segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Blitz da lei seca: perito vai examinar quem se recusa a passar pelo bafômetro


  Ficheiro:Bafometro.JPG

Proposta é refazer totalmente as operações paulistas, para que se tornem referência nacional


As blitze da lei seca no Estado de São Paulo vão ter peritos examinando quem se recusa a fazer o teste do bafômetro, além de médicos, delegados e até cadeirantes vítimas de acidentes de trânsito.

A proposta é refazer totalmente as operações paulistas, para que se tornem referência nacional. O formato final das mudanças será definido, na quarta e na sexta-feira, em duas reuniões de representantes das Polícias Militar, Civil e Científica, do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e das Secretarias de Estado da Educação e da Saúde.

Um dos itens que serão discutidos é o uso de balões e tendas para sinalizar as blitze - como ocorre, por exemplo, no Rio. Setores do governo paulista têm receio de que a geografia paulistana - com mais rotas de fuga - impeça a adoção do modelo no Estado. As discussões já duram três meses.

Os peritos que vão participar das blitze são da Polícia Científica. Já foi definido que eles farão no próprio local da operação os exames clínicos necessários para atestar a embriaguez de motoristas que se recusem a fazer o teste do bafômetro. Além disso, um médico e uma enfermeira da Secretaria de Estado da Saúde ficarão encarregados de realizar exames de rotina nos motoristas. As blitze também terão um delegado e um escrivão da Polícia Civil. Eles serão responsáveis por tomar as medidas legais caso algum condutor seja flagrado bêbado.

Já os cadeirantes serão selecionados com ajuda da Secretaria de Desenvolvimento Social. A ideia é que sejam pessoas que perderam a mobilidade por causa de acidente de trânsito, seja motorista ou pedestre, e contem como a tragédia mudou sua vida. Esse tipo de sensibilização já ocorre em Mato Grosso do Sul e no Rio.

A proposta de repetir o exemplo em São Paulo surgiu em audiências públicas da Frente Parlamentar de Combate aos Motoristas Criminosos da Assembleia Legislativa. A deputada estadual Maria Lucia (PSDB) afirma que a ideia é mostrar o que pode acontecer quando se há abuso de álcool e velocidade. “É mais importante enfrentar a reação popular de quem se sente invadido com essas ações do que manter a impunidade para quem bebe e dirige.”

Pelo cronograma proposto, as novas blitze da lei seca devem começar na capital e, no segundo trimestre de 2013, serem estendidas para o resto da Grande São Paulo. No terceiro trimestre, será a vez do interior e das rodovias. Mas o martelo sobre as datas e sobre o custo das operações só deve ser batido nas duas reuniões desta semana.

Mudanças. A nova forma de fiscalizar a lei seca surge no momento em que o Senado discute torná-la mais rigorosa. Está prevista para esta semana votação de um projeto de lei que aumenta para R$ 1.900 o valor da multa para motorista bêbado e aceita testemunhos como prova de embriaguez. O texto já foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça. Só neste ano, 8.784 pessoas foram flagradas nas blitze realizadas na capital.

 

Barbosa pode decidir sozinho pedido de prisão imediata de condenados

Ministério Público recuou da intenção de pedir ao plenário que decidisse a questão após a conclusão do julgamento 

BRASÍLIA - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa, pode decidir sozinho se manda imediatamente para prisão os condenados no julgamento. O pedido havia sido feito ainda no início da apreciação do processo, em agosto, pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Mas, na sessão desta segunda-feira, 17, o chefe do Ministério Público Federal recuou da intenção inicial de pedir ao plenário que decidisse a questão após a conclusão do julgamento e o caso deve ser apreciado por Joaquim Barbosa durante o recesso do Judiciário.

"Quero aguardar a conclusão do julgamento, aí farei (o pedido) por uma petição que exporá de forma mais adequada a pretensão do Ministério Público e seus fundamentos. Mas apenas após a conclusão do julgamento", anunciou Roberto Gurgel, na sessão de hoje do plenário. O procurador-geral não informou se o pedido será apresentado até a quarta-feira, dia da última sessão do plenário do Supremo antes das férias forenses. Caso isso ocorra, é dado como praticamente certo que a decisão do pedido ficará nas mãos de Joaquim Barbosa.

