IDC diz respeito à preferência do consumidor em relação aos formatos dos tablets. Até o final de 2013, 55% dos equipamentos comercializados possuem telas pequenas, como o iPad mini e o Nexus 7.

 http://info.abril.com.br/noticias/mercado/tablets-passarao-computadores-portateis-em-vendas-neste-ano-28052013-37.shl

O Brasil e os mais felizes no mundo

Noutro ranking que se propõe a qualificar o mundo, o Brasil subiu uma posição, mas ainda está na retaguarda. Trata-se do “campeonato” dos países “mais felizes” no globo. Promovido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a pesquisa passa o pente fino entre as 34 nações integrantes do colegiado, grupo ao qual tem sido incorporados Brasil e Rússia, como convidados de honra.

São 36 “competidores”. Ficamos em 33º, uma posição acima quanto à pesquisa anterior, o que significa dizer que deixamos dois sócios efetivos abaixo de nossa classificação. Isto é grande coisa? Quem sabe? Mas é algo a registrar.

A primeira colocada, com direito a pregar na parede o diploma de “povo mais feliz do mundo”, foi a Austrália. Tricampeã, por sinal. Suécia, Noruega, Suíça, Estados Unidos, Dinamarca, Holanda, Islândia e Grã-Bretanha completam, em ordem decrescente, a dezena de países onde seus povos sentem-se mais felizes.

Dentre os itens auferidos junto aos australianos estão elementos significativos como o fato de que 73% de seus habitantes (entre 15 e 64 anos) estão empregados; a expectativa média de vida é de 82 anos; a economia vive em crescimento há 20 anos; é considerado o único grande país desenvolvido que conseguiu evitar a recessão global de 2009; a moeda nacional, o dólar australiano, atingiu os melhores patamares dos últimos 30 anos etc.

Tricampeões, a Austrália não está tão feliz assim, pois, segundo os pesquisadores, começa a identificar desafios pesados para manter esse ritmo de crescimento (a atividade mineradora, por exemplo, está emitindo sinais de desaceleração) e despontam inquietantes traços de aumento na disparidade de renda, além de indícios de retorno do fantasma do desemprego.

E nós? Pelas análises da OCDE, “o Brasil conseguiu melhorar a qualidade de vida de seus cidadãos nos últimos anos”. Aos pesquisadores, “em geral, os brasileiros disseram estar mais satisfeitos com suas vidas do que a média dos cidadãos dos outros países analisados”. Oxalá sigamos adiante nessa feliz avaliação.

 http://gazetaweb.globo.com/gazetadealagoas/noticia.php?c=223810

Empresa de moeda virtual acusada da maior lavagem de dinheiro de sempre Ana Rute Silva 29/05/2013 - 09:19

Plataforma online da Liberty Reserve permitiu lavagem de dinheiro de mais de 4600 milhões de euros.
Pocurador federal Preet Bharara explicou os detalhes do caso de lavagem de dinheiro Mike Segar/Reuters
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusou a Liberty Reserve, uma empresa que criou um sistema de moeda virtual, de ter organizado um esquema de lavagem de dinheiro na ordem dos 6000 milhões de dólares, mais de 4600 milhões de euros.

“É o maior caso de lavagem de dinheiro da história”, dizem as autoridades norte-americanas. A Liberty Reserve tinha cerca de um milhão de utilizadores e processava mais de 55 milhões de transacções de forma ilegal. De acordo com o processo, citado pela imprensa americana, há sete suspeitos envolvidos no esquema de dinheiro digital, usado para financiar e ajudar criminosos.

A Liberty Reserve começou a ser utilizada como plataforma financeira de utilizadores envolvidos em roubos de cartões de crédito, fraude, pornografia infantil e tráfico de drogas.

Arthur Budovsky, fundador da empresa, Azzeddine El Amine, o seu adjunto, foram detidos no aeroporto de Madrid depois de uma operação internacional que envolveu autoridades policiais dos Estados Unidos, Espanha e Costa Rica, num total de 17 países. Foram também detidos outros três suspeitos.

“A Liberty Reserve foi criada de forma intencional e estruturada para facilitar actividades criminosas. Era um banco do mercado negro e operou deliberadamente de forma a atrair e ajudar criminosos”, disse o procurador federal de Manhattan, Preet Bharara, em conferência de imprensa. “A única liberdade que a Liberty Reserve oferecia era a liberdade para cometer delitos, a moeda do seu reino era o anonimato e converteu-se num famoso núcleo para os que cometem fraudes, os hackers [piratas informáticos] e os traficantes", afirmou.

O encerramento da empresa e do seu site na Internet causou problemas aos restantes utilizadores, agora impedidos de aceder aos seus fundos.
 
 http://www.publico.pt/economia/noticia/tribunal-americano-acusa-empresa-de-moeda-virtual-da-maior-lavagem-de-dinheiro-de-sempre-1595817

Mãe de bebê resgatado de encanamento está arrependida, diz polícia

Policial de Zhejiang diz que mãe acompanhou resgate, sem se identificar

A enfermeira alimenta o bebê, que havia sido resgatado de tubulação de esgoto em um prédio residencial em um hospital em Jinhua, província de Zhejiang, leste da China
A enfermeira alimenta o bebê, que havia sido resgatado de tubulação de esgoto em um prédio residencial em um hospital em Jinhua, província de Zhejiang, leste da China - Zhong cheng jh/Imaginechina/AP

A mãe do recém-nascido que foi jogado no vaso sanitário de um prédio residencial no leste da China disse estar “profundamente arrependida” pelo que fez com o filho, informaram as autoridades locais nesta terça-feira. “A polícia encontrou a mãe. Ela está profundamente arrependida pelo que fez. Detalhes do caso ainda estão sob investigação”, escreveu a polícia da província de Zhejiang em seu perfil no Weibo, rede social chinesa semelhante ao Twitter.

O bebê, de apenas dois dias, foi resgatado com vida pelo serviço de emergência, após moradores do prédio ouvirem choro do recém-nascido. A criança estava presa em um tubo de esgoto de apenas de 10 centímetros de diâmetro que precisou ser quebrado pelos bombeiros. A criança, que tinha cortes na cabeça e nas extremidades do corpo, permanece internada em condição estável. Ao longo do dia, pessoas enviaram artigos como leite, roupas e fraldas para ajudar no cuidado do recém-nascido.

As primeiras informações indicavam que moradores tinham ouvido o choro do bebê e acionado os bombeiros, mas depois surgiu a notícia de que a mãe solteira da criança foi a primeira a chamar ajuda, sem revelar sua identidade, afirmou o jornal britânico The Guardian. A polícia disse inicialmente que estava em busca dos pais do recém-nascido e que o caso estava sendo tratado como tentative de homicídio. Mais tarde, no entanto, a polícia de Zhejiang afirmou ter localizado a mãe do bebê.

Um policial disse à agência France-Presse que a mãe conseguiu esconder a gravidez e que o bebê caiu no vaso sanitário depois de ela dar à luz 'inesperadamente'. “A mulher estava no local durante todo o trabalho de resgate e admitiu [que era a mãe] quando foi interrogada”. Segundo a fonte, ainda não há informações sobre o pai da criança.

