quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Brasil aparece em 69º em ranking global de corrupção


O Brasil melhorou no ranking, passando de 73º em 2011 para 69º este ano, entre 176 países. No Brasil, a corrupção, seja ela ativa ou passiva, é punida com penas que variam de 2 a 12 anos de prisão, mais multa. O País é considerado pela Transparência Internacional o 69º menos corrupto do mundo, num ranking de 176 países divulgado nesta quarta-feira (5).
 
Enquanto no Brasil a corrupção é punida com de 2 a 12 anos de prisão, mais multa, em alguns países a punição é mais severa e pode chegar à pena de morte.
  • A América Latina ficou quase toda na parte de baixo de um ranking global de percepção da corrupção, obtendo pontuação menor que a média mundial e, em alguns casos, os mesmos níveis de países envolvidos em conflitos, revelou a Transparência Internacional nesta quarta-feira (5).
     
     
    A China é o país que mais executa pessoas em todo o mundo. Embora os dados não sejam divulgados pelo governo, a Anistia Internacional estima que mais de mil pessoas tenham sido executadas em 2011. Entre os crimes sujeitos à pena capital no país, está a corrupção passiva.
     
    Apesar da punição severa, a corrupção é um grave problema na China. O país é o 75º menos corrupto, duas posições atrás do Brasil, que está na 73ª colocação num ranking de 183 países. Na semana passada, durante o Congresso do Partido Comunista, o atual presidente, Hu Jintao, declarou que uma falha no combate à corrupção pode levar à queda do PC
     
    Montagem AP
     
    Venezuela e Paraguai são percebidos como os países mais corruptos da região, não muito distante de Somália, Coreia do Norte e Afeganistão, que são os piores do Índice de Percepção de Corrupção 2012 da Transparência.
     
    A edição de 2012 do já tradicional Índice de Percepção da Corrupção oferece um ranking regional com poucas variações na comparação com os relatórios dos últimos dois anos, mas faz uma advertência: "A região saiu bem da crise mundial. Seu modelo econômico dá bons resultados macroeconômicos, mas não se traduz em uma melhora da qualidade de vida dos cidadãos. A América Latina é a região mais violenta, onde a desigualdade é maior", assegurou ào diretor da TI para as Américas, Alejandro Salas
     
    Chávez (Venezuela) e Federico Franco (Paraguai) estão à frente dos países mais corruptos da América do Sul
    Chile e Uruguai, que aparecem empatados em 20º lugar, são os únicos países latino-americanos que ficaram junto com nações desenvolvidas na lista, que é liderada por Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia.
    O restante da região aparece na metade de baixo do ranking, em que pesa a percepção que a população tem de subornos, abuso de poder e acordos ilegais fechados por autoridades.
     
    A América Latina viveu um auge econômico durante a última década, o que ajudou a reduzir o nível de pobreza, porém continua sendo uma das regiões com os maiores níveis de desigualdade do mundo.
    A ampla corrupção acentua as desigualdades, debilita a democracia, instiga a violência e dá espaço para que o crime cresça, segundo especialistas da Transparência Internacional.
    "Os resultados do Índice de Percepção da Corrupção 2012 demonstram que as sociedades continuam pagando o alto custo representado pela corrupção", afirmou a presidente da Transparência Internacional, Huguette Labelle, em comunicado.
    Para conseguir maior transparência, o estudo recomendou que as instituições públicas e os funcionários forneçam informações de forma mais rigorosa.
    O Índice de Percepção da Corrupção foi elaborado pela Transparência Internacional com base em pesquisas e avaliações variadas sobre como a corrupção no setor público é vista nos países.




    http://noticias.r7.com/brasil/brasil-aparece-em-69-em-ranking-global-de-corrupcao-05122012

    Número 1 da AGU, Adams nega que vai pedir demissão após operação Porto Seguro

      (A.G.U)  Advocacia-Geral da União

    Operação Porto Seguro: Adams nega que esteja demissionário. Ele será ouvido no Senado sobre a operação da Polícia Federal
    O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, disse nesta quarta-feira (5) que a AGU (Advocacia Geral da União) está adotando um conjunto de medidas para corrigir possíveis distorções que levaram à demissão do número dois do órgão José Weber Holanda, envolvido em denúncias da Operação Porto Seguro, que desmantelou um esquema de venda de pareceres fraudulentos.

    — Estamos realizando um pente fino rigoroso em todos os atos realizados. Tomamos hoje uma série de medidas para regular a relação com os outros órgãos do governo, para regular as nossas relações internas e otimizar o funcionamento da comissão de ética pública.

    Adams falou ao chegar para a audiência pública no Senado, na qual será ouvido, juntamente com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre a Operação Porto Seguro.
    Segundo ele, o conjunto de medidas coloca um "caminho certo para a AGU continuar desempenhando seu papel". Adams negou que esteja demissionário e que tenha perdido a confiança da presidente Dilma Rousseff.
    — Não sou porta-voz do sindicalismo e não me sinto atingido por manifestações desse tipo (contra sua permanência no cargo). Não cria espécie esse tipo de movimentação. O que existe é que, do ponto de vista institucional, o funcionamento da AGU está garantido. Mostrar para a sociedade e o Congresso que a AGU é uma instituição firme. Desvios acontecem, infelizmente, como em vários lugares, mas são identificados, corrigidos e vão ser punidos conforme a lei.

    Questionado se teria se arrependido de ter levado José Weber para a função de adjunto na AGU, Adams disse que a escolha foi técnica.
    — Eu levei um técnico, uma pessoa que acreditava que cumpria uma função, tinha uma trajetória técnica. É uma pessoa que vinha trabalhando em altas funções do governo desde 2001.
    Ele disse ter acreditado que Weber poderia cumprir a função.

    Infelizmente, ele quebrou a confiança. Quebrar confiança é algo não se recompõe. E o principal é corrigir. Qualquer instituição, em qualquer lugar do mundo vive com esse dilema de desvio de conduta por parte de servidores. O que é fundamental é ter capacidade de reagir a isso, identificar as falhas, corrigi-las e evitar que aconteçam no futuro. É o que estamos fazendo.

    Adams disse ainda que é preciso agir de maneira institucional, cumprindo a principal determinação da presidente, que é de corrigir malfeitos e práticas de desvios.
    — A confiança da presidente sempre foi na minha competência técnica e isso permanece, não muda. A atuação da AGU está sendo firme para resolver os problemas.

    O advogado-geral da União afirmou que, durante a audiência pública no Senado vai esclarecer o que o órgão conseguiu levantar até o momento.
    — Relatar o que nós tomamos como novas práticas na instituição, na comissão de ética, na regulamentação do relacionamento com demais órgãos. E procurar estruturar a instituição a lidar com essas situações. É isso que eu quero mostrar.