O relator do mensalão disse que, se o pedido for mesmo apresentado durante o recesso do Judiciário, poderá sim decidir solitariamente. "Posso decidir sozinho, claro", afirmou. Joaquim Barbosa ressaltou que, pelo regimento interno do Supremo, esse tipo de decisão é de competência do presidente da Corte e não precisa ser submetido à apreciação dos demais ministros. Questionado se pretende decidi-la se ela chegar no recesso, o presidente do STF respondeu: "Pretendo não, só faço o que é o meu dever fazer. Não vou deixar para as calendas".

A decisão sobre prisão imediata atinge 22 dos 25 réus considerados culpados pelo tribunal. Onze deles, entre eles o ex-ministro José Dirceu, o empresário Marcos Valério e o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), foram condenados a regime de cumprimento de pena inicialmente fechado, ou seja, terão de passar pelo menos um sexto da pena na prisão. Outros onze, como o ex-presidente do PT José Genoino e o deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP), a regime semiaberto, em que se dorme na prisão. Apenas três réus, o ex-secretário do PTB Emerson Palmieri, o ex-líder do PMDB José Borba (PR) e o empresário Enivaldo Quadrado, foram condenados a regime aberto, no qual terão de cumprir penas restritivas de direitos.

O presidente do Supremo comentou com os jornalistas que, nos nove anos de tribunal, não tem informação sobre se o a Corte já aceitou um pedido desses. Joaquim Barbosa lembrou que, nas turmas - colegiados formados por cinco ministros -, pedidos como esse tipo já foram aceitos. Mas ele disse isso ocorreu em situações em que os réus usavam os recursos para tentar adiar a execução da pena.
 
Joaquim Barbosa não quis responder se vê necessidade da prisão imediata a ser aplicada aos condenados no mensalão. "Deixa a pessoa constitucionalmente interessada formular, não vou me antecipar aos problemas", disse. O ministro disse que cabe recurso ao plenário da decisão que ele eventualmente vier a proferir.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,barbosa-pode-decidir-sozinho-pedido-de-prisao-imediata-de-condenados,974842,0.htm

Orçamento de 2013 prevê mínimo em R$ 674,96 e PIB de 4,5%


 


Jucá afirmou que precisou alterar a proposta encaminhada pelo governo de R$ 670,95 para adequar o valor ao PIB e inflação


BRASÍLIA - O salário mínimo a vigorar em 2013 deverá ser fixado em R$ 674,96, de acordo com o relatório final entregue nesta segunda-feira, 17, na Comissão Mista de Orçamento pelo relator geral do projeto, senador Romero Jucá (PMDB-RR). Jucá afirmou que precisou alterar a proposta encaminhada pelo governo de R$ 670,95 para adequar o valor à lei atual que determina o cálculo do reajuste do mínimo pelo crescimento do PIB de dois anos anteriores mais a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Jucá explicou que houve uma reestimativa de inflação e que essa diferença de valor significará R$ 1,36 bilhão a mais de gastos. O relator manteve em seu parecer o aumento salarial de 5%, em 2013, para as carreiras do funcionalismo público que negociaram reajustes com o governo. Jucá afirmou que, embora os funcionários do Poder Judiciário insistissem em aumentos maiores, não há espaço fiscal para isso. O acordo do governo com os servidores prevê o mesmo índice de 5% de aumento por três anos, até 2015.

O presidente da Comissão Mista de Orçamento, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), prevê a votação do projeto no plenário do Congresso - quando a Câmara e o Senado se reúnem conjuntamente - na próxima quarta-feira, em sessão às 12h. Amanhã, haverá reunião da comissão, às 14h30, para votar o relatório de Jucá.

O relator afirmou que destinou em seu parecer R$ 3,9 bilhões para a Lei Kandir, usada para compensar os Estados que perdem com a desoneração do ICMS nas exportações. Ele afirmou ainda que trabalhou na elaboração do relatório final com a previsão de crescimento de 4,5% no próximo ano.