As famílias chinesas sofrem grande pressão social e financeira em razão da política que impõe multas elevadas aos casais que têm mais de um filho. Bebês nascidos fora do casamento também são abandonados com frequência por pais que procuram evitar o estigma social e as dificuldades financeiras.

 http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/china-mae-de-bebe-jogado-em-vaso-sanitario-se-diz-arrependida

Pai se nega a pagar cirurgia do filho e STJ decide que ele pode ser preso

Ele disse que acordo não incluía arcar com 50% de procedimento cirúrgico.
Parecer do MP diz que é 'dever dos pais prestar assistência' a filhos.

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, por unanimidade, que um pai pode ser preso por ter se recusado a pagar metade do valor de cirurgia realizada pelo filho menor de idade. Segundo o processo, o menino fez um procedimento de emergência de varicocelectomia (realizada quando há dilatação das veias testiculares).

A decisão foi divulgada nesta terça (28) e, como foi unânime, pode servir de precedente para casos semelhantes.
Segundo o processo, o menino realizou um procedimento de emergência no fim de 2011 e a família entrou com pedido para que o pai pagasse  R$ 1.161,50, referentes a 50% do valor da cirurgia. A Justiça de São Paulo entendeu que o pai deveria arcar com o custo e decretou a prisão por falta de pagamento de dívida alimentar.

O pai, que é advogado, entrou com habeas corpus no STJ pedindo o afastamento da possibilidade de prisão. Ele argumentou que o acordo de pensão firmado com a mãe previa, além do pagamento de valor mensal, apenas a divisão de gastos com a compra de medicamentos acima de R$ 30 e não abordou procedimentos cirúrgicos.

Na decisão, o relator do processo no STJ, ministro Villas Bôas Cueva, ressaltou trecho de parecer do Ministério Público que afirma que "é dever dos pais prestar assistência à saúde dos filhos".

Para o magistrado, o não pagamento de metade da cirurgia "constitui débito em atraso", o que poder levar à prisão do pai. Como se trata de questão familiar, os nomes dos envolvidos não foram divulgados pelo tribunal.

 http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/05/pai-se-nega-pagar-cirurgia-do-filho-e-stj-decide-que-ele-pode-ser-preso.html

Justiça determina prazo de 24h para que índios deixem Belo Monte

A determinação judicial atendeu a uma ação de reintegração de posse proposta pela Norte Energia, responsável pela operação da usina


A Justiça Federal em Altamira (PA) deu prazo de 24 horas, a partir de hoje, para que os cerca de 140 índios que invadiram a obra da usina hidrelétrica de Belo Monte nesta semana deixem o local. Os índios mundurucu que encabeçam o protesto afirmam que irão manter a manifestação e exigem a presença do ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral) ou da presidente Dilma Rousseff. Segundo os indígenas, um oficial de Justiça esteve no local acompanhado por cerca de 200 policiais e com o mandado de reintegração de posse, que foi rasgado pelos manifestantes. 

“A Polícia Federal pode nos matar que não vamos sair daqui. Não queremos conflito, somos pessoas do bem”, disse o índio Cândido Munduruku, 24, uma das lideranças do movimento. Eles reivindicam a suspensão de todos os estudos e construções de barragens no país que impactem terras indígenas e a regulamentação da consulta prévia a índios nesses casos. 

Em nota divulgada hoje, o consórcio responsável pela construção da usina afirmou que a invasão tem sido violenta, e que os índios tomaram cinco ônibus que transportavam trabalhadores, ocuparam as portarias de acesso a um dos canteiros da obra e tomaram “dezenas” de rádios de comunicação da equipe de segurança patrimonial. “Entendemos que o cenário acima não pode ser descrito como uma “ocupação pacífica'”, diz a nota do CCBM (Consórcio Construtor Belo Monte). 

A determinação judicial atendeu a uma ação de reintegração de posse proposta pela Norte Energia, responsável pela operação da usina. Na decisão, o juiz federal Sérgio Wolney Guedes determinou que a Funai (Fundação Nacional do Índio) retire os índios de forma pacífica. A decisão prevê multa de R$ 50 mil por dia aos índios e à Funai em caso de descumprimento, e determina que a Polícia Federal investigue a possível participação de não índios na invasão do canteiro. A reportagem não conseguiu contato com a Funai na noite de hoje. 

 http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/justica-determina-prazo-de-24h-para-que-indios-deixem-belo-monte/

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Cerca de um terço das mortes em SP é por motivos fúteis, diz secretaria


Campanha 'Conte até 10. Paz. Essa é a atitude' foi lançada nesta segunda.
Na semana passada, casal foi assassinado por vizinho após discussão.

Cartaz usa campeões de UFC e judô para passar uma mensagem de paz. (Foto: Divulgação/Secretaria de Segurança Pública)Cartaz de campanha usa campeões de UFC e judô.
(Foto: Divulgação/Secretaria de Segurança Pública)
 
Cerca de um terço dos casos de homicídio registrados no Estado de São Paulo acontece por motivos fúteis, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública. Em um evento realizado na manhã desta segunda-feira (27), no Centro de São Paulo, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) lançou no Estado a campanha “Conte até 10. Paz. Essa é a atitude”, para conscientizar a sociedade de que muitos homicídios são cometidos por impulso, em momentos de nervosismo e raiva.

Segundo o secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, essas ocorrências poderiam ser evitadas caso a pessoa se acalmasse antes de agir. Na semana passada, uma briga entre vizinhos resultou na morte de três pessoas em um condomínio de alto padrão na Grande São Paulo. O barulho teria motivado o crime.

A capital paulista e a Grande São Paulo, além de algumas regiões do interior, como Campinas, Baixada Santista e Vale do Paraíba, vão receber anúncios de referência à ação em jornais e rádios. Escolas estaduais e estações de trem e metrô também terão cartazes.
A ação terá a participação dos lutadores Anderson Silva e Junior Cigano, campeões do UFC, e dos judocas Leandro Guilheiro e Sarah Menezes, medalhistas olímpicos. “A escolha desses lutadores é porque, na vida pessoal, eles defendem a paz nas relações com suas famílias, amigos e sociedade em geral. E, por serem atletas, são pessoas que naturalmente precisam desenvolver a disciplina e a tolerância, além de serem ídolos", afirmou a coordenadoria da campanha, Taís Shilling Ferraz.

A campanha foi criada pelo Conselho Nacional do Ministério Público em parceria com a Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), integrada pelo CNMP, Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Ministério da Justiça, apoiada pelo Governo de São Paulo.

Caso em Alphaville
Na última quinta-feira (23), uma briga entre vizinhos resultou na morte de três pessoas em um condomínio de alto padrão de Alphaville, bairro nobre de Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo. Vicente D'Alessio, empresário do setor de metalurgia, de 62 anos, matou a dentista Miriam Cecília Amstalden Baida, de 37 anos, e o marido dela, Fábio de Rezende Rubim, de 40 anos, devido ao barulho que os vizinhos faziam. O homem disparou ao menos seis vezes contra eles e depois se matou.

Vicente e sua esposa assistiam à televisão quando ele reclamou com a mulher do barulho que vinha do apartamento das vítimas - segundo testemunhas, os vizinhos sempre discutiam por este motivo. O empresário, então, disse a sua esposa que iria resolver o problema de barulho matando Miriam e Fábio. A esposa de Vicente tentou evitar o crime. O empresário, que morava no 11º andar, abaixo do apartamento das vítimas, foi ao andar de cima e matou o casal.

A mulher de Vicente informou que ele tinha síndrome de Guillain-Barré, uma doença que ataca o sistema autoimune. Por isso, usava diariamente um medicamento à base de morfina. Ele já havia sido internado por causa da doença. A polícia investiga agora se algum tipo de surto pode ter motivado o assassinato.