Votação

 Com a impossibilidade constitucional de obrigar o governo a cumprir o Orçamento da União aprovado pelo Congresso, o relator geral incluiu um dispositivo em seu relatório proibindo o governo de usar o dinheiro destinado pelos parlamentares a obras em Estados e municípios - mecanismo conhecido por emendas parlamentares - com outras despesas. O governo não será obrigado a gastar os recursos das emendas, como gostariam os deputados e os senadores, mas também não poderá gastar o montante em algum remanejamento orçamentário.

Esse bloqueio de gastos vale para as emendas individuais e para as apresentadas pelas bancadas dos Estados. "Nós estamos fortalecendo o respeito às emendas individuais e de bancada", disse Jucá. O Orçamento não é impositivo, ou seja, o Executivo tem de ter a autorização do Legislativo, com a aprovação do projeto, para executar as despesas, mas não precisa cumprir tudo o que diz o texto aprovado na proposta orçamentária.

"Não há obrigação de liberar o dinheiro das emendas, mas o governo estará proibido de usar para outras coisas. Esse recurso acabará sendo usado para o governo fazer superávit", afirmou Paulo Pimenta. As emendas individuais somam em torno de R$ 9 bilhões em 2013. Historicamente, o governo corta emendas e executa em torno de um terço do valor aprovado na proposta orçamentária da União.

Para votar o projeto de Orçamento nesta semana, a última do ano dos trabalhos legislativos, o governo está liberando o dinheiro das emendas apresentadas ao Orçamento deste ano, em um total de R$ 5 milhões, pelos deputados e senadores dos partidos da oposição e de R$ 6 milhões para cada parlamentar da base aliada.

http://economia.estadao.com.br/noticias/economia%20geral,orcamento-de-2013-preve-minimo-em-r-67496-e-pib-de-45,138304,0.htm

Marco Aurélio Mello discorda de Barbosa e deixa plenário do STF


 


 

Presidente do tribunal, ministro Joaquim Barbosa, fazia agradecimentos.
Marco Aurélio Mello discordou e pediu 'licença' para se retirar do plenário.

Pouco antes do encerramento nesta segunda (17) do julgamento do processo do mensalão, o ministro Marco Aurélio Mello deixou o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) após discordar de uma atitude do presidente Joaquim Barbosa.

Relator do processo do mensalão, Barbosa agradecia aos servidores que o assessoraram no caso desde 2005.

Marco Aurélio Mello se opôs à iniciativa, dizendo que “nunca” houve esse tipo de manifestação após julgamentos da corte.

Barbosa, então, afirmou que se tratava de uma ação diferenciada que tramitou na corte. “É um processo que causou traumas”, disse.

Diante da posição de Barbosa de continuar as homenagens, Marco Aurélio Mello "pediu licença" para se retirar do plenário.
 
“Não vejo qualquer problema em enaltecer o trabalho indispensável dos colaboradores que todos nós temos. Sem a ajuda deles, eu não sei o que seria desta corte, porque dependemos sim e muito [deles]. E num caso como este faço questão de deixar público”, disse Barbosa após Marco Aurélio deixar a corte.

Depois, Barbosa voltou a defender sua posição: "Da minha parte jamais se ouviu sair da minha boca esse tipo de consideração, de maneira que fazendo-o em consideração a quem dia e noite conosco colabora não me parece inapropriado."
 
Conclusões do julgamento 
Durante o julgamento, o Supremo entendeu que existiu um esquema de compra de votos no Congresso Nacional durante os primeiros anos do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os ministros entenderam que houve desvio de dinheiro público, de contratos da Câmara dos Deputados e do Banco do Brasil, para abastecer o esquema criminoso.

Dos 38 réus do processo, um deles teve o processo remetido para a primeira instância. Outros 12 acabaram inocentados. Dos 25 considerados culpados, o réu que obteve maior pena foi Marcos Valério, apontado como o operador do esquema do mensalão, que repassava o dinheiro a parlamentares. Valério foi condenado a mais de 40 anos de prisão - veja na tabela abaixo como ficou a punição de cada um.

Com o voto do ministro Celso de Mello nesta segunda, o Supremo determinou, por 5 votos a 4, a perda do mandato de três deputados federais condenados no processo do mensalão: João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar da Costa Neto (PR-SP).

A maioria dos ministros entendeu que a decisão do Supremo é definitiva e não precisará passar por deliberação da Câmara dos Deputados. Com isso, os deputados devem perder os mandatos, que terminariam no começo de 2015, após o trânsito em julgado do processo, ou seja, quando não houver mais possibilidade de recursos. Segundo a decisão do STF, a Câmara será notificada para cumprir a decisão.

O presidente do Supremo e relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa, também falou sobre a possibilidade de a corte fixar os valores que os réus condenados por lavagem de dinheiro teriam que devolver aos cofres públicos.

Para Barbosa, a “complexidade dos fatos” e a quantidade de crimes cometidos pelos réus tornam “inviáveis a fixação de forma segura” de um valor mínimo que cada réu deverá ressarcir aos cofres públicos.

“Não vejo como identificar com precisão qual o montante devido por cada réu, isso só seria possível por meio de ação civil destinada especificamente a isso. Em razão dessa peculiaridade não há elemento seguro para a aplicação desse artigo”, disse.

A Advocacia Geral da União afirmou que aguardaria os valores exatos no acórdão do julgamento para cobrar o ressarcimento de réus do mensalão.
 
Próximos passos 
A expectativa é de que o acórdão (documento que resume o julgamento) seja publicado em até 60 dias. O tempo de recesso não conta no prazo. Então, o acórdão deve sair somente em abril. Acórdãos de julgamentos mais simples muitas vezes levam seis meses para serem publicados. A ministra Cármen Lúcia entendeu que no processo do mensalão, como todos os votos estão prontos e revisados, não haverá demora.

Depois do acórdão, abre-se prazo para apresentação de embargos, recursos contra a decisão e que podem questionar o tempo da pena, o regime de cumprimento, falta de isonomia entre réus, entre outros pontos. Ainda cabe embargo do embargo. Depois, a decisão transita em julgado, quando não há mais possibilidade de recorrer. É somente aí que os réus condenados poderão ser presos para o cumprimento da pena.

No caso do deputado Natan Donadon (PMDB-RO), a condenação ocorreu em outubro de 2010 e até agora o processo não transitou em julgado.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel deve pedir, agora que o julgamento terminou, a prisáo imediata dos réus condenados. Há possibilidade de o tema ser analisado monocraticamente pelo relator, ministro Joaquim Barbosa, ou ser levado ao plenário.

 

Educação precária ainda é obstáculo para o emprego


 


Mesmo com avanço na última década, formação educacional no Brasil ainda é inferior à de países desenvolvidos 

Apesar dos recentes avanços na educação, o Brasil está longe de ter seus trabalhadores com o mesmo nível de escolaridade dos países desenvolvidos. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) mostra que 19,2 milhões de pessoas (11,5% da população nessa faixa etária) com mais de dez anos não têm nenhuma instrução ou estudaram menos de um ano.

Um reflexo do lento avanço, nos últimos dois anos, da escolaridade: em média, os brasileiros tinham 7,3 anos de estudo em 2011, ante 7,2 anos em 2009. E os reflexos disso aparecem no mercado de trabalho.

"Nos EUA, já em 1960, mais de 60% dos trabalhadores tinham pelo menos ensino médio completo e, hoje em dia, quase 90% da população está nessa situação", diz Naercio Menezes Filho, coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper.

No Brasil, o cenário é bem diferente. A mão de obra ocupada tem, em média, apenas 8,4 anos de estudo, somente 12,5% dos trabalhadores têm ensino superior completo, e o ensino médio só foi concluído por 46,8% dos trabalhadores. Apenas 6,6 milhões de brasileiros estão cursando uma universidade e 73,2% deles estão na rede privada.

A educação ganha importância quando se observa que 53,6% dos desempregados não têm nível médio. E os mais jovens (33,9% tinham entre 18 e 24 anos de idade) e sem experiência (33,9% nunca trabalharam) formam essa população. "Mesmo com a desocupação tendo recuado quase 20% em dois anos, o mercado de trabalho impõe barreiras. A má formação deixou muitos jovens para trás", diz Cimar Azeredo, gerente da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do IBGE.