A filha do casal assassinado, de apenas 1 ano e meio, estava no apartamento, mas não se feriu. A menina está com os avós maternos.

 http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/05/cerca-de-um-terco-das-mortes-em-sp-e-por-motivos-futeis-diz-secretaria.html

Caixa pede desculpas por informar errado sobre Bolsa Família

Banco havia negado pagamento antecipado antes de boato e desmentiu.
Presidente Jorge Hereda disse que momento de 'crise' motivou 'imprecisão'.


O presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, pediu desculpas nesta segunda-feira (27) pelas informações incorretas divulgadas pelo banco sobre a liberação antecipada dos recursos do programa Bolsa Família. No fim de semana retrasado, boatos sobre o fim do programa levaram milhares às agências em ao menos 12 estados do país.

Na segunda-feira (20) passada, o vice-presidente de Habitação da Caixa, José Urbano, informou em entrevista que a antecipação do pagamento só foi realizada no sábado (18), após a divulgação dos boatos, para preservar a integridade física dos beneficiários que fossem em busca do seu benefício.

Em nota divulgada neste sábado (25), porém, o banco voltou atrás e disse que os pagamentos foram liberados na sexta-feira (17), um dia antes do início dos boatos de que o programa seria suspenso.

Em entrevista à imprensa nesta segunda-feira, Jorge Hereda disse que a Caixa viveu uma situação de crise, o que motivou a divulgação das informações erradas.

“É sabido, tem se falado muito que a Caixa mentiu na hora na hora que ele [José Urbano, vice-presidente de Habitação da Caixa] foi fazer a entrevista. No momento em que estamos vivendo uma crise, o único pensamento que a Caixa tinha era esclarecer as pessoas. Tivemos uma informação equivocada com relação à data que se abriu o sistema e isso gerou uma informação imprecisa da Caixa”, disse Hereda.

“Essa imprecisão só se justifica pelo momento que a gente estava vivendo, e eu peço desculpa a todos por essa manifestação da gente. Só quem viveu uma crise sabe é o que ter, naquele momento, todas as informações necessárias e ser preciso nas informações”, afirmou.
Jorge Hereda negou que a antecipação dos pagamentos tenha contribuído para a propagação dos boatos e disse que não houve “colapso” no sistema da Caixa. “Não existe a possibilidade de o sistema da Caixa ter provocado uma coisa desse tamanho”, disse.

O presidente explicou que houve antecipação dos saques fora da data prevista no calendário individual devido a alterações no Cadastro de Informações Sociais do governo, sistema pelo qual são pagos diversos benefícios sociais, entre eles o Bolsa Família.

Uma atualização do sistema feita entre março e abril deste ano, de acordo com Hereda, identificou 700 mil a 1 milhão de beneficiários portadores de mais de um Número de Identificação Social (NIS). Com a atualização, essas pessoas passaram a ter apenas o número mais antigo do NIS, o que poderia gerar confusão na hora do pagamento, segundo o presidente.

“Se esse cidadão que teve seu NIS alterado chegasse no dia do pagamento dele e não recebesse, ele não ia entender que ele estaria em outro dia. Para evitar que o cidadão chegasse à Caixa e ficasse sem essa informação, nós abrimos o pagamento”, justificou Hereda.

A decisão de liberar o pagamento a partir do início da manhã de sexta-feira (17) foi “operacional” e não passou pela diretoria do banco, segundo o presidente.

A antecipação, porém, não foi informada aos beneficiários e ficou restrita à área técnica da Caixa. O próprio vice-presidente de Habitação, quando prestou os esclarecimentos iniciais, não sabia que os saques estavam liberados desde sexta-feira.

“No meio da crise, essa informação circulou com imprecisão dentro da Caixa. Essa não é uma decisão que passa pela diretoria. É uma decisão específica de uma área da Caixa que paga o Bolsa Família há dez ano. Essa área não pede autorização da diretoria para fazer o seu trabalho”, disse Hereda.

À noite, o banco divulgou nota buscando esclarecer a mudança no cronograma normal de pagamentos. Leia a íntegra:

NOTA DA CAIXA
A Caixa Econômica Federal afirma que não há qualquer relação entre a movimentação verificada a partir das 13 horas de sábado (18), em alguns estados (13 estados no total), e a flexibilização do saque do benefício do Bolsa Família fora da data prevista no calendário de pagamentos do Programa. Ao contrário, o fato de o calendário estar liberado evitou um problema maior caso as famílias não tivessem acesso ao seu benefício.

Diante dos acontecimentos do fim de semana, a preocupação do banco naquele momento era transmitir segurança e tranquilidade aos beneficiários de que os pagamentos estavam assegurados, além de evitar quaisquer outros fatos que provocassem o surgimento de novos tumultos, principalmente em razão das consequências danosas dos boatos. A partir de segunda-feira (20), o pagamento foi normalizado em todos os estados.

A CAIXA faz a gestão do programa Bolsa Família há dez anos. Em 2012, o banco realizou 156,1 milhões de pagamentos de benefícios do Programa, no valor de R$ 20,2 bilhões. No primeiro quadrimestre de 2013, foram pagos 52,2 milhões de benefícios, no valor de R$ 7,6 bilhões.

Em março deste ano, foi implantado o novo Cadastro de Informações Sociais, que conta com cerca de 200 milhões de número de inscrições, com o objetivo de aprimorar o sistema e controles.

Nesse processo, aproximadamente 700 mil beneficiários tiveram seu NIS (Número de Inscrição) unificado, fazendo com que aqueles que tivessem mais de um número de inscrição passassem a ter apenas um, valendo o NIS mais antigo.

Para garantir que esses beneficiários não estivessem impedidos de buscar os seus benefícios nas datas que usualmente tinham por referência, considerando o número que prevaleceu,  foram adotas medidas operacionais de atendimento e acompanhamento dos saques.

As medidas adotadas visaram  assegurar o pagamento aos beneficiários por meio dos cartões que já possuem, garantindo a facilidade do acesso do benefício às famílias.  O comportamento das famílias observado ao longo de dez anos de gestão do Programa é de busca do pagamento do benefício na data do calendário.

Assim, foi implementada a flexibilização, provisória e temporária, para o início do calendário da folha do mês de maio, tendo como determinante o comportamento histórico da procura pelo saque dos benefícios e, principalmente, a premissa de sempre e necessariamente assegurar o acesso ao Bolsa Família,  já que o Programa tem entre suas finalidades a transferência de renda para promoção do alívio imediato da pobreza.

Considerando que as condições de saque do programa são conhecidas pelos beneficiários, inclusive quanto à validade de 90 dias das parcelas mensais do Programa e que existe um comportamento habitual de procura mensal pelo benefício, no qual 20% a 30% das famílias não buscam o benefício na data prevista, não houve divulgação das medidas adotadas.

Tanto é assim, que não houve alteração da quantidade histórica de pagamento. Na sexta-feira (17), o volume de saques foi inclusive inferior ao mesmo período do mês anterior, com um total de 649 mil saques. Em abril de 2013, foram realizados 852 mil saques no primeiro dia do calendário. Portanto, os dados atestam a normalidade dos pagamentos realizados durante toda a sexta-feira (17) e também na manhã do sábado (18) em todos estados do país.

Somente em torno das 13 horas do sábado (18) é que se verifica o início da anormalidade de saques particularmente em alguns estados, quando também começaram a circular notícias sobre os boatos em relação ao Bolsa Família. Os demais estados mantiveram a normalidade dos pagamentos.

Os dados reforçam que não foi a flexibilização dos pagamentos que causou corrida às agências e canais de atendimento da CAIXA.

Para garantir o acesso aos benefícios e a integridade física das pessoas, o banco manteve o procedimento de disponibilizar os pagamentos durante o fim de semana, independente da data prevista no calendário de pagamentos.

O banco tem total interesse na apuração dos fatos e reafirma que aguarda as investigações da Polícia Federal em relação a origem dos boatos.

 http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/05/caixa-pede-desculpas-por-informar-errado-sobre-bolsa-familia.html

Anvisa decide manter venda de emagrecedor a base de sibutramina

Decisão colegiada ocorre após agência analisar remédio por um ano.
Diretor defendeu suspensão imediata da venda do medicamento.

A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta segunda-feira (27), por dois votos a um, manter no Brasil o comércio de medicamentos emagrecedores a base de sibutramina.

A decisão ocorre depois de a área técnica da agência realizar ao longo de um ano estudos sobre os riscos do medicamento para a saúde humana.

Desenvolvida como antidepressivo, a sibutramina é uma substância aplicada no tratamento de obesidade, vendida mediante prescrição médica. Em 2011, a agência impôs regras mais rigorosas para o comércio.

A validade da receita médica, por exemplo, foi reduzida de 60 dias para 30 dias. A medida foi tomada em virtude de um dos principais estudos científicos já feitos sobre a sibutramina, chamado de Scout, que apontou que o medicamento aumentaria em 16% o risco de doenças cardiovasculares em pacientes com histórico prévio.

A pesquisa Scout (Sibutramine Cardiovascular Outcome Trial) fez a agência reguladora europeia banir a sibutramina. Estados Unidos, Canadá e Austrália também baniram o produto. O estudo contou com 9 mil pacientes obesos, monitorados durante cinco anos. Parte deles recebeu sibutramina e outra parte tomou uma medicação sem efeito (placebo).

Debate
Nesta segunda, a reunião do colegiado da Anvisa discutiu a implementação das normas de 2011 que restringem a venda de sibutramina.

O membro do colegiado, José Agenor Silva, que havia pedido mais tempo para analisar o processo, foi o único dos atuais três integrantes da diretoria a votar pela suspensão imediata da venda de produtos com a substância no país -- o colegiado é formado por cinco membros, mas, atualmente, duas cadeiras que compõem a diretoria estão desocupadas.

Segundo Silva, que é diretor de controle e monitoramento sanitário da Anvisa, os estudos já realizados sobre a sibutramina ainda não permitem especificar todas as reações adversas que o produto pode causar. “Não sendo possível especificar quais são as principais reações observadas, não é possível avaliar a correspondência entre a gravidade dessas reações e as medidas que foram adotadas pelas empresas”, disse o diretor.

De acordo com Silva, outros países que se basearam no mesmo estudo internacional que a Anvisa sobre a sibutramina acabaram banindo o comércio com a substância.

“Na literatura internacional sobre o tema e em eventuais manifestações das agências reguladoras internacionais não foram identificadas nenhuma mudança no perfil de eficácia e segurança do medicamento em relação ao que foi considerado à época da proibição de uso dos países regulados. Por esse motivo, o medicamento segue proscrito (proibido) para sua utilidade em todos aqueles países e na União Europeia”, afirmou.

O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, defendeu a manutenção da venda do produto considerando o relatório que a Anvisa apresentou em 2011. Segundo ele, o documento tem conclusão diferente da apresentada no estudo internacional. “Esse texto [que estava sendo discutido] não se refere ao estudo Scout, se refere às conclusões que nós chegamos quando nós decidimos pela manutenção do produto no mercado. E nós decidimos manter a venda com restrições”, afirmou Barbano.

Decisão válida por dois anos
De acordo com o Barbano, a decisão desta segunda vale por pelo menos dois anos, quando um novo relatório deverá ser divulgado pela Anvisa apontando a manutenção ou proibição da venda do produto.

“A sibutramina fica no mercado com as mesmas regras de hoje, os mesmos limites de quantidade para prescrição, a obrigatoriedade do termo de responsabilidade por parte do médico. Somente aqueles pacientes cujos riscos não foram identificados no estudo Scout estão usando a sibutramina”, disse o diretor da Anvisa.

 http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/05/anvisa-decide-manter-venda-de-emagrecedor-base-de-sibutramina.html

Enfermeiro se declara culpado pela morte de 11 idosos na Austrália

Roger Dean, de 37 anos, confessou ter colocado fogo no asilo em que trabalhava

Imagem feita após o incêndio mostra o enfermeiro recebendo oxigênio. Os parentes das vítimas choraram ao ouvir a confissão AFP PHOTO / FILES / Torsten BLACKWOOD
 
Um enfermeiro se declarou nesta segunda-feira (27) culpado pela morte de 11 idosos que morreram em um incêndio provocado em uma casa de repouso na cidade de Sydney em 2011, informa a imprensa local.

Roger Dean, de 37 anos, trabalhava como auxiliar médico no asilo quando provocou um incêndio no qual cinco deles morreram carbonizados e outros seis por causa das queimaduras.

Dean admitiu sua culpa nas 11 acusações de assassinato durante a primeira audiência do julgamento que se desenvolve na Corte Suprema do estado de Nova Gales do Sul.

O ex-enfermeiro também aceitou a acusação de causar graves danos físicos a outros oito idosos atingidos no incêndio do centro do subúrbio de Quakers Hill, onde estavam hospedados cerca de 80 residentes quando o incêndio começou no começo da manhã do dia 18 de novembro de 2011.

Os parentes das vítimas, cujas idades oscilavam entre 73 e 97 anos, choraram ao escutar a admissão de culpabilidade por assassinato de Dean.

http://noticias.r7.com/internacional/enfermeiro-se-declara-culpado-pela-morte-de-11-idosos-na-australia-27052013

Jornalista de televisão da Síria é morta durante reportagem

Yara Abbas tinha 26 anos e foi atingida por um atirador


Uma jornalista síria morreu enquanto fazia uma reportagem para a televisão  Al-Ikhbariya. De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), ONG ligada aos rebeldes sediada em Londres, Yara Abbas, de 26 anos, teria sido atingida por um atirador.

Outro integrante da equipe também foi ferido. Segundo o G1, a matéria iria mostrar o conflito entre as tropas do regime e os rebeldes pelo controle da cidade de Qousseir.

A emissora, que é pró-governo, emitiu uma nota sobre o acontecimento. "O ministério da Informação anuncia que a companheira Yara Abbas entrou para o grupo dos mártires mortos por terroristas perto do aeroporto de Dabaa".  

http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-2/artigo/jornalista-de-televisao-da-siria-e-morta-durante-reportagem/

quinta-feira, 23 de maio de 2013

lavagem cerebral ou cauterizacao da mente


Conhecida por sequestrar Pedrinho, Vilma Martins é presa em Goiânia

Ex-empresária é suspeita de receptação de equipamentos roubados.
Ela cumpriu pena por subtrair dois bebês em maternidades de GO e do DF.