Informalidade. A qualidade maior dos empregos aparece no grau da informalidade. Os trabalhadores sem carteira assinada e os por conta própria, que eram 55,1% dos ocupados em 2001, agora representam 45,4%. A proporção de trabalhadores com baixa qualificação (agricultores, domésticos, ocupados no transporte e na segurança) caiu de 38%, em 2002, para 31,8%, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em estudo com os números da Pnad.

Já os de média qualificação (escriturários, atividades de atendimento ao público e vendedores) aumentaram sua participação de 42,8% para 47,2%. "O grupo com 11 anos de estudo ou mais cresceu 22 milhões de 2001 a 2011", afirma Miguel Foguel, do Ipea, coordenador do estudo.

Jessica Gomes, de 21 anos, ainda não concluiu o ensino médio, mas já fez curso de fotografia digital e básico de informática em busca de uma colocação, em Pernambuco. Ela nunca trabalhou, deixou currículos em empresas, mas não recebeu propostas. Seu irmão de 17 anos, porém, já trabalha. "Homem tem mais facilidade para arranjar emprego."

Mulheres. Amiga de Jessica, Érica Gomes Santana, também de 21 anos, concluiu o ensino médio, não fez vestibular e espera ser chamada, pois enviou currículos a várias empresas de Recife. "Já trabalhei informalmente na distribuição de panfletos. Também estou sem emprego." As mulheres realmente sofrem mais com o desemprego. A taxa para elas era de 9,1% em 2011, ante 4,9% dos homens.

A taxa de analfabetismo elevada anuncia um futuro incerto a milhões de brasileiros. O País tem 12,9 milhões de pessoas que não sabem ler nem escrever, uma taxa de 8,6% em 2011. Mas já foi pior: em 2009, era de 9,7%.

As estatísticas também revelam o chamado analfabetismo funcional, representado por 20,4% das pessoas com 15 anos ou mais, com menos de quatro anos de estudo completos.

 

Amigos de Daniella Perez se revoltam com declarações de Guilherme de Pádua

Mãe da atriz usou sua página na internet para contestar afirmações

As declarações de Guilherme de Pádua ao Domingo Espetacular, na semana passada, provocaram revolta entre familiares da atriz Daniella Perez e artistas. Há 20 anos, Guilherme matou Daniella com a ajuda da então mulher, Paula Thomaz.

Pádua foi condenado a 19 anos, mas, devido ao bom comportamento, cumpriu pouco menos de sete anos de reclusão. Paula recebeu pena de 18 anos e meio e também foi libertada depois de cumprir cerca de um terço da pena.

Ele acertou as contas com a Justiça, mas só agora contou em detalhes a versão dele sobre o crime, na entrevista com Marcelo Rezende.
 

A mãe da vítima, a autora de novelas Glória Perez, usou a página que mantém na internet para contestar Pádua. Glória destacou que ele “emboscou Daniella, desacordou com um soco, deu 18 estocadas e foi abraçar nossa família”.

A autora também divulgou trechos da sentença de condenação dele, com a frase: “Veja a sentença do juiz que condenou o michê vagabundo”.

Parentes, amigos e colegas da atriz demonstraram indignação. O ator Maurício Mattar era amigo de Daniella e da família da atriz. Ele também havia trabalhado com Guilherme de Pádua durante uma temporada da peça “Blue Jeans”, em 1991.

Apesar da convivência próxima, os dois nunca se tornaram amigos. Na semana passada, após assistir a entrevista, Mattar ficou chocado com o que ouviu. Para ele, Pádua não foi vítima e teria inventado motivos para o crime.

A atriz Lady Francisco, que contracenou com Daniella em 1990, afirmou que foi muito doloroso reviver a história do assassinato com a entrevista. Ela se disse revoltada com as declarações de Guilherme de Pádua e duvidou da sinceridade dele. Para ela, o Brasil não o perdoou.

Daniella foi assassinada em dezembro de 1992. Na época do crime, Guilherme de Pádua fazia par romântico com ela em uma telenovela.