Vilma Martins presa em Goiânia (Foto: Gabriela Lima/G1)Vilma Martins foi presa em Goiânia por receptação de equipamentos roubados (Foto: Gabriela Lima/G1)
A ex-empresária Vilma Martins Costa, de 57 anos, foi presa em Goiânia, suspeita de receptação de materiais odontológicos furtados de uma clínica na capital. Ela ficou conhecida há cerca de dez anos, quando foi condenada pelos sequestrados de dois bebês, um deles Pedro Rosalino Braule Pinto, o Pedrinho, levado de uma maternidade de Brasília, em 1986.

Segundo o delegado Geraldo Caetano Brasil, plantonista do 20º Distrito Policial, Vilma foi detida no setor Jardim Planalto, na noite desta quarta-feira (22), quando estava dentro do próprio carro, um Fiesta preto, acompanhada da esteticista Sônia Eliene Silva, que também está presa.

Na delegacia, elas negaram participação no crime.
Ao G1, Vilma alegou que Sônia Eliene é esteticista dela, para quem estava apenas dando uma carona. “Não devo nada. Só estava fazendo um favor. Nunca fiz nada de errado em 57 anos de vida”, defendeu-se Vilma Martins.

Já a esteticista garantiu que não sabia que os equipamentos eram furtados e alegou que estava fazendo um favor para um amigo. Disse que ele a pediu que vendesse os materiais.

O delegado contou que a denúncia foi feita por um homem para quem a dupla teria tentado vender os equipamentos. Ele conhecia a dona da clínica de onde os materiais foram furtados e acionou a polícia, afirmou Geraldo Caetano.

Vilma e Sônia Eliene prestaram depoimento e devem ser encaminhadas ainda esta noite para o 14º Distrito Policial da capital, onde há celas femininas. Elas vão responder por receptação.
Nunca fiz nada de errado em 57 anos de vida"
Vilma Martins
Condenação
Vilma Martins foi condenada, em 2003, a 15 anos e nove meses de prisão por subtrair Pedro Rosalino Braule Pinto, o Pedrinho, e Aparecida Fernanda Ribeiro da Silva, retirados de maternidades de Brasília e Goiânia em 1986 e 1979, respectivamente.

Em junho de 2008, ela ganhou o direito de cumprir pena em regime aberto. Em agosto daquele ano, depois de ter cumprido um terço da pena, Vilma obteve a liberdade condicional.

A pena imposta à ex-empresária chegaria até 2019, mas Vilma Martins terminou de cumpri-la sete anos antes do previsto. Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), ela foi beneficiada por três comutações de pena consecutivas, em 2009, 2010 e 2011.

A assessoria explicou que a comutação de pena ocorre por decreto presidencial no fim de cada ano. Para consegui-la, Vilma teria atendido critérios objetivos, como tempo mínimo de cumprimento da pena, e subjetivos, como bom comportamento e não reincidir no crime.
Delegado Geraldo Caetano Brasil autuou Vilma Martins (Foto: Gabriela Lima/G1)Delegado Geraldo Caetano Brasil autuou Vilma Martins nesta quarta-feira (Foto: Gabriela Lima/G1)
Caso Pedrinho
O caso Pedrinho comoveu o país quando ele foi sequestrado, poucas horas depois de nascer, no dia 21 de janeiro de 1986, em uma maternidade de Brasília. A imprensa divulgou amplamente o crime. Mesmo com o passar dos anos, os pais biológicos da criança, Jayro Tapajós e Maria Auxiliadora Rosalina Braule Pinto, nunca desistiram de procurar o filho. Mais de uma década depois do sequestro, as fotos do bebê foram publicadas em vários sites de pessoas desaparecidas.

Foram várias pistas falsas. Até que, em 2002, Vilma Martins foi reconhecida como a sequestradora do bebê, que ela registrou como filho e deu o nome de Osvaldo Martins Borges Júnior, em Goiânia.

O crime só foi descoberto porque Gabriela Azeredo Borges, neta do marido de Vilma, começou a desconfiar que Osvaldo era o recém-nascido sequestrado em Brasília. Isso porque ela viu a foto dele no site SOS Criança, órgão da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, e notou semelhanças com o neto do avô. A partir daí, continuou a investigar o caso pela internet.
Vilma Martins é presa em Goiânia (Foto: Weimer Carvalho/O Popular - 20/06/08)Vilma Martins em foto de 20 de junho de 2008
(Foto: Weimer Carvalho/O Popular)
 
Ao acessar o site Missing Kids, ela encontrou uma foto do pai biológico de Pedrinho e também o achou parecido com Osvaldo e, então, ligou para a instituição, em Brasília, em outubro de 2002. A polícia retomou as investigações do caso.

Um exame de DNA comprovou a suspeita de Gabriela e desmentiu a versão que Vilma sustentava até então para a polícia, de que a criança havia sido entregue ao marido – já falecido na época das denúncias - por um gari, em Brasília.

Pedrinho se encontrou pela primeira vez com os pais biológicos em novembro de 2002, mas continuou morando em Goiânia com as irmãs. Somente no ano seguinte, ele se mudou para Brasília, onde passou a viver com Jayro, Maria Auxiliadora e os irmãos biológicos. O jovem cursou direito, tornou-se advogado, casou-se e, no final do ano passado, teve o seu primeiro filho. Durante todo esse período, ele manteve contato com Vilma Martins.

Caso Roberta Jamilly
No decorrer das investigações sobre o caso Pedrinho, a polícia descobriu que Vilma Martins também havia sequestrado outra criança, registrada por ela com o nome de Roberta Jamilly Martins Borges.

Usando a saliva que a garota deixou em uma ponta de cigarro quando foi prestar depoimento na delegacia, a Polícia Civil solicitou um exame de DNA, sem o consentimento dela, e confirmou que ela não era filha biológica da ex-empresária. O nome verdadeiro da jovem era Aparecida Fernanda Ribeiro Ribeiro da Silva, retirada ainda recém-nascida da mãe, Francisca Maria Ribeiro da Silva, em uma maternidade de Goiânia.

Na época da descoberta, Roberta Jamilly conheceu a mãe biológica, mas, ao contrário de Pedrinho, preferiu continuar morando com Vilma Martins.
Pedro Rosalino Braule Pinto, o Pedrinho, com os pais - sequestrado por Vilma Martins (Foto: Sebastião Nogueira/O Popular - 22/02/2003)Pedrinho com os pais biológicos em foto de 22 de fevereiro de 2003 (Foto: Sebastião Nogueira/O Popular)
 
 http://g1.globo.com/goias/noticia/2013/05/conhecida-por-sequestrar-pedrinho-vilma-martins-e-presa-em-goiania.html

Homem joga dois cães pela janela de apartamento em Copacabana, no Rio

Pedestres tentaram linchar homem, que foi levado à 12ª DP, segundo PMs.
Poodle e pastor alemão morreram na queda; médico de 51 anos foi autuado.


Cães ficaram na calçada por horas até o fim do trabalho dos peritos (Foto: Gabriel Barreira / G1)Cães ficaram na calçada por 3 horas até o fim do trabalho dos peritos (Foto: Gabriel Barreira / G1)
Um homem jogou dois cães da janela do apartamento da própria mãe em Copacabana, na Zona Sul do Rio, por volta das 19h desta quarta-feira (22), e quase foi linchado por pedestres. Segundo a polícia e vizinhos, ele teria tido um surto e atirado os animais, das raças pastor alemão e poodle, do sexto andar do edifício na Rua Belford Roxo, próximo à Rua Barata Ribeiro, uma das principais vias do bairro. Os cachorros morreram na queda e permaneciam no local até as 22h20, para a realização da perícia.
Segundo a delegada Soraia Santana, da 12ª DP (Copacabana), onde o caso foi registrado, o médico Rogério Povilaitis Dominguez, de 51 anos, foi autuado pela prática de abuso e maus tratos contra animais, previsto no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (lei 9605/98). Se condenado, a pena varia de três meses a um ano de prisão e multa, acrescido de um terço da pena, devido à morte dos dois animais. Ele será liberado nesta quarta, já que o crime não prevê prisão.

No depoimento, de acordo com a delegada, o ortopedista disse que estava sozinho em casa e que um vulto teria "defenestrado" os cães. Na delegacia, parentes disseram que Povilaitis sofre de transtornos mentais.
Rogério prestou depoimento após atirar os cães da janela (Foto: Gabriel Barreira / G1)Rogério prestou depoimento após atirar os cães da janela (Foto: Gabriel Barreira / G1)
Irmã é veterinária
O homem estava na casa da mãe dele, de 80 anos, moradora do prédio. Maria de Lourdes Xavier, moradora do quinto andar, contou que ouviu um barulho forte, mas não olhou o que era na hora. Momentos depois, foi avisada pela filha e ficou surpresa. "Minha filha viu no Facebook e falou que tinha sido aqui na rua. Não acreditei", disse.

Segundo ela, a mãe do médico tem um terceiro cachorro, que não estava no apartamento e a irmã dele seria veterinária.

Até o perito da Polícia Civil ficou surpreso com o caso: “Nunca vi isso na minha vida. Foi a primeira vez que fiz um trabalho assim com animais. Procedimento é parecido com o de um lançamento [termo técnico para quedas]”, contou Satiro.

'Eram animais dóceis', diz vizinho
Outro vizinho, o estudante Paulo Miranda, disse que os cães eram amáveis, e que sempre brincava com eles no prédio. “Eram animais dóceis. Eu passava por eles, fazia carinho. Acho que eles eram adestrados, porque respondiam bem aos pedidos. Deve ter sido alguma briga de família e uma retaliação”

http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2013/05/homem-joga-dois-caes-pela-janela-de-apartamento-em-copacabana.html

MP investigará se leite adulterado no RS foi para o mercado

Novo inquérito será aberto pela Promotoria do Consumidor.
Três transportadores foram presos na quarta (22) em Rondinha.

Leite encontrado em transportadora durante Operação Leite Compensado (Foto: Felipe Truda/G1)Leite encontrado em transportadora durante a Operação (Foto: Felipe Truda/G1)
 
Após a prisão de três suspeitos de adulterar leite no Rio Grande do Sul, na manhã de quarta-feira (22) em Rodinha, no Norte do estado, a Operação Leite Compensado 2 terá uma nova etapa. A Promotoria do Consumidor do Ministério Público (MP) abrirá um novo inquérito para investigar se o leite que teve adição de água e ureia foi repassado para consumo pelas indústrias.

Segundo o promotor Mauro Rockenbach, as indústrias foram alertadas no dia 18 de fevereiro pelo Ministério da Agricultura sobre as restrições ao uso do leite cru levado pelas transportadoras investigadas. "Partiremos para uma investigação junto à Promotoria do Consumidor para investigar se o leite foi destinado a consumo", disse o promotor.

Rockenbach garantiu que houve um esforço do MP para evitar que o leite possivelmente contaminado fosse encaminhado para consumo. Segundo ele, cerca de 120 mil litros que passaram pelas duas transportadoras investigadas na Leite Compensado 2 foram recolhidos.

"Todo esse leite estava sendo rastreado, e estávamos evitando que chegasse para consumo. O Ministério da Agricultura tomou a providência de alertar todas as indústrias de leite que havia restrições. Eles é que digam que destino deram ao leite", disse o promotor.

No entanto, a investigação aos transportadores prosseguirá. Rockenbach não descarta novas prisões por adulteração de leite. "Temos algumas empresas investigadas. A prioridade da Especializada Criminal neste ano é o leite gaúcho", destacou.

Na quarta-feira, o MP cumpriu quatro mandados de prisão em Rondinha. Três pessoas foram presas, dois sócios de uma transportadora e um motorista. O quarto suspeito já estava preso desde a primeira fase da operação por envolvimento no esquema de Ibirubá.

O esquema é semelhante ao encontrado nos outros núcleos já investigados: os envolvidos misturavam água e ureia ao leite antes de levar o produto para as empresas, para dar consistência ao líquido e lucrar mais na comercialização.

Controle de transporte do leite cru à indústria
Com o objetivo de adotar ações para aprimorar a inspeção e o controle da produção de leite no Brasil, representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), das indústrias de laticínios e dos produtores se reuniram na quarta-feira, em Brasília. Durante o encontro, foi definida uma agenda de trabalho para nortear as próximas ações do governo federal e da iniciativa privada.
Um dos principais pontos da reunião foi quanto ao controle e monitoramento da etapa de transporte do leite cru à indústria. Como essa é uma relação comercial, o que foge da legislação da vigilância oficial, a proposta ainda deve ser discutida no âmbito jurídico. Atualmente, cabe ao Mapa a verificação do cumprimento das normas legais por parte dos estabelecimentos registrados no Serviço de Inspeção Federal.

Outro ponto proposto é o fortalecimento do Programa Nacional de Qualidade do Leite (PNQL), para que seja adotado também por todos os serviços de inspeção estadual e municipal do país. Essa etapa, segundo o Mapa, é importante para garantir que um produto recusado por empresas de inspeção federal não seja admitido em estabelecimentos sob fiscalização das demais instâncias oficiais.

Também foi discutido o aperfeiçoamento das análises laboratoriais para a seleção de matéria prima na plataforma de produção das indústrias.

Além dos processos de inspeção, os participantes trataram do aprimoramento do sistema de rastreabilidade do leite cru em todos os elos da cadeia produtiva, desde o produtor até a oferta do produto lácteo ao consumidor. Atualmente, o sistema para análise da qualidade já é realizado nas fazendas e nas indústrias. A ideia é incluir a coleta de material também dos tanques dos caminhões de transporte.

Todos os pontos serão discutidos por uma comissão público-privada que vai ser nomeada durante a próxima reunião extraordinária da Câmara Setorial do Leite, no próximo dia 7 de junho, em Brasília. O grupo terá a responsabilidade de definir documentos técnicos que viabilizem a adoção das propostas e que estas sejam incluídas na legislação oficial sobre o tema.

 http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2013/05/mp-investigara-se-leite-adulterado-no-rs-foi-para-o-mercado.html

Lei que prevê tratamento de câncer em 60 dias vale a partir desta quinta

Prazo conta após diagnóstico e inclusão de dados no prontuário médico.
Quase 280 unidades do país farão cirurgia, químio e radioterapia pelo SUS.

Entra em vigor nesta quinta-feira (23) a lei federal que estabelece um prazo máximo de 60 dias para que pessoas com câncer iniciem o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Nesse período, que conta a partir da confirmação do diagnóstico e da inclusão dessas informações no prontuário médico, os pacientes devem passar por cirurgia ou iniciar as sessões de químio ou radioterapia, conforme a indicação de cada caso.

A lei foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff em novembro do ano passado e tinha 180 dias para começar a valer.