A atriz foi levada por Pádua e Paula Thomaz a terreno baldio na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. A perícia comprovou que Daniela Perez foi morta com 18 golpes de punhal.

http://noticias.r7.com/cidades/amigos-de-daniella-perez-se-revoltam-com-declaracoes-de-guilherme-de-padua-16122012

Atirador que matou 27 era inteligente, quieto e educado, dizem amigos

Foto fornecida pela vizinha Barbara Frey mostra imagem de Adam Lanza, em 2005 (Foto: AP) Foto fornecida pela vizinha Barbara Frey mostra imagem de Adam Lanza, em 2005 (Foto: AP)

Adam Lanza, de 20 anos, abriu fogo em escola americana na última sexta.
Massacre deixou 28 mortos - 20 crianças, sete adultos e o atirador. 

Uma foto que circula na internet identifica Adam como um jovem muito magro. O jornal 'The New York Times' (NYT) cita amigos que dizem que Adam Lanza era inteligente, "mas nervoso e inquieto".

Ao contrário de muitos jovens americanos, Lanza fugia das redes sociais. Até agora não se encontrou nenhuma página no Facebook associada a ele. Sua foto sumiu do anuário de 2010 do colégio onde estudou o ensino médio. "Vergonha perante as câmeras", diz o espaço vazio, segundo o NYT.

Um membro de sua família contou aos investigadores que Lanza sofria de um tipo de autismo. Segundo a rede de televisão CNN, os pais de Lanza se divorciaram em setembro de 2009, quando ele tinha 17 anos. 

Peter Lanza, seu pai, casou-se novamente e morava em uma cidade próxima a Newtown.
Os vizinhos do atirador pouco tinham a dizer sobre ele, mas um colega de Lanza lembrou que o rapaz era muito inteligente. “Dava para dizer que ele era um gênio, definitivamente”, contou Alex Israel à CNN. Um motorista de ônibus o descreveu como “um garoto legal, muito educado”.

Segundo relatos, ele se vestia de forma mais formal do que os demais estudantes. Tim Arnone, que conhecia Lanza da escola, afirmou que ele frequentemente usava calças cáqui, camisas de botão e um protetor de bolsos. Éram membros do grupo audiovisual da Sandy Hook, e passavam o tempo livro jogando videogame no estúdio de televisão do colégio. "Era definitivamente o clube mais nerd da escola. Chamávamos de tech club. Tínhamos a nossa própria porção da sala", contou Arnone, de 20 anos, à agência Reuters.
 
Arnone também disse que Lanza era "pressionado duramente", especialmente por sua mãe, para ter sucesso na escola. "Ela o pressionava muito para ser mais inteligente e se esforçar mais na escola", disse.

Outro ex-colega de Lanza, que pediu para não ser identificado, disse que o atirador não tinha muitos amigos. Segundo ele, Lanza era fã da cultura japonesa e colecionava "cards" do Pokémon. "Ele era uma criança muito quieta. Eu me lembro de ser seu único amigo na escola primária. Ele sempre foi um garoto muito legal, muito educado."
 
Armas usadas
 
Dono de uma empresa de paisagismo, Don Holmes afirmou que a mãe de Adam era colecionadora de armas de fogo. "Ela disse que frequentemente levava os filhos para atirar", contou Holmes. "Ela era muito legal, muito agradável e sempre muito reconhecedora de nosso trabalho", completou.

Segundo o porta-voz da polícia Paul Vance, foram encontradas "centenas" de balas na escola Sandy Hook. O atirador, de acordo com a polícia, ainda tinha muita munição. As armas usadas pelo assassino foram uma Glock 10 mm, Sig Sauer 9 mm, e um fuzil Bushmaster- usado em quase todas as mortes. Uma quarta arma foi encontrada no carro que ele dirigiu até a escola.

As potentes pistolas Sig Sauer e Glock, de uso habitual de policiais, assim como um rifle militar que Lanza usou no massacre estariam registradas em nome da mãe, segundo a imprensa americana. Mas a polícia ainda não confirmou esta informação.

Também foi confirmado que a mãe de Lanza, Nancy, foi morta em sua casa.
Pela versão que tem sido noticiada, após atirar conta o rosto dela na própria casa, aparentemente Adam dirigiu até a escola e foi metódico ao semear o caos antes de acabar com a própria vida. Mas a razão que o levou a praticar tais atos permanece uma pergunta sem resposta.

mapa tiroteio connecticut VERSAO 2 14/12 (Foto: 1)

Aluna brasileira relata tensão durante tiroteio em escola nos EUA


 


 Gabriela é aluna da escola Sandy Hook, na cidade de Newtown.
'A gente escutou um monte de professora gritando', disse a menina.