A nova regra, porém, não vale para três casos: câncer de pele não melanoma (a biópsia às vezes já é o tratamento), tumor de tireoide com menor risco e pacientes sem indicação de cirurgia, radioterapia ou quimioterapia. Em algumas dessas situações, porém, o uso de remédios deve começar logo após a detecção da doença.

A previsão do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é de que 518 mil casos de câncer sejam diagnosticados em 2013, número que deve aumentar com o envelhecimento da população e o aumento do tabagismo no sexo feminino.

Em todo o país, 277 hospitais, centros e institutos estão habilitados a realizar procedimentos oncológicos pela rede pública. Há unidades em todos os estados, mas cinco deles – quatro no Norte e um no Nordeste – têm apenas um local de tratamento. É o caso do Acre, Amapá, Amazonas, Roraima e Piauí.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, será preciso ampliar os serviços principalmente nessas duas regiões e no interior do país. Os investimentos para isso têm sido feitos desde 2011, com a implantação de 80 novos centros de radioterapia, aquisição de equipamentos e parcerias junto ao Ministério da Educação (MEC) para formar profissionais na área de oncologia, o que leva de dois a três anos.

"[Isso] Vai exigir uma reorganização dos estados e municípios, dos hospitais. (...) Outro grande desafio é termos mais médicos especialistas em câncer", disse Padilha, em entrevista à Globo News.
De acordo com o secretário de Atenção à Saúde do ministério, Helvécio Magalhães, os cinco estados com apenas uma unidade de atendimento ao câncer pelo SUS apresentam um perfil populacional baixo, e o cálculo do número de locais necessários é feito com base no total de habitantes. Apesar disso, segundo Magalhães, esses "vazios assistenciais" serão identificados e corrigidos.
Rosemar e Jaciara em tratamento contra o câncer em Ribeirão (Foto: Fernanda Testa/G1)Rosemar e Jaciara fazem tratamento de câncer em Ribeirão Preto (SP) (Foto: Fernanda Testa/G1)
 
Para quem mora no Norte e no Nordeste, muitas vezes a saída é viajar milhares de quilômetros em busca de atendimento especializado. Foi o caso de duas mulheres, uma de Rondônia e outra da Paraíba, que foram diagnosticadas no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.

Rosemar Rodrigues Barbosa, de 25 anos, e Jaciara de Lima Cosmo, de 18, fazem parte dos 6% dos atendimentos do hospital que incluem pessoas de fora da região. As duas começaram o tratamento menos de 20 dias após o diagnóstico da doença: uma tem um tumor na língua e a outra, um linfoma (câncer no sistema linfático).

Na tentativa de ajudar no tratamento de pacientes com câncer, clínicas privadas também poderão se credenciadar ao SUS. O objetivo do Ministério da Saúde é aproveitar a estrutura que já existe e expandi-la em novos turnos. Magalhães conta que 20 serviços privados de radioterapia estão se credenciando à rede pública, e outros já 50 foram consultados pelo governo.

"A data de hoje é um marco na disposição legal, mas nada acontece de um dia para o outro. Apoiamos a iniciativa da lei porque vira uma força a mais para o que já estávamos tratando de forma especial, que são as doenças crônicas. Cada vez mais, conseguimos colocar o câncer no centro da Política Nacional de Saúde", avalia.

Novo sistema
Desde o dia 16, municípios e estados brasileiros têm acesso ao Sistema de Informação do Câncer (Siscan), um programa de computador que reunirá o histórico de todos os pacientes oncológicos e do tratamento de cada um.

Reginaldo Filho e sua esposa, no Recife (Foto: Katherine Coutinho / G1)Desenhista Reginaldo da Silva Filho e a mulher,
Laudiceia, no Recife (Foto: Katherine Coutinho/G1)
A partir de agosto, as prefeituras e os governos estaduais serão obrigados a cadastrar as informações nesse sistema – que estará disponível ao público, via internet. Quem não cumprir o acordo terá repasses suspensos por parte do governo federal.

"O Siscan vai permitir um monitoramento online em tempo real, mostrar onde há mais dificuldades, a concentração dos tipos de câncer, para elaborar forças-tarefa e agilizar procedimentos. Onde houver indícios de descaso por parte de um gestor ou prestador, haverá punição administrativa", explica o secretário.

Mais de mil pessoas foram treinadas a usar o novo sistema, com cursos a distância e manuais, segundo Magalhães. Depois de agosto, será feito o primeiro balanço, que após esse período deve ser mensal.

O Siscan ainda não chegou, porém, a instituições como o Hospital do Câncer de Pernambuco, onde o desenhista Reginaldo Carlos da Silva Filho, de 23 anos, luta contra um câncer nos ossos e nos pulmões. Após os primeiros sintomas, há cinco anos, ele levou oito meses para receber atendimento e mais de cinco meses para iniciar o tratamento.

Toda semana, Reginaldo viaja quase 70 km da cidade onde mora, Lagoa de Itaenga, até o hospital em Recife. Ele tem recebido o apoio da mulher, que conheceu em São Paulo, depois de nove meses de conversas a distância, e com quem se casou em fevereiro.
Apoio familiar incentiva irmãs na busca pela cura do câncer em unidades de saúde de Campinas (Foto: Anaísa Catucci/ G1 Campinas)Irmãs Clediléia e Clereni se apoiam uma na outra para vencer o câncer (Foto: Anaísa Catucci/G1)
 
Demora no diagnóstico
Um dos problemas que a nova lei não contempla é a demora que o paciente enfrenta para obter o diagnóstico correto da doença. Esse foi o caso da vendedora Clediléia Maria Magalhães, de 35 anos, que vive em de Campinas (SP) e levou oito meses para receber o resultado de uma mamografia, que acabou identificando um nódulo. Agora, ela vive uma fase de "angústia, com um peso nas costas", à espera de novos exames para saber se se trata de um tumor maligno.

"O médico do posto disse que tem possibilidade de não ser câncer e que há casos mais graves na minha frente. Mesmo com a orientação de um oncologista, que me examinou e pediu exames pré-operatórios, ele resolveu cancelar tudo, depois solicitou uma ultrassonografia e, se for possível, irá encaminhar para um mastologista", disse.

Já a irmã mais velha de Clediléia, Clereni Maria Cândido, de 47 anos, foi diagnosticada em 2007 com um tumor no ovário que se espalhou para outros órgãos. Para detectar a doença, ela resolveu pagar as próprias despesas – pelo menos, R$ 2,5 mil. Acabou passando por três hospitais, quatro cirurgias e se aposentou por invalidez.

Para o oncologista Pedro Ricardo de Oliveira Fernandes, do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, em Campinas, a nova regra não melhora os problemas da rede pública.

"Diante da situação que enfrentamos hoje, é uma utopia acreditar que vai ocorrer com tanta agilidade a mudança do cenário que temos nos hospitais da cidade. Os exames ambulatoriais pelo SUS demoram muito e, quando precisamos de exames sofisticados, existem pacientes que morrem na fila por conta da precariedade", diz.
Francisca Camurça Rondônia (Foto: Ivanete Damasceno/G1)Dona de casa de Rondônia se queixa da demora para ter diagnóstico (Foto: Ivanete Damasceno/G1)
Na opinião do secretário de Atenção à Saúde do ministério, Helvécio Magalhães, os serviços do SUS devem facilitar o diagnóstico por meio de exames como ultrassom, endoscopia e colonoscopia.

"Outro ponto é apostar na detecção precoce. Quanto mais cedo o médico, na atenção básica, suspeitar de algo, maior pressão haverá para o paciente fazer os exames e iniciar o tratamento", diz.