Ao ouvir a mensagem que a filha Gabriela deixou em seu celular na última sexta-feira (14), a brasileira Alessandra Porto pulou assustada da cama. Ela dizia para a mãe ir para a escola imediatamente. Depois, outra pessoa pega o telefone e explica: "Alessandra, você precisa vir até a escola Sandy Hook. Gabriela está bem, mas houve um tiroteio na escola. Por favor, venha."

Gabriela é uma das alunas da escola Sandy Hook, na pequena cidade de Newtown, na última sexta um jovem de 20 anos entrou armado e atirou em professores e alunos, matando 26 pessoas e tirando a própria vida.  

Aquela sexta-feira, segundo Alessandra, começou como outra qualquer. "Eu dei café para ela, coloquei ela no ônibus. Dei um tchauzinho para ela e ela foi tranquila", relata a brasileira.

Logo depois, às 10h06 da manhã, Alessandra recebeu um e-mail. Era da superintendência das escolas da cidade. A mensagem dizia: “Devido à informação de tiroteio, ainda não confirmada, estamos tomando medidas preventivas e proibindo a entrada e saída em todas escolas até que todos os alunos e funcionários estejam seguros”. Mas cinco minutos depois, ela recebeu outro e-mail: “Por causa do fechamento da escola, não haverá ônibus na hora do almoço, e todas as aulas do período da tarde estão canceladas.”

Enquanto isso, Gabriela estava dentro da sala de aula.

“A gente escutou um monte de porta fechando e trancando, um monte de professora gritando", conta Gabriela.

Os alunos estavam na sala de música. No canto, há um quarto onde ficam guardados os instrumentos. Todos foram para lá. Vinte crianças, com a luz apagada. A professora fez dois pedidos. "Ela falou para a gente sentar e rezar. Então todo mundo sentou e a gente começou a rezar todo mundo junto. E ela ficava lá no quarto dando bala para a gente tentar acalmar", detalha Gabriela.

A professora saiu do pequeno quarto, buscou o telefone na mesa dela e avisou polícia. Depois de alguns minutos, ligou, de novo, para saber o que estava acontecendo.
"Ela falou que tinha um homem que queria matar crianças. Então, todo mundo ficou assustado", diz Gabriela.

 Ursos de pelúcia são colocados em memorial em homenagem às vítimas de Newtown (Foto: AP)
 Ursos de pelúcia são colocados em memorial em homenagem às vítimas de Newtown

 No meio do pânico, policiais bateram na porta que dá acesso ao jardim da escola. Mais de uma vez. "Eu estava chorando com outras meninas e uns meninos estavam chorando. Eu estava pensando que eu nunca ia chegar em casa viva", revela a menina.

Depois de uma hora trancada no quarto, os policiais bateram na porta que dá acesso à sala de aula, e gritaram para a professora.

"A polícia falou, de novo, vocês têm que sair antes que o menino venha te pegar. Aí que ela escutou que era polícia e abriu a porta. E quando a gente chegou lá fora, a polícia mandou a gente correr até lá fora", conta a menina.

Todas as crianças foram levadas para uma base do corpo de bombeiros que fica a poucos metros da escola. De lá, Gabriela ligou para a mãe. Ao ouvir a mensagem, Alessandra foi, desesperada, até a base do corpo de bombeiros.

"Aí ela já olhou para mim chorando. A ali que já fiquei com ela. Abracei ela e tentei confortar ela. E todo mundo muito nervoso. Os professores chorando. As pessoas chorando. Aquele tumulto todo”, diz Alessandra.

 Velas são acesas para homenagear as vítimas do tiroteio na escola Sandy Hook, em Newtown, Connecticut (Foto: AFP)
 Velas são acesas para homenagear as vítimas do tiroteio na escola Sandy Hook, em Newtown, Connecticut.

Com a filha nos braços, o casal Porto foi para casa com a sensação de que tinha sido apenas um tiroteio, sem vítimas.