Esse é o ponto fraco da maioria dos casos. Segundo Rodrigo Almeida de Souza, diretor do Hospital de Base Ary Pinheiro, em Rondônia, o diagnóstico precoce depende do tempo que o paciente leva para procurar o posto de saúde e ser encaminhado a um especialista.

Esse tempo prolongado pode ser determinante, como vive na pele a dona de casa Francisca Camurça, de 53 anos, que faz tratamento contra um câncer de mama em Porto Velho, após quase sete meses de espera pelo resultado.

Sobre o tratamento, Francisca não tem queixas. "Começou rápido, o que demorou foi detectar a doença", lamenta.
Conceição faz acompanhamento médico (Foto: Alan Schneider / G1)Costureira Conceição faz acompanhamento médico em Jaú, no interior de SP (Foto: Alan Schneider/G1)
Apesar de essas situações de longa espera não parecerem exceção, há casos exemplares de atendimento de câncer no país. Os moradores do interior paulista Conceição Aparecida de Matos e José Gomes Ferreira, de 71 anos, se beneficiaram da rapidez dos serviços oferecidos em Jaú.

Ela, que trabalha como costureira, foi diagnosticada com câncer de intestino e ele, de próstata. Em um mês, Conceição passou por cirurgia e agora faz acompanhamento. José segue o mesmo caminho, e admite que a falta de informação e o preconceito para fazer exames preventivos fizeram com que ele só procurasse um médico aos 60 anos de idade.

Paciente Maria Nere mostra uma chapa de raio X que detectou a presença de um tumor na mama esquerda (Foto: Lucas Nanini/G1)Antes de detectar tumor de mama, professora do DF ouviu que 'câncer não dói' (Foto: Lucas Nanini/G1)
 
Após fazer um autoexame das mamas em 2011, ela suspeitou que estava com câncer no seio esquerdo. Consultou-se com dois ginecologistas do SUS, e eles disseram que era apenas gordura e que não deveria se preocupar, pois "câncer não dói". Mas dois exames feitos no mesmo ano mostraram que os especialistas estavam errados.

Hoje, após fazer cirurgia e sessões de químio e radioterapia, Maria Aparecida espera pelo resultado de uma ressonância magnética – feita em clínica particular – para saber se um caroço identificado no tórax e outro na mama esquerda são novos tumores.

Ajuda influente
O aposentado gaúcho Adão Monteiro, de 66 anos, acredita que só conseguiu o tratamento contra um câncer de próstata porque teve ajuda de um vereador.

Ele esperou 11 meses para tratar a doença, diagnosticada em 2011, e precisou passar por 37 sessões de radioterapia no Complexo Hospitalar da Santa Casa, em Porto Alegre.

Adão Monteiro esperou 11 meses por tratamento de um câncer (Foto: Tanise Scherer/G1)Aposentado teve ajuda de vereador para iniciar sessões de radioterapia (Foto: Tanise Scherer/G1)
 
"Foi demorado. Se não conhecer ninguém influente, a pessoa morre. Eles não dão bola. (...) É um descaso com o ser humano. Quando a pessoa estiver morrendo, daí eles atendem", desabafa a mulher de Adão, Regiane Alves Monteiro.

Outro entrave vivido por pacientes com câncer é a falta de acesso aos medicamentos necessários ao tratamento, que às vezes não são encontrados no SUS e precisam ser comprados. Adão também passou por isso, e decidiu entrar na Justiça contra a Prefeitura de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, onde mora, para receber o remédio de que precisava.

Atendimento
Dados do ministério mostram que, antes mesmo da nova lei, 78% dos casos de câncer em estágio inicial já têm sido tratados em até 60 dias. Nos casos de câncer em estágio avançado, esse índice sobe para 79%. As informações mostram ainda que 95% das crianças e dos adolescentes começam a ser tratados dentro desse prazo.

Apesar disso, ainda há uma grande desigualdade de tratamento em cidades mais distantes dos grandes centros urbanos, disse Padilha.

Queremos reduzir as desigualdades em relação ao tratamento de câncer no país. Queremos que todos sejam tratados em 60 dias"
 
Alexandre Padilha, ministro da Saúde
"Queremos reduzir as desigualdades em relação ao tratamento de câncer no país. Queremos que todos sejam tratados em 60 dias", afirmou.

Se o prazo máximo estiver próximo do fim e o tratamento ainda não tiver começado, os pacientes poderão procurar e cobrar a Secretaria Municipal de Saúde, segundo Padilha.

"Sabemos que será um grande desafio para os municípios cumprirem o prazo, mas é preciso que o cidadão busque informações nos equipamentos de saúde. [...] O ministério também terá uma comissão de acompanhamento de cumprimento dos prazos em todo o país", disse.

Segundo o secretário de Atenção à Saúde do ministério, Helvécio Magalhães, o paciente ou os familiares também podem ligar para o Disque Saúde (Ouvidoria Geral do SUS), no telefone 136.

Câncer no Brasil
O Inca prevê 518 mil novos casos de câncer em 2013. No ano passado, foram mais de 500 mil diagnósticos de tumores, e o gasto público com internações foi de R$ 806 milhões. Esse é o segundo problema de saúde que mais mata no Brasil, atrás apenas de doenças cardiovasculares.

Entre as mulheres, o câncer que mais mata é o de mama – foram 12.705 casos entre 2010 e 2011, o que representa 15,3% das mortes femininas no país. Já entre os homens, o câncer de traqueia, brônquios e pulmões somou 13.677 casos no mesmo período, alcançando 14,2% dos óbitos.

O câncer não pode esperar, mas o tempo não é o principal fator determinante, e sim a qualidade do tratamento, se ele é correto, coerente"
 
Nise Yamaguchi, oncologista
Para Padilha, a população brasileira também precisa melhorar os hábitos como forma de prevenção.
"É um problema de saúde pública que será cada vez mais presente por conta do modelo de vida, da urbanização e do envelhecimento. [...] A prevenção do câncer, antes de mais nada, é não fumar, ter hábitos saudáveis, fazer exercícios", destacou.

'Decisão cautelosa e útil'
Na opinião da oncologista Nise Yamaguchi, diretora do Instituto Avanços em Medicina e médica dos hospitais Sírio-Libanês e Albert Einstein, em São Paulo, a decisão do governo é extremamente cautelosa, útil, e vem da necessidade de agilizar o sistema.

"O câncer não pode esperar, mas o tempo não é o principal fator determinante, e sim a qualidade do tratamento, se ele é correto, coerente. É preciso saber o que se está fazendo, e isso não é imediato, depende da resposta do patologista, de uma biópsia", explica.

Nise diz que, na maioria das situações, dois meses são um prazo razoável. A exceção fica por conta de alguns tipos de leucemia, que avançam mais rápido. Em relação às metástases – quando um tumor se espalha para outros órgãos ou tecidos –, não é possível saber quando elas vão ocorrer, razão pela qual não dá para afirmar se 60 dias são um período seguro ou não.

De acordo com a especialista, na maioria dos países não existe esse tipo de lei. 
"Neste Brasil continental, seria impossível dar conta de um prazo menor, pois não adianta uma lei para não ser cumprida. Dentro de um ano é que poderemos avaliar essa medida", diz a médica.

 http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/05/lei-que-preve-tratamento-de-cancer-em-60-dias-vale-partir-desta-quinta.html