Arnaldo Porto conta que, quando soube que crianças haviam morrido, "bateu aquela situação de que a gente ganhou nossa filha de volta. Poderia ter sido eu um desses pais hoje que estão lamentando a perda do filho.

Gabriela fez questão de mostrar que um dia antes do massacre se apresentou no coral da escola, sob a regência da mesma professora de música que a protegeu do tiroteio. As músicas falavam de união e de paz.
Arnaldo não pensa em trocar de cidade, de país. Quer, sim, mudar o jeito de levar a vida.

"A gente se encarrega tanto das coisas do dia a dia que às vezes a gente esquece de quem está do lado da gente. Então, acho que o importante da vida é você viver o principal. O que é o principal? É quem você ama, é quem está perto de você. É sua família, são seus filhos”, conclui ele.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/12/aluna-brasileira-relata-tensao-durante-tiroteio-em-escola-nos-eua.html

Presos fazem agentes penitenciários e visitantes reféns em Glória, SE


 Grupamento Tático Aéreo de Sergipe (Foto: SSP/SE)

Rebelião começou no final da manhã deste domingo.
Dois agentes foram baleados pelos presos. 

Desde o final da manhã deste domingo (16), agentes penitenciários e alguns familiares estão sendo mantidos como reféns por internos do Presídio Regional Senador Leite Neto na cidade de Nossa Senhora da Glória (SE), distante 126 km de Aracaju.

Eles aproveitaram o momento da visita para render os agentes e iniciar a rebelião. As primeiras informações dão conta que dois agentes e um policial militar foram baleados e libertados em seguida. Um dos agentes e o policial foram encaminhados para o Hospital da Polícia Militar, em Aracaju, e um outro agente segue internado no Hospital de Regional de Estância.

Algumas mulheres e crianças também foram libertadas. Mas segundo informações da polícia, ainda existem outros reféns no local.

Os rebelados destruiram parcialmente algumas dependências da unidade, conseguiram a chave do local onde são guardadas as armas e queimaram colchões.
A unidade prisional está totalmente cercada pela polícia. E tem o reforço de um helicóptero do Grupamento Tático Aéreo. Policiais do Batalhão de Choque já ocuparam a parte administrativa do presídio. Enquanto o capitão Henrique do Comando de Operações Especiais (COE) negocia com os rebelados.

 Negociações com rebelados de presídio de Sergipe foram suspensas

 No início da noite deste domingo (16), o secretário de justiça de Sergipe, Benedito Figueiredo anunciou a suspensão das negociações com os presos do Presídio Regional Senador Leite Neto na cidade de Nossa Senhora da Glória (SE), distante 126 km de Aracaju.
Movimentação foi intensa na porta do presídio durante toda a tarde (Foto: Reprodução TV Sergipe) 
Movimentação na área externa
(Foto: Reprodução TV Sergipe)

Os rebelados destruiram parcialmente algumas dependências da unidade, conseguiram a chave do local onde são guardadas as armas, queimaram colchões trocaram tiros com agentes e fizeram familiares reféns.

Segundo o secretário, cerca de 100 presos, dos mais de 400 que estão no local, tentaram fugir no final da mannhã e graças ao trabalho dos agentes foram impedidos, mas acabaram por fazer reféns parte da equipe dos agentes e famíliares que estavam no local para visita. No confronto eles balearam dois agentes e um policial militar. Todos foram libertados e encaminhados ao hospital.

Durante a tarde algumas mulheres e criança também foram libertadas. O responsável pela negociação capitão Henrique do Comando de Operações Especiais (COE) explicou que suspensão das negociações durante é uma medida de segurança que é adotada em casos como esse e que ela será retomada nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (17).

 Foi confirmado que os presos estão armados e que possuem celulares, inclusive que se comunicaram com parentes e confirmaram que a situação interna é tranquila. Tanto os agentes quanto os parentes estariam bem.
A unidade prisional vai permanecer cercada pela polícia. Policiais do Batalhão de Choque já ocuparam a parte administrativa do presídio.
A equipe do G1 SE está acompanhando o caso e terá novas informações a qualquer momento.
 http://g1.globo.com/se/sergipe/noticia/2012/12/presos-fazem-agentes-penitenciarios-e-visitantes-refens-em-gloria-se.html